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Introdução à psicometria e à medida em Psicologia

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Introdução à psicometria e à medida em Psicologia
· Mensuração: envolve o uso de certos dispositivos ou regras para atribuir números a objetos ou eventos;
· Se aplicarmos este processo sistematicamente, os fenômenos medidos estarão mais facilmente sujeitos à confirmação e análise e, consequentemente, serão mais objetivos;
· Ao analisarmos, categorizarmos e quantificarmos sistematicamente os fenômenos observáveis, os trazemos para a arena científica.
· Psicometria é a ciência que tem por objeto estabelecer e aplicar processos de estudo quantitativo aos fenômenos psíquicos; em sentido mais restrito, designa a medição dos fenômenos psíquicos (Cabral & Nick, 1997);
· É o conjunto de técnicas que permite a quantificação dos fenômenos psicológicos.
· Especialidade psicológica que busca o aperfeiçoamento das qualidades dos testes, e tem relações de origem com disciplinas diversas como a estatística, a psicologia experimental, metodológica e computacional (Alchieri & Cruz, 2003).
· Medir significa atribuir magnitudes a certa propriedade de um objeto ou classe de objetos, de acordo com certas regras preestabelecidas e com a ajuda do sistema numérico, de forma a que sua validade possa ser provada empiricamente; o processo de mensuração é sempre quantitativo;
· Mensuração de variáveis – limitações quanto à precisão – nas ciências do comportamento – atenção para potenciais fontes de erros e estimativas de erros;
· Mensuração em Psicologia – o que se mede é uma variável psicológica definida como uma característica que cada indivíduo possui, em diferentes níveis; não se trata sempre de algo observável – construtos hipotéticos.
Objetivos da psicometria
· Aplicar métodos científicos ao estudo do comportamento humano;
· É necessário que se descrevam as circunstâncias em que ocorre determinado comportamento – descrição precisa, comunicável objetivamente, e deve se utilizar de um instrumento padronizado para que outro possa também medir e classificar o comportamento com menor ambiguidade possível;
· Nem sempre isso é viável, visto que em Psicologia, problemas são visivelmente complexos, não se dispondo sempre de padrões da mesma natureza que a característica medida.
· Os testes fornecem apenas uma situação padronizada que permite elucidar alguns comportamentos manifestos que se supõem representar a variável psicológica em questão;
· Manifestações do comportamento são bastante variáveis ao longo do tempo – reações medidas sempre são passíveis de mudança;
· Portanto, é dever do psicólogo usar instrumentos adequados e interpretá-los com prudência, de modo a minimizar o erro da medida e obter o grau de discriminação desejado;
· Atualmente a discussão quanto aos instrumentos psicológicos está centrada na elaboração de indicadores, critérios e testes cada vez mais específicos e dirigidos às necessidades cada vez mais distintas;
· As investigações atuais amparam-se predominantemente na questão da qualidade e elaboração de instrumentos nacionais de avaliação psicológica.
História da mensuração em Psicologia
· A Psicologia, como ciência, precisa comunicar de forma precisa resultados e estudos de pesquisa – não há comunicação precisa sem quantificação do objeto a ser estudado;
· Desde os tempos primitivos o homem preocupa-se em fazer observações cada vez mais acuradas do mundo que o rodeia, mas só a partir do século XIX é que o ser humano se voltou para si próprio com o mesmo objetivo;
· Séc. XX: várias tendências epistemológicas procurando superar o status pré-científico;
· Esta concepção foi responsável pelo descuido da Psicometria com a teoria psicológica – deveria ser preliminar e primordial na medida do psicológico;
· Predomínio da concepção estatística sobre a psicológica;
· Precursores eram estatísticos de formação;
· Visão: psicometria como ramo da estatística, quando na verdade deve ser concebida como um ramo da Psicologia que tem interface com a Estatística;
· Thurstone (1937) fundou a Psicologia Matemática – ramo da psicometria dedicada à pesquisa dos modelos matemáticos dos processos psicológicos;
· Origem da psicometria – trabalhos de Spearman – no que se refere especificamente à Psicologia;
· Psicometria tem duas orientações: preocupação mais prática e mais teórica (desenvolvimento da teoria psicométrica – psicólogos de orientação estatística);
· Tendência começa a ser superada a partir de 1940.
História da avaliação psicológica
· Precursores mais antigos da avaliação psicológica são encontrados na área ocupacional – como selecionar os melhores candidatos possíveis para determinado emprego – antigo Império Chinês (200 a.C.);
· Idade Média: ingresso e diploma nas universidades européias (séc. XIII); Área clínica – diferenciar o “normal” do “anormal” séc. (XIX);
· 1879: em Leipzig, na Alemanha – Wilhelm Wundt funda o primeiro laboratório de psicologia experimental – valorização do controle rigoroso das condições de observação – condições padronizadas;
· 1880: Francis Galton – um dos precursores da psicometria – estabeleceu as bases para o estudo da influência dos fatores hereditários sobre a inteligência humana, e aplicou técnicas estatísticas às pesquisas sobre o caráter – relações entre os resultados de diferentes instrumentos de medida – medidas de associação – preocupação com a padronização dos testes; simplificação de métodos estatísticos – Karl Pearson foi seu discípulo;
· 1890: Cattell – medidas das diferenças individuais; primeiro a utilizar a expressão “teste mental” (avaliar nível intelectual dos alunos); trabalhou com Wundt;
· 1900: década de Binet – interesse em avaliação das aptidões humanas, visando à predição na área acadêmica e da saúde;
· 1905: Alfred Binet e Simon elaboram a Escala Binet-Simon para investigar possíveis causas de reprovação de crianças na escola – primeira escala de medição individual da inteligência;
· Binet: primeiro investigador a encontrar resultados satisfatórios na avaliação do nível mental; depois de revisões – Stanford-Binet (1960); expressão idade mental foi, posteriormente, substituída por QI (idade mental/idade cronológica);
· 1910-1930: era dos testes de inteligência: Escala BinetSimon, Spearman e o fator G, I Guerra Mundial (1916) – imposição da necessidade de seleção rápida, eficiente e universal de recrutas para o exército – surgem os testes de aplicação coletiva;
· Objetivo dos testes psicológicos: medir a inteligência como um todo – nem todas as funções importantes estavam ali representadas – maioria dos testes media apenas algum aspecto da inteligência: memória visual, percepção do espaço;
· Para completar as informações conseguidas com testes de inteligência, surgiram os testes de interesses, que avaliavam as tendências dos indivíduos em desenvolver certas habilidades;
· Por último, surgiram os testes de personalidade – em 1921 aparece o teste de Hermann Rorschach.
· 1930: análise fatorial – entusiasmo com os testes vinha caindo quando notou-se que eles eram dependentes da cultura, não apoiando a ideia de um fator geral universal, como proposto por Spearman;
· Thurstone (1935-1947), nos EUA, desenvolveu a análise fatorial múltipla e fundou, em 1936, a Sociedade Psicométrica Americana;
· 1940-1980: era da sistematização – duas tendências opostas: 1) trabalhos de síntese (sistematização do que já havia em psicometria) 2) trabalhos de crítica.
· Crítica à teoria clássica dos testes: desenvolvimento de teoria alternativa – teoria do traço latente, teoria moderna da psicometria ou teoria de resposta o item (TRI) – forte influência da psicologia cognitiva de Sternberg – pesquisas, modelos e procedimentos sobre os comportamentos cognitivos, na área da inteligência;
· 1980 – atualmente – era da Psicometria Moderna (TRI): talvez seja uma denominação inadequada, pois: a) esta teoria ainda não resolveu todos os problemas fundamentais para se tornar o modelo definitivo, e b) ela não veio substituir toda a Psicometria Clássica, mas apenas parte dela.

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