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Tuberculose USP

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Tuberculose 
Pulmonar 
Universidade Federal Fluminense 
Departamento de Medicina Clínica 
Monitoria de Pneumologia 
Monitor: Flávio Ramos 
Doença infectocontagiosa causada por 
micobactérias, cujo agente mais importante é o 
Mycobacterium tuberculosis 
Tuberculose 
Definição 
Inalação de partículas de aerossol contaminadas com bacilos 
provenientes da fala, do espirro e principalmente da tosse de 
indivíduos bacilíferos 
Tuberculose 
Fisiopatogenia 
Tuberculose 
Fisiopatogenia 
Tuberculose 
Fisiopatogenia 
Ambiente 
Estado imunológico 
Carga bacilífera do inóculo 
Determinantes da infecção: 
Tuberculose 
Fisiopatogenia 
Infecção primária e TB pós-primária 
Granuloma 
caseoso 
Formas de doença: 
Tuberculose 
Fisiopatogenia 
Tuberculose primária 
Tuberculose primária progressiva 
Tuberculose pós-primária 
Tuberculose miliar 
Tuberculose 
Apresentação Clínica 
Tuberculose Pulmonar Primária: 
 Curso geralmente autolimitado 
 Assintomática ou quadro febril leve prolongado 
 Febre baixa 
 Tosse seca 
 Mais comum em crianças 
Tuberculose Pulmonar Pós-Primária: 
 Forma crônica (reativação ou reinfecção) 
 Oligossintomáticos 
 Tosse crônica (≥ 3 semanas) 
 Perda de peso 
 Febre vespertina 
 Sudorese noturna 
 Mais comum em adultos jovens e adultos 
 Relacionada com a transmissão da doença 
Tuberculose 
Apresentação Clínica 
Não é autolimitada! 
 Progressão lenta para fibrose das lesões cavitárias 
Para diferenciar... 
Tuberculose Pleural 
Sintomas agudos ou subagudos: 
 Dor pleurítica, febre e tosse 
Derrame unilateral 
Forma mais comum de Tuberculose Extrapulmonar 
Características do líquido da toracocentese: 
 Amarelo-citrino turvo 
 Exsudato (critérios de Light) 
 PTN > 2,5 g/dl, Glicose baixa (40-80 mg/dl) 
 Densidade > 1020, pH normal 
 Celularidade alta com predomínio de MN 
 Ausência de eosinófilos e células neoplásicas 
 ADA > 40 U/ml 
Caso 
Masculino, 30 anos 
Dispneia e febre 
associados à hemoptise 
há 5 dias 
Tuberculose 
Diagnóstico 
Suspeita clínica: 
Sintomático respiratório 
 Indivíduo com tosse de duração ≥ 3 semanas (MS) 
Confirmação do diagnóstico: 
Demonstração da presença do BK no organismo 
 Baciloscopia 
 Cultura 
 Teste Rápido Molecular 
BACILOSCOPIA 
 Baciloscopia de escarro: 
 2 amostras – 1 no momento da consulta e 1 na manhã seguinte 
 Exame de escolha para avaliação de resposta terapêutica em 
bacilíferos 
CULTURA 
 Alta sensibilidade e especificidade 
 Permite avaliar a sensibilidade a antimicrobianos 
 Pode demorar de 2 – 8 semanas para o resultado 
TESTE RÁPIDO MOLECULAR 
 Método de escolha para a pesquisa de BK 
 Utiliza uma única amostra de escarro e técnica PCR 
 Alta sensibilidade e especificidade com resultado rápido (≈2h) 
TESTE RÁPIDO MOLECULAR (TRM-TB) 
Exames complementares: 
Radiografia de tórax 
TC de tórax 
Broncoscopia 
Sorologia para HIV 
Tuberculose 
Tratamento 
Tratamento Diretamente 
Observado (TDO) 
Fonte: Folha de São Paulo, 21/11/2016 
 24 doses supervisionadas 
na fase intensiva 
 48 doses supervisionadas 
na fase de manutenção 
Tuberculose 
Tratamento 
Esquema básico para TB sensível: 
Idade ≥ 10 anos: 2RHZE/4RH (6 meses) 
Idade < 10 anos: 2RHZ/4RH (6 meses) 
Gestantes: Esquema básico + Piridoxina (vitamina B6) 
Meningoencefalite: Esquema para a idade estendido para 9 meses, com fase de 
manutenção de 7 meses (7RH) + corticoterapia + fisioterapia motora 
Imunossuprimidos, Neoplasia maligna, Silicose, DM: Esquema de 9 meses 
Baciloscopia de controle obrigatória nos meses 2, 4 e 6 do tratamento 
Pacientes bacilíferos: 
Tuberculose 
Tratamento 
Tuberculose Latente 
Positividade do PPD associada à exclusão de Tuberculose-doença 
Isoniazida durante 9 a 12 meses, totalizando 270 doses 
INDICAÇÕES DE TRATAMENTO DA TB LATENTE: 
Crianças < 10 anos 
 PPD ≥ 5 mm – contato recente, vacinadas com BCG há > 2 anos, não 
vacinadas ou imunossuprimidos 
 PPD ≥ 10 mm – contato recente, vacinadas com BCG há < 2 anos 
 
Crianças > 10 anos e Adultos 
 PPD ≥ 5 mm – contactantes de um caso de TB, sequela de TB ao RX, 
transplantados imunossuprimidos, corticoterapia 
 PPD ≥ 10 mm – Silicose, Neoplasia (cabeça, pescoço, hematológica), IRC 
dialítico, DM, usuário de drogas injetáveis, indígenas 
 Viragem tuberculínica – contatos de TB bacilífero, profissionais de saúde, 
trabalhadores de locais de vulnerabilidade 
 
HIV/AIDS 
 PPD ≥ 5 mm, ainda que RX de tórax normal 
 PPD < 5 mm, com história de PPD prévio ≥ 5 mm sem realização de 
tratamento 
 Contato recente com paciente bacilífero 
 RX tórax com cicatriz de TB, sem história de tratamento prévio, afastada TB 
doença 
Tuberculose 
Outras formas 
Tuberculose Endobrônquica 
M.J.R., 45 anos, sexo feminino, branca, doméstica, chega à consulta com queixa de 
disfonia progressiva há três semanas, sem períodos de afonia. Referia também tosse 
seca noturna há seis meses, febre vespertina de 38ºC e emagrecimento de 8 Kg em 
dois meses. Negava dispnéia, disfagia e odinofagia, relatando não haver alteração da 
qualidade vocal no decorrer do dia. 
Relato de caso 
 III Diretrizes para Tuberculose da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia – Jornal Brasileiro 
de Pneumologia - Volume 35 - Número 10 (Outubro), 2009 
 Drogas antituberculose: Interações medicamentosas, efeitos adversos e utilização em situações 
especiais (Parte I e II) – Jornal Brasileiro de Pneumologia - Volume 36 - Número 5 
(Setembro/Outubro), 2010 
 Tuberculosis – NICE Guideline – January 2016 
 Up To Date – Tuberculosis 
 
 
Email: flavioramos@id.uff.br 
Bibliografia:

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