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PROF. DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO PSICOLOGIA DA MOTIVAÇÃO E EMOÇÃO Doutor e Mestre em Cognição e Linguagem- UENF Psicólogo e Administrador de Empresas Formação em Psicanálise, Psicologia Analítica, TCC, Gestão de RH e Neuropsicologia Professor de Pós graduação em Terapia Cognitivo Comportamental e Hipnose Clínica Canal Psicologia Sem Segredos: https://www.youtube.com/channel/UCG4GsAJ5mUyWdonh7WzobRg?view_as=subscriber www.profjefferson.com.br E-mail: jefpsi@gmail.com JEFFERSON CABRAL AZEVEDO http://www.profjefferson.com.br/ https://www.youtube.com/channel/UCG4GsAJ5mUyWdonh7WzobRg?view_as=subscriber http://www.profjefferson.com.br/ DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Motivação • A palavra motivação vem de motivu, em latim, que significa - O que move ou o que pode fazer mover. Assim, podemos entender que a motivação humana é a forca impulsionadora que nos leva persistentemente em direção a um objetivo. • De modo geral, motivo, é tudo aquilo que impulsiona a pessoa a agir de determinada forma ou, pelo menos, que dá origem a um comportamento específico. • Esse impulso a ação pode ser provocado por um estímulo externo ( provindo do ambiente) e pode também ser gerado internamente nos processos mentais do indivíduo http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.ritaalonso.com.br/wp-content/uploads/2009/05/trab-equipe.jpg&imgrefurl=http://www.ritaalonso.com.br/?p=12872&usg=__0og4MRFxpswUhLSJwBkT5z3lI5o=&h=491&w=841&sz=76&hl=pt-BR&start=45&itbs=1&tbnid=c-yjIzKI-4IYxM:&tbnh=85&tbnw=145&prev=/images?q=motiva%C3%A7%C3%A3o+no+trabalho&gbv=2&ndsp=20&hl=pt-BR&sa=N&start=40 DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Etapas do ciclo motivacional. Satisfação Necessidade Equilíbrio Estímulo ou incentivo Comportamento ou ação Tensão MOTIVAÇÃO • CICLO MOTIVACIONAL Equilíbrio interno Estímulo ou incentivo Necessidade (desejo) Tensão Comport. ou ação Satisfação Uma necessidade ou desejo rompe o estado de equilíbrio do organismo, causando um estado de tensão, insatisfação, desconforto e desequilíbrio. Esse estado leva o indivíduo a um comportamento ou ação, capaz de descarregar a tensão ou desconforto. Se o comportamento for eficaz, o indivíduo encontrará satisfação da necessidade ou desejo e, portanto, a descarga da tensão provocada por ela. Satisfeita a necessidade o organismo volta ao estado inicial. DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Motivação DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO MOTIVAÇÃO Equilíbrio interno Estímulo ou incentivo Necessidade (desejo) Tensão Barreira Outro Comport. derivativo Frustração Compensação Uma necessidade pode ser satisfeita, ou frustrada. Quando a satisfação é impedida ela pode ser transferida para outro objeto e assim compensada. No ciclo motivacional, muitas vezes a tensão provocada pelo surgimento da necessidade ou desejo encontra barreiras ou obstáculos para sua liberação. O estudo da motivação referem-se aos processos que fornecem ao comportamento sua energia e a sua direção (Reeve, 2011). Energia – comportamento é dotado de força (forte, intenso e persistente). Direção – O comportamento tem um propósito , ou seja, é direcionado ou orientado a alcançar um determinado objetivo ou resultado. Motivação DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Importância do estudo da Motivação O estudo da motivação nos proporciona tanto a compreensão teórica de como funcionam a motivação e a emoção quanto o conhecimento prático que nos permite conquistar objetivos considerados importantes. Aplicar conhecimentos em como motivar empregados, atletas, clientes, alunos... DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO O que causa o comportamento? Por que o comportamento se inicia? Uma vez começado, porque o comportamento se mantém no tempo? Por que o comportamento se direciona para algumas metas, ao mesmo tempo que se afasta de outras? Por que o comportamento muda de direção? Por que o comportamento cessa? DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO O que causa o comportamento? Está relacionado ao estudo da maneira como a motivação afeta o início, a persistência, a mudança na direção de meta e a eventual cessação do comportamento. DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Por que o comportamento varia de intensidade? “Por que às vezes a vontade é forte e persistente, enquanto que, outras vezes, diminui paulatinamente até desaparecer por completo?” Em uma hora a pessoa pode estar bastante engajada em certa atividade, enquanto que, em outro momento, pode ficar passiva e desinteressada. DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Motivação pode variar com o tempo em um mesmo indivíduo. Motivação varia de forma diferente nas pessoas. Alguns motivos podem ser relativamente fortes para uma pessoa e relativamente fracos para outras. Motivação DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO HIERARQUIA DAS FONTES DE MOTIVAÇÃO Motivos internos Um motivo é um processo interno que energiza e direciona o comportamento. Tipos de motivos: Necessidades – Condições internas que são essenciais e necessárias à manutenção da sua vida e à promoção do seu crescimento e de seu bem estar. Exemplo: Necessidades biológicas - fome e sede Necessidades psicológicas – pertencimento e competência Cognições – Eventos mentais, tais como as crenças, expectativas e o autoconceito. Emoções – Fenômenos subjetivos, fisiológicos, funcionais, expressivos e de vida curta, que orquestram a maneira como reagimos adaptativamente aos eventos importantes de nossas vidas. DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Eventos externos São incentivos ambientais que têm a capacidade de energizar e direcionar o comportamento. Exemplos: oferecer dinheiro como incentivo a tomada de ação. Odor desagradável costuma energizar um comportamento de evitação. Os incentivos ambientais podem ser estímulos ambientais específicos, mas também situações mais gerais, tais como aquelas que surgem na sala de aula, na família e no local de trabalho. DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Expressões da Motivação Como avaliar se a pessoa está ou não está motivada? Como informar a intensidade da motivação de outra pessoa? Formas de avaliar a motivação: Observar as manifestações comportamentais da motivação. É necessário inferir a motivação a partir de expressões do indivíduo: Comportamento* (esforço, latência, persistência, escolha, probabilidade de resposta, as expressões faciais, gestos corporais). Fisiologia Auto-relato DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Comportamento Esforço – quantidade de energia empregada na tentativa de execução de uma tarefa Latência – Tempo durante o qual uma pessoa adia sua resposta após ter sido inicialmente exposta a um estímulo Persistência – Tempo decorrido entre o início e o fim da resposta. Escolha – Quando se está diante de duas ou mais probabilidades de ação, mostra-se preferência por uma delas, em detrimento dos demais. Probabilidade de resposta – Número (ou porcentagem) de ocasiões em que se verifica uma resposta orientada para um determinado objetivo, quando ocorrem diversas oportunidades diferentes para o comportamento ocorrer. Expressões faciais – Movimentos faciais. Sinais corporais – Tais como a postura, mudanças de apoio do peso e do movimento das pernas, braços e mãos. DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Origem filosófica dos conceitos motivacionais Raízes dos estudos da motivação nos filósofos gregos antigos (Platão e Aristóteles). • Platão – A motivação surgia de uma alma (mente,psiqué) disposta segundo uma hierarquia tripartida. 1. Apetitiva - Nível mais primitivo – Apetite da alma – apetites corporais e os desejos (ex: fome e sexo) 2. Competitiva - Segundo nível – Aspecto competitivo – Padrões socialmente referenciados como honra e vergonha 3. Calculista - Nível mais elevado – Aspecto calculista – Razão e escolha. Cada aspecto superior tinha a capacidade de regular os motivos dos aspectos inferiores. DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Aristóteles Endossou a idéia de alma tripartida de Platão, mas usou terminologia diferente: 1. Nutritiva – Aspecto mais impulsivo, irracional e animalesco – necessidadescorporais mais urgentes relacionadas à manutenção da vida. 2. Sensível – Relacionava-se com o corpo, mas regulava prazer e dor. 3. Racional – Aspecto único dos seres humanos. Relacionava-se com as idéias e o intelecto, caracterizando a vontade. Vontade funcionava como o nível mais elevado da alma. Origem filosófica dos conceitos motivacionais DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Dualismo – Corpo/Mente Psique tripartida dos gregos reduziu-se a um dualismo (corpo e alma). Tomás de Aquino – corpo fornecia os impulsos motivacionais irracionais e baseados no prazer, ao passo que a mente era a responsável pelas motivações racionais e baseadas na vontade. Descartes – Distinção entre aspecto passivo e ativo da motivação. Corpo – agente mecânico, semelhante a uma máquina. Respondia aos estímulos de maneira mecânica. Mente – Entidade pensante e espiritual, possuidora de vontade. Governa os desejos corporais. DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Vontade - Descartes Para Descartes, a principal força motivacional era a vontade. Vontade inicia e direciona a ação. É uma faculdade (ou poder) que a mente, exercendo seu poder de escolha, tem para controlar os apetites corporais e as paixões. • Necessidades corporais – criam impulsos à ação, mas esses impulsos só excitam a vontade. DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Teoria do Instinto Em 1870, pesquisadores da nova ciência psicologia viram-se em busca de um princípio motivacional menos misterioso – instinto. Charles Darwin – Teoria da evolução das espécies. Afastamento das teorias de conceitos motivacionais mais mentalísticos. Aproximação dos conceitos mecanicistas e genéticos Fim do dualismo homem-animal que predominava nos estudos motivacionais. Para explicar comportamento adaptativo aparentemente pré-determinado, Darwin propôs o instinto. DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO A força motivacional surge dos instintos. Estudo da motivação saiu da filosofia, e entrou no campo das ciências naturais. Os instintos surgem de uma dotação genética. Expressam-se por meio de reflexos corporais herdados – o pássaro constrói o ninho, choca o ovo porque tem impulso geneticamente herdado e biologicamente excitado para realizar isso. Pensadores retiraram a alma racional do dualismo e deixaram: impulsos e apetites biológicos. Teoria do Instinto DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO William James - Pragmatismo Primeiro psicólogo a popularizar a teoria instintiva da motivação. Atribuiu ao ser humano um grande número de instintos físicos (ato de sugar, locomoção) e mentais (imitação, brincar, sociabilidade). DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO McDougall e a Teoria do Instinto Propôs uma teoria dos instintos. Instinto – força motivacional emocional e impulsiva Instintos de proteção materna, de luta, de exploração. Sem os instintos, os seres humanos seriam como massas inertes, sem quaisquer impulsos para a ação. Lista de instintos – ex: instinto de manada (quando a pessoa sai com amigos); instinto antissocial (quando a pessoa não sai com amigos). DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Crítica a teoria dos instintos Todos os comportamentos eram explicados por instintos. Lógica circular da teoria de instintos A causa explica o comportamento (instinto comportamento) O comportamento é evidência da sua própria causa(comportamento instinto). A Psicologia avançou em outras explicações motivacionais. DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Teoria do Impulso ou Teoria do Drive Conceito motivacional para substituir o instinto. Impulso surge da biologia, segundo a qual a função do comportamento está a serviço das necessidades corporais. Quando ocorrem desequilibrios biológicos, os animais experimentam esses déficits de necessidade biológica psicologicamente como impulsos. Duas teorias dos impulsos mais amplamente aceitas foram propostas por Sigmund Freud (1915) e Clarck Hull (1943). DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Todo comportamento é motivado e que o propósito do comportamento seria a satisfação de necessidades. Exigências biológicas (ex: a fome) seriam constante e inevitavelmente condições recorrentes que produziriam acúmulos energéticos dentro de um sistema nervoso que funcionaria em torno de uma tendência herdada de manter um nível baixo e constante de energia. A teoria do impulso(pulsão) de Freud DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Cada acúmulo de energia perturbaria a estabilidade do sistema nervoso e produziria um desconforto psicológico. Acúmulo de energia poderia ameaçar saúde física e psicológica. O comportamento continuaria até que o impulso (pulsão) ou a exigência que o motivou fossem satisfeitos. O comportamento serviria às necessidades corporais. A teoria do impulso(pulsão) de Freud DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Energia do sistema nervoso (ou seja a libido) aumenta continuamente. À medida que os impulsos corporais tendem a acumular energia, a exigência ansiosa de descarregar essa energia, vai se tornando cada vez maior. Quanto mais alta for a energia psíquica, maior será o impulso para agir. O comportamento adaptativo acalma temporariamente o impulso, mas o constante acúmulo de energia do sistema nervoso sempre retorna. A teoria do impulso(pulsão) de Freud DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO A Teoria do Impulso segundo Hull O impulso é uma fonte de energia agrupada e composta de todos os déficits/ distúrbios experimentados momentaneamente pelo corpo. As necessidades de alimento, água, sexo, sono, e assim por diante, são concentradas para constituírem uma necessidade corporal total. Se um animal é privado de água, sexo ou sono, o impulso irá inevitavelmente crescer proporcionalmente à necessidade corporal total. Esta teoria permitiu manipular os estados motivacionais no laboratório. DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO O impulso energiza o comportamento, mas não o direciona. É o hábito, não o impulso, que direciona o comportamento. Os hábitos provém da aprendizagem e a aprendizagem ocorre como consequência do reforço. Qualquer resposta que diminua o impulso (comer, beber, etc.), provém um reforço. E o animal aprende qual resposta reduz a redução de um impulso nessa situação particular. Teoria ganhou grande popularidade na época. A Teoria do Impulso segundo Hull DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Declínio da teoria do impulso Teoria do impulso baseava-se em três pressupostos: • O impulso emerge de necessidades corporais. • A redução do impulso é reforçada e produz a aprendizagem. • O impulso energiza o comportamento. Alguns motivos existem com ou sem necessidades biológicas correspondentes. Ex: anorexia e a necessidade biológica de alimentação. Aprendizagem ocorre sem a redução do impulso. Exemplo: ratos em laboratório e a sacarina não-nutritiva. Pesquisas reconhecem a importância de fontes externas (não fisiológicas) na motivação. Ex: Mesmo sem fome, pessoa pode experimentar um motivo bastante forte para comer, após ver ou sentir o cheiro de seu alimento favorito. DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Anos posteriores à teoria do impulso Anos de 1950 e 1960 representaram uma transição no estudo da motivação. Introdução de substitutos teóricos do impulso incentivo e excitação. • Incentivo - evento externo capaz de energizar ou direcionar um comportamento de aproximação ou evitação. Pessoas são incentivadas pelo valor incentivador presente em vários objetos presentes no ambiente. • Excitação - aspectos do ambiente (o grau que eles são não estimulantes, novos, estressantes) afetam o cérebro a ser excitado. Reinterpretação da teoria do impulso, que afasta as raízes biológicas. DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Miniteorias A partir de 1970, os psicólogos começaram a adotar miniteorias da motivação. Exemplos: Teoria motivacional da realização (Atkinson, 1964); Teoria da auto-eficácia (Bandura,1977); etc. Procuram explicar parte, e não todo o comportamento motivado. Natureza ativa das pessoas – Pessoas são inerentemente ativas. Anteriormente, a teoria do impulso considerava que os animais eram naturalmente inativose o papel da motivação seria excitá-los. DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Revolução Cognitiva A motivação tornou-se acentuadamente cognitiva, como todo campo da psicologia. Tendência passou a ser conhecida como Revolução Cognitiva. Alguns constructos motivacionais estudados: planos, metas, crenças, autoconceito. Funcionamento humano – Visão humana, ao invés de mecânica. Enfatizam os constructos cognitivos (ou seja, expectativas, metas) deixando de enfatizar constructos biológicos e ambientais. DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Associou-se às idéias da psicologia humanista. Psicologia humanista – criticava as teorias motivacionais dominantes em 1960 como não humanas. Resistiram a utilizar a metáfora da máquina. Visão dos seres humanos como ativos, cognitivamente flexíveis e motivados para o crescimento. Revolução Cognitiva DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Pesquisa Aplicada e a Relevância Social Pesquisas sobre solução de problemas motivacionais enfrentados pelas pessoas em sua vida diária. Concentração dos estudos nos problemas e questões aplicadas de relevância social. A área tornou-se menos interessada em estudar, por exemplo, a fome como fonte do impulso, e mais interessada em estudar as motivações que se encontram por trás do comer, da dieta, da obesidade e da bulimia. DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Área de estudos sobre Motivação Afastamento das ciências naturais. Encontra-se em meio à era das miniteorias. Motivação perdeu o trono que tinha como a disciplina mais importante da Psicologia. Estudo da motivação não desapareceu. Dispersou-se pelas diversas áreas da psicologia. Psicologia social, psicologia educacional, psicologia industrial... DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Referência complementar •Reeve, J. Motivação e Emoção. A motivação segundo as perspectivas histórica e contemporânea. Rio de Janeiro: LTC, 2011. •Atkinson e outros. Introdução à psicologia de Hilgard. Porto Alegre. 13º Ed. 2002 DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Motivação Humana Abraham Maslow Frederick Herzberg PROF. DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Motivação DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Abraham MASLOW Psicólogo comportamental. Concluiu o doutorado na Universidade de Wisconsin em 1934. Publicou o conceito da “Hierarquia das Necessidades”, em 1943. Nas décadas de 50 e 60 foi o líder da escola humanista de psicologia e, mais tarde, fundador da Quarta Força em psicologia. Em 1954, publicou o livro “Motivação e Personalidade”. Revolucionou a psicologia. 1908 – 1970 “... Em um empreendimento, se todos os envolvidos estiverem absolutamente seguros sobre as metas, objetivos e propósitos da organização, praticamente todos os demais temas se tornam então simples questões técnicas de como ajustar os meios aos fins”. DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO O Trabalho de Maslow No início de sua carreira desenvolveu um estudo com macacos que deu origem à teoria de que algumas necessidades prevalecem sobre as outras. Em parte, o trabalho foi baseado na experiência de Hawthorne. Pirâmide das Necessidades de Maslow Necessidades Fisiológicas Necessidades de Segurança Necessidades Sociais Necessidades de Auto-estima Necessidades de Auto-realização 2º 1º DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO 1º Necessidades Fisiológicas: - água, comida, sono, oxigênio, sexo. Necessidades de Segurança: - estrutura, ordem , limites. Lado negativo: medos e ansiedades. Necessidades Sociais e Afetivas: - amigos, família, relacionamentos. Lado negativo: solidão e ansiedades sociais. Necessidades de Auto-estima: - status, fama e reconhecimento (para com os demais); - respeito próprio, independência e liberdade (consigo). Lado negativo: baixa auto-estima e complexos de inferioridade. Essenciais para sobrevivência. Não produzem motivação quando cessadas. DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Pirâmide das Necessidades de Maslow 2º • Auto-realização: - ser o que se quer; auto- satisfação. Só aparece quando as outras necessidades estão satisfeitas. Só acontece com aproximadamente 2% da população. O estudo foi feito com 48 pessoas auto-realizadas, todas tinham características como: eram livres de estereótipos, centradas, independentes, necessitadas de privacidade, criativas, etc. DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Pirâmide das Necessidades de Maslow Frederick HERZBERG • Psicólogo clínico. • Publicou, em 1959, o livro “A Motivação para o Trabalho”. • Em 1966 publicou “Work and the Nature of Man”. • Em 1968 publicou um importante artigo na Harvard Business Review intitulado “Mais um vez: como você motiva os empregados?” “Minhas teorias tendem a enfatizar as estratégias para que os sensatos continuem sensatos”. (1923-2000) DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Teoria dos Dois Fatores Realizou uma pesquisa com 500 engenheiros e contadores (profissionais da média gerência) sobre as questões que lhes traziam satisfação e insatisfação no trabalho. Questões propostas: Pense em uma situação em que você se sentiu especialmente bem relativamente a seu trabalho. Por que você se sentiu assim? Pense em uma situação em que você se sentiu especialmente ruim com relação a seu trabalho. Por que você se sentiu assim? DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Teoria dos Dois Fatores FATORES MOTIVACIONAIS Não-satisfação Não-satisfaçãoInsatisfação Satisfação - + FATORES HIGIÊNICOS FATORES HIGIÊNICOS FATORES MOTIVACIONAIS Fatores Intrínsecos Relacionados ao trabalho em si Fatores Extrínsecos Relacionados ao ambiente do trabalho Políticas e administração da empresa. Supervisão. Condições de trabalho. Relações interpessoais. Salário, status e segurança. Conquistas. Reconhecimento. Trabalho em si. Responsabilidade. Crescimento profissional. DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Teoria dos Dois Fatores Fatores Higiênicos: a sua ausência pode deixar o empregado dissatisfeito, mas sua presença não é capaz de satisfazê-lo ou motiva-lo. Fatores Motivacionais: quando presentes trazem o desenvolvimento das motivações internas. KITA: “ Kick in the ass” (chute no traseiro). Existem três tipos de chutes: • Chute físico negativo • Chute psicológico negativo - Os chutes negativos não levam à motivação, apenas ao movimento. A pessoa que chuta é que está motivada, a que é chutada apenas se move. • Chute psicológico positivo: conduz à motivação. DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Motivação e Job Enrichment - Motivação: É o resultado do crescimento pessoal, apoiado na necessidade inata das pessoas crescerem. Baseia-se na premissa de que as pessoas acham satisfação no trabalho. - Job Enrichment: Uma das maiores contribuições de Herzberg. Consiste em adicionar diferentes tarefas ao trabalho de uma pessoa de modo a torná-lo mais atraente e motivador. - Pode ser: Horizontal: não produz motivação Vertical: produz motivação DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Motivação Necessidades Fisiológicas Necessidades De Segurança Necessidades Do ego Estima Necessidades Sociais Necessidades de Auto-realização H ig iê n ic o s M o ti v a c io n a is Salário – Vida Pessoal Condições Físicas do trabalho Políticas Administrativas e Empresariais Relações interpessoais Supervisão e colegas Realização, reconhecimento Status O trabalho em Si Responsabilidade Progresso Crescimento Maslow Herzberg Comportamento Gerencial Douglas McGregor DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Motivação DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO • Professor norte-americano. • Graduou-se, em 1932, pela atual Universidade de Wayne e obteve Ph.D em Harvard. • No início da década de 50, ajudou a projetar uma fábrica da Procter & Gamble, na Georgia, com base na Teoria Y. • Ficou conhecido por sua divisão da teoria motivacional em Teoria X e Y – peças centrais do seu clássico “O Lado Humano da Empresa”, publicado em 1960. Douglas MCGREGOR “ A motivação, o potencial para desenvolvimento, a capacidade para assumir responsabilidades (...) estão todos presentes nas pessoas. Não sãoos dirigentes que os incutem nelas”. 1906 - 1964 Teoria X e Y O psicólogo Douglas McGregor, procurou demonstrar uma variedade de estilos de administrar que eram – ou são – utilizados nas organizações. Utilizou as Teorias X e Y para apresentar algumas convicções sobre a maneira pela qual as pessoas se comportam dentro das organizações. DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Teoria X • A Teoria X caracteriza-se por ter um estilo autocrático e similar à Administração Científica de Taylor, à Clássica de Fayol e à Burocrática de Weber. • Assumia que os trabalhadores eram inerentemente preguiçosos, necessitavam ser supervisionados e motivados, e consideravam o trabalho um mal necessário para conseguir dinheiro. As pessoas: Irão evitar o trabalho caso seja possível. precisam ser forçadas, controladas, dirigidas e ameaçadas com punição para realizar o esforço adequado para atingir as metas da organização. Preferem ser dirigidas, desejam evitar responsabilidades, possuem pouca ambição e querem, acima de tudo, segurança. DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Teoria Y A Teoria Y desenvolve um estilo altamente democrático através do qual administrar é um processo de criar oportunidades e proporcionar orientação quanto aos objetivos. As pessoas: São esforçadas e gostam de ter o que fazer; têm o trabalho como uma atividade tão natural como brincar ou descansar; procuram e aceitam responsabilidades e desafios; podem ser automotivadas e autodirigidas; são criativas e competentes. DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Teoria Y • A administração das organizações se caracteriza pelos seguintes aspectos: • Caso necessário, é de responsabilidade da administração desenvolver o compromisso de cada indivíduo com os objetivos que possuam e permitir que as habilidades individuais sejam utilizadas para alcançar as metas da organização. • Proporcionar condições para que as pessoas reconheçam e desenvolvam características como motivação, potencial de desenvolvimento e responsabilidade. DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Teoria Z • O conceito dessa teoria foi aproveitado por William Ouchi, que analisou os métodos de trabalho japonês e desenvolveu muitas ideias de McGregor: • Emprego vitalício. • Preocupação pelos empregados. • Preocupação com a qualidade. • Troca e transmissão de informações nos dois sentidos hierárquicos. Antes de morrer, McGregor estava escrevendo a Teoria Z, que havia surgido da necessidade de sintetizar os ditames organizacionais e pessoais. Modelo Contingencial Victor H. Vroom Teoria de Expectação Lawler III DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Motivação Modelo Contingencial - Vroom Victor H. Vroom desenvolveu uma teoria da motivação que rejeita noções preconcebidas onde a motivação para produzir depende de três forças que atuam dentro do indivíduo: Para Vroom, o nível de produtividade individual parece depender de três forças básicas que atuam dentro do indivíduo: Os objetivos individuais, ou seja, a força do desejo de atingir objetivos, A relação que o indivíduo percebe entre produtividade e alcance dos seus objetivos individuais, A capacidade de o indivíduo influenciar seu próprio nível de produtividade, à medida que acredita poder influenciá-lo. DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Para Vroom, um indivíduo pode desejar aumentar a produtividade quando três condições se impõem: a) Objetivos pessoais do indivíduo: que podem incluir dinheiro, segurança no cargo, aceitação social, reconhecimento, trabalho interessante etc. b) Relação percebida entre satisfação dos objetivos e a cota de produtividade: se para um operário o salário é percebido como importante, e recebe adicional por produtividade, esse fator o fará trabalhar mais, mas se o fator importante é o reconhecimento de um superior somente um elogio será suficiente para a sua motivação. DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Modelo Contingencial - Vroom Modelo Contingencial c) Percepção de sua capacidade de influenciar sua produtividade: se um empregado acredita que um grande volume de esforço despendido tem pouco efeito sobre o resultado, tenderá a não se esforçar muito, como é o caso de uma pessoa coloca em uma função sem treinamento. Neste modelo a motivação é entendida com um processo que governa escolhas entre comportamentos, ou seja, as conseqüências de cada atitude são entendidas pelo indivíduo como possíveis resultados de seu comportamento particular. DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Modelo Contingencial Recompensas percebidas Motivação (força das necessidades) Existência/manutenção Relacionamentos Crescimento/mudança Tarefas percebidas Atitudes (mecanismos de Direção) Comportamentos: Quantidades e Qualidade do desempenho As atividades de um indivíduo constituem função de entradas, seja de tarefas ou de recompensas. O indivíduo avalia as entradas de acordo com sua motivação e força das necessidades no momento, o que resulta em uma atitude ou em um mecanismo de direção de seu comportamento. Esta atitude determina seu comportamento (saída) e a quantidade e qualidade de seu desempenho. Entradas Operações Resultados (saída) DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Modelo Contingencial O modelo contingencial de Vroom se baseia em objetivos gradativos e na hipótese de que a motivação é um processo governando escolhas entre comportamentos. O indivíduo percebe as conseqüências de cada alternativa de ação como um conjunto de possíveis resultados decorrentes de seu comportamento. Esses resultados constituem uma cadeia entre meios e fins. DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Quando um indivíduo procura um resultado intermediário (como produtividade, por exemplo), ele está buscando meios para alcançar um resultado final (como dinheiro, benefícios sociais, apoio do supervisor, promoção ou aceitação do grupo). Quando um indivíduo procura um resultado intermediário (como produtividade, por exemplo), ele está buscando meios para alcançar um resultado final (como dinheiro, benefícios sociais, apoio do supervisor, promoção ou aceitação do grupo). Cada indivíduo tem preferências quanto a determinados resultados finais que ele pretende alcançar ou evitar. Esse resultados adquirem valências. Modelo Contingencial DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Teoria de Expectação – Lawer III Lawer III encontrou evidências de que o dinheiro motiva não somente o desempenho excelente, mas também o companheirismo, relacionamento com colegas e dedicação ao trabalho. O dinheiro tem apresentado pouca potência motivacional face a sua incorreta aplicação pela maior parte das empresas. O dinheiro é o resultado intermediário com elevada expectância para o alcance de resultados finais. DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Teoria de Expectação – Lawer III A relação não consistente entre o dinheiro e o desempenho, em muitas organizações, é devida a várias razões, a saber: a) O enorme lapso de tempo ocorrido entre desempenho da pessoa e o fraco incentivo salarial decorrente. O reforço é fraco e demorado, b) As avaliações de desempenho não produzem distinções salariais. Assim os salários tendem a ser mantidos pela média e acabam não recompensando o Desempenho excelente oferecido por algumas pessoas, DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Teoria de Expectação c) A política de remuneração das organizações está geralmente, atrelada às políticas governamentais ou convenções sindicais, que são genéricas. Os salários tornam-se planos e não distinguem o bom e o mau desempenho, d) O forte preconceito gerado pela teoria Humanista a respeito do salário em si e das limitações do modelo do homo economicus difundido pela teoria de Taylor. Esse preconceito transforma o dinheiro em algo vil e sórdido, quando na realidade, ele é uma das razões que levam as pessoas a trabalhar em uma organização. DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO Teoria de Expectação As pessoas desejam o dinheiro porque o dinheiro permite a satisfação de necessidades fisiológicas e de segurança (alimentação, conforto, padrão de vida, etc), como dá também plenas condições paraa satisfação das necessidades sociais (relacionamentos, amizades, etc), de estima (status, prestígio) e de auto-realização (realização do potencial e dos talentos individuais). Se as pessoas crêem que obtenção do dinheiro (resultado final) depende do desempenho (resultado intermediário), elas de dedicarão a esse desempenho. O desempenho terá valor de expectação ao alcance do resultado final. Necessidades não satisfeitas Crença de que o dinheiro satisfará as necessidades Crença de que a obtenção do dinheiro requer desempenho Motivação ara desempenhar DR. JEFFERSON CABRAL AZEVEDO
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