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Obrigações e Responsabilidade Civil: Ação de Busca e Apreensão e Teoria do Punitive Damages

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(
3
)
CENTRO UNIVERSITARIO IBMR
DIRETO 
PABRICIO CONCEIÇÃO BARBOZA 
OBRIGAÇÕES E RESPONSABILIDADE CIVIL
PROF: MARIANA
RIO DE JANEIRO – RJ
2020
ATIVIDADE PRÁTICA SUPERVISIONADA
OBRIGAÇÕES E RESPONSABILIDADE CIVIL
(I) Ana comprou um caminhão para exercício de atividade profissional mediante alienação fiduciária em garantia. Meses depois, ajuizou ação revisional do contrato, alegando que os juros remuneratórios aplicados são abusivos. Uma vez proposta a ação, parou de pagar as parcelas aguardando decisão definitiva do Poder Judiciário. Cinco meses depois do ajuizamento da ação revisional, a empresa ajuizou ação de busca e apreensão devido ao inadimplemento. Em sua defesa, requerendo a revogação da decisão liminar deferida na ação de busca e apreensão, Ana alega que a existência da revisional fragiliza a mora e que o caminhão é bem essencial para o exercício de sua profissão. Na qualidade de julgador(a), analise a (improcedência do pedido de Ana quanto à busca e apreensão. Aula de Referência: Aulas 6 a 9. | Caso adaptado do AI nº 70078925948 TJRS (DJ. 13 set. 2018)
 Conforme o Art 3º da lei 911/69 , o proprietário ou credor , poderá desde que comprovada , conforme de acordo com o paragráfo 2º do art 2º , inadimplemento , requer contra o devedor ou terceiros a busca e apreensão dos bens alienado fiduciariamente , a qual concedida a liminar , podendo ser assim apreciada no judiciário .
 Sendo assim o STJ tem o entendimento de que a discussão das cláusulas contratuais na ação revisionada não acarreta suspensão da ação de busca e apreensão visto que não há conexão entre as ações nem prejudicialidade externa 
 EMENTA: ALIENAÇÃO FIDUCIARIA BUSCA E APREENSAO MEDIDA LIMINAR, CONSTITUIÇÃO EM MORA DO DEVEDOR DECRETO LEI N 911/69 
1 A concessão de medida limiar em ação de busca e apreensão decorrente do inadimplemento e contrato com garantia de alienação fiduciária está condicionada tão só a mora do devedor que deverá ser comprovada por carta registrada expedida por intermédio de Cartório de Títulos e documentos ou pelo protesto do título, a critério do credor (art2º, parágrafo 2º, do Decreto-Lei n.911/69).
2 A discussão das cláusulas contratuais na ação revisional não acarreta o sobrestamento da ação de busca e apreensão por quanto não há conexão entre as ações nem prejudicialidade externa.
3 Recurso especial provido (Resp: 1093501. MS 2008/0208968-4, Relator: Ministro JOÃO OTÁVIO NORONHA Data de Julgamento: 25/11/2008 
4 QUARTA TURMA Data de Publicação: 15/12/2008)
 Dito isto no caso em análise a Ré em sua defesa requerendo a revogação da decisão liminar deferida na ação de busca e apreensão, alega fragilidade da mora em virtude da revisional contratual, porem a Ré de forma deliberada , após a ação revisional ser ajuizar, parou de pagar as parcelas quando deveria continuar de forma que foram contratadas, sobre pena de ficar caracterizado mora contratual , ou decisão judicial autorizando o depósito em juízo .
Quanto ao argumento de que o bem é essencial para o exercício da sua profissão, este não está amparado nos autos com qualquer prova.
 Do exposto verifica-se que Ana não se desincumbiu de comprovar fato impeditivo, modificado ou extintivo do diretor do autor, consoante exige o art. 373 do CPC.
Em vista disso, deve ser mantida a busca e apreensão do bem.
(II) Durante a madrugada, houve acidente de trânsito no qual o veículo de Antônio da ação indenizatória colidiu com a parte traseira do Jeep Cherokee de propriedade de João. Nessa ocasião, João e mais dois amigos saíram do veículo e agrediram violentamente Antônio, retirando-o à força de seu carro e espancando-o com socos e chutes em várias partes do corpo, além de bater sua cabeça contra uma grade, sendo que os agressores ficavam revezando entre quem segurava a vítima e quem a agredia. Exame médico identificou que o ato ocasionou inúmeras lesões no corpo de Antônio, especialmente em sua face, tendo havido quebra de ossos do nariz, cortes visíveis no supercílio direito e grandes hematomas nos olhos. Ademais, a agressão trouxe sequelas de ordem emocional e psíquica. A partir da doutrina/jurisprudência brasileira e estrangeira, elabore relatório de pesquisa com análise crítica a respeito da aplicação da teoria do punitive damages nesse caso. Aula de Referência: Aulas 10 a 13. | Caso adaptado do REsp 839.923/MG STJ (DJ. 21 maio 2012)
Os danos morais , tem como uma afronta ao patrimônio não material da pessoa prejudicada, ou um ataque direto a ela , assim agredindo a sua dignidade conforme previsto no ( Art. 88 CF, 1º ,lll ) e o direito de personalidade , onde acusa esta pessoa ,devido vergonha e humilhação , com isso o Carlos Gonçalves nos ensina que o dano moral não é propriamente a dor ou desgosto , humilhação que sofre a vítima , pois esses estados de espirito constituem a consequência do dano ., ( GONÇAVES ,2007 p.35)
 Conforme se encontra prescrito nos artigos186 e 927 do código civil, a obrigação de indenizar por danos morais.
Art. 186: Aquele que por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito
Art. 927: Aquele que, por ato ilícito causar dano outrem, fica obrigado ao repara-lo
Parágrafo único. Haverá obrigação de reparar o dano, independente de culpa, nos casos especificados em lei ou quando a atividade normalmente desenvolvida pelo autor do dano implicar por sua natureza, risco para os direitos de outrem.
A natureza dos danos morais tem por caráter de preparação a vitima que sofreu o dano ao seu patrimônio não material ,e em também em caráter punitivo ao causador do dano, esse é conhecido como Punitiva damejes que significa indenização punitiva e tem como objetivo que a indenização por danos seja fixada com o valor de desestimular que o autor a prática delituosa venha a praticar outros delitos parecidos , além de servir de exemplo.
De acordo com o STJ, quando a conduta de uma pessoa é direcionada ao fim ilícito de causar dano á outra, por meio de violência física, e sendo caracterizado o dano moral, o juiz deve reconhecer o punitivo e pedagógico ao fixar o valor da reparação sem se esquecer aos enriquecimentos sem causa da vitima.
Objetivo originário do Punitive dagmares é impor ao autor da conduta o aumento do valor da indenização, no sentido de firmar condutas especificas.
Sendo assim através desse instituto a corte estabeleceu o valor de indenização dos danos morais, levando em consideração a condição econômica, dos acusados, porem sem enriquecer licitamente a vitima.

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