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Imunodeficiências : Congênitas ou Primárias / Adquiridas ou Secundárias / Associadas a componentes não-imunológicos ou Doenças de Desregulação Imunológica

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Aula 18 Imuno - Imunodeficiências : 
Congênitas ou Primárias / Adquiridas ou Secundárias / 
Associadas a componentes não-imunológicos ou Doenças 
de Desregulação Imunológica 
 
 
 
OBS : ​Resumo + Informações sobre Sistema ABO e Doenças Hemolíticas 
● Sistema ABO 
○ Todos os antígenos sanguíneos (O, A e B) possuem um ​core​ (núcleo) 
glicídico comum a todos os tipos sanguíneos 
○ O sangue O não é um sangue ausente de antígenos, mas sim um sangue 
com um antígeno que se repete em todos os outros tipos sanguíneos 
○ Esse antígeno comum é chamado de ​Antígeno H 
○ No Antígeno A é adicionada uma N-Acetilgalactosamina 
○ No Antígeno B é adicionada uma Galactose 
 
 
○ Os anticorpos contra açúcares são IgM ou IgD 
○ Já para o Sistema Rh, não é mais uma variância na estrutura do glicídio, mas 
sim de há a presença dele ou não 
○ Pessoas Rh+ possuem o Antígeno D. Pessoas Rh- não possuem o Antígeno 
D 
 
 
 
 
○ Os açúcares que determinam os antígenos sanguíneos ABO estão 
associados aos lipídeos na Membrana Plasmática ⇉ ​Glicolipídeos 
■ Os anticorpos anti-A e anti-B serão IgM, dado que não é necessária a 
mudança de isotipo, pois o antígeno é glicídico 
○ Já os antígenos sanguíneos Rh estarão associados à Proteínas 
transmembrana (complexo proteína + açúcar) 
■ Os anticorpos anti-D serão IgG, dado que é necessária a mudança de 
isotipo, pois o antígeno é proteico 
 
OBS : O único anticorpo capaz de passar pela barreira placentária é o ​IgG​. 
 
OBS 2 : Eritroblastose Fetal 
● Durante uma primeira gestação de um bebê Rh+ por uma mãe Rh-, não haverá 
troca sanguínea, uma vez que há apenas passagem de sangue da mãe para o bebê 
(sendo que ela não foi ainda sensibilizada, de modo a não produzir anticorpos 
anti-Rh). Entretanto, durante o parto, pode haver uma contaminação, de modo que o 
sangue da mãe entre em contato com o sangue do bebê; logo, ela passará a 
produzir anticorpos IgG anti-Rh. 
● Numa nova gestação de um bebê Rh+, a mãe irá fornecer ao feto todos os tipos IgG 
que ela possui, afim de permitir a proteção imune do filho durante os primeiros 
meses de vida, até que seu sistema imunológico esteja totalmente estabelecido. 
Entretanto, dentre essas IgG’s enviadas, estarão os anticorpos anti-Rh produzidos 
pela mãe; isso ocasionará um processo de hemólise do sangue do feto. 
● Afim de evitar a ocorrência de Eritroblastose Fetal na segunda gravidez, a mãe 
recebe, algumas horas após o primeiro parto, um anti-soro anti-Rh, afim de 
neutralizar esses antígenos Rh que entraram em contato com seu sangue (isso evita 
a montagem de uma resposta anti-antígeno) 
● Essa passagem de anticorpos da mãe para o feto durante a gestação e a 
amamentação são considerados processos de ​Imunização Passiva 
○ Durante a gestação ⇉ passa somente IgG 
○ Durante a amamentação (no leite materno) ⇉ passa IgG e IgA 
● A passagem de IgG da mãe para o bebê ocorre por meio de endocitose, sendo 
facilitada pelo Receptor​ FcγRn ​(Receptor de Fc gama neonatal), dado que ele 
reconhece a porção constante das IgG’s fornecidas pela mãe 
○ É chamado de neonatal, pois foi visto primeiramente no sinciciotrofoblasto 
(ponte entre a circulação fetal e a circulação materna); entretanto, esse 
receptor também pode ser visto no Fígado, no Baço, nas Mucosas 
○ Não há esse tipo de receptor para IgA, IgM ou IgE 
 
 
 
 
 
 
 
○ A mucosa oral dos indivíduos é normalmente protegida de reações 
inflamatórias ⇉ não tem perfil supressor, mas sim tolerogênico, uma vez que é 
mediado por um ambiente IL-10 e TGF-β 
○ Por meio da amamentação, a mãe passa ao filho antígenos (flora) e 
anticorpos; de modo a permitir sua proteção, até que ele esteja possibilitado a 
produzir suas próprias respostas 
■ O bebê acaba compartilhando a mesma flora que a mãe 
■ Bebês não alimentados por leite materno não recebem as 
imunoglobulinas protetoras da mãe, de modo a não conseguirem gerar 
a tolerância aos antígenos alimentares 
 
 
 
 
 
● Imuno-deficiências 
○ Existem 3 tipos : 
■ Congênitas ou Primárias 
■ Adquiridas ou Secundárias 
■ Associadas a componentes não-imunológicos ou Doenças de 
Desregulação Imunológica 
 
 
 
 
 
 
 
● Imunodeficiências Congênitas ou Primárias 
○ Causas : 
■ Defeitos da Imunidade Inata 
■ Imunodeficiências severas combinadas (de Células T e B) 
■ Imunodeficiências predominantemente de anticorpos 
■ Outras imunodeficiências bem definidas 
 
 
OBS : Doenças mencionadas 
● Disgenesia Reticular 
○ Falha na geração dos Progenitores Linfóides e Mielóides 
○ Mutação nas proteínas dos Fatores de Crescimento (determinam qual 
linhagem uma Célula irá seguir), tornando-os não-funcionais 
○ Pode ocorrer também falha nos Receptores desses Fatores de Crescimento 
● SCID 
○ Falhas nos Receptores do Progenitor Linfóide ou nas proteínas que a eles se 
associam 
● Imunodeficiência Severa Combinada 
○ Ocorrem distúrbios tanto em Linfócitos T, quanto em Linfócitos B 
○ Podem ocorrer em diversas etapas do desenvolvimento de Linfócitos 
● Hipogammaglobulinemia 
○ Produção baixa ou ausente de anticorpos 
● Deficiência seletiva de imunoglobulinas 
○ Falhas no ​switch​ de isotipo ou na geração de Células de memória 
 
 
 
○ São defeitos em componentes do sistema imunológico, sendo a maioria de 
caráter hereditário e recessivo. Essas doenças geralmente estão associadas 
a genes mutados no cromossomo X 
○ Sua prevalência geral é de 1 caso para cada 2000 nascimentos, com 
predominância no sexo masculino e em populações com alta frequência de 
consanguinidade 
○ Por existirem tantas Imunodeficiências Primárias diferentes, elas representam 
um problema de saúde importante, dado que ocorrem com frequência 
comparável à da Leucemia e Linfomas, e sendo maior do que a Fibrose 
Cística 
○ O diagnóstico e o tratamento precoces dessas doenças são essenciais para 
garantir a sobrevida do paciente e prevenir sequelas 
○ A identificação do defeito genético responsável pela Imunodeficiência 
Primária torna possível o aconselhamento dessas famílias, o diagnóstico 
pré-natal e o estado do portador do defeito 
○ Em geral, as imunodeficiências se manifestam pelo aparecimento de 
infecções recorrentes (pelos mesmos patógenos ou similares) ⇉ 
Susceptibilidade a infecções fica aumentada 
○ Sinais Clínicos que sugerem a presença de Imunodeficiências Congênitas ou 
Primárias (IDP) : 
■ Histórico Familiar 
■ Infecções em múltiplos sítios anatômicos 
● 2 pneumonias ou mais, em um intervalo de 1 ano 
● 4 ou mais otites em um intervalo de 1 ano 
● Estomatites de repetição 
● Abcessos de repetição na pele 
● Asma grave 
● Infecções intestinais de repetição 
● Infecções por micobactérias 
■ Fenótipos clínicos sugestivos de Síndromes associadas a 
Imunodeficiências 
● Marcas no rosto, membros e corpo bem características 
■ Aumento da severidade das doenças ao longo dos anos, caso não 
haja tratamento 
■ Infecções recorrentes por patógenos comuns 
● Antígenos da flora de indivíduos comuns, passam a ser 
patogênicos para essas pessoas 
■ Infecções sérias por patógenos incomuns 
● Mais graves do que em indivíduos normais 
■ A idade em que as infecções recorrentes começam fornece uma pista 
quanto ao componente do sistema imunológico que está sendo 
afetado 
■ Outros achados clínicos característicos auxiliam no diagnóstico clínico 
■ Exames laboratoriais específicos e avançados são necessários para 
confirmar o diagnóstico de imunodeficiência 
■ O prognóstico nas imunodeficiências primárias depende de qual é a 
doença específica 
■ Pacientes com Imunodeficiências Primárias são mais susceptíveis a 
certos tipos de cânceres 
● Associado à Resposta de Células NK 
● Doenças não associadas ao Sistema Imune que causam falhas 
nas enzimas responsáveis pela transcrição, abertura e 
fechamento de cromatina, dentre outros processos, causam 
problemas nos Checkpoints; desse modo, podem causar 
Imunodeficiências, dado que esses erros afetam todas as 
Células, inclusive as do Sistema Imunológico 
 
■ Certas Imunodeficiências estão associadasa Doenças Auto-Imunes 
 
○ Estratégias Terapêuticas para Imunodeficiências Primárias : 
■ Minimizar e controlar infecções 
■ Transplante ou transferência passiva 
 
 
○ 1) Defeitos na Imunidade Inata : 
■ Defeitos na produção de Espécies Reativas de Oxigênio 
● Essas ROS são responsáveis pelo ​killing​ dos patógenos, dado 
que estão presentes em ​Fagócitos 
● Doença Granulomatosa Crônica​ : 
○ Mutações nos componentes do Complexo Enzimático 
Fagócito Oxidase” (phox) 
○ Mutação mais comum ⇉ no gene codificador de uma 
proteína integral de membrana chamada ​phox-91 
(citocromo b​558​) 
○ Resultado ⇉ produção defeituosa de Ânion superóxido e 
das Espécies Reativas de Oxigênio. Esses produtos 
constituem o mecanismo microbicida principal dos 
Fagócitos (principalmente, de Neutrófilos) 
○ Ocorrência de falha na morte de patógenos intracelulares 
e na apresentação de antígenos 
 
 
 
OBS : Os patógenos são reconhecidos diretamente pela Célula, seja por Receptores de Fc, seja 
por Receptores do Complemento. 
■ Defeitos na Adesão Leucocitária 
● Se não há adesão leucocitária, não há diapedese 
● Falhas nas Integrinas ou nos Ligantes de Selectina 
● Ocorrência de Neutrofilia e de Disfunção Fagocítica 
● LAD I 
○ Falhas nas cadeias β2 das Integrinas 
● LAD I variante ​(ou LAD III) 
○ Falhas nas cadeias β1 e β2 das Integrinas 
● LAD II 
○ Falhas no Sialyl-Lewis (Ligante de Selectina) 
○ Também pode ocorrer mutações na enzima 
Fucosiltransferase ou no Transportador de fucose no 
Golgi 
 
 
 
 
■ Defeitos na fusão de vesículas e na função de Lisossomos 
● Síndrome de Chédiak-Higashi 
○ Mutação no gene que codifica a proteína ​Lyst ​⇉ 
Regulador do tráfego intracelular de Lisossomos 
○ É um Albinismo diferente do Albinismo real 
○ Infecções recorrentes por bactérias piogênicas, albinismo 
oculocutâneo e lisossomos gigantes 
○ Resultado ⇉ Fusão de Fagossomos com Lisossomos fica 
defeituoso, causando : 
■ Resistência reduzida a infecções, ocorre devido a 
falhas na apresentação por MHC de Classe II 
■ Formação defeituosa de melanossomas, levando 
ao albinismo (defeitos no tráfego dos 
Melanossomos, que carregam a Melanina) 
■ Anormalidades lisossomais em células nervosas, 
influenciando as respostas nervosas (defeito na 
sinapse, devido a não-liberação de 
Neurotransmissores) 
■ Anormalidades em plaquetas, causando 
hemorragias descontroladas (não há coagulação, 
devido falhas na liberação no Fator de Agregação 
Plaquetária) 
 
OBS : Lisossomos são vesículas recobertas por membrana, as quais carregam, dentro de si, 
diversos compostos. Os principais produtos de Lisossomos são as Enzimas (responsáveis pela 
Clivagem). 
 
 
■ Ausência ou redução de Células NK 
● Mutação no gene que codifica o fator de transcrição ​GATA2 
○ GATA2 é importante na formação de Precursores de 
Células NK, Monócitos, Células Dendríticas e Linfócitos B 
○ Resultado ⇉ Diminuição, na Medula Óssea, dos 
precursores de Células NK, de Monócitos, Células 
Dendríticas e Linfócitos B 
● Mutação no gene MCM4 (componente 4 do complexo de 
manutenção de mini cromossomos), o qual codifica a ​DNA 
helicase 
○ A DNA helicase é responsável pela abertura da dupla 
hélice do DNA 
○ Resultado ⇉ Perda de Células NK, insuficiência das 
Glândulas Adrenais e retardo no crescimento 
● Mutação no gene que codifica ​CD16​ (FcγRIII ⇉ receptor da 
porção Fc de IgG) 
○ CD16 é um marcador de Células NK 
○ CD16 reconhece a porção Fcγ de Imunoglobulinas que 
estão acopladas a um antígeno 
○ Resultado ⇉ perda de função da CD16 
● Esses pacientes são extremamente susceptíveis a infecções 
virais e ao desenvolvimento de cânceres 
■ Defeitos na sinalização via Toll Like Receptors (TLR’s) e CD40 
● Mutação no gene que codifica ​MyD88 ​e​ IRAK4 
○ MyD88 e IRAK4 são moléculas acessórias na via de 
transdução do sinal por Receptores do tipo Toll 
○ Resultado ⇉ pacientes apresentam susceptibilidade a 
infecções bacterianas invasivas severas (Ex : pneumonia 
pneumocócica) 
● Mutação no gene que codifica ​TRIF, TRAF3 E3 ligase, TBK1​ e 
STAT1 
○ TRIF, TRAF3 E3 ligase, TBK1 e STAT1​ ​são moléculas 
acessórias na via de transdução do sinal por Receptores 
intracelulares do tipo Toll 
○ Resultado ⇉ pacientes apresentam encefalite por herpes 
simplex 
● Mutação no gene que codifica ​NEMO​ (inibidor de IKKγ) 
○ NEMO é uma molécula acessória na via de transdução 
do sinal por Receptores do tipo Toll e pela via CD40. A 
via CD40-CD40L é importante no processo de 
Apresentação do Antígeno 
○ Deficiência na ativação das vias mediadas por TLR’s e 
CD40, ocorre devido à ineficiência da ativação de NF-κB 
○ Essa mutação causará problemas no reconhecimento do 
patógeno e na diferenciação das Células Apresentadoras 
em imuno-competentes, afim de que possam educar a 
Resposta Adaptativa 
○ Resultado ⇉ EDA-ID (imunodeficiência com displasia 
ectodérmica anidrótica). Pacientes apresentam infecções 
por micobactérias, vírus, fungos 
 
 
■ Defeitos na sinalização via IL-12 e IFN-γ 
● Susceptibilidade Mendeliana por Doença Mico-bacteriana 
○ Mutação nos genes que codificam ​IL-12p40, IL-12Rβ1, 
IFN-γR, STAT1 ​ou​ NEMO​ (inibidor de IKKγ) 
○ Essas Micobactérias Atípicas fazem parte da microbiota 
normal, entretanto os portadores dessa doença vão 
reagir a elas 
○ A citocina IL-12 é importante para a diferenciação de 
Linfócitos T no perfil Th1. A IL-12 é heterodímero 
formado pelas unidade p35 e p40. Indivíduos com 
mutação na p40, não fazem o dímero, e portanto, não 
ativam o processo de diferenciação de Linfócitos T e 
Células NK tipo 1. Se não há diferenciação, essas 
Células não expressarão IFN-γ 
○ Os receptores de IL-12 são formados pelas cadeias β1 e 
β2. Mutações na cadeia β1 dos Receptores de IL-12, não 
permitem a passagem do sinal. 
○ Podem ocorrer também mutações nos Receptores da 
citocina IFN-γ, dado a não existência da Cadeia 1 e/ou 2 
○ STAT1 é um fator de transcrição importante nessa 
sinalização por IFN-γ. Mutações nela podem causar 
interferências no sistema 
○ NEMO é uma molécula acessória na Via de Toll e de 
CD40, sendo responsável pela manutenção de todo o 
processo 
○ Resultado ⇉ pacientes apresentam predisposição severa 
por infecções por micobactérias pouco virulentas 
(atípicas) 
 
 
 
 
 
■ Deficiências nos componentes do Sistema Complemento 
● Mutação em ​C3 
○ Indivíduo não forma nenhuma das 3 vias do 
Complemento 
○ Pacientes apresentam múltiplas infecções 
○ A doença é fatal 
 
 
● Mutação em ​C2​ e ​C4 
○ Indivíduo forma somente a Via Alternativa do 
Complemento 
○ Pacientes apresentam suscetibilidade aumentada por 
infecções bacterianas e virais 
● Essas 2 mutações causam susceptibilidade aumentada no 
desenvolvimento de Lúpus Eritematoso Sistêmico, devido aos 
defeitos na eliminação de imunocomplexos 
● Mutações em ​proteínas reguladoras do Complemento 
○ Pacientes apresentam Síndromes associadas ao excesso 
de ativação do Complemento 
 
 
 
○ 2) Imunodeficiências severas combinadas (Linfócitos T e B) 
■ Defeitos na sinalização por citocinas 
■ Defeitos nas vias de metabolização de nucleotídeos 
■ Defeitos na recombinação VDJ 
■ Defeitos no Desenvolvimento tímico 
■ Digênese Reticular 
● Falhas na produção dos Progenitores Linfóides e Mielóides 
 
 
 
 
■ Exemplos de Doenças : 
● SCID’s 
○ Falhas que influenciam diretamente os Linfócitos T, 
causando consequências negativas aos Linfócitos B 
○ Genes associados aos SCID’s : 
■ Mutações nas ​RAG’s​ e na ​ARTEMIS 
● Ausência do processo de Recombinação 
● Não há produção da Célula Pré-B e Pré-T 
■ Mutações na ​ADA 
● A ADA é uma enzima responsável pela 
metabolização de nucleotídeos 
● Essas falhas promovem o acúmulo de 
nucleotídeos, os quais serão tóxicos para a 
Célula 
● Essas Células intoxicadas não conseguem 
gerar Células Maduras finais 
● Ocorrerá falhas na geração da Célula Pró-T 
■ Mutações na ​cadeia γ 
● Falhas que inativam JAK3, e por 
conseguinte, a via JAK-STAT. Essa via é 
importante na sinalização decitocinas que 
mantém os Linfócitos 
● Ocorrerá falhas no processo de 
diferenciação de uma Célula Pró-T para 
uma Célula T imatura 
 
 
OBS : Portadores da Síndrome de DiGeorge não possuem Timo. 
 
 
■ Mutações na ​via de MHC de Classe I 
● Podem ocorrer defeitos na própria via de 
apresentação, ou em alguma proteína 
responsável pela apresentação ou nas 
moléculas de HLA I 
■ Mutações na ​via de MHC de Classe II 
● Podem ocorrer defeitos nas moléculas que 
fazem o transporte, ou nas moléculas de 
HLA II 
■ Mutações em ​BTK 
● BTK é uma enzima importante na ativação 
de Linfócitos B 
■ Mutações em ​CD3 
● Falhas no processo de diferenciação de 
Célula Pré-T para Célula T duplo positiva 
 
■ Mutações nas ​ZAP70, TAP1 e TAP2 
● São as enzimas responsáveis pela ativação 
dos Linfócitos 
 
 
 
 
 
○ 3) Imunodeficiências predominantemente de anticorpos 
■ Agamaglobulinemia 
● Defeitos nos checkpoints de BCR’s; mutação em BTK, 
mutações na Cadeia Pesada de IgM ou nas Cadeias Leves 
substitutas 
● Isso causará uma redução, e até uma ausência de produção, de 
Linfócitos B e em todos os tipos de Imunoglobulinas 
■ Defeitos em isotipos / Hipogamaglobulinemia 
● Falhas no processo de ​switch​ do isotipo 
○ Falhas na enzimas AID e UNG, as quais formam o 
Complexo Enzimático responsável pela recombinação 
dos diferentes isotipos 
● Isso causará uma redução de Linfócitos B, IgA e IgG 
■ Síndrome da hiper IgM 
● Defeitos na hipermutação somática e na troca de isotipo, devido 
mutação na via CD40-CD40L 
○ Falha na educação do Linfócito B pelo Linfócito T 
● Isso causará elevada presença de IgM 
 
 
■ Outras doenças : 
● Imunodeficiência Variável Comum​ (CVID) 
○ Falhas em diversos genes ao longo da transformação do 
Linfócito B 
○ Também pode ocorrer mutação em ICOS 
○ Também pode ocorrer mutação em TACI 
■ Enzima importante na escolha do ​locus​ de IgA, 
durante a mudança de isotipo 
○ Não haverá Linfócitos B 
 
 
 
OBS : A Linfopoiese é independente do antígeno (produção do Linfócito imaturo), e a 
Imunopoiese é dependente do antígeno (ativação do Linfócito). Isso é questionável, pois embora 
a Linfopoiese seja independente do antígeno externo, ela é dependente do antígeno próprio. 
 
 
 
 
● Imunodeficiências Adquiridas ou Secundárias 
○ São doenças que não estavam previamente determinadas pelo genoma, isto 
é, foram adquiridas por alguma ocorrência mais posterior na vida 
○ São definidas pela perda da função do sistema imunológico como resultado 
da : desnutrição; exposição a agentes de doenças que infectam Células do 
Sistema Imunológico; fatores ambientais; tumores primários; disseminação de 
tumores para a Medula Óssea; tratamento com fármacos imunossupressores; 
quimioterapia; radioterapia; envelhecimento 
○ Infecção por​ ​HIV 
■ Depleção de Linfócitos T CD4, devido à invasão dessas Células pelo 
vírus 
■ O HIV utiliza da via CXCR4 / CCR5 como principal via de entrada na 
Célula 
● CXCR4 e CCR5 são receptores de quimiocinas presentes em 
Linfócitos TCD4 
■ Durante o período propriamente dito de AIDS, ocorre : 
● Infecções oportunistas 
○ Sem tratamento, os Linfócitos T CD4 estarão 
comprometidos; sem eles, nota-se a deficiência na 
comunicação com Células NK 
● Formação de Tumores 
○ O vírus se incorpora ao genoma do hospedeiro, podendo 
estimular a ocorrência de mutações, e 
consequentemente, oncogênese 
 
○ Irradiação ​ou ​Quimioterapia 
■ Diminuição de precursores na Medula Óssea 
○ Metástases ósseas ​ou​ Doenças primárias da Medula Óssea 
(Osteosarcoma, Mieloma Múltiplo, Linfoma) 
■ O sítio de desenvolvimento leucocitário fica reduzido, isto é, essas 
células tumorais vão tomar conta de grande parte da Medula Óssea, 
assim diminuindo o espaço separado para o desenvolvimento de 
Leucócitos 
○ Imunossupressores 
■ Fármacos induzem a frenagem do Sistema Imune, tornando as Células 
funcionalmente irresponsivas (“bobas”) 
■ Ativação reduzida de Linfócitos; Bloqueio de citocinas; Bloqueio do 
tráfego leucocitário 
■ Indivíduo torna-se mais suscetível a infecções oportunistas 
○ Remoção do Baço 
■ Fagocitose diminuída de patógenos 
■ Ocasiona um quadro de imuno-supressão 
 
 
OBS : ​Controladores de Elite 
● São indivíduos infectados pelo HIV, contudo conseguem zerar a viremia, assim não 
desenvolvendo a AIDS 
 
● Esses indivíduos possuem : 
○ Contagens muito altas de Linfócitos T CD4 e T CD8 
○ Possuem polimorfismos específicos, tanto de HLA de Classe I, quanto de 
HLA de Classe II. Ou seja, eles carregam variantes que os tornam mais 
resistentes à infecção, dado que seus MHC’s I e II específicos possuem 
encaixes perfeitos com os Determinantes Antigênicos fundamentais para a 
sobrevivência do HIV. Se há uma apresentação extremamente eficiente do 
patógeno, então haverá um combate igualmente eficiente dele. 
○ Mutação em CCR5 (deleção de 32pb) ⇉ há maior dificuldade na entrada do 
vírus 
● Inicialmente, ocorre a infecção pelo vírus, de modo que a viremia fique alta. Assim, o 
organismo tentará combater o invasor, com a produção intensa de Linfócitos, 
Monócitos, Macrófagos, Neutrófilos, Células NK. Em indivíduos que NÃO são 
Controladores de Elite, o HIV irá destruir o Sistema Imune, assim não havendo mais 
controle da infecção. 
● Uso na Biotecnologia 
○ Usando Células TCD4 infectadas pelo HIV adaptado ao laboratório, nota-se 
que mantendo o HLA-C (é o MHC de Classe I, o qual apresenta para 
Linfócitos T CD8, que vai produzir IFN-γ, assim educando Células NK), o 
controle é feito de forma efetiva. 
○ Se retirada essa variante C do HLA, observa-se uma influência negativa no 
controle das Células TCD8 citotóxicas e de Células NK. 
 
 
 
● Imunodeficiências associadas a componentes 
não-imunológicos ou Doenças de Desregulação 
Imunológica 
○ São geneticamente determinadas por defeitos não-imunológicos 
○ As manifestações não imunológicas são reconhecidas mais facilmente do que 
as de imunodeficiências 
○ Exemplos de doenças : 
■ Ataxia-telangiectasia 
● Mutação na enzima ATM (controla o crescimento celular e 
divisão celular) 
● Portador não possui coordenação motora e apresenta 
telangiectasias (vasos sanguíneos dilatados) nos cantos dos 
olhos, na pele do rosto e nas orelhas 
■ Hipoplasia da cartilagem e pilosa 
■ Síndrome de DiGeorge 
● Deleção do cromossomo 22 
● Portador não possui o Timo, assim não promovendo a 
Educação Central de Linfócitos T 
■ Síndrome da hiper-IgE 
● Deficiência em STAT3 
■ Síndrome de Wiskott-Aldrich 
● Mutação no gene WASP (citoesqueleto de Actina)