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Resposta Imune Adaptativa : Ativação de Linfócitos T / Subpopulações de linfócitos (diferenciação) / Importância do microambiente tecidual (linfóide e extra linfóide) na educação linfocitária / Citoci

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Aula 10 Imuno - Resposta Imune Adaptativa : Ativação de 
Linfócitos T (TCR, moléculas co-receptoras, 
co-estimuladoras e co-inibidoras) / Subpopulações de 
linfócitos (diferenciação) / Importância do microambiente 
tecidual (linfóide e extra linfóide) na educação linfocitária / 
Citocinas na ativação, proliferação e manutenção de 
Linfócitos T 
 
 
 
OBS : ​Revisão das Aulas Passadas 
● Ativação de Linfócitos T 
○ O desenvolvimento dos Linfócitos T ocorre no Timo 
■ O seu desenvolvimento constitui principalmente na expressão dos 
receptores TCR 
○ O TCR é constituído pelas Cadeias α e β. Além disso, possui como 
co-receptores o CD4 ou CD8; e cadeias acessórias CD3 (εδ ou εγ) e ζ 
■ O TCR sozinho não funciona, por isso existe a necessidade da 
existência de todas essas outras moléculas 
○ A ativação inicial de Linfócitos T virgens ocorre nos Órgãos Linfóides 
Secundários, local por onde essas células circulam até o encontro com o 
antígeno protéico apresentado pelas APC’s ⇉ Linfócitos ganham capacidade 
funcional, também chamado de diferenciação / plasticidade fenotípica 
■ Ontogenia = Desenvolvimento = Linfopoiese 
■ Plasticidade Fenotípica​ das Células T consiste na mudança do 
núcleo da Célula (não dos receptores) para tipos diferentes 
(subdivisões) após o encontro com o antígeno 
○ Sequência de Eventos : 
■ Linfócitos T virgens circulando através dos Linfonodos até o encontro 
com o antígeno específico 
■ Uma vez nos Órgãos Linfóides Secundários, haverá o encontro dos 
Linfócitos T virgens com a Célula Dendrítica, a qual está trazendo 
informação da periferia, afim de educar essa resposta imune 
● APC’s estão apresentando via MHC e Linfócito T estão 
reconhecendo via TCR 
■ Assim ocorre a ativação dos Linfócitos T virgens, e posteriormente seu 
desenvolvimento em Células efetoras (processo de Diferenciação) 
■ Uma vez alcançado seu fenótipo efetor, a Célula T sai dos Órgãos 
Linfóides Secundários por meio dos Eferentes Linfáticos, até alcançar 
a circulação sanguínea e depois ser distribuída para a periferia, onde 
está ocorrendo o ataque 
■ Ativação de linfócitos T efetores no sítio periférico de infecção 
■ Erradicação do patógeno 
 
 
 
● Diferenciação de Linfócitos T 
○ Podem se diferenciar em : 
■ CD4 “​helpers​” / auxiliar 
● Causam ativação de Macrófagos; Estimulam a mudança de 
isotipo de Linfócitos B 
■ CD8 ​citotóxicos 
● Efetuam de fato o ​killing​, dado que possuem grânulos que 
causam a morte do patógeno 
 
 
OBS : Em uma analogia com a Imunidade Inata, nota-se que os Linfócitos T CD8 estão mais 
próximos daquelas Células Inatas que efetuam a resposta, e os CD4 estão mais próximos 
daquelas Células Inatas que conversam entre si. Portanto, nota-se que os mecanismos da 
Imunidade Adaptativa e dos Linfócitos T são os mesmos; entretanto, o que muda é que nas 
Células T há o reconhecimento especificamente do patógeno, e nas Inatas, o reconhecimento é 
global. 
 
 
● Ativação de Linfócitos T 
○ A interação TCR/MHC-peptídeo promove a formação da ​Sinapse 
Imunológica ​(comunicação entre Linfócito T e APC) 
○ Após essa Sinapse, ocorre uma alteração no citoesqueleto tanto da célula 
que está apresentando, quanto da que está reconhecendo; afim de que todas 
as moléculas que participam desse processo de ativação fiquem localizadas 
na mesma posição (isso estimula uma resposta mais potente e ativa possível) 
○ Essa sinapse leva à captura do Linfócito T e a estabilização do contato: 
programa de ativação disparado 
 
 
 
 
 
 
 
 
○ Funções da Sinapse Imunológica : 
■ Reforçar a interação entre o Linfócito T e a APC 
● Uma vez que concentra todas as moléculas necessárias para a 
transdução do sinal em um local só (reorganização do 
citoesqueleto celular) 
■ Localizar as moléculas responsáveis pela ativação (processo de 
reconhecimento do antígeno) e diferenciação (mudança da Célula em 
outros subtipos) dos Linfócitos T 
● Essa ativação exige o reconhecimento do Complexo 
MHC-Peptídeo não só pelo TCR, como também pelo CD4/CD8 
■ Transdução de sinal quando do reconhecimento do antígeno 
 
 
OBS : A região intracelular do TCR é bastante curta, todavia os Co-receptores e as Cadeias 
Acessórias possuem regiões intracelulares longas, as quais possuem porções chamadas 
Domínios ITAM ​(sítio de ativação rico em Tirosina de Imuno-receptores). Esses Domínios são os 
responsáveis pela transdução do sinal. 
 
 
 
○ As Respostas Adaptativas por Linfócitos T são educadas pelas Células 
Dendríticas, por meio de diversas vias : 
■ No sítio periférico inflamado/infectado, há o reconhecimento dos 
indicadores de "perigo" associados ao patógeno (PAMP’s/DAMP’s) 
● Células Dendríticas em tecidos periféricos 
● Reconhecimento de PAMP’s e DAMP’s 
■ Nos Órgãos Linfóides Secundários há a apresentação do antígeno 
● A sinalização via TLR’s induz a expressão de CCR7 e de 
S1P1R em Células Dendríticas 
● Potencialização do processamento de antígeno 
■ Expressão de moléculas Co-Estimuladoras e/ou Co-Inibidoras 
● CCR7 direciona a migração de Células Dendríticas para os 
tecidos linfóides 
○ CCR7 reconhece as quimiocinas CCL19 e CCL21 na 
zona de Célula T em Órgãos Linfóides Secundários 
● Aumento da expressão de moléculas co-estimuladoras e MHC 
■ Produção de citocinas educadoras 
● Células Dendríticas ativadas na zona de Células T ativam 
Linfócitos T virgens 
 
 
OBS : Células Dendríticas, Linfócitos ou qualquer Leucócito precisam expressar o receptor 
S1P1R​ para conseguir alcançar as Circulações (Linfática e/ou Sanguínea), uma vez que a 
quimiocina S1P1 é a responsável por fazer o gradiente de atração dessas Células, principalmente 
em locais da circulação próxima da entrada de órgãos. 
 
OBS 2 : Para que as Células consigam se manter nesses locais, é necessário que esse receptor 
S1P1R seja ​down-regulado​, afim de que as células tenham tempo necessário para realizar suas 
funções. Posteriormente, as Células ​up-regulam​ esses receptores, para que elas possam sair 
desse local. 
 
 
 
○ As APC’s apresentam antígenos e fornecem outros sinais que educam e 
guiam a magnitude e natureza da resposta dos Linfócitos T 
■ Sinal 1 ⇉ Reconhecimento do Antígeno via TCR/MHC-antígeno 
■ Sinal 2 ⇉ Expressão de moléculas Co-estimuladoras 
■ Sinal 3 ⇉ Expressão de citocinas educadoras 
 
 
 
● Subtipos de Linfócitos T CD4 
○ Principais ⇉ Th​1​, Th​2​, Th​17​ e T​REG 
○ Th​1 ​: 
■ Produzida para combater infecções por bactérias intracelulares (via 
endossomal) e vírus 
■ Ação das Células NK 
■ Após a fagocitose da bactéria/vírus, a Célula Dendrítica passa a 
expressar a citocina IL-12 
■ Ocorrerá a apresentação por meio do MHC de classe II, com o 
co-estímulo e a educação por meio da citocina IL-12 
■ Esses Linfócitos Th​1 ​produzem IFN-​γ​ e TNF-​α 
 
OBS : Após sua diferenciação, quando o Linfócito T chega no sítio de ataque, ele passa a liberar 
muito IFN-γ. Os Fagócitos (Macrófagos, Monócitos, Neutrófilos) possuem receptor para IFN-γ; de 
modo que ao se ligar a essa citocina, sua ação de ​killing​ aumenta em grande intensidade. 
● Ativação de Linfócitos​ ​(continuação??) 
○ Linfócitos T diferenciados em células efetoras podem ser ativadas por outras 
APC’s, além das Células Dendríticas 
■ Nas Respostas Imunes Humorais, os Linfócitos B apresentam 
antígenos para os Linfócitos T CD4 
■ Nas Respostas Imunes Celulares (mediadas por células), os 
Macrófagos apresentam antígenos para Linfócitos T CD4. Esses 
Macrófagos respondem/ativando-se por essas células 
■ Todas​ as células nucleadas apresentam antígenos para os Linfócitos 
T CD8 (por meio do MHC de classe I) e podem ser eliminadas por 
essas mesmas células 
 
 
 
 
 
OBS : Células Apresentadoras de Antígeno (APC’s) 
● Células Dendríticas (​APC’s Profissionais​) e Macrófagos 
○ São Fagócitos 
○ Expressam receptores para células apoptóticas, DAMP’s e PAMP’s 
○ Localizam-se na corrente sanguínea, na linfa e nos Órgãos Linfóides 
Secundários 
○ Expressam altos níveis constitutivos de MHC de classe II e maquinariade 
processamento e apresentação 
○ Expressam moléculas co-estimuladoras após ativação 
 
● Linfócitos B 
○ Internalizam antígenos via BCR 
○ Expressam altos níveis constitutivos de MHC de classe II e maquinaria de 
processamento e apresentação 
○ Expressam moléculas co-estimuladoras após ativação 
 
● Mastócitos, Basófilos, Eosinófilos, ILC3s (APC’s Atípicas) 
○ Fazem fagocitose, mas em pequena quantidade 
○ Expressam altos níveis de MHC de classe II e maquinaria de processamento 
e apresentação por indução 
○ Funções de APC’’s limitada a certos microambientes (tipo II) 
○ Não existem registros que possam ativar Linfócitos T virgens 
 
 
OBS 2 : As Células Dendríticas são as únicas que apresentam o antígeno a Linfócitos T virgens. 
Quando os Linfócitos T já estão no sítio inflamado/infectado, eles continuam reconhecendo 
antígenos, porém esse reconhecimento não serve para ativar, mas sim para manutenção do 
fenótipo efetor. As Células que irão manter esse fenótipo efetor da Célula T no sítio infectado, 
serão os Macrófagos, entre outras. 
 
 
 
○ O sinal de reconhecimento do antígeno é sempre disparado pelo TCR 
○ Eventos a partir da ativação de Linfócitos T, via MHC-peptídeo antigênico 
apresentado pelas Células Dendríticas : 
■ 1) Sinalização 
■ 2) Proliferação celular (Expansão clonal) 
■ 3) Secreção de moléculas efetoras (citocinas e outras) 
■ 4) Controle da resposta (ação das moléculas Co-inibidoras) 
■ 5) Apoptose (fase de contração celular) 
■ 6) Geração de memória 
 
 
● Vias de Sinalização, durante a apresentação do antígeno : 
○ Célula Apresentadora de Antígeno expressa o Complexo MHC-Peptídeo, o 
qual reconhecido pelo TCR e pelo CD4/CD8 do Linfócito T. Junto dessas 
moléculas, estão as Cadeias Acessórias CD3 e as ​ζ 
○ No momento que o antígeno é reconhecido, irá acontecer uma modificação 
conformacional na região intracelular dos Co-receptores (CD4/CD8), a qual 
favorece o recrutamento de Enzimas do tipo Tirosina Quinase (​Lck​) para a 
via de transdução do sinal 
○ Assim que a Lck é recrutada, ela se torna ativa e assim, passa a fosforilar 
(adicionar grupos fosfato) os ​Domínios ITAM​ das CD3 e ζ. Uma vez 
fosforilados, os ITAM se ativam e passam a recrutar a Enzima ​ZAP-70 
(proteína associada à Cadeia ζ) 
○ Assim que a ZAP-70 é recrutada, ela começa a reconhecer esses domínios 
fosforilados. Ao reconhecer, ela se auto-fosforila e fosforila uma outra 
proteína acessória chamada ​LAT ​(Unidor para a Ativação de células T) 
○ Depois da ativação da LAT, são recrutadas diversas moléculas da periferia da 
Célula (moléculas de adesão, Integrinas, receptores de Selectinas), afim de 
manter firme a ligação TCR-MHC 
○ Nesse momento, o receptor S1P1R é ​down-regulado​, uma vez que o Linfócito 
encontrou seu antígeno cognato. Além disso, ele precisa ficar no Órgão 
Linfóide Secundário por um determinado tempo, de modo a permitir que os 
processos necessários ocorram 
 
 
 
 
 
 
○ Após a ativação da LAT, 3 sistemas são recrutados : 
■ Via PI3K 
● Quando a PI3K for fosforilada, ela transforma PIP2 em PIP3 
● Ao se ligar com o PIP3, a PDK1 se torna ativa 
● Essa PDK1 agora ativa a AKT por meio da fosforilação 
● Portanto, esse sistema todo leva a produção de AP-1 (fator de 
transcrição), que irá induzir a expressão de membros da família 
Bcl-2​, as quais são ​proteínas Anti-Apoptóticas 
 
 
 
■ Via PLCγ 
● PLCγ será fosforilada, se ativando e assim, clivando 
fosfolipídios 
 
■ Via Ras-MAP quinase 
○ Além do fator de transcrição AP-1, será gerado o fator NFAT e NF-κB. Esses 
3 fatores juntos induzem a expressão de IL-2 (citocina mais importante para a 
proliferação dos Linfócitos T) 
 
 
● Papel das moléculas co-estimuladoras ⇉ Educação imunológica 
○ Sinais : 
■ Sinal 1 ⇉ MHC-peptídeo/TCR 
■ Sinal 2 ⇉ Co-Estímulo 
■ Sinal 3 ⇉ Citocinas (Células Dendríticas e Linfócitos T) 
○ Esses sinais são responsáveis por ativar a Célula T, levando a produção de 
IL-2 
 
OBS : Células Dendríticas que não apresentam Co-estimuladores, não conseguem fazer resposta 
de Célula T ou ocorre processo de Tolerância. 
 
OBS 2 : Quando há apresentação do antígeno, sem a presença de Co-estímulo e/ou citocinas, o 
sistema imune entende que essa apresentação é de antígenos próprios; por isso não ocorre 
resposta imune por parte dos Linfócitos T. 
 
 
○ Se uma Célula Dendrítica apresentar o Antígeno via MHC, o Co-Estímulo 
(B7) e expressar citocinas, e os Linfócitos T também expressarem 
Co-estímulos (CD28), então ocorrerá o cenário ideal para a ocorrência de 
ativação e resposta imune 
○ Ao sofrer esse processo de ativação, o Linfócito irá expressar um ​pull​ de 
moléculas anti-apoptóticas da família Bcl-2, e também de IL-2 
■ Esse IL-2 liberado pela Célula T funcionará de forma autócrina 
(retroalimentação do sistema), uma vez que a única fonte de IL-2 é o 
próprio Linfócito 
 
 
OBS : Durante o reconhecimento do antígeno, o Sinal 2 é sempre igual, não importa o tipo de 
antígeno. O que se altera é o antígeno e as citocinas. 
 
OBS 2 : A maquinaria interna de ativação de um Linfócito é sempre a mesma. 
 
 
○ A interação do TCR e do Co-estímulo causa : 
■ Produção das moléculas Bcl-xL, que são anti-apoptóticas, assim 
favorecendo a sobrevivência da célula 
■ Expressão de IL-2 e o receptor de IL-2 (IL-2R), afim de que a célula 
prolifere 
■ Ocorrência de outros mecanismos que irão exigir outras modificações 
de cromatina para que a célula se diferencie em Efetora ou de 
Memória 
 
 
● Moléculas Co-estimuladoras / Co-inibidoras 
○ Nas Células Dendríticas : 
■ B7-1 (CD80), B7-2 (CD86), ICOS-L, PD-L1, PD-L2 
○ Nos Linfócitos T : 
■ CD28 (co-estimulador), CTLA-4 (co-inibidor), ICOS, PD-1 
 
○ A interação da ​B7-1 / B7-2​ com a ​CD28​ será a principal via de ​Co-Estímulo 
■ O CD28 é constitutivo na Célula T 
■ Tem como função a estimulação de Linfócitos T virgens e a geração de 
Linfócitos T​REG 
■ Início da ativação dos Linfócitos T virgens em Órgãos linfóides 
secundários 
 
○ A interação da ​B7-1 / B7-2​ com a ​CTLA-4​ será a principal via de ​Co-Inibição 
■ O CTLA-4 é induzido, uma vez que ele controla o processo de 
ativação, isto é, após o fim da ativação, a Célula T induz a expressão 
do CTLA-4, o qual irá interagir com B7-1 / B7-2 
■ O CTLA-4 tem uma afinidade muito maior por B7-1 / B7-2, do que a 
CD28. Por isso, quando ele é expresso na membrana, ele rouba todas 
moléculas, assim causando a Regulação Negativa do processo de 
ativação 
■ Inibição do Início da ativação dos Linfócitos T virgens em Órgãos 
linfóides secundários (manutenção da tolerância) 
 
○ A interação da ​ICOS-L​ com a ​ICOS​ será uma via alternativa de ​Co-Estímulo 
■ O ICOS é induzido 
■ Essa interação é muito importante no processo de geração e ativação 
de Linfócitos T foliculares (TfH) 
■ Ativação das respostas anticorpos-dependente de linfócitos T CD4 
efetores 
■ Não precisa ser para Linfócitos T virgens 
 
 
○ A interação da​ PD-L1 / PD-L2 ​com a ​PD-1​ será uma via alternativa de 
Co-Inibição 
■ PD-1 tem a mesma função do CTLA-4 (regulação negativa) 
■ Inibição da ativação dos Linfócitos T efetores em tecidos periféricos 
(inflamados) 
 
 
 
OBS : CD28 e ICOS ⇉ Ativadores 
OBS 2 : CTLA-4 e PD-1 ⇉ Inibidores 
 
OBS 3 : Células Tumorais expressam intensamente PD-L1 em suas superfícies celulares, afim de 
subverter o sistema, uma vez que Linfócitos T ativados expressam intensamente PD-1. Quando o 
Linfócito T anti-tumor chega nele para combatê-lo, o próprio tumor já está expressando moléculas 
que inibem/suprimem a Célula T. 
 
 
 
 
● Durante a ativação de Linfócitos T, ocorre a expressão diferenciada de 
moléculas-chaves​ na superfície celular 
○ Quando o Linfócito T encontra o antígeno, ele ​down-regula​ o S1P1R, afim de 
permanecer no Linfonodo; além disso, ele ​up-regula​ ​CD69​ (Integrina), afim de 
se manter preso no local 
○ Durante a Sinapse Imunológica, após a mudança conformacional e o 
recrutamento da Lck, irá ocorrer a indução da expressão da Cadeia αdo 
Receptor de IL-2 (IL-2R) 
 
OBS : A Cadeia α do IL-2R é chamada de ​CD25​. 
 
OBS 2 : Algumas doenças inflamatórias auto-imunes têm como marcador principal de diagnóstico 
o CD25. O sistema CTLA-4 do portador dessas doenças para de funcionar, portanto a expressão 
da cadeia α da IL-2R passa a ser excessiva. Por isso, inicia-se um processo de ​shedding 
(descascar), em que Enzimas shedases clivam as moléculas que estão em excesso na superfície 
da Célula. As shedases irão “descascar” as CD25 da Célula, de modo a haver um enorme 
aumento da concentração dessa molécula no plasma sanguíneo. 
 
 
○ Quando ocorre a ativação do Linfócito por interação com o antígeno e com o 
co-estímulo, existe de forma constitutiva Cadeias γ e β do IL-2R. O Complexo 
IL-2R é formado pelas Cadeias α, β e γ; somente quando essas 3 cadeias se 
unem, o Complexo fica pronto para receber a IL-2 
○ O processo de mudança conformacional e o recrutamento de Lck para iniciar 
a ativação do Linfócito, são sinais para a indução da expressão da Cadeia α 
(CD25) de IL-2R (as regiões γ e β já estão lá previamente) 
○ Após a formação desse trímero, o receptor fica capacitado a responder de 
forma autócrina a IL-2, assim induzindo a proliferação e a expansão clonal 
 
 
 
○ Ações Biológicas da IL-2 : 
■ Proliferação e Diferenciação Linfócitos T efetores e de memória 
■ Manutenção de Linfócitos T​REG​ funcionais 
● Linfócitos T​REG ​não são capazes de produzir IL-2, portanto elas 
são nutridas de IL-2 por Células T efetoras 
■ Estimulação crônica de Células T ⇉ Liberação de IL-2Rα (CD25) 
 
○ Molécula ​CD40L 
■ Via CD40 (na Célula Dendrítica) e CD40L (no Linfócito T) 
■ É uma via induzida secundariamente 
■ Linfócitos T virgens reconhecem o antígeno (com ou sem 
Co-Estímulo), todavia não necessariamente haverá ativação 
■ Existem situações em que não ocorre a expressão do Co-Estímulo na 
Célula Dendrítica, como em infecções por helmintos 
■ A Célula Dendrítica apresenta o antígeno, libera as citocinas 
educadoras, todavia há uma baixa expressão de moléculas 
co-estimuladoras. O sistema então, induz a via secundária de 
co-estímulo, expressando então a molécula CD40 na Célula Dendrítica 
e de CD40L no Linfócito T 
■ Essa interação CD40-CD40L induz a expressão de B7 nas Células 
Dendríticas, assim permitindo que ocorra a interação B7-CD28, e 
posteriormente, diferenciação e proliferação celular 
■ Portanto, a via CD40L sozinha NÃO funciona como co-estímulo para 
gerar Células T efetoras 
● O CD40-CD40L é um Sinal 2 fraco, não suficiente 
 
 
 
 
○ Controle da Resposta 
■ Inativação da Célula T 
● Ocorre o reconhecimento do antígeno 
● Presença constitutiva do CD28 
● Induz-se a expressão do CTLA-4, o qual vai roubar as 
interações com B7 do CD28, devido a sua afinidade 
infinitamente maior 
● O sinal para e a Célula T se inativa 
■ Ativação da Célula T 
● Ocorre o reconhecimento do antígeno 
● Presença constitutiva do CD28, se ligando ao B7 
● O sinal permanece e a Célula T se ativa 
 
 
OBS : Em casos de Linfoma (tumor de Linfócitos), o sistema se subverte e a Célula T passa a 
expressar muito CTLA-4. Usando anticorpos anti-CTLA-4 para tratar esses pacientes, o CTLA-4 é 
inibido e a Célula T passa a ser ativada.

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