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CAPÍTULO 5 A EXECUÇÃO DO PROJETO A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes objetivos de aprendizagem: Descrever o processo de execução e análise dos resultados. Empregar ferramentas que possibilitem a aplicação de pesquisa de campo. Tabular dados. Fazer a análise dos dados coletados. 107 A EXECUÇÃO DO PROJETO 107 Capítulo 5 CONTEXTUALIZAÇÃO Agora que a primeira parte do projeto está feita, já estamos com o instrumento de coleta de dados pronto, testado e alterado. Defi nimos como coletar os dados, então cabe a você, futuro pesquisador, preparar a equipe com quem vai trabalhar, a não ser que resolva fazer tudo sozinho. Malhotra (2006, p. 392) afi rma que os dados “raramente são coletados pelas pessoas que planejam a pesquisa. Os pesquisadores têm duas opções principais para a coleta de dados: podem desenvolver suas próprias maneiras de organizar a coleta de campo ou contratar uma agência de pesquisas de campo”. Se a empresa é de pequeno porte, contratar um instituto ou uma agência de pesquisa pode ser dispendioso, há um modo mais econômico, contratar as empresas juniores das universidades. Ou, se você gosta de desafi os, candidate-se a desenvolver a pesquisa para a sua empresa, mas lembre-se de conversar com quem tem experiência e consultar a literatura disponível sobre o tema. Portanto, para ajudá-lo, neste capítulo, apresentamos e a organização e execução do trabalho de campo, a preparação e o processamento de dados, e a análise e interpretação dos resultados. Bom estudo!! ORGANIZAÇÃO E EXECUÇÃO DO TRABALHO DE CAMPO O trabalho de campo envolve recrutamento, seleção, treinamento e a supervisão dos entrevistadores. A seleção é feita a partir da defi nição dos requisitos para cada atividade e das características que o entrevistador deve ter, como: boa comunicação, presteza, assiduidade, pontualidade, responsabilidade etc. O treinamento, segundo Malhotra (2006, p. 394), “é decisivo para a qualidade dos dados coletados” e abrange o contato inicial, a formulação de perguntas (quando não for em um questionário não estruturado), a sondagem, o registro de respostas e o encerramento da entrevista, assim o processo de treinamento garante uma coleta padronizada dos dados. Você pode fazer o treinamento para os entrevistadores, seguindo as questões apresentadas no quadro 17. O trabalho de campo envolve recrutamento, seleção, treinamento e a supervisão dos entrevistadores. 108 Análise e Pesquisa de Mercado 108 ETAPAS DO TREINAMENTO PROCEDIMENTOS Contato inicial Observações iniciais que convençam o entrevistado da importância de sua participação. Como enfrentar objeções e recusas. Formulação das perguntas As perguntas devem ser feitas exatamente como foram escritas, por isso, familiarize-se com o questionário. Faça as perguntas na ordem que fi guram no questionário. Utilize o fraseado constante no questionário. Leia cada pergunta pausadamente. Repita as perguntas que não forem bem entendidas. Faça todas as perguntas cabíveis. Siga rigorosamente as instruções, pode haver a solicitação para saltar determinadas perguntas. Sondagem Técnica motivacional que induza o entrevistado a ampliar, esclarecer ou explicar as respostas: • Repetir a pergunta com as mesmas palavras. • Repetir a resposta do entrevistado. • Fazer uma pausa ou sondagem silenciosa. • Dar um impulso ao entrevistado – se o entrevistado hesita, o entrevistador deve incentivá-lo com comentários do tipo “não há respostas certas nem respostas erradas. Estamos apenas procurando saber sua opinião”. • Provocar esclarecimentos. • Usar perguntas ou comentários objetivos/neutros: Algum outro motivo? Algo mais? O que você quer dizer? Por que você sente isso? Registro das respostas Nas perguntas fechadas ou com escalas, a regra geral é “fazer uma marca no quadrinho que refl ete a resposta do entrevistado”; para questões não estruturadas, “a regra geral é registrar as respostas literalmente”. Registrar as respostas durante a entrevista. Utilizar as próprias palavras do entrevistado. Não resumir nem parafrasear as respostas do entrevistado. Incluir tudo o que diga respeito aos objetivos da pergunta. Repetir a resposta ao escrevê-la. Encerramento da entrevista Só deve ser encerrada depois que todas as questões estejam respondidas. Deixar clara a importância da participação. Quadro 17 – Treinamento dos entrevistadores Fonte: Adaptado de Malhotra (2006). 109 A EXECUÇÃO DO PROJETO 109 Capítulo 5 Em linhas gerais, o pesquisado não quer desapontar o pesquisador, a partir do momento que ele aceita responder é porque se identifi cou com o entrevistador. Contudo, é interessante não criarmos intimidade, para tanto, evite expressões como: “querido(a)”, “amigo(a)”, “simpatia”, ou até “cara”. Além disso, não toque ou se aproxime muito do pesquisado. A postura do pesquisador deve ser a mais indiferente possível, assim é recomendável que não explique ou exemplifi que as questões. Também é importante cuidar da vestimenta (sóbria e discreta), expressões faciais, visto que estas podem conduzir o respondente a mudar alguma resposta. É interessante manter-se animado (simpático) e deixar que o entrevistado seja espontâneo. É importante que você, ao preparar ou assumir o papel de entrevistador, reproduza fi elmente os itens do questionário e seja um bom “ouvinte”. Neutralidade é outra qualidade importante, por esse motivo é importante reler as “falas” do entrevistado, para que ele confi rme e tenha certeza da veracidade do que foi registrado. Ao assumir a fi gura de entrevistador, procure incorporar o seguinte perfi l: seja investigativo, curioso; se não entender uma resposta, peça ao entrevistado que explique melhor; assuma as falhas e se desculpe quando necessário; seja perseverante e paciente; esteja preparado para ouvir “não” e “não tenho tempo” e não desista diante das recusas, busque outro respondente com o perfi l adequado à sua pesquisa. Além dos entrevistadores, você pode contratar supervisores. Cabe ao supervisor verifi car os questionários respondidos, o preenchimento e o controle de amostras. Além do cuidado com os questionários, cabe ao supervisor: registrar as horas trabalhadas e as despesas; acompanhar a execução dos questionários, a fi m de verifi car se estão sendo executados no período programado, e a resolução dos problemas que porventura surjam (MALHOTRA, 2006). Ao supervisor cabe também o controle da amostragem, pois já foram registrados muitos casos de entrevistadores que tendem a escolher entrevistados ou domicílios por conveniência, o que pode prejudicar os resultados da pesquisa. Você acha que um entrevistador, que precisou andar 10 quarteirões em um dia, chegando a um domicílio escolhido e não tendo ninguém em casa para responder, retornará em outro horário ou responderá os relatórios como se alguém tivesse atendido à porta? Pois é, há muitos relatos de fraudes, os entrevistadores para cumprir o prazo e receber pelas entrevistas efetuadas, podem se sentir tentados a preencher os relatórios como se tivessem efetuado as visitas. Há outras atividades a cargo do supervisor para as quais você deve fi car atento: distribuição de rotas ou dos telefones; efetuar o pagamento (normalmente, feito por entrevista); entrega dos questionários ou roteiros Ao assumir a fi gura de entrevistador, procure incorporar o seguinte perfi l: seja investigativo, curioso; se não entender uma resposta, peça ao entrevistado que explique melhor; assuma as falhas e se desculpe quando necessário; seja perseverante e paciente; esteja preparado para ouvir “não” e “não tenho tempo” e não desista diantedas recusas, busque outro respondente com o perfi l adequado à sua pesquisa. 110 Análise e Pesquisa de Mercado 110 impressos e do material de uso pessoal (crachás, coletes, declarações, pasta, prancheta, canetas, água mineral, boné, fi ltro solar etc.). Ao fi nal, verifi car todos os questionários e entregá-los aos digitadores que montarão as planilhas. PREPARAÇÃO E PROCESSAMENTO DOS DADOS Você acha que todos os questionários chegarão certos? Serão utilizados? A resposta é que, possivelmente, alguns virão com problemas, outros serão descartados, por isso, se a sua amostra foi coletada longe ou é difícil de refazê-la, aproveite para trazer questionários extras. Depois de verifi cados os questionários, algumas inconsistências podem fazer com que sejam eliminados das análises: incompletude, padrão das respostas que identifi que não entendimento ou falta de leitura, respostas que acusem pequena variância, ou respondidos por pessoas fora do perfi l estipulado. A segunda verifi cação é feita para identifi car se há respostas ilegíveis ou inconsistentes – uma pessoa afi rma ter uma renda que não corresponde com seus gastos, por exemplo. As alternativas para o pesquisador em relação aos questionários com problemas são: • Retornar com os questionários inconsistentes ao campo, tentando completá-los ou confi rmando respostas ilegíveis. • Caso o número de questionários com dados faltantes seja pequeno, pode- se atribuir valores – como a média, ou substituí-los pela mediana (valores contínuos), calculada com base no conjunto de respostas já tabuladas (HAIR JÚNIOR et al., 2005), mas só deve ser usado em último caso. • Se conseguir alcançar a amostra mínima, o melhor é descartar os questionários com problemas. Resolvidos os problemas e as inconsistências, parte-se para a codifi cação (veja quadro 18) e entrada de dados. Normalmente, na confecção do questionário, o pesquisador já cria códigos (é o ideal) para as questões. Para as variáveis, são atribuídas letras e números que possam compor o banco de dados. A codifi cação facilita a tabulação. Você já imaginou o tamanho de uma tabela de dados se escrevêssemos todo o comando da questão? O exemplo do preenchimento está na tabela 1, que você encontra na sequência do capítulo. Depois de verifi cados os questionários, algumas inconsistências podem fazer com que sejam eliminados das análises: incompletude, padrão das respostas que identifi que não entendimento ou falta de leitura, respostas que acusem pequena variância, ou respondidos por pessoas fora do perfi l estipulado. 111 A EXECUÇÃO DO PROJETO 111 Capítulo 5 Marque o item que melhor refl ete sua opinião: CÓD VARIÁVEIS RUIM REGULAR BOM MUITO BOM EXCELENTE S1 Atendimentos profi ssionais externos 1 2 3 4 5 S2 Atendimento no Caixa 1 2 3 4 5 S3 Atendimento dos balconistas da loja 1 2 3 4 5 S4 Qualidade dos serviços prestados 1 2 3 4 5 S5 Confi ança na empresa 1 2 3 4 5 S6 Imagem da empresa no mercado 1 2 3 4 5 Quadro 18 – Codifi cação das variáveis Fonte: Adaptado de Hair Júnior et al. (2005) Versões recentes do Microsoft Excel permitem aos usuários: tabular dados, fazer cálculos estatísticos e gráfi cos. O Excel é usado para tabular as respostas de uma pesquisa e parece ser a ferramenta ideal para as micro e pequenas empresas, que não podem contratar um instituto de pesquisa e resolvem operacionalizar a pesquisa por conta própria. Para as pesquisas realizadas na graduação ou pós, usamos o Excel para essa operação, pois permite, além dos cálculos estatísticos, a confecção dos gráfi cos, facilitando a vida do estudante. Caso a empresa em que você trabalha use um programa de planilhas diferente do da Microsoft, não tem problema, normalmente eles são desenvolvidos com as mesmas funções. ANÁLISE ESTATÍSTICA – DESCRITIVA A necessidade dos governos em coletar e analisar dados sobre seus países impulsionou o desenvolvimento da Estatística. Levine, Berenson e Stephan (2000) afi rmam que as civilizações egípcia, grega e romana já mantinham um sistema de controle para o cálculo de impostos e para o recenseamento militar. Na Idade Média, a igreja foi responsável pela manutenção do hábito de registrar nascimentos, mortes e casamentos e analisá-los estatisticamente. Nos últimos 40 anos, segundo Levine, Berenson e Stephan (2000, p. 2-3), a teoria da probabilidade e a informática “alteraram profundamente o campo A necessidade dos governos em coletar e analisar dados sobre seus países impulsionou o desenvolvimento da Estatística. 112 Análise e Pesquisa de Mercado 112 da estatística”, foram desenvolvidos pacotes de programas com a fi nalidade de fazer os cálculos estatísticos de bases de dados. Entre eles, pode-se citar: Statistica, SPSS (Statistical Package for the Social Sciences), SAS (Business Intelligence and Analytics Software), Atlas. Os dados coletados através das entrevistas podem ser tabulados no programa Excel (Microsoft for Windows) e analisados tanto no Excel como nos programas citados. O tratamento estatístico é efetuado através de procedimentos estatísticos descritivos, tais como: cálculos da média, desvio padrão e frequência, com objetivo de “obter a contagem do número de respostas associadas a diferentes valores da variável”. (MALHOTRA, 2006, p. 431). Esses cálculos permitem fazer a verifi cação da digitação do banco de dados e conhecer algumas características específi cas da amostra, bem como possibilitam a construção de gráfi cos para melhor visualização e facilitam o entendimento dos resultados. (MALHOTRA, 2006; HAIR JÚNIOR et al., 2005). Você conhece os procedimentos estatísticos que foram citados no parágrafo anterior?Eles são essenciais para seus estudos, veja: Média aritmética: “resume o conjunto de dados, em termos de uma posição central, ou de um valor típico” (BARBETTA, 2002, p. 103), ou “valor obtido somando todos os elementos de um conjunto (de dados) e dividindo a soma pelo número de elementos” (MALHOTRA, 2006, p. 434). Desvio padrão: “é a raiz quadrada da variância”. Variância é “o desvio quadrático médio de todos os valores em relação à média”. (MALHOTRA, 2006, p. 434). Frequência ou distribuição de frequência: “compreende a organização dos dados de acordo com as ocorrências dos diferentes resultados observados”, é apresentada pela quantidade ou pela porcentagem, por exemplo: de pessoas. (BARBETTA, 2002, p. 14). A partir de agora, vamos analisar como cada um destes cálculos, relativos a medidas de tendência central, são feitos. Fique atento para os exemplos, certamente eles vão ajudá-lo a entender o conceito. a) A média é uma medida de tendência central, como a média ponderada, a mediana e a moda. A média é “a soma dos valores do conjunto, divididos pela quantidade de valores” (STEVENSON, 1981, p. 19). Por exemplo: em uma loja de confecção há três vendedoras, uma recebe R$ 730,00, a outra R$ 650,00 e a terceira R$ 575,00, pergunto, qual a média dos salários da loja? 113 A EXECUÇÃO DO PROJETO 113 Capítulo 5 Somando 730+650+575 = 1955, como são três salários, pegamos os 1955 e dividimos por 3, encontramos 651,67. O salário médio ou a média dos salários é R$ 651, 67. b) A média ponderada considera pesos desiguais para os valores, por exemplo: durante o semestre um professor aplicou três avaliações e para cada uma delas adotou pesos distintos: a primeira é peso 2 (ou 20%), a segunda é peso 3 (30%), a terceira é peso 5 (50%). O cálculo é feito desse modo: Avaliação Peso Nota 1 0,2 7,5 2 0,3 8,5 3 0,5 9 0,2 (7,5) + 0,3 (8,5) + 0,5 (9) = 1,5 + 2,55 + 4,5 = 8,55 0,2 + 0,3 + 0,51 Em administração, esse cálculo pode ser aplicado para a rentabilidade de diferentes produtos. Digamos que o produto A traga um retorno de 30%; o B, 35%; o C, 20%, e o D, 15%. Os valores de venda ao consumidor de cada produto são de 245 reais, 230 reais, 340 reais e 522 reais. Vamos calcular? Lembrando que os números percentuais são transformados em números índices! Rentabilidade Valor Final do Produto (R$) Cálculo Rentabilidade (R$) A 30% 245,00 0,3 x 245 = 73,50 B 35% 230,00 0,35 x 230 = 80,50 C 20% 340,00 0,2 x 340 68,00 D 15% 522,00 0,15 x 522 78,30 c) A terceira medida é a mediana, na qual dividimos o “conjunto ordenado de dados em dois grupos iguais” (STEVENSON, 1981, p. 210). Um exemplo deve ajudar você a entender melhor, acompanhe-me: Qual a mediana do conjunto: 5, 4, 7, 9, 3, 2, 5, 7, 5, 2, 1, 4? Dados ordenados: 1, 2, 2, 3, 4, 4, █ 5, 5, 5, 7, 7, 9 (o valor que está no meio, está entre 4 e 5). Quando a amostra é muito grande, ao invés de ordenarmos todas as respostas, fi ca muito mais fácil aplicar a fórmula: (n+1)/2. 114 Análise e Pesquisa de Mercado 114 Usamos a amostra do exemplo inicial, conte comigo: são 12 números ou chamamos de 12 respostas, nesse caso, substituímos o n pelo número de respostas: (12 + 1)/2 = 13/2 = 6,5 6,5 é o número que divide as respostas em duas metades iguais, é o número central, nos dados ordenados do nosso exemplo, como você pode ver, é um valor entre 4 e 5, logo 4,5. Parece difícil? Durante sua graduação você teve aulas de estatística? Lembra de distribuição métrica e assimétrica? Pois é, a mediana e a média são calculadas para que o pesquisador avalie a posição central e faça uma avaliação sobre a assimetria da distribuição dos dados. Acredito que tenha fi cado uma interrogação, mas lembre-se de que, em geral, a média é a medida mais adequada. d) A moda: “é o valor que ocorre com maior frequência.” (STEVENSON, 1981, p. 23). Vamos a um exemplo: se adotarmos a mesma sequência usada para exemplifi car a mediana: 5, 4, 7, 9, 3, 2, 5, 7, 5, 2, 1, 4 Podemos perceber que o número que mais se repete é o 5, esse é o valor mais frequente, aparece três vezes, enquanto outros valores aparecem duas ou uma única vez. Em uma grande pesquisa, podemos verifi car, dos itens da escala, qual foi o item mais escolhido pelos respondentes. Além das medidas de tendência central, usam-se as medidas de dispersão, que permitem ao pesquisador verifi car se há concordância entre os respondentes. Se os valores dispersam pouco é porque os respondentes possuem opiniões parecidas e, se dispersam muito, é porque eles possuem opiniões divergentes. As medidas de dispersão que vamos conhecer agora são: o intervalo, a variância e o desvio padrão. Todas elas, com exceção do intervalo, “têm na média o ponto de referência”. (STEVENSON, 1981, p. 24). a) O intervalo é a medida mais simples de calcular, focaliza-se o maior e o menor valor do conjunto, e pode ser calculado pela diferença entre eles ou na simples descrição. Exemplo: se adotarmos a mesma sequência usada para calcular a mediana e a moda: 115 A EXECUÇÃO DO PROJETO 115 Capítulo 5 5, 4, 7, 9, 3, 2, 5, 7, 5, 2, 1, 4 o valor menor é 1 e o maior é 9, a diferença é 8 (9-1) ou de 1 a 9. b) A variância “de uma amostra é a média dos quadrados dos desvios dos valores a contar da média calculada, usando-se n-1 em lugar de n.” (STEVENSON, 1981, p. 28). A fórmula Sx2=∑(xi-x)2/n-1 é usada para uma amostra. Se calcularmos a partir da população, divide-se por n, simplesmente. O exemplo pode nos ajudar a entender como proceder, observe: digamos que iniciamos uma pesquisa com o público infantil, fi zemos cinco entrevistas e temos as seguintes idades 2, 4, 6, 8, 10. xi = valores da amostra = 2, 4, 6, 8, 10 x = média = 6 Você está entendo os cálculos? Ao começarmos a analisar as medidas de dispersão, vimos que todas “têm na média o ponto de referência”, lembra? Assim, quero chamar sua atenção para x = 6. Ora, 6 é a média encontrada a partir de 2 + 4 + 6 + 8 + 10/5 = 6, ok? Aplicando a fórmula: Sx2=(2-6)2+(4-6) 2+(6-6) 2+(8-6)2+(10-6) 2/5-1 = Sx2=(-4)2+(-2) 2+(0) 2+(2)2+(4) 2/5-1 = 16+4+0+4+16/4 = 40/4 = 10 c) O desvio ou erro padrão “é a raiz quadrada positiva da variância.” (STEVENSON, 1981, p. 30). O desvio é considerado pequeno quando o valor é menor que 1, indicando que os respondentes foram coerentes em suas opiniões; em compensação, erro maior que 3 é considerado grande e há divergência de opiniões. (HAIR JÚNIOR et al., 2005). 116 Análise e Pesquisa de Mercado 116 Fórmula: s = Exemplo: vamos calcular o desvio para a amostra: 20, 5, 10, 15, 25, que se refere aos valores gastos pelos consumidores que frequentaram o varejo de “A partir de 1,99” por uma hora: √(20-15) 2+(5-15) 2+(10-15) 2+(15-15) 2+(25-15) 2/5-1= √250/4 = 7,91 Agora você já sabe por que a média é quinze, certo? Caso não, releia o exemplo anterior. Não é bom que você avance a leitura sem entender os conceitos e cálculos, ok? Outra medida importante e muito usada é a proporção, conhecida como fração ou porcentagem. A fórmula é muito simples x/n, onde x é número de itens de determinada característica e n é o número total de observações. Exemplo: em um grupo de 20 alunos, 4 fi zeram Administração, logo 4/20 = 0,20 ou 20%. Atividade de estudo: Alguns cursos superiores possuem a disciplina de estatística e para trabalhar com pesquisa, essas medidas são utilizadas para analisar os dados. Tendo em vista essa necessidade, convido você a trabalhar um pouco com estatística! 1 Calcule a média e o desvio padrão das vendas diárias: $81, $90, $45,80, $56, $76,80, $48, $106,40 2 Determine a média e a mediana dos conjuntos de dados: a) 7, 9, 2, 1, 5, 4, 7, 6 b) 30, 2, 79, 50, 38, 17, 9 c) 0,011; 0,032; 0,027; 0,035; 0,042 d) 42, 30, 27, 40, 25, 32, 33 3 Calcule a média, a variância e o desvio padrão, supondo, primeiro, uma amostra e, depois, a população: 83, 92,100, 57, 85, 88, 84, 82, 94, 93, 91, 95 117 A EXECUÇÃO DO PROJETO 117 Capítulo 5 4 Calcule a proporção: a) 5 crianças em 25 b) 7 pacientes em 9 c) 3 vermelhos, 4 azuis e 5 verdes em 12 dados Agora que você conheceu ou relembrou alguns cálculos estatísticos, vamos ver como fazer a tabulação para que possamos efetuá-los e usá-los na prática! Para fazer as análises de dados de um questionário, primeiramente os questionários recebem uma numeração (ordinal) para que, depois, sejam digitados, por exemplo: Tabela 1 – Dados coletados na pesquisa de satisfação (questões do quadro 18) QUESTIO NÁRIO QUESTÕES S1 S2 S3 S4 S5 S6 1 4 3 4 5 4 5 2 3 3 4 5 4 4 3 2 3 4 2 3 3 4 5 4 4 5 4 5 5 4 4 4 5 4 4 6 5 5 5 4 5 5 7 4 4 4 4 5 5 8 4 4 5 5 5 4 9 5 5 3 4 4 3 10 3 4 4 5 5 4 11 4 3 3 5 4 4 Média 3,909090 3,818182 4 4,454545 4,272727 4,181818 Desvio Padrão 0,943879 0,750757 0,632456 0,934199 0,64667 0,750757 Mínimo 2 3 3 2 3 3 Máximo 5 5 5 5 5 5 Fonte: Adaptado de Mattar (1999) 118 Análise e Pesquisa de Mercado 118 Para você entender passo a passo, observe que a Tabela 1 foi montada com a codifi cação e as respostas dos consumidores da questão relativa ao quadro 18. Observe que as questões são digitadas nas colunas e os questionários respondidos nas linhas! Observando a tabela 1, você percebe que os dados de escalas podem ser analisados a partir da média das respostas e do desvio padrão. A média permite verifi car como os respondentes consideram o atendimento e a qualidade. No exemplo, verifi ca-se que, para os itens: atendimento dos balconistas (S3), confi ança na empresa (S5) e imagemda empresa (S6) a média fi cou acima de 4, o que corresponde na escala a “muito bom” e “excelente”. As afi rmativas: “atendimento dos profi ssionais” (S1) e do “atendimento do caixa” (S2) foram avaliadas como boas, pois a média fi cou abaixo de 4, “muito bom” na escala, e acima de 3, que corresponde a “bom” na escala, como pode ser visualizado na tabela 1. O pesquisador, ao analisar esses resultados, afi rma que foram bons e pode sugerir que as atividades de atendimento sejam revistas, pois é a imagem da empresa que está em jogo, e os problemas detectados ou vivenciados pelos clientes podem ser sanados ou os processos melhorados. É importante, nos questionários, uma questão aberta de sugestões e reclamações, muitas vezes os próprios clientes podem sugerir ações de melhoria. Os maiores desvios (tabela 1) estão no atendimento dos profi ssionais e qualidade dos serviços prestados, quase chegaram a 1, logo, os respondentes apresentam opiniões divergentes. Um dos problemas pode ser porque cada respondente tem um padrão de qualidade diferenciado. Veja agora o exemplo da digitação de dados do perfi l dos respondentes: 119 A EXECUÇÃO DO PROJETO 119 Capítulo 5 Tabela 2 - Perfi s dos respondentes Questionários SexoSX Idade ID Estado civil EC Escolaridade ESC Renda 1 M 32 S SEGUNDO COMPLETO 1 2 M 29 S PRIMEIRO INCOMPLETO 1 3 M 28 S PRIMEIRO INCOMPLETO 2 4 M 25 C PRIMEIRO INCOMPLETO 2 5 M 37 C PRIMEIRO INCOMPLETO 2 6 M 23 S SEGUNDO COMPLETO 1 7 F 18 S SEGUNDO COMPLETO 1 8 F 29 C SUPERIOR INCOMPLETO 2 9 M 36 C PRIMEIRO INCOMPLETO 2 10 M 44 S SEGUNDO COMPLETO 3 11 M 23 C PRIMEIRO COMPLETO 1 12 M 31 S SEGUNDO COMPLETO 1 13 M 26 C PRIMEIRO COMPLETO 3 14 M 28 C SEGUNDO COMPLETO 2 15 M 50 C PRIMEIRO INCOMPLETO 1 Fonte: A autora Na tabela 2, simplesmente digitamos os dados que estavam nos questionários e que foram informados pelos respondentes, tais como, sexo, idade, estado civil, escolaridade e faixas de renda. Na tabela 3, apresentamos os cálculos de frequência para os itens do perfi l. 120 Análise e Pesquisa de Mercado 120 Tabela 3 - Análise dos dados Características Respostas Frequência % Sexo: Feminino 2 13,33 Masculino 13 86,66 Idade: 18 - 38 13 86,66 39 ou mais 2 13,33 Estado Civil: Solteiro 7 46,66 Casado 8 53,33 Escolaridade: Primeiro Grau incompleto 6 40 Primeiro grau completo 2 13,33 Segundo Grau completo 6 40 Superior completo 1 6,66 Renda: 1 - de 0 a 3 salários mínimos 7 46,66 2 - de 3 a 6 salários mínimos 6 40 3 - de 6 a 9 salários mínimos 2 13,33 Fonte: A autora Para você entender passo a passo, observe que, na tabela 3, aparece na segunda coluna o número de pessoas que responderam e na terceira coluna a porcentagem. Você lembra como esse cálculo é efetuado? Usamos a proporção! Veja: A amostra é composta por 15 respondentes, só dois são do sexo feminino, logo, dividimos 2 por 15 e o resultado foi 0,1333333... Uma dízima periódica! Multiplicamos por cem e teremos 13,33333... Depois é só usar o arredondamento, técnica ensinada no primeiro grau!! Análise multivariada se constitui “de um conjunto de métodos estatísticos que permite a análise simultânea de medidas múltiplas para cada indivíduo ou objecto em análise, ou seja, qualquer método que permita análise simultânea de duas ou mais variáveis”. (REIS, 1997, p. 17). Existem várias técnicas multivariadas: ANOVA (análise de variância), regressão e correlação, fatorial, análise de clusters, análise de componentes principais e vários testes. Não vamos nos ater à análise estatística multivariada no curso. 121 A EXECUÇÃO DO PROJETO 121 Capítulo 5 Quero apresentar os resultados de uma pesquisa que é feita a partir de dados publicados pelas Sociedades Anônimas (S.A.) de capital aberto, que divulgam seus balanços anuais. Os dados publicados são avaliados a partir de critérios estabelecidos pelas consultorias e, neste ano (2009), equivaleram-se aos critérios adotados em vários países. Essa pesquisa se refere aos dados de 2008. A reportagem apresenta as 40 marcas mais valiosas do Brasil, segundo duas empresas de consultoria de marcas: BrandAnalytics (consultoria de marcas especializada em análise estratégica e avaliação de marca) em parceria com a Millward Brown (líder global na área de pesquisas de mídia, comunicação, consumo, audiência e valor de marcas). BANCOS LIDERAM RANKING DAS MARCAS MAIS VALIOSAS NO BRASIL Pelo terceiro ano consecutivo, os três maiores bancos do país lideram o ranking das marcas mais valiosas do Brasil. Bradesco, Itaú e Banco do Brasil encabeçam a lista elaborada anualmente pela consultoria BrandAnalytics/ Millward Brown com 180 marcas. Sabão em pó Omo é a marca mais lembrada no Brasil O Bradesco, que está à frente da pesquisa há três anos, tem uma grife com valor estimado em R$ 12,064 bilhões ― em 2007, o valor de sua marca era de R$ 11,03 bilhões. Outra pesquisa divulgada em abril, da consultoria Brand Finance, apontou o mesmo resultado. O Itaú, que se fundiu ao Unibanco no fi nal do ano passado, aparece em seguida, com valor de R$ 9,87 bilhões (alta de 9% frente ao valor do ano anterior). Mesmo com a fusão, as duas marcas estão separadas na lista: Unibanco aparece no nono lugar, graças ao seu valor de R$ 1,691 bilhão. Maior instituição bancária pública do país, o Banco do Brasil aparece na terceira posição, avaliado em R$ 8,44 bilhões, ante R$ 7,08 bilhões no ano anterior. Segundo o diretor-geral da BrandAnalytics e coordenador da pesquisa, Eduardo Tomiya, a valorização das marcas bancárias em um contexto de crise fi nanceira mostram a solidez alcançada por essas empresas. “Em um momento de crise, as pessoas procuram solidez e segurança para proteger seu dinheiro”, afi rmou. A pesquisa, divulgada nesta terça-feira, mostra que, por setor, os bancos tiveram o maior crescimento entre as marcas mais valiosas, com alta de 11,3% no valor somado das marcas pesquisadas. 122 Análise e Pesquisa de Mercado 122 Com a crise, as marcas de todos os outros setores avaliados tiveram queda, caso das grifes de empresas de alimentos (-2,5%), bebidas (-3,8%), telecomunicações (-7,4), seguradoras (-12,6%), distribuidoras de combustível (-17,6%), varejo (-25,8%), transporte aéreo (-29,2%), construção e engenharia (-34,6%) e siderurgia/metalurgia (-55%). Pesquisa global Durante apresentação da marca mais valiosa, Tomiya afi rmou que “essa é a primeira vez que o ranking é feito em sintonia com os padrões globais”. A lista é baseada na pesquisa global de mercado BrandZ, feita pela Millward Brown Optimor com mais de 1 milhão de entrevistados em 31 países. Publicada no último dia 29 de abril pelo jornal britânico “Financial Times”, a BrandZ coroou o Google como a marca mais valiosa do mundo, com um valor estimado de US$ 100 bilhões. A empresa já ocupava o primeiro posto do ranking nos dois anos anteriores. A única brasileira a aparecer foi o Bradesco, que ocupou a 98ª posição. No Brasil, a BrandAnalytics selecionou e avaliou 160 empresas de capital aberto ― ou seja, com ações negociadas na Bolsa ―, o que gerou 180 marcas avaliadas. A listagem obedeceu a critérios de seleção a partir do maior valor de mercado em 2008 e considerou ainda dados como qualidade de produtos e atendimento, nível de comunicação com o público e o mercado, capital humano e intelectual, princípios morais, governança corporativa, entre outras características, para calcular o valor da marca. Foram escolhidas apenas marcas brasileiras, sendo que o principal critério foi o valor de mercado das empresas. Assim, fi cam de fora nomes globais, mas presentes no Brasil, comoCoca-Cola e Google. E empresas brasileiras fortes mas que não divulgam seus balanços, como Casas Bahia e Boticário, por exemplo. Maiores A pesquisa destaca que as somadas, as 180 marcas avaliadas para o ranking valem cerca de R$ 76 bilhões. Somente as 40 primeiras do ranking respondem por 80% desse valor. Entre as dez primeiras, além dos bancos, aparecem ainda Skol (R$ 4,08 bilhões), Natura (R$ 3,96 bilhões), Petrobras (R$ 2,3 bilhões), Brahma (R4 2,01 bilhões), Antarctica (R$ 1,74 bilhões) e Perdigão (R$ 1,12 bilhões). São novas nessa lista marcas como Embratel (que aparece na 18ª posição, com valor de R$ 724 milhões), Havaianas (26ª, R$ 416 milhões), Bombril (31º R$ 256 milhões), Ultragaz (33ª, R$ 231 milhões), Batavo (35ª, R$ 213 milhões) e Anhanguera Educacional (37ª, R$ 193 milhões). 123 A EXECUÇÃO DO PROJETO 123 Capítulo 5 Veja a lista das 40 empresas mais valiosas, segundo a pesquisa: Marca Valor em milhões (R$) Variação 08-09 (%) Bradesco 12.064 9 Itaú 9.878 9 BB 8.444 19 Skol 4.084 23 Natura 3.966 7 Petrobras 2.308 -17 Brahma 2.019 -30 Antarctica 1.741 -11 Unibanco 1.691 3 Perdigão 1.129 9 Vivo 917 -4 Oi 896 -10 Porto Seguro 882 -15 BM&F Bovespa 832 -55 Vale 787 -35 TAM 783 -9 Sadia 758 -16 Embratel 724 * NET 700 -8 Lojas Americanas 590 -46 Embraer 545 -34 Ipiranga 500 -18 GOL 485 -48 Cyrela 461 -39 Extra 440 7 Havaianas 416 * Pão de Açúcar 397 14 Amil 325 0% Lojas Renner 316 -37 Gerdau 279 -66 Bombril 256 * WEG 235 -29 Ultragaz 231 * Localiza 223 4 Batavo 213 * Sul América 197 -1 Anhanguera Educacional 193 * Shopping Iguatemi 190 -3 Gafi sa 188 -22 Usiminas 185 -14 * Empresas sem balanços disponíveis em 2008 Fonte: BrandAnalytics/Millward Brown Fonte: GUGONI, Marcel. Bancos lideram ranking das marcas mais valiosas no Brasil. Folha Online, 5 maio 2009. Dinheiro. Disponível em: <http://www1.folha. uol.com.br/folha/dinheiro/ult91u560669.shtml>.Acesso em: 19 out. 2009. 124 Análise e Pesquisa de Mercado 124 Atividade de estudo: Agora que você leu a reportagem, pergunto: é capaz de responder aos questionamentos a seguir? Então, vamos lá! 1 Que critérios foram utilizados pelas consultorias de marcas para avaliarem as marcas mais valiosas do Brasil? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 2 Quantas e quais as empresas de telecomunicações que aparecem entre as 40 marcas mais valiosas? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 3 Quantas e quais marcas perderam valor em relação à divulgação da pesquisa do ano anterior? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 4 Quantas marcas da AMBEV estão presentes no ranking das 40 mais valiosas? ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ ______________________________________________________________ 125 A EXECUÇÃO DO PROJETO 125 Capítulo 5 ALGUMAS CONSIDERAÇÕES Nesse capítulo, você acompanhou como o pesquisador prepara a coleta e depois faz a tabulação dos dados, além de identifi car os cálculos de estatística descritiva. Assim, alcançamos os objetivos previstos para este capítulo. Contudo, você sabe, o caderno não esgota o assunto. Para tanto, você pode aprofundar suas leituras em sites e nas referências deste capítulo para se aprimorar na tarefa de pesquisar. Quero lembrá-lo(a) que a ética deve pautar o trabalho do pesquisador, por esse motivo, ao explicar a metodologia adotada, o pesquisador deve, também, citar as limitações e as difi culdades que teve durante a coleta dos dados e durante a análise. Se você leu os artigos publicados nas revistas científi cas, indicadas neste caderno, verá que em muitos deles os pesquisadores apresentam a metodologia aplicada e as limitações. Partindo para a reta fi nal deste caderno, no último capítulo, a seguir, apresentamos como elaborar um relatório com os resultados da pesquisa e a apresentação para os gestores. REFERÊNCIAS BARBETTA, P. A. Estatística aplicada às ciências sociais. Florianópolis: Ed. da UFSC, 2002. GUGONI, Marcel. Bancos lideram ranking das marcas mais valiosas no Brasil. Folha Online, 5 maio 2009. Dinheiro. Disponível em: <http://www1.folha.uol. com.br/folha/dinheiro/ult91u560669.shtml>. Acesso em: 19 out. 2009. HAIR JÚNIOR, J. F. et al. Fundamentos de métodos de pesquisa em administração. Porto Alegre: Bookman, 2005. LEVINE, D.M.; BERENSON, M.L.; STEPHAN, D. Estatística: teoria e aplicações usando Microsoft Excel em português. Rio de Janeiro: LTC, 2000. MALHOTRA, N. K. Pesquisa de Marketing: uma orientação aplicada. Porto Alegre: Bookman, 2006. 126 Análise e Pesquisa de Mercado 126 MATTAR, Fauze Najib. Pesquisa de marketing: metodologia, planejamento. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999. REIS, E. Estatística multivariada aplicada. Lisboa: Silabo, 1997. STEVENSON, W. J. Estatística aplicada à administração. São Paulo: Harper & Row do Brasil, 1981.