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Os conhecimentos científicos são submetidos à sistematização, a fim de serem adequados ao ensino básico. Nesse processo, alguns critérios são assumidos, como a faixa etária e o nível de escolaridade dos estudantes, aos quais os objetos são destinados. Essa transposição, no entanto, pode não atender, primordialmente, às singularidades de alunos com necessidades especiais educacionais. Diante dessa perspectiva, é imprescindível que o docente esteja atento às adaptações dos temas e às abordagens didático-metodológicas que seleciona em sua prática didática, a fim de garantir equidade em relação às oportunidades de aprendizagem entre todos os alunos. Sendo assim, em relação aos temas do eixo Espaço e Forma e da unidade temática Geometria, voltados aos anos iniciais do Ensino Fundamental, problematize e disserte a respeito das opções didático-metodológicas que possam ser aplicadas no desenvolvimento de atividades pedagógicas, considerando a perspectiva da inclusão. As estratégias pedagógicas correspondem aos variados procedimentos planejados e implementados por educadores com a finalidade de atingir seus objetivos de ensino. Elas envolvem métodos, técnicas e práticas explorados como meios para acessar, produzir e expressar o conhecimento. No cenário da educação inclusiva, sugere que a primeira partida seja na individualidade do sujeito, centrar em suas potencialidades. Em contrapartida o plano curricular deve ser uma só para todos os estudantes, de outro modo, é essencial que as estratégias pedagógicas sejam diversificadas, com base nos interesses, habilidades e necessidades de cada um. Por isso se torna viável a participação efetiva em igualdade de oportunidade, para o pleno desenvolvimento de todos os alunos, com e sem deficiência. O ponto de partida deve ser o próprio estudante. É preciso preocupar-se em conhecê-lo satisfatório. Partir do seu repertório e dos seus eixos de interesse torna o processo de ensino-aprendizagem muito mais espontâneo, prazeroso e significativo. A situação se modifica quando os educadores passem a contextualizar as atividades de acordo com os gostos e interesses do aluno. Vale ressaltar a importância de se observar as barreiras existentes e investir na diversificação de estratégias pedagógicas. O profissional de atendimento educacional especializado (AEE) tem o papel de colaborar com esse processo. Professores criativos ou que já tenham experiência com inclusão de estudantes com deficiência também podem ser bons parceiros. Em uma breve pesquisa pela internet o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), nos informa em estudo realizado que aproximadamente 70% dos estudantes brasileiros de 15 anos não sabem o básico de matemática. Este número nos mostra uma alerta sobre a importância de se repensar o ensino da disciplina ainda nas primeiras series da educação básica. Pois como não ouvir falar de algum aluno que não lembra ou não entende as regras de determinadas fórmulas? Para isso a nossa realidade precisa ser mudada, uma das sugestões que possa contribuir neta defasagem é colocar em pratica a matemática no dia a dia, assim nos ajuda a intensificar a aprendizagem dos alunos que tenham deficiência. Contextualizar com a rotina dos alunos é um aspecto que traz toda a diferença na aprendizagem. Mais do que decorar fórmulas ou regras, é necessário que o aluno entenda o conceito daquilo que está sendo apresentado. Para isso, o educador pode utilizar questões comuns na rotina das crianças. Por exemplo o número de pessoas em sua família, a divisão de uma fruta, números de brinquedos. É importante que o aluno visualize, na prática, aquilo que aprendeu nos livros didáticos. Jogos também são ferramentas ótimas, utilizar o universo no lúdico, principalmente na educação básica e especial, é fundamental. Além de tornar as aulas mais atraentes, as crianças aprendem brincando e sistematizando, de forma mais fácil e intuitiva. Mesmo sendo jogos tradicionais até os atuais, como cartas (que apoiam em questão como soma, divisão e multiplicação), os jogos tecnológicos que são inumaras existentes e oferecidas no mercado, como jogar em conjunto, calcular a quantidade, pensar na problematização e entre outros mais objetivos a aprendizado do ser humano. A cultura maker que se baseia na ideia de que as pessoas devem ser capazes de fabricar, construir, reparar e alterar objetos dos mais variados tipos de funções com as próprias mãos, baseando-se num ambiente de colaboração e transmissão de informações entre grupos e pessoas. Além de aprender os conceitos e os aplicar através de jogos, no contexto as crianças se diverte-se e criar as suas próprias invenções utilizando conceitos da disciplina como matemática. Seja na construção de blocos para montar, no cálculo de pesos para garantir o equilíbrio em uma maquete, o fato é que o aluno vai colocar em prática aquilo que comumente só encontra nos livros e rapidamente esquece. Cozinha também serve para ensinar a matemática, ter uma receita pode ser uma forma diferente e interessante para que a crianças aprendam alguns conceitos matemáticos. Na hora de preparar um bolo, por exemplo, deverão saber mensurar quantidade, dividir em partes iguais alguns ingredientes, ou mesmo a massa. Além disso, a criança cria a noção de sequência e organização, bem como de calcular o tempo de preparo. O objetivo é favorecer a compreensão dos conceitos e dar sentido aos procedimentos. Alinhar o conhecimento do professor junto com os livros a experiência do aluno.