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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS – DEPARTAMENTO DE BIOQUÍMICA CURSO DE FARMÁCIA Distúrbios no Metabolismo de Carboidratos 1. Explique o mecanismo de secreção de insulina e a função deste hormônio na regulação da glicemia. A insulina é secretada pelas céls B – pancreáticas. A glicose é transportada p/ dentro da célula B pelo transportador GLUT 2, isso permite que o transporte de glicose aumente rápido quando a glicemia se eleva. Então a glicose é fosforilada a glicose-6fosfato, pelas enzimas Hexocinase 4 e hexocinase. A hexocinase é inibida pela glicose-6-fosfato e, em menor grau, pela frutose-1-6-difosfato, o que transfere para a glicoquinase o papel na fosforilação da glicose nas células B. O metabolismo de glicose gera ATP, o ATP aumentado provoca o fechamento dos canais de potássio e a conseqüente despolarização da membrana celular que abre canais de cálcio, Com a abertura do canal, ocorre a entrada de cálcio que vai agir nos gânglios de insulina dentro das células pancreáticas, fazendo então ocorrer endocitose de insulina , devido a entrada de cálcio. Logo a insulina sai de dentro da célula pancreática e cai na corrente sanguínea. A insulina na corrente sanguínea vai recrutar os GLUT4 que vai captar a glicose do sangue. A insulina também é regulada pelo hormônio glucagon, que é secretado na baixa de glicose no sangue , inibindo a insulina. 2. Uma criança com 5 anos deu entrada no hospital em estado de coma. Numa primeira avaliação, foi observado que a glicemia da criança estava acima dos 400mg/dl. A mãe referiu ainda que a criança perdeu muito peso nas últimas semanas. A criança foi assim diagnosticada com Diabetes tipo 1. a) Explique a causas bioquímicas que levaram ao estado de coma cetoacidótico. O organismo acaba captando glicose de outro modo , para suprir as necessidades dos tecidos e órgãos. No caso mostrado é obtido a glicose por meio do tecido adiposo, por lipase dos adipócitos. Com um aumento da mobilizaçao de ácidos graxos no tecido adiposo que começam a decompor p/ formar energia, e da aceleração hepatica na beta oxidação de ácidos graxos e na síntese de betahidroxibutirato, forma-se corpos cetonicos, que sao toxicos na corrente sanguinea. b) Explique resumidamente a produção de corpos cetónicos para a obtenção de energia. Corpos cetônicos são produtos da transformação de lipídios em glicose, são sintetizados na matriz mitocondrial dos hepatócitos (fígado) a partir de um excesso acetil-coA causado pelo excesso de lipólise causado por uma baixa glicemia, ou seja, jejum prolongado que aumenta a lipólise. No fígado dentro da mitocôndria a acetil-coA acumulado vai sofrer uma ação das tiolases que vão se juntar p/ a formar os corpos cetônicos (acido acetoacetico ou acetoacetato). Estes corpos cetônicos sairão da mitocôndria e serão lançados na corrente sanguínea onde irão para os tecidos neural (cérebro) e muscular que são consumidores do mesmo para produção de energia. O beta-hidroxibutirato como combustível para os tecidos extra-hepáticos é levado pela corrente sanguínea e é convertido em acetoacetato. Então resumindo na falta de glicose pode adaptar-se para utilizar o acetoacetato ou o D-β-hidroxibutirato na obtenção de energia 3. A concentração de glicose no sangue é mantida numa estreita gama de valores e existem vários mecanismos envolvidos de modo a impedir que situações de hipoglicémia ou de hiperglicémica. Tendo isto em consideração disserte sobre os mecanismos hormonais envolvidos na homeostasia da glicémia. A regulação da homeostase da glicemia , depende de 2 hormônios : insulina e glucagon . Quando comemos temos um ↑ pico de glicose no sangue , essa glicose estimula a secreção de insulina, que vai ser excretada. O aumento das concentrações de insulina e glicose sanguíneas coordenadamente inibe a produção de glicose pelo fígado e facilita a captação de glicose pelos tecidos sensíveis à insulina. Para impedir a hiperglicemia , ou seja excesso de glicose no sangue tem ativação da insulina , então o Glucagon é inibido, e a insulina secretada estimula a liberação do glut 4 , que vai captar glicose sanguínea , controlando a glicose no sangue. No caso da hipoglicemia : que ocorre numa situação de jejum por exemplo ; ocorre a ativação do hormônio glucagon faz aumentar o teor de glicose na corrente sanguínea a partir da quebra do glicogênio (substância de reserva energética) O glucagon exerce esse efeito pela ativação da enzima adenilciclase nas membranas das células hepáticas, o que aumenta o teor de AMP cíclico nas células hepáticas. Esse AMP cíclico, então, ativa a enzima fosforilase, que promove a glicogenólise (degradação do glicogênio hepático em glicose). Segundo, o glucagon, aumenta a glicogênese (conversão de proteína em glicose) pelo fígado. Exerce esse efeito, em sua maior parte, pela ativação do sistema enzimático das células hepáticas responsáveis por esse processo. 4. Considerando o Diabetes Tipo 1 descreva quais as alterações hormonais e consequências metabólicas que acontecem frequentemente. Qual é a causa principal que justifica as diferenças entre o Diabetes Tipo 1 e o Tipo 2. Diabete I -> Não possui produção de insulina pelas células B pancreáticas. Se dá mais na infância. É causada por um ataque auto imune as células beta do pâncreas. Ocorre a infiltração dos linfócitos t ativados nas ilhotas. Hiperglicemia é causada pelo aumento da produção hepática de glicose e pela diminuição da utilização periférica. A falta de insulina impede que o musculo capte glicose proveniente da dieta. A cetoacidose resulta do aumento da mobilização de ácidos graxos no tecido adiposo e da aceleração hepática na beta oxidação de ácidos graxos e na síntese de betahidroxibutirato e acetoacetato. Hipertriacilglicerolemia: nem todos os ácidos graxos podem ser oxidados na síntese de corpos cetonicos, então o excesso de ácidos graxos é convertido em triglicerídeos (e empacotado em VLDL). Quilomicra são sintetizados a partir de lipídeos da dieta pelas células da mucosa intestinal. A lipase lipoproteica é baixa nos diabéticos, então os níveis plasmáticos de quilomicra e VLDL aumentam. Diabete II -> Secreta insulina, porém é resistente, o receptor da insulina não funciona bem, então a glicose não é captada corretamente nos tecidos. Acontece mais na vida adulta, pessoas mais velhas. Hiperglicemia e hipertriacilglicerolemia. 5.Quais os principais distúrbios no metabolismo da frutose? Frutosuria essencial - Deficiência da enzima Frutoquinase - Condição benigna - Frutose acumula na urina Intolerância Hereditária à Frutose - Deficiência da enzima Aldolase-B - Retenção intracelular de Frutose 1-Fosfato - Hipoglicemia grave, vómitos, hepatomegalia - Falência hepática e morte 6.Descreva a estrutura do glicogênio, e identifique as principais formas de glicogênio. Polissacarídeo, composto por monômeros de um mesmo monossacarídeo ou seja a glicose. Glicogênio hepático, glicogênio renal (manutenção da homeostase da glicose sanguínea) e glicogênio muscular. 7.Identifique as principais enzimas envolvidas na glicogênese e quais as reações catalisadas. Ocorre no citosol e requer presença de ATP. Uma vez dentro da célula a glicose é fosforilada à glicose6fosfato pela glicoquinase. Depois a enzima fosfoglicomutase forma glicose1fosfato. A glicose para ser incorporada nos resíduos do glicogênio precisa estar na forma de UDPglicose, que é realizado pela enzima UDPpirofosforilase. A glicogeniosintase permite a incorporação dos resíduos de glicose em uma cadeia linear pré formada de glicogênio. A glicogênio sintase é que regula toda esse processo e ela mesma é regulada pela insulina e glucagon 8. Identifique as principais enzimas envolvidas na glicogenólise e quais as reações catalisadas As ligações alfa1,4 do glicogênio são clivadas por uma enzima glicogeniofosforilase, liberando glicose1fosfato,que é transformado em glicose6fosfato pela enzima fosfoglicomutase. No fígado esse intermediário é convertido em glicose por meio da enzima glicose6fosfatase. A remoção dos resíduos glicosil das ramificações do glicogênio fosforilase são feitas por meio da glicogênio transferase e da glicosidase. 10.Qual a enzima envolvida na Glicogenose Tipo 1a – doença de Von Gierke? Identifique quais as consequências metabólicas deste defeito enzimático. Surge da deficiência da glicose6fosfatase e glicose6fosfato translocase no fígado, da mucosa intestinal e do rim. Doença hereditária. Fígado gordo e hepatomegalia. Hipoglicemia grave do jejum. Hiperlipidemia e hiperuricemia. Doença renal progressiva. Retardo no crescimento e atraso na puberdade. Glicogênio com estrutura normal, porém acúmulo no seu armazenamento. Tratamento: infusão de glicose durante a noite. Acidemia láctica ocorre pois o fígado é incapaz de usar o lactato para a gliconeogênese e produz acido lático em resposta ao glucagon. Diagnostico: teste genético + teste enzimático + clinica + laboratório (hipoglicemia jejum curto, dislipidemia, hiperuricemia, hiperlactacidemia, acidose lática, cetonúria) 11.Qual a enzima envolvida na Glicogenose Tipo III– doença de Cori? Identifique quais as consequências metabólicas desse defeito enzimático. Causada pela deficiência da enzima glicogênio transferase (enzima desramificante), resulta no acúmulo de glicogênio nos ramos mais externos, ocorre uma hepatomegalia. Manifestações clinicas parecidas com doença de Von Gierke. Tratamento dietético: evitar jejum, dieta rica em proteínas) 12. Qual a enzima envolvida na Glicogenose Muscular Tipo V – doença de MacArdle? Identifique quais as consequências metabólicas deste defeito enzimático. Deficiência de glicogênio fosforilase muscular. Fraqueza muscular e câimbras após exercício. Não ocorre aumento do lactato no plasma após exercício. Mioglobinemia e mioglobinúria. Metabolismo do Eritrócito 1. O que é o Hematócrito, e como este pode variar? Distinga plasma de soro. É a % do sangue composto por glóbulos vermelhos ou hemácias após centrifugação. Pode variar por conta do sexo, altitude (PpO2), grau de atividade. O soro é plasma sem fibrinogênio (anticoagulante). 2. Quais as funções dos eritrócitos? Tem como função Liberar oxigênio nos tecidos, Remover CO2 e H+ dos tecidos, Tamponamento ácido-base,Produção de 2,3-bisfosfoglicerato, e fazer o transporte da hemoglobina. 3. Descreva a gênese e a regulação da produção dos eritrocitos. Descrevendo o modo de atuação da eritropoietina. Gênese: - Células primordiais da medula óssea a partir das células progenitoras (mielóide) ou células mãe --- Célula tronco pluripotente > Hemocitoblasto > Proeritroblasto > Eritroblasto Policromático > Eritrócitos A produção de glóbulos vermelhos (eritropoiese) acontece na medula óssea sob o controle do hormônio eritropoetina (EPO). As células justaglomerulares renais produzem EPO em resposta ao decréscimo do aporte de oxigênio (como na anemia e na hipoxia) e aumento dos níveis de androgênios. Além de EPO, a produção de eritrócitos requer suplementos de substratos adequados, que consistem principalmente em ferro, vitamina B12 e folato. Modo de atuação da Eritropoetina: Alguns fatores diminuem a oxigenação dos tecidos. Esses fatores fazem com que o rim secrete o hormônio Eritropoetina e este hormônio estimula a medula óssea nos ossos a diferenciar as células Hemocitoblastos e transformá- las em Eritrócito. Temos como exemplos de fatores que diminuem a oxigenação: 1) Baixo volume de sangue / 2) Anemia / 3) Baixa hemoglobina/ 4) baixo fluxo sanguíneo /5)Doenças pulmonares 4. Descreva o metabolismo do eritrócito. Acontece no citoplasma, uma vez que ela não possui mitocôndria e a única fonte de energia é a glicose. Cerca de 90% da glicose que a hemácia capta é oxidada na via glicolítica cujo produto final é o lactato (glicólise anaeróbica). O saldo final de energia é de duas moléculas de ATP e duas de NADH, molécula enérgica de poder redutor. O NADH nesse processo é oxidado e o aceptor final é o piruvato, sendo convertido em lactato, permitindo que a via continue. 5. Qual a função de cada um dos desvios da via glicolítica para o metabolismo do eritrócito? Desvio da via glicolítica ---- via das pentoses Molécula de glicose gera dois NADH. Como no eritrócito tanto a fase oxidativa como a fase não-oxidativa da via das pentoses estão ativas, acaba sendo cíclica, pois a ribulose-5- fosfato é convertida pelas enzimas da fase não-oxidativa em glicose-6-fosfato. O NADPH gerado na via das pentoses é essencial para a produção de grupos tiol da hemoglobina e proteínas de membrana contra a oxidação, processo que ocorre indiretamente, através da manutenção da forma reduzida de glutationa (ver adiante). Portanto, essas duas vias são as vias geradoras de moléculas energéticas, ATP NADH e NADPH. Na glicose anaeróbica é produzido: glicose-----piruvato + 2 ATP + NADH que é convertido em lactato que volta pro fígado para ser utilizado. 6. Como é composta a membrana do eritrócito? Quais as funções da proteína de banda 3? Constituída de lipídeos e proteínas, consiste em uma bicamada fosfolipídica. A capacidade de transporte de O2 dos pulmões e remoção do CO2 dos tecidos para os pulmões depende das condições de adaptação circulatória e também da hemoglobina citosólica e de um polipeptídio maior da membrana: a banda 3 ou proteína de troca de íons (anion exchanger 1, AE1). Como transportador de membrana, a AE1, ou banda 3, media as trocas de Cl–/HCO3–, aumentando então a capacidade sangüínea de transporte de CO2, garantindo a homeostase e o equilíbrio ácido–básico. Por interação com lipídeos e proteínas, a banda 3 multifuncional (AE1) une o complexo multiprotéico do citoesqueleto e confere aos eritrócitos propriedades mecânicas e elásticas, regulando a viscosidade sangüínea. Todas as proteínas de transporte da membrana do eritrócito são produzidas nos estágios primordiais dos eritroblastos. Proteinas glicoforinas A, B, C, D, que possuem receptores de membrana e antígenos que participam do reconhecimento célula–célula na extremidade externa e auxiliam na estabilização do citoesqueleto através de ligações com a proteína 4.1 na face interna da membrana. 7. Descreva a Anemia hemolítica devido à deficiência da glucose-6P-desidrogenase. Deficiência de G6PDO, um defeito na derivação da via da hexose monofosfato, é o distúrbio mais comum do metabolismo dos eritrócitos. O gene da G6PD está localizado no cromossomo X e exibe uma grande quantidade de variação. As variantes são classificadas de I a V de acordo com a intensidade da atividade da enzima G6PD. Mutações no gene da G6PD e redução da sua atividade, Redução de NADPH, Redução da regeneração da GSH pela glutationa redutase, oxidação da membrana, alteração estrutural e aumento da susceptibilidade a ingestão por macrófagos ou rompimento de membrana 1. Defina de maneira sucinta o que é hemostasia. Interrupção do sangramento induzido pela lesão de um vaso sanguíneo. 2. Explique as etapas que ocorrem na hemostasia primária. O que seria uma superfície trombogênica de uma não trombogênica? Cite quais são os fatores envolvidos em ambos os casos. Estanca o sangramento, contração dos vasos sanguíneos formação do tampão hemostático. Ativação, adesão e agressão plaquetária, se ligam através da proteína vwf ao endotélio. Quando o endotélio está intacto, possui uma superfície trombogênica, justamente para que não forme os trombos, por isso que existem fatores envolvidos sulfato de heparan Trombomodulina-Trombina e os vasodilatadores porque é justamente para não formar o coágulo. E na superfície trombogênica seria quando o vaso está lesado aí é usado os fatores como sulfato de heparan e trombomodulina para formação do vaso. Em um caso évasodilatador e outro é vaso constritor. 3. Quais são as funções das substâncias ADP, TXA2, serotonina e vWF? Fator de von Willebrand (vWF) - age produzindo uma espécie de ‘gancho’ entre a plaqueta e o colágeno subendotelial. A plaqueta apresenta diversos receptores de adesão, entre eles o complexo glicoprotéico que a liga ao fator (FvW) ADP - irá promover maior ativação plaquetária. é responsável pela ativação de outras plaquetas e pela modificação da sua forma, que passa de discóide para esférica com aparecimento de pseudópodes. Saiba mais: A ligação do FvW ao complexo glicoprotéico Ib induz a secreção de ADP, que aumenta a adesão plaquetária e contribuem para a formação posterior de um agregado plaquetário pela ligação ao fibrinogênio. TXA2 (tromboxano A2) -age como um potente agregador de plaquetas e vasoconstritor. Serotonina - vasoconstrição 4. Origem, formação e média vida das plaquetas. Plaquetas não têm núcleos: são fragmentos de citoplasma derivados de Megacariócitos da medula óssea, que entram em circulação, possuem meia vida de 8 até 12 dias. 5. Quais mecanismos intracelulares e extracelulares estão envolvidos na agregação plaquetária? Intracelulares: Mudança no formato das plaquetas, formação e secreção de serotonina, ADP e TXA2 Extracelulares: fator de von willebrand, 6. Diferencie bioquimicamente hemostasia primária de secundária. Na hemostasia primeira tem a ativação e a adesão plaquetária, formação do tampão plaquetário e na secundária o tampão já está formado e é estabilizado pela fibrina ou seja é formado um coágulo de fibrina através de uma rede, isso faz com que alivie a cascata de coagulação 7. Qual a diferença principal da via extrínseca da intrínseca? Detalhe quais etapas na hemostasia secundária são pertencentes a cada uma e depois explique como elas se correlacionam na via comum e suas etapas. Qual o motivo da existência destas duas vias? Via extrínseca envolve componentes do sangue, e também elementos que usualmente não estão presentes no espaço intravascular, ja uma via intrínseca é iniciada por componentes presentes no intravascular, que convergem no ponto de ativação do fator X (“via final comum”). Na via extrínseca, o fator VII plasmático (na presença do seu cofator, o fator tecidual, também designado tromboplastina) ativa diretamente o fator X. Na via intrínseca, ativação do fator XII ocorre quando o sangue entra em contato com uma superfície contendo cargas elétricas negativas (por exemplo, a parede de um tubo de vidro). Esse processo é denominado “ativação por contato” e requer ainda a presença de outros componentes do plasma: pré-calicreína (uma serino- protease) e cininogênio de alto peso molecular (um cofator não enzimático). O fator XIIa ativa o fator XI, que por sua vez ativa o fator IX. O fator IXa, na presença de fator VIII, ativa o fator X da coagulação, desencadeando a geração de trombina e subseqüente formação de fibrina. 8. Quais fatores formam os complexos tenase extrínseco, intrínseco e protrombinase? As diversas enzimas da coagulação convertem seus substratos pró cofatores em cofatores, os quais localizam as proteases sobre as superfícies celulares, contendo fosfolipídeos (em especial das plaquetas), em que essas reações acontecem.Os elementos biológicos que contribuem para o componente de fosfolipídeos da coagulação incluem tecidos vasculares lesados, células inflamatórias e plaquetas ativadas.O principal contribuinte, em termos de números de sítios, são as membranas de plaquetas, que, quando ativadas, expressam sítios de ligação para os complexos fator IXa/fator VIIIa (complexo “tenase”) e fator Xa/fator Va (complexo “protrombinase”). Adicionalmente, íons de cálcio são necessários em diversos passos das reações da coagulação 9. Defina fibrinólise. Explique de maneira bioquímica as etapas e fatores envolvidos. A fibrinólise é o processo através do qual um coágulo de fibrina é destruído. A fibrina é degradada pela plasmina levando à produção de fragmentos circulantes que são depois destruídas por outras proteases ou pelos rins e fígado. Os componentes do sistema hemostático incluem as plaquetas, os vasos, as proteínas da coagulação do sangue, os anticoagulantes naturais e o sistema de fibrinólise. 10. Cite os principais inibidores da coagulação e a sua atuação. Proteina C - degrada os fatores 5 a 8. Não produz trombina. Antitrombina - : Degrada as serino proteases (trombina, FXa, FXIIa e FIXa; liver) Inibidor de associação do fator tissular/ VIIa - a. Inibidor da via do fator tecidual (TFPI: “tissue factor pathway inhibitor”; liver e endotelio) 11. Qual o papel do sistema antifibrinolítico e quais moléculas estão envolvidas? Agem para diminuir o sangramento. O ácido tranexâmico é um agente antifibrinolítico, que age através de mecanismo competitivo, inibindo a ativação do plasminogênio a plasmina. 12. Explique como atuam a varfarina, heparina e aspirina sobre o sistema de coagulação. Qual o papel da vitamina K na hemostasia? Vitamina K: Atua como cofator da enzima gama-glutamil carboxilase que adiciona um carboxil ao ácido glutâmico residual dos fatores II, VII, IX e X e também as proteínas C, S e Z. https://pt.wikipedia.org/wiki/Vitamina_K E heparina e warfarina e a aspirina atuam como um anticoagulantes, mantendo a cascata da coagulação em equilíbrio.
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