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As capacidades motoras

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As capacidades motoras podem ser definidas como todo atributo ou qualidade "treinável" de um organismo, ou seja, passível de adaptações. Ou seja, a força é a capacidade motora que permite um músculo ou grupo de músculos produzir tensão e vencer uma resistência na ação de empurrar, tracionar ou elevar. Durante um jogo de futebol, o atleta faz uso desta capacidade física ao chutar a bola.
De acordo com Campos e Coraucci Neto (2004), a força é uma capacidade física imprescindível para a manutenção ou aprimoramento da capacidade funcional do corpo humano, sendo a base para resistência muscular, velocidade, equilíbrio, coordenação e flexibilidade.
Os nossos músculos produzem mais ou menos tensão permitindo assim a estabilidade das estruturas do nosso corpo, o movimento das mesmas e o desenvolvimento das restantes capacidades motoras condicionais (ex. amplitude articular, resistência e velocidade). Desta forma, a capacidade motora Força muscular traduz-se pela capacidade do sistema neuromuscular gerar tensão sobre determinadas condições específicas, podendo essas condições ser a posição do segmento corporal ou do próprio corpo, o tipo de ação muscular (isométrica, concêntrica e excêntrica), o movimento que serve de aplicação à força e a velocidade de execução do movimento. Traduzindo-se em três formas de manifestação (Ativa ou Dinâmica, Reativa e Estática). É através da conjugação das diferentes formas de manifestação de Força muscular que conseguimos realizar todos os movimentos humanos e não com o uso de uma manifestação de força isolada. Somente nas ações estáticas (suster, empurrar contra uma resistência amovível, etc.) é que usamos somente a forma de manifestação de força estática.
Já a velocidade é a capacidade motora particular do músculo que permite a execução de uma sucessão rápida de gestos que, em seu encadeamento, constituem em uma única e mesma ação, de intensidade máxima e de duração breve ou muito breve. Como exemplo, podemos citar o momento em que um jogador de futebol realiza uma corrida muito rápida durante o jogo, em um curto espaço de tempo e de distância.
Segundo Barbanti (1996), velocidade é definida como a máxima rapidez de movimentos que pode ser alcançada. Santos et al. (2010) afirmam que a velocidade no esporte é a capacidade de atingir maior rapidez de reação e de movimento, de acordo com o condicionamento específico, baseada no processo cognitivo, na força máxima de vontade e no bom funcionamento do sistema neuromuscular.
Bompa (2002) cita que grande parte da capacidade de velocidade é determinada geneticamente, pois quanto maior for a proporção de fibras musculares de contração rápida, maior será a capacidade de contração rápida e explosiva do organismo. Porém, apesar da relação da velocidade com a genética, essa capacidade é treinável.
A velocidade motora resulta, portanto, da capacidade psíquica, cognitiva, coordenativa e do condicionamento, sujeitas às influências genéticas, do aprendizado, do desenvolvimento sensorial e neuronal, bem como de tendões, músculos e capacidade de mobilização energética (Weineck, 2003).
Autores subdividem a velocidade em alguns componentes, alguns deles como: velocidade de reação e velocidade de deslocamento. A velocidade de reação, também chamada de tempo de reação, e se caracteriza como a velocidade com a qual um atleta é capaz de responder a um determinado estímulo. Já a velocidade de deslocamento representa uma forma especial da velocidade cíclica (sem alteração do padrão de movimento), ou seja, a capacidade máxima de um indivíduo deslocar-se de um ponto para outro.
Outra capacidade motora que permite um esforço proveniente de exercícios prolongados, durante um determinado tempo. Jogar uma partida completa de futebol exige muita resistência.
Para Platonov (2005), resistência é a capacidade de resistir à fadiga diante da utilização de uma ou mais capacidades biomotoras.
De modo geral, podemos dizer que a resistência é influenciada por dois fatores: físico e psíquico. O fator físico ocorre por meio da utilização eficaz das reservas energéticas, da utilização econômica dos potenciais fisiológicos, das técnicas pelas quais são executados os movimentos e da interferência de outras capacidades como força e velocidade. No fator psíquico dependem dos fatores físicos (e vice-versa) que podem influenciar os resultados de uma competição. Durante o treinamento de resistência, o sistema nervoso central (SNC) adaptasse à demanda de exercício proposto. Como resposta, o SNC melhora suas conexões nervosas, necessárias para manter as condições físicas em funcionamento coordenado.
Segundo Campos e Coraucci Neto (2004), a resistência (cardiovascular e muscular) é importante no TF porque diminui ou retarda o aparecimento da fadiga que debilita a propriocepção e aumenta o rendimento aeróbio e anaeróbio, vitais para a manutenção ou melhoria da capacidade funcional. A capacidade de resistir num exercício predominantemente aeróbio garante a competência metabólica para que determinadas tarefas motoras possam ou não ter uma resposta eficiente (Jenkins, 2005).
Segundo autores o treinamento de resistência pode ser classificado de diferentes maneiras, de acordo com a manifestação e o ângulo da análise. A Resistencia Aeróbica, permite manter por um determinado período de tempo, um esforço em que consumo de 02 equilibra-se com a sua absorção (STEADY STATE), sendo os esforços de fraca ou média intensidade. A resistência anaeróbica, permite manter por um determinado período de tempo um esforço em que o consumo de O2 é superior a sua absorção, acarretando um débito de 02 e que somente será recompensado em repouso, sendo os esforços de grande intensidade. A resistência muscular localizada, é a capacidade do músculo em trabalhar contra uma resistência moderada durante longos períodos de tempo. A geral, quando é solicitada mais de 16 da massa muscular. É limitada pelo sistema cardiorrespiratório. E a local, quando é solicitada menos de 1/6 da massa muscular total. É determinada pela resistência geral pela força e capacidade anaeróbica.
A coordenação motora é também é considerada uma capacidade biomotora importante no treinamento esportivo, devido à diversidade de áreas científicas e profissionais que estudam o homem em movimento. Algumas nomenclaturas também são usadas para denominar a coordenação motora como coordenação, coordenação psicomotora, coordenação neuromuscular e psicomotricidade.
Gallahue e Ozmun (2001), afirmam que a coordenação motora é a capacidade do cérebro de equilibrar os movimentos do corpo, mais especificamente, dos músculos e das articulações. A coordenação motora é uma das capacidades físicas mais requeridas nas atividades cotidianas, principalmente, nas atividades que exigem precisão.
	A coordenação motora implica diretamente no domínio de movimentos do dia a dia, com movimentos relacionados à prática esportiva ou recreativa auxiliando no processo de aprendizagem da escrita e da fala, por exemplo. É algo que ocorre de forma ordenada para que o indivíduo possa realizar movimentos de forma rápida, eficaz e com um dispêndio cada vez menor de energia.
	Weineck (1999) afirma que “as capacidades de coordenação são a base de uma boa coordenação sensório-motora; quanto mais elevado for seu nível mais depressa e mais seguramente poderão se aprender movimentos novos ou difíceis”.
	A coordenação motora, do ponto de vista fisiológico, depende da ação conjunta do sistema nervoso central e da musculatura esquelética dentro de uma sequência de movimentos predefinidos e pré-programados pelo cérebro. Isso faz com que possamos observar que as características de desenvolvimento da coordenação motora estejam muito atreladas ao desenvolvimento das capacidades de força, potência e velocidade.
De acordo com alguns autores do segmento do treinamento de força (Fleck e Figueira Jr.; 1997; Guedes Jr. et al., 2008; Teixeira e Guedes Jr., 2009), essa modalidade de treinamento parece ser bastante eficiente em promover melhora da coordenação motora, principalmente, através das adaptaçõesneuromusculares associadas à coordenação intermuscular e intramuscular, sendo que essas adaptações podem ser observadas após poucas sessões de treinamento.
A flexibilidade também é uma capacidade motora, em que o atleta tem para executar ao longo de toda a amplitude, articular movimentos de grande amplitude por si mesmo ou por influencia auxiliar das forças externas. O seu estado de desenvolvimento tem influência na melhoria da execução técnica, na prevenção de lesões.
Para Barbanti (2010) a flexibilidade é uma propriedade intrínseca dos tecidos moles do corpo que determinam a amplitude de movimento conseguida em uma articulação ou em um grupo delas, ou seja, da viscoelasticidade dos músculos, ligamentos e outros tecidos.
Esta capacidade está dependente da atividade física dos músculos, ligamentos, tendões e ossos que envolvem a articulação. Autores a classificam em geral e especifica. Geral, consiste na amplitude moral de oscilações de articulações especialmente nas principais articulações: ombro. anca e coluna vertebral. E a especifica, consiste na amplitude necessária para a realização de movimentos específicos de cada modalidade Flexibilidade e capacidade motora de aproveitar as possibilidades de movimentar e articular o seu corpo o mais amplo possível.
 Referências indicam que a melhor intervenção para melhora da flexibilidade são os exercícios de alongamento por ser uma forma de trabalho que visa à exploração de graus de amplitude de movimento (ADM) habitualmente não explorados no cotidiano (Badaro et al., 2007).
Em estudo realizado por Beedle et al (1991), que tinha o objetivo de comparar a flexibilidade de ombro e cotovelo de fisiculturistas, jogadores de futebol universitário, levantadores de peso e um grupo controle, ficou evidenciado que levantadores de peso tinham flexibilidade mediana ou acima da média na maioria das articulações e que comparados a outros atletas ficavam inferior apenas aos ginastas.

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