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Capacidades fisicas Preparação fisica

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77
CAPACIDADES FÍSICAS
Objetivos
• Compreender a aplicabilidade das diferentes capacidades físicas nos mé-
todos de treinamento.
• Analisar as qualidades físicas e suas particularidades.
• Identificar em cada capacidade física sua importância para as diferentes 
modalidades de atividades físicas, exercícios ou esportes.
Conteúdos
• Velocidade.
• Flexibilidade.
• Resistência.
• Coordenação.
Orientações para o estudo da unidade
Antes de iniciar o estudo desta unidade, leia as orientações a seguir:
1) Procure buscar outras informações sobre os efeitos do envelhecimento. 
Seu comprometimento será muito importante para obter sucesso acadê-
mico e profissional.
2) Realize um programa de estudos; crie uma rotina semanal que possa 
ser cumprida integralmente; procure entender os conteúdos aqui apre-
sentados e colocá-los em prática, integrando seus estudos à sua futura 
profissão.
3) Acesse sempre o Conteúdo Digital Integrador, buscando subsídios para 
complementar seu entendimento. Os artigos e vídeos ali selecionados 
UNIDADE 2
78 © PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL
UNIDADE 2 – CAPACIDADES FÍSICAS
foram cuidadosamente destacados para que você transponha o conhe-
cimento do conteúdo básico e realize novas construções conceituais e 
práticas.
4) Procure praticar o conteúdo sempre que possível, empregue-o no seu dia 
a dia, discuta-o com seus amigos, exponha o que aprendeu como uma 
maneira de fixar o aprendizado.
79© PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL
UNIDADE 2 – CAPACIDADES FÍSICAS
1. INTRODUÇÃO
As capacidades físicas são um conjunto de qualidades in-
dividuais desenvolvidas com o propósito de incrementar melho-
rias orgânicas que se refletirão em aspectos musculares e psi-
cológicos, por gerar alterações positivas que serão aproveitadas 
durante a atividade física e no desempenho esportivo.
Nesta unidade, trataremos do desenvolvimento da veloci-
dade da flexibilidade e da coordenação. Na próxima, estudare-
mos o desenvolvimento da força e sua periodização, com aplica-
bilidade a todas as capacidades físicas expostas.
2. CONTEÚDO BÁSICO DE REFERÊNCIA
O Conteúdo Básico de Referência apresenta, de forma su-
cinta, os temas abordados nesta unidade. Para sua compreensão 
integral, é necessário o aprofundamento pelo estudo do Conteú-
do Digital Integrador.
2.1. CAPACIDADES FÍSICAS
Velocidade
De maneira bem simples, podemos dizer que a velocidade 
significa agir no menor espaço de tempo com a máxima intensi-
dade, ou seja, o desenvolvimento desta capacidade está relacio-
nado ao desenvolvimento de propriedades funcionais que per-
mitem a execução de ações motoras em tempos curtos e com 
esforços vigorosos.
80 © PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL
UNIDADE 2 – CAPACIDADES FÍSICAS
Tubino (2003) diz que a velocidade é a qualidade física 
do músculo e das coordenações neuromusculares que permiti-
rão executar sucessivos gestos de maneira rápida, constituindo 
uma só ação com intensidade máxima e duração breve ou muito 
breve.
A velocidade não é somente uma capacidade física que nos 
possibilita correr de maneira intensa, mas também é coordena-
da, pois nela há assimilação de movimentos motores que permi-
tem tanto a movimentação como a assimilação de outras capa-
cidades, como coordenação e força, por exemplo. A velocidade 
é primordial em diversos esportes, como é o caso do caratê e 
do boxe, em que os atletas se destacam pela movimentação por 
meio de diversas e específicas formas de velocidade e também 
em atividades acíclicas que envolvem maior coordenação, como 
saltos e lançamentos, e movimentos cíclicos como patinação, 
por exemplo (WEINECK, 2003).
Para Bompa (2001), a velocidade é uma das capacidades 
físicas mais importantes do esporte, pois o poder de se mover 
rapidamente faz com que se obtenha vantagens esportivas tan-
to em atividades simples quanto complexas. Quando integramos 
esse raciocínio com o de Weineck (2003), entendemos que a ve-
locidade é um dos componentes mais importantes do desem-
penho esportivo (Figura 1), relacionada a outras capacidades, 
como coordenação e força, por exemplo. Dessa forma, não deve 
ser vista como uma capacidade isolada.
Segundo Weineck (2003, p. 379), 
A velocidade motora resulta, portanto, da capacidade psíquica, 
cognitiva, coordenativa e do condicionamento, sujeitas às in-
fluências genéticas, do aprendizado, do desenvolvimento sen-
sorial e neuronal, bem como de tendões, músculos e capacida-
de de mobilização energética.
81© PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL
UNIDADE 2 – CAPACIDADES FÍSICAS
Individualidade 
Biológica
FenótipoGenótipo
Tudo que é somado ou 
acrescido ao indivíduo 
após o nascimento.
Carga genética 
transmitida à pessoa e 
que determinará 
preponderadamente 
diversos fatores.
Fonte: adaptado de Weineck (2003, p. 381).
Figura 1 Características parciais da velocidade para a capacidade de desempenho de 
jogadores.
Para Platonov (2004), a velocidade deve ser levada em con-
sideração em todas as formas elementares de sua manifestação, 
sendo determinada principalmente por dois fatores: o grau de 
ativação do mecanismo neuromotor e a capacidade de mobilizar 
o conteúdo da ação motora rapidamente.
O grau de ativação do mecanismo neuromotor é uma ca-
racterística da individualidade biológica relacionada a fatores 
genéticos, podendo ser aperfeiçoado com o treinamento de ma-
neira menos eficiente. Como exemplo, o autor cita que o tempo 
de reação das pessoas não praticantes de atividades esportivas 
pode variar entre 0,2 e 0,3 s. Em atletas de alto nível, esse tempo 
82 © PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL
UNIDADE 2 – CAPACIDADES FÍSICAS
oscilará entre 0,1 e 0,2 s. Com o treinamento, o tempo de reação 
poderá melhorar em aproximadamente 0,1 s.
O segundo fator, ou seja, a capacidade de mobilização da 
ação motora, está relacionado à ação do treinamento e dos efei-
tos que este exerce sobre o desenvolvimento das diversas for-
mas de velocidade. Portanto, a capacidade de mobilizar a ati-
vação motora se dá devido à velocidade de uma ação motora, 
que é obtida graças à adaptação do aparelho motor às condi-
ções programadas do objetivo e da aquisição de uma coordena-
ção muscular ótima, que auxiliará em uma utilização diversa as 
possibilidades individuais do sistema neuromuscular, próprias de 
cada pessoa e das características de cada modalidade.
A importância dada ao treinamento de velocidade irá ao 
encontro das características de cada modalidade esportiva ou de 
cada atividade física que se pretende desenvolver. Por exemplo, 
para a população em geral, não atleta, o desenvolvimento da 
capacidade física da velocidade pode ser irrelevante quando se 
busca um treinamento voltado ao cotidiano e à saúde. Por outro 
lado, notamos que, dependendo da especificidade da modalida-
de esportiva que se pratica, ou para qual modalidade esportiva 
for o treinamento, e focando-se o desempenho, a importância 
do treino de velocidade ganha importância considerável dentro 
de requerimentos específicos exigidos por cada modalidade, tor-
nando a velocidade uma capacidade física complexa.
Weineck (2003, p. 379) define que: "A velocidade de joga-
dores é uma capacidade complexa composta de diferentes capa-
cidades psicofísicas secundárias", como veremos a seguir.
A capacidade de percepção em situações relacionadas ao 
jogo e de alterações que acontecem em menor espaço e tempo 
possível é também entendida como velocidade de percepção.
83© PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL
UNIDADE 2 – CAPACIDADES FÍSICAS
A velocidade de antecipação é a capacidade de antecipa-
ção das ações e dos comportamentos do adversário durante o 
desenvolvimento do jogo no menor tempo possível.
A habilidade para realizar ações rápidas e específicas com 
a bola, diante de um adversário, em curto espaço de tempo, é 
chamada de velocidade de ação. 
A velocidade de ação está relacionada com a forma em 
que se deve aplicar esta capacidade física em cada modalidade 
esportiva, levando-se em consideração fatores espaciais, tempo-
rais, separando-se do aspecto puramente motor, ou seja, saber 
em que momento, porqual espaço, com que intensidade deve-
-se empregar a velocidade. Está também ligada a outros fatores, 
como percepção e velocidade de decisão, por exemplo.
A capacidade de tomada de decisão no menor tempo pos-
sível, quanto às atitudes potenciais necessárias, também pode 
ser descrita como velocidade de decisão. 
Já a capacidade de reação a uma situação ou jogada repen-
tina e imprevista no decorrer do jogo é a velocidade de reação 
ou o tempo de reação.
A velocidade de reação pode ser definida como a "veloci-
dade com a qual um atleta é capaz de responder a um estímulo 
com uma ação adequada" (TUBINO, 2003, p. 185). É uma quali-
dade física indispensável para atletas de velocidade de todas as 
categorias, entre as quais destacamos atletismo, natação, fute-
bol (goleiros), lutadores, jogadores de vôlei, esgrimistas, entre 
outros.
Para Weineck (2003), a velocidade de reação pode ser divi-
dida em reações simples, como a largada em uma corrida de ve-
locidade, e reações complexas, como as diferentes reações que 
84 © PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL
UNIDADE 2 – CAPACIDADES FÍSICAS
o atleta deve ter durante um jogo, em que será necessário que 
a velocidade de reação se adeque às diferentes situações que 
ocorrerem. 
Tubino (2003) indica como melhor forma de treinamento 
para a melhoria da velocidade de reação a utilização de grande 
número de repetições de exercícios de "estímulo-resposta rápi-
da", provocando automatismo nos gestos que exigem velocida-
de de reação aos aguilhoamentos. Essa velocidade poderá ser 
mensurada por testes eletrônicos que irão registrar o tempo que 
a pessoa leva para responder com uma específica ação desejada 
a determinado impulso visual ou auditivo.
Na sequência, temos ainda a capacidade de realizar movi-
mentos cíclicos e acíclicos em ritmo acelerado, podendo-se en-
tender esta qualidade como velocidade de movimento cíclico e 
acíclico.
A velocidade de movimento cíclica consiste em uma se-
quência de ações motoras, repetidas de forma rítmica, indepen-
dentemente do fato de se tratar de movimentos das extremida-
des superiores ou inferiores, assim como do tronco. A frequência 
com que o movimento é realizado depende da velocidade de 
cada segmento (WEINECK, 2003). 
Já na velocidade de movimento acíclica, as ações ocorre-
rão de maneira síncrona entre os segmentos, porém não repe-
tida. As ações começam de uma maneira e terminam de outra. 
Podemos exemplificar a velocidade acíclica durante um lan-
çamento, um arremesso, durante um salto ou mesmo em um 
chute, em que a eficiência da velocidade está correlacionada à 
somatória de diversos gestos integrados para culminar em uma 
ação sem sucessivas repetições.
85© PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL
UNIDADE 2 – CAPACIDADES FÍSICAS
• A capacidade de se ajustar de maneira rápida às pos-
sibilidades cognitivas, técnico-táticas e condicionais é 
conhecida como velocidade de ajuste.
• A capacidade em que há um deslocamento espaço-tem-
poral é definida como a velocidade de movimento ou 
velocidade de deslocamento. Podemos entender essa 
velocidade como a representação espacial máxima das 
capacidades locomotoras das extremidades de desloca-
mento de um ponto até outro.
Dentro das modalidades esportivas, a velocidade de deslo-
camento está representada de forma específica em cada modali-
dade nas provas de velocidade, geralmente mensuradas em um 
espaço de tempo por cronometragem.
A capacidade de movimentação de braços e pernas é defi-
nida como velocidade segmentar ou velocidade dos membros, 
relacionada à velocidade de movimentação de braços e pernas 
da maneira mais incisiva possível, no menor tempo, com a máxi-
ma intensidade. 
A velocidade dos membros é essencial em nadadores, cor-
redores, ciclistas de velocidade, lutadores, esgrimistas, entre ou-
tras modalidades, em que a ação rápida e eficiente dos membros 
no menor tempo possível é preponderante.
A velocidade segmentar (ou velocidade dos membros) 
nem sempre está relacionada à velocidade de deslocamento. 
Um exemplo disso é que um corredor pode apresentar uma fre-
quência de passadas com boa velocidade dos membros e não 
possuir uma boa velocidade de deslocamento.
86 © PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL
UNIDADE 2 – CAPACIDADES FÍSICAS
Shiffer (1993 apud WEINECK, 2003, p. 379) define a ve-
locidade diferenciando-a em formas de velocidade “puras” e 
“complexas”.
São identificadas como formas de velocidade “puras”:
• Velocidade de reação, ou capacidade de reação a um 
estímulo em um reduzido espaço de tempo.
• Velocidade de ação, ou capacidade de realizar movi-
mentos únicos, acíclicos, na maior velocidade contra 
pequenas resistências.
• Velocidade de frequência, ou capacidade de realizar 
movimentos cíclicos ou movimentos iguais e repetidos 
com velocidade máxima contra pequenas resistências.
Já como formas "complexas" de velocidade, temos:
• Velocidade de força ou força de velocidade, que consis-
te na capacidade de resistência à força mais alta possí-
vel, pelo maior tempo determinado.
• Resistência de força rápida, ou a "capacidade de ma-
nutenção de uma velocidade sob fadiga mantendo a 
velocidade de contração em movimentos acíclicos sob 
resistência crescente" (WEINECK, 2003, p. 379).
• Resistência de velocidade máxima, que é a capacidade 
de resistência sob fadiga, mantendo a velocidade em 
movimentos de máxima velocidade de contração em 
movimentos cíclicos.
Podemos notar de forma esquematizada a velocidade e as 
suas subdivisões no esquema da Figura 2, a seguir.
87© PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL
UNIDADE 2 – CAPACIDADES FÍSICAS
Fonte: adaptado de Shiffer (1993 apud Weineck, 2003, p. 380). 
Figura 2 Velocidade motora.
88 © PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL
UNIDADE 2 – CAPACIDADES FÍSICAS
As formas “puras” de velocidade, segundo Shiffer (1993 
apud WEINECK, 2003), estão diretamente ligadas às capacidades 
do sistema nervoso central e de fatores genéticos, sendo as for-
mas "puras de velocidade" compostas pela velocidade de reação 
ou a capacidade em reagir o mais rápido possível.
Uma informação pode ser visual, auditiva, tátil ou acústica. 
Podemos mensurar esta variável em uma corrida de velocidade, 
por exemplo, por meio do intervalo de tempo entre o estímulo 
de start e a realização do primeiro movimento. Já a velocidade 
de ação pode ser entendida pela velocidade de realização de 
movimentos rápidos, não repetitivos, únicos, chamados de ací-
clicos, com a máxima velocidade e contra pequenas resistências. 
Nas formas puras de velocidade, temos a velocidade de 
frequência, em que são realizados gestos motores sequenciados 
e repetidos, com máxima velocidade. 
Já nas formas “complexas” de velocidade há a velocidade 
de força, que se relaciona a trabalhos realizados com grande in-
tensidade, contra a resistência. Como exemplo, podemos citar 
o momento em que o velocista dá a saída no bloco de partida, 
acelerando até atingir a máxima velocidade. 
Outra forma complexa de velocidade é a resistência de 
força rápida. É a capacidade que caracteriza a manutenção da 
máxima velocidade possível em movimentos acíclicos sob fadiga 
e resistência crescente.
Finalizando, temos ainda como forma complexa a resistên-
cia de velocidade máxima, que é definida pela capacidade de se 
manter a velocidade em movimentos cíclicos em máxima veloci-
dade, durante o maior tempo possível, sob fadiga.
89© PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL
UNIDADE 2 – CAPACIDADES FÍSICAS
Flexibilidade
Para Weineck (2003, p. 470, grifo nosso), a “flexibilidade é 
a capacidade e a característica de um atleta executar movimen-
tos com grande amplitude de movimento. Sob forças externas, 
ou ainda que requerem movimentação de muitas articulações". 
Já para Tubino (2003), é a “qualidade física que condicio-
na a capacidade funcional das articulações a movimentarem-se 
dentro dos limites ideais de determinadas ações”. Tal afirmação 
é complementada por Barbanti (1997), que define a flexibilidade 
como a capacidade física de aproveitar todas as possibilidades 
articulares de movimento em todas as direções, de maneiramais 
ampla possível. 
Segundo Zakharov (1992), a flexibilidade é a capacidade 
física que o organismo tem de obter grandes amplitudes de mo-
vimento. Frey (1977 apud Weineck, 2003) define ainda alguns 
sinônimos de flexibilidade, como os termos “mobilidade”, “arti-
cularidade”, que se referem à flexibilidade articular, e “elasticida-
de”, relacionado à flexibilidade dos músculos, tendões, fáscias e 
ligamentos. 
Dantas (2005) elucida-nos diversos termos relacionados à 
flexibilidade, fornecendo as seguintes definições: 
• mobilidade: termo utilizado para designar o grau de li-
berdade de movimento da articulação.
• elasticidade: é quando tratamos do estiramento elásti-
co dos componentes musculares.
• plasticidade: refere-se ao grau de deformação temporá-
ria das estruturas musculares ou articulares para a rea-
lização do movimento, restando ainda um grau residual 
90 © PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL
UNIDADE 2 – CAPACIDADES FÍSICAS
de deformação após a aplicação do estímulo conhecido 
como histeresis.
• maleabilidade: são as modificações da pele relaciona-
das às tensões parciais decorrentes das acomodações 
do segmento utilizado.
Todos estes fatores podem ser estimuladores ou restriti-
vos à flexibilidade, assim como os apresentados pelo Quadro 1, 
a seguir.
Quadro 1 Fatores que influenciam a resistência à flexibilidade.
ESTRUTURA RESISTÊNCIA À FLEXIBILIDADE
Cápsula articular 47%
Músculo 41%
Tendão 10%
Pele 2%
Fonte: adaptado de Dantas (2005, p. 58). 
Platonov (2004) complementa as explanações de Dantas 
(2005), dizendo que o nível de flexibilidade pode ser medido pela 
eficácia da regulação nervosa da tensão muscular, pelo volume 
muscular e pela integridade das estruturas das articulações. 
Podemos dizer que a flexibilidade é uma qualidade física 
que abrange propriedades morfofuncionais do aparelho motor 
que determinarão a amplitude de movimento (ADM). A flexibili-
dade pode ser percebida de maneira integral e é o melhor termo 
e o mais adequado para se referir quando se quer determinar a 
mobilidade geral das articulações de todo o corpo. No entanto, 
a flexibilidade também acontece de modo específico em cada 
articulação e, neste caso, o mais adequado é utilizar o termo mo-
bilidade articular (DANTAS, 2005; PLATONOV, 2004). 
91© PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL
UNIDADE 2 – CAPACIDADES FÍSICAS
Podemos dizer que, se analisarmos a flexibilidade do nosso 
aluno/atleta, é possível determinar em parte seu nível de habi-
lidade em diferentes modalidades ou atividades físicas. Restri-
ções na flexibilidade podem trazer prejuízos e atrasos no tempo 
de treinamento e na assimilação de hábitos motores, limitando 
também os níveis de força, coordenação e velocidade, o que au-
menta substancialmente a probabilidade de lesões musculares, 
ligamentares e articulações. Além dos prejuízos físicos, os resul-
tados da performance também são afetados, uma vez que a falta 
de flexibilidade afeta a mobilidade articular, não permitindo a 
execução devida e total das amplitudes articulares nem a utili-
zação devida das propriedades elásticas musculares, prejudican-
do ainda as possibilidades metodológicas do treinamento que 
visam à economia de energia (PLATONOV, 2004).
Barbanti (1997) acrescenta ainda que, com a flexibilidade, 
a movimentação global do indivíduo é otimizada em uma ação 
conjunta dos segmentos e complexos articulares, musculares e 
ligamentares. É clara a ideia de que a mobilidade articular (a fle-
xibilidade é específica de cada articulação ou do conjunto de ar-
ticulações) estará também relacionada às exigências individuais 
de cada modalidade esportiva ou atividade praticada.
Para Weineck (2003), podemos diferenciar a flexibilidade 
em flexibilidade geral e específica, em ativa e passiva e, ainda, 
em flexibilidade estática. A flexibilidade geral refere-se à flexibi-
lidade dos principais segmentos articulares em grande extensão 
(quadril, ombro, coluna vertebral). Dantas (2003, p. 87) comple-
menta essa definição dizendo que a flexibilidade geral "é obser-
vada em todos os movimentos da pessoa, englobando todas as 
articulações". Já a flexibilidade específica é referente a um ou 
alguns movimentos realizados em determinadas articulações. 
92 © PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL
UNIDADE 2 – CAPACIDADES FÍSICAS
Definimos como flexibilidade ativa (Figura 3) a capacidade 
de executar movimentos com a maior amplitude de movimento 
(ADM) possível, sem ajuda, ou seja, pela contração da muscula-
tura agonista e, naturalmente, pelo relaxamento dos músculos 
antagonistas.
Figura 3 Exemplo de flexibilidade ativa.
Para Barbanti (1996) e Platonov (2004), a flexibilidade pas-
siva é 
a capacidade de alcançar a maior mobilidade ou a maior ampli-
tude de movimento por meio de forças externas e gerada por 
outra pessoa, com sua própria força ou com o peso do próprio 
corpo ou ainda com auxílio de aparelhos por exemplo, sendo 
sempre maior que a ativa.
Pela Figura 4 podemos observar dois exemplos de alonga-
mento passivo.
93© PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL
UNIDADE 2 – CAPACIDADES FÍSICAS
Figura 4 Exemplos de alongamento passivo.
Frey (1977 apud WEINECK, 2003) explica que a diferença 
na amplitude de movimento entre a flexibilidade passiva e ativa 
é chamada de "reserva de movimento" (Figura 5). Essa diferença 
é um indicador que fornece informações sobre as possibilidades 
de melhoria na flexibilidade ativa, pela ativação direcionada dos 
agonistas e pelo aumento da capacidade de extensibilidade e 
elasticidade dos antagonistas. 
94 © PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL
UNIDADE 2 – CAPACIDADES FÍSICAS
Figura 5 Exemplo da reserva de movimento.
A flexibilidade estática é definida pela capacidade de ma-
nutenção de um estado de alongamento por determinado perío-
do de tempo. É realizada pela mobilização dos grupamentos cor-
porais, lenta e gradualmente, por um agente externo buscando 
alcançar o limite máximo. Ela difere da flexibilidade passiva pela 
velocidade de execução e por ser realizada pouco a pouco, mas 
é comum alguns autores não diferenciarem esses dois conceitos, 
integrando-os com o nome de flexibilidade estático-passiva. 
Dantas (2005) define um tipo de flexibilidade, a flexibilida-
de dinâmica (Figura 6), que é expressa pela máxima amplitude 
de movimento (ADM) e pode ser atingida pelos músculos moto-
res sem ajuda, de maneira voluntária, diferenciando da flexibili-
dade ativa devido à rápida forma de sua execução e dificultando, 
inclusive, sua mensuração, sendo muito observada em práticas 
esportivas. Como exemplo desse tipo de flexibilidade, temos o 
goleiro que salta para alcançar a bola durante uma partida, evi-
tando um gol, ou o jogador de vôlei que salta e utiliza sua fle-
xibilidade corporal para atingir o ponto mais eficiente em uma 
"cortada". Esses movimentos são realizados de forma abrupta, 
isolada, sem ajuda de forças externas. 
95© PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL
UNIDADE 2 – CAPACIDADES FÍSICAS
 
Figura 6 Exemplos de flexibilidade dinâmica.
Este mesmo autor (DANTAS, 2005, p. 86) explica que a fle-
xibilidade controlada "pode ser observada quando se realiza um 
movimento sob a ação do músculo agonista de forma lenta, até 
96 © PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL
UNIDADE 2 – CAPACIDADES FÍSICAS
chegar à maior amplitude na qual seja possível realizar uma con-
tração isométrica". A flexibilidade controlada é extremamente 
importante para ginastas, atletas, dançarinos e culturistas, "pois 
permite ao praticante sustentar um segmento corporal, numa 
contração estática realizada em um amplo arco articular". 
A flexibilidade controlada (Figura 7) não depende somen-
te da elasticidade dos músculos antagonistas e da mobilidade 
das articulações envolvidas, mas também da força isométrica do 
agonista.
Figura 7 Exemplo da flexibilidade controlada na ginástica com argolas.
Estudando sobre os diferentes tipos de flexibilidade e 
sua aplicabilidade geral ou específica em cada atividade física 
ou modalidade esportiva, temos um consenso na literatura – a 
importância da flexibilidade. 
Dantas (2005)e Weineck (2003) evidenciam a flexibilidade 
como requisito primordial para uma boa execução de 
movimentos realizados dentro de amplitudes máximas dos 
limites morfológicos, dependentes tanto da elasticidade muscular 
97© PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL
UNIDADE 2 – CAPACIDADES FÍSICAS
quanto da mobilidade articular sob os aspectos qualitativos e 
quantitativos. Seu desenvolvimento promove efeitos positivos 
sobre fatores físicos do desempenho esportivo, contribuindo 
para maior segurança do gesto motor e consequentemente 
uma técnica mais apurada. Com o aumento da flexibilidade, os 
exercícios podem ser executados com maior amplitude, maior 
força, maior velocidade, de maneira mais harmônica e eficaz, não 
somente nos esportes ou nas atividades físicas. A flexibilidade 
também é importante nas atividades da vida diária, pois melhora 
a qualidade de vida e reduz desde dores articulares até o risco 
de lesões. 
Dantas (2005) descreve que é com o alongamento que 
podemos obter as melhorias e a manutenção dos níveis de 
flexibilidade, que fazem com que a aquisição desta qualidade 
física seja treinada, entre os diversos tipos de alongamento: 
passivo ou estático, realizados por um período com a musculatura 
em extensão máxima, ou ativo, dinâmico ou balístico, realizados 
com pequenos balanceios rápidos na tentativa de gerar maior 
amplitude de movimento. O autor destaca o alongamento por 
Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (FNP) como o mais 
eficiente para aquisição da flexibilidade. Esse alongamento 
consiste em uma integração entre o fuso muscular e o órgão 
tendinoso de Golgi (OTG) de um músculo e seu antagonista, para 
obter maiores amplitudes de movimento.
A sensibilidade proprioceptiva é estimulada pelo 
envolvimento dos nervos e músculos que enviam impulsos 
nervosos ao sistema nervoso central durante contrações 
concêntricas, excêntricas e combinadas que, devido ao efeito de 
inibição dos motoneurônios volitivos dos órgãos tendinosos de 
Golgi, permitem, a cada emprego da força contra a resistência do 
músculo, maior amplitude de movimento.
98 © PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL
UNIDADE 2 – CAPACIDADES FÍSICAS
Podemos observar na Figura 8 o arco reflexo da medula 
espinhal agindo sobre a tensão muscular e, subsequentemente, 
na resposta de relaxamento.
Figura 8 Arco reflexo de medula espinhal.
Powers e Howley (2000) explicam que essa técnica de alon-
gamento por Facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (FNP) 
geralmente é realizada por duas pessoas, em que uma moverá 
o segmento a ser alongado passivamente ao longo de sua am-
plitude de movimento (ADM) até o ponto máximo de sua ampli-
tude, atingindo o ponto máximo do movimento. O alongamento 
do segmento alongado neste ponto deve ser realizado entre 6 e 
10 segundos de maneira isométrica. Em seguida, há um relaxa-
mento muscular com um sucessivo alongamento, "forçando" um 
pouco mais a amplitude de movimento: 
Para Power e Howley (2000, p. 492), 
99© PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL
UNIDADE 2 – CAPACIDADES FÍSICAS
O fundamento fisiológico para o uso do alongamento por meio 
da FNP é que o relaxamento muscular segue uma contração 
isométrica porque a contração estimula órgãos tendinosos de 
Golg, que inibem a contração durante o exercício de alonga-
mento subsequente. 
Os testes que mensuram a flexibilidade podem ser dividi-
dos em três grandes grupos: angulares, lineares e adimensionais.
Os testes angulares, como a própria denominação sugere, 
são aqueles mensurados por ângulos (goniometria), realizados 
geralmente com o goniômetro (ver Figura 9), que é um apa-
relho utilizado para quantificar os graus de amplitude de uma 
articulação.
Figura 9 Goniômetro.
Os testes lineares são testes expressos em uma escala de 
distância, geralmente fracionada em centímetros ou polegadas. 
Como exemplo dessa mensuração, podemos citar a caixa de sen-
tar e alcançar de Weels. Veja uma representação na Figura 10, a 
seguir:
100 © PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL
UNIDADE 2 – CAPACIDADES FÍSICAS
 
Figura 10 Caixa de sentar e alcançar de Weels.
O teste realizado na caixa de sentar e alcançar de Weels 
mensura a flexibilidade do quadril, da musculatura dorsal e dos 
músculos posteriores dos membros inferiores. 
A caixa de sentar e alcançar de Weels é uma caixa confec-
cionada com uma escala fracionada em sua parte superior. Ao 
sentar-se, o avaliado apoia os pés na parte anterior da caixa, ten-
tando alcançar, com a ponta dos dedos das mãos, a maior distân-
cia possível, como na Figura 11, a seguir:
101© PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL
UNIDADE 2 – CAPACIDADES FÍSICAS
Figura 11 Exemplo do uso da caixa de sentar e alcançar.
Finalizando os testes adimensionais, a determinação da fle-
xibilidade é feita pela interpretação dos movimentos articulares 
com dados de um gabarito predefinido. Estudaremos essa deter-
minação com mais detalhes no Conteúdo Digital Integrador.
Resistência
Podemos definir a resistência como a capacidade física 
que permite realizar um exercício ou atividade física de maneira 
eficiente, superando a fadiga (PLATONOV, 2008). 
Frey (1977 apud Weineck, 2005) diz que podemos distin-
guir dois tipos de resistência: a resistência psíquica, que seria a 
capacidade de um atleta/aluno suportar estímulo em seu limite 
máximo (limiar) por certo período de tempo, vencendo os fa-
tores psicológicos que o induzem a parar; e a resistência física, 
que seria a tolerância do organismo ou dos órgãos de maneira 
isolada, para vencer o cansaço.
102 © PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL
UNIDADE 2 – CAPACIDADES FÍSICAS
Platonov (2008) afirma que o nível de desenvolvimento da 
resistência está condicionado ao potencial energético do orga-
nismo do aluno/atleta pelas particularidades da modalidade, ou 
seja:
• pelo grau de adaptação em cada modalidade ou ativida-
de específica;
• pela eficácia técnica e tática em cada modalidade de-
senvolvida ou para cada atividade praticada;
• pela capacidade de resistência psíquica de cada aluno/
atleta que pode manter um alto nível de atividade or-
gânica durante os processos de treinamento e competi-
ção, podendo retardar ou anular o processo de fadiga, 
ou, por outro lado, quando a resistência psíquica não é 
eficiente, gerando antecipação dos estados de lassidão 
(cansaço).
Devido à grande diversidade de fatores que determinam o 
nível de resistência em diferentes tipos de modalidades esporti-
vas, em esportes coletivos e individuais, nos mais diferenciados 
tipos de atividade muscular de resistência, autores e especia-
listas classificam a resistência a partir de vários índices. Dessa 
forma, costuma-se subdividir não somente em resistência geral 
e resistência específica, mas também em resistência de treina-
mento e de competição, local regional e global, aeróbia e anae-
róbia, resistência muscular e vegetativa, sensorial, emocional, 
estática, dinâmica, resistência de velocidade e resistência de for-
ça (PLATONOV, 2004).
É claro que essas são subclassificações e, ao estudarmos ou 
analisarmos uma modalidade esportiva, um esporte ou mesmo 
uma atividade física de maneira específica, obteremos um apro-
fundamento em cada caso, na determinação e na conceituação 
103© PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL
UNIDADE 2 – CAPACIDADES FÍSICAS
da resistência, definindo metodologias de treinamento bastante 
peculiares a cada uma das subdivisões, tornando o treinamento 
mais eficaz.
Embasado nas diferentes classificações ou subdivisões da 
resistência, é feita uma análise dos fatores que especificam o sur-
gimento de determinada qualidade física, criando-se um método 
mais eficiente para o desenvolvimento desta modalidade. No en-
tanto, é impossível realizar uma avaliação de todas as modalida-
des da prática física ou esportiva, assim como suas exigências. 
É necessário analisar os fatores que são mais incidentes e que 
limitam cada modalidade, como seus níveis de manifestação da 
resistência em atividades competitivas e não competitivas e toda 
sua variação motora e orgânica, como os segmentos que regu-
lam e executam, tornando possível o treinamentoda resistência.
O estudo desta unidade não visa explorar totalmente o as-
sunto e, sim, criar um direcionamento para as diversas vertentes 
de estudo das capacidades físicas, trazendo à luz conceitos mais 
abrangentes e gerais defendidos por autores que se manifestam 
para defender esta circunscrição conforme Platonov (2004, p. 
348), na subclassificação da resistência:
Essa classificação da resistência permite, em cada caso, realizar 
a análise dos fatores que determinam a manifestação da quali-
dade específica e escolher a metodologia mais eficiente. Contu-
do, tais classificações não se adaptam em grau suficiente às exi-
gências específicas planejadas pela atividade de treinamento e 
pela competição em uma determinada modalidade desportiva.
Devido à grande abrangência na conceituação da resistên-
cia e as suas diversas subclassificações, para elucidar de manei-
ra pedagógica tais classificações, nos embasaremos nas expla-
nações de Platonov (2008), que divide a resistência em geral e 
especial.
104 © PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL
UNIDADE 2 – CAPACIDADES FÍSICAS
A resistência geral pode ser entendida como a capacidade 
que um aluno/atleta possui de realizar uma atividade física, um 
esporte ou um exercício de maneira contínua, com considerável 
intervenção do sistema muscular em uma intensidade moderada 
(com características aeróbias).
Essa classificação pode ser feita de maneira subjetiva, pois, 
mesmo com todo embasamento bibliográfico e os estudos reali-
zados de maneira específica para a determinação da resistência 
geral, ainda não há como determiná-la com exatidão, pois em 
cada um, devido ao Princípio Científico da Individualidade Bioló-
gica, teremos dentro da resistência geral um limiar de "intensida-
de moderada". Portanto, é totalmente aceita pela comunidade 
científica e pelos autores (produtores literários) a determinação 
da resistência geral pela produtividade aeróbia, ou seja, em cada 
atleta, em cada modalidade, em específicas condições de com-
petição, treinamento ou prática de atividade física, será mensu-
rada de maneira característica.
Somente por essa explanação já podemos entender que 
segmentar a conceituação da resistência simplesmente em "re-
sistência aeróbia", por exemplo, pode gerar divergências, pois 
a determinação da produtividade de um corredor de longa dis-
tância é diferente da de um nadador em mar aberto ou mesmo 
dentro de modalidades esportivas. A eficiência da resistência ae-
róbia de um ciclista montanhista, por exemplo, é diferente da de 
um ciclista de estrada (speed).
Devido à tentativa da literatura em especificar cada vez 
mais os "tipos" de resistência, fazem com que erros graves acon-
teçam tanto de maneira teórica como também prática, pois em 
cada modalidade ou mesmo dentro da mesma modalidade (de-
pendendo das características) como nos explica Platonov (2004, 
105© PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL
UNIDADE 2 – CAPACIDADES FÍSICAS
p. 348) fazendo a seguinte colocação para elucidar a dificuldade 
de determinação dos diferentes níveis específicos da resistência 
e a tentativa de classificar a resistência em sub-blocos:
A ignorância deste postulado tem ocasionado grandes erros, 
tanto na teoria quanto na prática desportiva.
O costume de aumentar a resistência geral atingida mediante 
um trabalho prolongado de atividade moderada nas modali-
dades desportivas, nas quais as capacidades aeróbias não são 
essenciais para determinar o resultado, tem consequências 
negativas, geralmente irreparáveis. Isso expressa na supressão 
das possibilidades dos desportistas para desenvolverem as ca-
pacidades de velocidade, força, coordenação, na aprendizagem 
de um número limitado de procedimentos técnicos e ações e 
na negligência perante a necessidade de se criar uma base fun-
cional para desenvolver qualidades necessárias para determi-
nadas modalidades.
Deste modo, determinamos a resistência geral como a ca-
pacidade para executar, de maneira prolongada e eficaz, uma 
atividade física ou modalidade esportiva de caráter inespecífi-
co, com efeito positivo em consolidar componentes específicos 
de uma prática física, elevando a adaptabilidade aos diferentes 
níveis de carga e à transferência dos níveis de preparação de ati-
vidades inespecíficas para fins específicos. 
A resistência especial é a capacidade de execução de uma 
atividade física, exercício ou modalidade esportiva, superando a 
fadiga, mediante as condições exigidas e determinadas pela ati-
vidade competitiva particular de cada modalidade de maneira 
específica.
Matveiév apud Platonov (2004) sugere diferenciar o que 
ele chama de "resistência especial durante o treinamento" e “re-
sistência especial durante a competição". A resistência especial 
durante o treinamento é mensurada nos índices do volume glo-
106 © PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL
UNIDADE 2 – CAPACIDADES FÍSICAS
bal e da intensidade de trabalho específico realizado durante o 
treinamento, enquanto a resistência especial durante a competi-
ção é avaliada conforme a capacidade de realização da atividade, 
pela eficácia das ações motoras e pelas particularidades psíqui-
cas pertinentes a todo processo competitivo.
A resistência especial é uma qualidade de grande comple-
xidade com diversos componentes; a estrutura do treinamento 
estará pautada e será determinada mediante a especificidade da 
cada modalidade esportiva e a forma específica do desenvolvi-
mento de sua planificação.
Conforme o raciocínio de Platonov (2004), segundo as pe-
culiaridades da modalidade esportiva, do exercício ou da prática 
física executada, a resistência especial pode apresentar, dentro 
de cada característica, algumas denominações que serão aponta-
mentos distintivos e que sinalizarão um método de aplicação do 
treinamento. No entanto, como não serão metodologias exatas, 
é inevitável que, quando os fatores que determinam as manifes-
tações específicas da resistência em seu caráter mais individual, 
em cada uma das características mais específicas e particulares 
em diversas modalidades, surja a necessidade de uma análise 
mais apurada da resistência especial, levando em consideração 
fatores como:
1) as vias e os mecanismos de consumo energético;
2) as manifestações e as exigências psíquicas de cada 
uma das modalidades físicas ou esportivas; 
3) as unidades motoras envolvidas particularmente em 
cada modelo de atividade relacionada ao movimento 
humano;
4) os tipos de fibras e o percentil disposto geneticamente 
em cada pessoa e as características destas, correlacio-
107© PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL
UNIDADE 2 – CAPACIDADES FÍSICAS
nadas às exigências únicas de cada desporto, exercício 
ou modalidade;
5) a eficiência de trabalho muscular e sua relação com o 
organismo como um todo;
6) a eficiência técnica e tática de cada praticante em cada 
uma das modalidades esportivas, relacionadas ao or-
ganismo e às funções que geram o trabalho (exercício).
Verificando uma pequena quantidade de fatores, já pode-
mos notar o quanto eles se diferenciam ou se inter-relacionam 
nas mais variáveis modalidades, nos mais diferentes esportes, 
pelas mais diversificadas atividades esportivas, e mais uma vez 
faz-se necessário afirmar que seria impossível (e também não é 
esta a nossa intenção) explorar a capacidade física de resistência 
em sua plenitude e totalidade de suas características. Portanto, 
unicamente sobre o conhecimento dessas bases, já é possível 
desenvolver um substancial conhecimento no âmbito das exi-
gências específicas de modalidades, esportes, exercícios ou ati-
vidades dos profissionais envolvidos com a Educação Física e as 
áreas da Saúde e performance afins.
Entre tantos fatores, elencamos um que é imprescindível e 
que estará latente não somente durante os estudos da resistên-
cia, mas que certamente nos dará subsídios de discussão, além 
de qualidades físicas, que é o suprimento energético para as ati-
vidades musculares e as vias de otimização que ampliam as suas 
possibilidades de aproveitamento. Para Platonov (2008, p. 349): 
na maioriadas modalidades desportivas as possibilidades do 
sistema de consumo energético e a habilidade para aproveitá-
-las na execução de ações motoras, que constituem o conteúdo 
da atividade de treinamento e de competição dos desportistas 
especializados em uma determinada modalidade desportiva 
adquirem um significado decisivo para atingir elevados índices 
de resistência.
108 © PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL
UNIDADE 2 – CAPACIDADES FÍSICAS
O autor supracitado complementa seu destaque ao supri-
mento energético, justificando alguns pontos interessantes para 
reflexão e discussão, como veremos a seguir.
É a mobilidade dos processos de consumo energético que 
determinará a rapidez com que o sistema de consumo é ativado, 
de acordo com as características específicas da atividade motora 
e da variabilidade do treinamento.
A dinâmica com que os processos energéticos serão mo-
bilizados será de acordo com as alterações na intensidade e ca-
racterística de cada modalidade. O trabalho de resistência será 
determinante na relação do suprimento energético e na poster-
gação ou antecipação da fadiga.
Outro fator muito importante relacionado com a eficiên-
cia energética está na economia de energia durante a atividade 
ou prática esportiva, em que a planificação correta específica da 
resistência resultará em uma utilização racional de energia para 
atingir os maiores índices de performance, além da eficácia mo-
tora durante a ação (execução do exercício).
Coordenação motora
A coordenação motora pode ser entendida não somente 
como uma capacidade, mas também como uma necessidade 
para o ser humano. Ela está presente desde o útero, onde o sis-
tema nervoso central já controla os impulsos que coordenam o 
funcionamento do organismo. Os movimentos, mesmo involun-
tários, desde esse momento já iniciam a gênese da coordenação.
A partir do nascimento, notamos as progressões acentua-
das da coordenação. Logo o bebê já começa a coordenar seus 
gestos e consegue segurar sua mamadeira, levar o alimento à 
109© PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL
UNIDADE 2 – CAPACIDADES FÍSICAS
boca. Ele inicia as progressões relacionadas a uma das mais bási-
cas funções humanas, que é caminhar, coordenando seus gestos 
ao arrastar-se, engatinhando até iniciar os primeiros passos. E, 
assim, vai refinando seus gestos de maneira coordenativa, elimi-
nando o que Tubino (2003) descreve como "gestos parasitas" e 
otimizando o movimento em uma melhor plasticidade e preci-
são, que leva à consciência da execução da coordenação.
Tubino (2003) comenta ainda que, mesmo com a existên-
cia de diversos estudos sobre a coordenação, algumas coloca-
ções são básicas para o entendimento desta capacidade física.
Em primeiro lugar, o autor elucida que a coordenação é 
uma qualidade a ser trabalhada e considerada como pré-requi-
sito para qualquer atleta que pense em chegar a um nível mais 
alto ou já o tenha alcançado. Outro fato destacado é que, para 
que a aquisição da coordenação seja melhor assimilada, seu 
desenvolvimento deve se iniciar desde a infância, se possível já 
nos primeiros anos de vida, pois dessa forma a especificidade do 
treinamento da coordenação ficará mais implícito nas destrezas 
específicas de cada esporte.
O autor ainda diz que "a coordenação não deve ser ob-
jetivada especificamente em programas de preparação física de 
alto nível, sendo considerada para efeito de treinamento, nos 
exercícios técnicos da preparação técnico tática" (TUBINO, 2003, 
p. 191). E que o sistema nervoso é variável e se condiciona por 
meio de atividades voltadas para coordenação.
Weineck (2003) completa esse raciocínio, defendendo que 
a coordenação é a habilidade que permitirá que um movimento 
seja realizado com precisão e economia de movimento, resul-
tando em um menor custo energético para as atividades e para 
os sistemas, em especial para o sistema muscular, tendo assim 
110 © PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL
UNIDADE 2 – CAPACIDADES FÍSICAS
maior aproveitamento das capacidades. Dessa forma, notamos 
que a coordenação é determinada por segmentos voltados à 
orientação, regulação e precisão, que culminará em um gesto, 
movimento ou sequência de gestos e movimentos realizados de 
maneira a demandar menores gastos energéticos e maior har-
monia e plasticidade de execução. 
Ainda sobre esta “economia”, encontramos as contribui-
ções de Barbanti (1990), que descreve a coordenação com mo-
vimentos racionalizados, leve e soltos, realizados com o objetivo 
de poupar o esforço e fazendo com que, por meio da capaci-
dade física, a coordenação obtenha no desenvolvimento de um 
exercício ou na execução de um gesto a ação ótima dos grupos 
musculares.
Com relação à coordenação, um fator de grande importân-
cia é a consciência corporal, principalmente a percepção e a análi-
se dos próprios movimentos como um todo, com a compreensão 
das tarefas motoras propostas, o planejamento e a execução dos 
movimentos. Quando todos estes componentes estão alinhados 
e presentes, é possível garantir impulsos eferentes dos grupa-
mentos musculares e dos músculos, garantindo a alta eficácia 
da coordenação. Para a determinação do nível de coordenação, 
deve haver controle operacional, análise das características dos 
movimentos realizados e de seus resultados (PLATONOV, 2008).
Weineck (2003, p. 514), citando outros autores, expõe: 
As capacidades coordenativas (sinônimo de habilidade) são ca-
pacidades determinadas sobretudo pelo processo de controle 
dos movimentos e devem ser regulamentadas (HIRTZ, 1981). 
Estas capacidades capacitam o atleta para ações motoras em 
situações previsíveis (estereótipos) e imprevisíveis (adaptação) 
e para o rápido aprendizado e domínio de movimentos nos es-
portes (FREI, 1977).
111© PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL
UNIDADE 2 – CAPACIDADES FÍSICAS
As capacidades potenciais da coordenação devem ser 
diferenciadas das capacidades adquiridas: as capacidades 
adquiridas referem-se a movimentos já aprendidos e parcialmente 
automatizados, enquanto as capacidades potenciais referem-
se a requisitos básicos gerais para o desempenho em diversos 
movimentos (HIRTZ, 1981).
De acordo com Meinel (1984), podemos compreender a 
coordenação literalmente por “ordenar junto”. Assim, segundo o 
autor, a coordenação é definida pelas fases do movimento ou pe-
las aquisições no decorrer da aprendizagem entendida de diver-
sas formas, dependendo do campo de análise da Pedagogia. São 
elas que determinarão as etapas a serem alcançadas no decorrer 
do crescimento e da aprendizagem motora. Dentro das áreas de 
performance, modificamos um pouco esse olhar, direcionando 
nossa análise à Cinesiologia, que é o estudo do movimento, à 
biomecânica, que estuda as forças que atuam sobre o movimen-
to, ou, de maneira abrangente, às áreas ligadas à Educação do 
Movimento, como a Educação Física. A coordenação pode ser 
focada nas atividades de contração muscular e sua integração 
com o sistema nervoso. Notamos ainda dentro dessa área a im-
portância da consciência e da harmonização da aprendizagem 
motora para o sucesso das atividades que exigem coordenação.
Meinel (1984) analisa a coordenação sobre cinco pontos 
que vão controlar e regular o movimento:
• analisador cinestésico;
• analisador tátil;
• analisador estático-dinâmico (analisador vestibular); 
• analisador óptico (visual); 
• analisador acústico. 
112 © PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL
UNIDADE 2 – CAPACIDADES FÍSICAS
É importante salientar que os analisadores cinestésico e 
estático-dinâmico apresentam funções inclusas no circuito inter-
no de regulação. Assim, eles regulam e controlam as informações 
por vias internas do organismo e os analisadores tátil, óptico e 
acústico realizam suas funções no circuito externo, controlando 
informações externas ou parcialmente externas ao organismo.
O analisador cinestésico é um dos mais importantes, por 
possuir elevada capacidade de transmissão nervosa. É com-
preendido, inclusive, como um “sensor de movimentos”, por 
possuir receptores proprioceptores encontrados em músculos 
e articulações,além de tendões e ligamentos, com a função de 
apontar imediatamente os processos de movimento do tronco e 
das forças que agem sobre eles.
Weineck (2003, p. 525) elucida o analisador cinestésico da 
seguinte forma: 
Os receptores do analisador cinestésico encontram em todos os 
músculos, tendões, ligamentos e articulações. Eles fornecem in-
formações sobre a posição dos membros, tronco e sobre a força 
mobilizada. Por esta razão as informações cinestésicas detalha-
das são uma condição primária para a coordenação (temporal e 
espacial) de diversos movimentos. 
No analisador tátil, os receptores estão localizados sobre a 
pele, conforme vão provendo informações por meio do contato 
direto com o meio ambiente. “Os receptores do analisador tátil 
encontram-se na pele e fornecem informações quanto à forma e 
ao tipo de superfície em contato com o corpo” (WEINECK, 2003, 
p. 525). O autor ainda estima que grande parte das quedas em 
idosos aconteçam devido à perda ou à redução deste analisador. 
113© PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL
UNIDADE 2 – CAPACIDADES FÍSICAS
Isto se dá, segundo Meinel (1984), pelo fato de que parte 
do movimento está relacionado ao contato direto com objetos 
de superfícies, trazendo as informações sobre suas formas, o que 
criará um sistema de estratégias coordenativas na tomada de de-
cisão sobre a ação dos movimentos, não somente em ambien-
tes sólidos, mas também no meio aquático, onde são perceptí-
veis pelas vias táteis aspectos como temperatura, resistência da 
água, impulsão e propulsão.
Meinel (1984) enfatiza a dificuldade de diferenciação entre 
as informações táteis e as informações cinestésicas, justificada 
pelas ramificações nervosas próximas e pelo fato de as informa-
ções "fluírem de maneira concomitante”. 
O analisador estático-dinâmico está localizado no apare-
lho vestibular do ouvido interno. É o responsável por informar a 
posição e a mudança de direção da cabeça e, por consequência, 
do resto do corpo. Pode apresentar deficiência em movimentos 
de esportes, como a ginástica de aparelhos e esqui, em que a 
posição errada da cabeça poderá atrapalhar a coordenação do 
movimento (WEINECK, 2003; MEINEL, 1984). 
O analisador ótico possui receptores, segundo os autores 
supracitados, definidos como "teleceptores ou receptores de 
operação à distância".
Este analisador é muito importante durante a coordenação 
dos movimentos, uma vez que, por meio dele, é possível "identi-
ficar" a própria posição e assim informações sobre o próprio mo-
vimento e também dos objetos e pessoas ao seu redor. Isso per-
mite a programação do movimento para sua execução, avaliando 
distância, velocidade, direção de uma pessoa, suporte ou objeto, 
permitindo que exista uma programação coordenativa do início, 
114 © PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL
UNIDADE 2 – CAPACIDADES FÍSICAS
da execução e do final de uma sequência, tendo os receptores do 
analisador ótico a capacidade de fornecer informações centrais 
e periféricas que são de suma importância no desenvolvimento 
da performance.
Weineck (2003) diz que o avaliador acústico tem um papel 
secundário e se justifica relatando que, durante o movimento, 
a percepção sonora é bastante restrita. No entanto, devemos 
atentar ao fato de que, se correlacionarmos as qualidades físicas, 
notaremos na coordenação o "tempo de reação". Se o tempo de 
reação caminhar juntamente com a coordenação, enfatizando-
-se o treinamento dado ao avaliador acústico, pode fazer com 
que, numa competição de alto nível, o atleta “ganhe" milésimos 
de segundos preciosos dentro do esporte. Esses milésimos mui-
tas vezes fazem a diferença entre o campeão e o segundo lugar 
no pódio. 
Meinel (1984), não concordando totalmente com Weineck 
(2003), descreve o avaliador acústico com relativa importância, 
justificando que, em determinados esportes, como o remo, por 
exemplo, a percepção de cada fase (entrada da pá na água, tra-
balho submerso, retirada e rolamento) transmitirá informações 
para a coordenação alternada e para o ritmo grupal. 
Além das condições apresentadas por Meinel (1984), en-
contramos uma exposição bastante elucidativa feita por Gomes 
da Costa (1998) sobre a capacidade de coordenação motora. O 
autor descreve que a aquisição da aprendizagem motora se ba-
seia em mecanismos de absorção, organização e armazenamen-
to de informações, assim como também no nível de complexida-
de da atividade, o que quer dizer que, dependendo do quanto 
o aluno ou atleta tem de habilidade para absorver as informa-
ções (cinestésicas, visuais, auditivas, táteis, estático-dinâmicas), 
115© PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL
UNIDADE 2 – CAPACIDADES FÍSICAS
poderá obter maior ou menor sucesso na coordenação e subse-
quentemente no movimento. "Neste processo psicomotor de re-
conhecimento e transformação da experiência de movimentos, 
o repertório de movimentos disponíveis desempenha um impor-
tante papel" (GOMES DA COSTA, 1998, p. 135). 
Platonov (2008) acrescenta que a capacidade de coorde-
nação se relaciona a manifestações classificadas como anteci-
pações espaço-temporais, em que as condições para um bom 
desenvolvimento da capacidade de coordenação também estão 
ligadas a precipitar-se a acontecimentos e ações que surgem de 
maneira eventual, assim como antever relações espaciais entre 
parceiros e adversários, para, no momento certo, iniciar, execu-
tar e finalizar a ação. O desempenho dessa ação dependerá das 
seguintes habilidades:
• Diferenciar os componentes relacionados ao espaço e 
tempo para aplicá-los no momento da competição.
• Analisar o momento mais propício para a execução dos 
movimentos e escolher quando iniciá-los, tendo como 
objetivo reagir conforme a ação do adversário e intera-
gir da melhor forma com meu(s) parceiro(s) de equipe. 
• Dosar de maneira adequada a orientação, a amplitude, 
a velocidade, o ritmo, a profundidade das ações pró-
prias e dos adversários, assim como dos componentes 
da equipe.
Tubino (2003) elenca ainda três componentes importantes 
que devem ser combinados para o sucesso, para a aprendizagem 
da capacidade de coordenação motora que são essenciais, como 
veremos a seguir. 
O domínio cognitivo é relativo à aquisição dos conheci-
mentos, ou seja, à aprendizagem propriamente dita. O domínio 
116 © PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL
UNIDADE 2 – CAPACIDADES FÍSICAS
psicomotor está relacionado às mudanças comportamentais e à 
capacidade de adaptação a estas mudanças e, por fim, o domínio 
afetivo também se refere às mudanças comportamentais estan-
do sujeito, portanto, à capacidade de assimilação dos treinamen-
tos e sua transposição em competições, ou seja, conseguir repli-
car os aperfeiçoamentos cognitivos e psicomotores dos treinos 
durante as competições, sem se abalar com as pressões deste 
momento, por exemplo.
Para Platonov (2008, p. 473), é possível destacar alguns ti-
pos de capacidade de coordenação relativamente independen-
tes, como:
1) capacidade de avaliar e regular os parâmetros dinâmi-
cos espaciais e temporais dos movimentos;
2) capacidade de manter o equilíbrio;
3) capacidade de percepção do ritmo;
4) capacidade de orientar-se no espaço;
5) capacidade de relaxar voluntariamente os músculos;
6) capacidade de coordenar os movimentos.
Tubino (2003) complementa essas elucidações sobre a 
aprendizagem do movimento, ensinando que a aprendizagem 
deve seguir um processo de progressão lógica, obedecendo às 
aquisições pedagógicas e seguindo do mais simples para o mais 
complexo. No entanto, não há um consenso sobre a vertente 
mais importante. Seria mais produtivo desenvolver a capacidade 
de coordenação de maneira integral ou segmentada, ou seja, a 
aprendizagem desde o princípio pela totalidade do movimento 
ou pela decomposição dos movimentos em uma aprendizagem 
fracionada em etapas a serem assimiladas e somadas para a se-
quência integral dos movimentos. 
117© PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL
UNIDADE 2 – CAPACIDADES FÍSICAS
Independentemente das escolhas e estratégias traçadas 
pelo treinador, o educador físico deve ter emmente que todas 
as capacidades podem ser desenvolvidas em processos de trei-
namento e aperfeiçoamento, em especial as ações coordenati-
vas ou a qualidade física referentes à coordenação (além de os 
exercícios poderem apresentar variantes em suas velocidades), 
ao ritmo, à amplitude das ações e parâmetros em relação aos 
adversários e parceiros. Assim, de maneira bastante irregular, na 
preparação da coordenação, inclusive no alto nível, em cada mo-
dalidade, em cada momento do treinamento, para cada atleta, 
existem pontos eficientes (fortes) e deficitários (fracos). Segundo 
Platonov (2008), os pontos positivos podem suprir os negativos 
– ele esclarece sua explicação com típicas variantes de compen-
sação. Nas falhas que são geradas pelo raciocínio tático, poderão 
existir compensações relacionadas à rapidez das reações moto-
ras, como no equilíbrio, por exemplo, podendo ainda esta falha 
ser suprida durante um movimento pela distribuição da atenção, 
percepção do tempo, noções de distância, entre outras.
Já as falhas na distribuição da atenção, ou seja, as falhas na 
prévia análise detalhada, podem ser compensadas pela rapidez 
na percepção e nas operações racionais, direcionando uma pre-
cisão maior nas ações musculares e motoras.
Falhas geradas pela transferência da atenção, ou seja, ao 
se obter uma informação visual, por exemplo, e não conseguir 
transpô-la durante o movimento, podem ser compensadas pela 
rapidez das reações motoras, alcançando maior capacidade e 
objetividade em realizar prognósticos exatos sobre modificações 
nas alterações de situações, assim como na percepção do tempo 
de reação para realizar, da maneira mais coordenada possível, 
um movimento.
118 © PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL
UNIDADE 2 – CAPACIDADES FÍSICAS
As deficiências que levam a falhas na rapidez das reações 
motoras podem ser compensadas pela capacidade de antever si-
tuações durante o movimento que lhe proporcionarão a capaci-
dade de determinar distâncias e tempo, equidade no equilíbrio, 
distribuição da atenção entre os diversos componentes do mo-
vimento, análises táticas, capacidade de raciocínio, entre outros.
A rapidez em diferenciar as ações motoras e as percepções 
espaço-temporais suprem as falhas na precisão motora, ou seja, 
a prévia capacidade de programar ações dentro de um ambien-
te em determinado tempo pode suprir a falha de determinar o 
quanto de intensidade pode ser empregado em cada segmento 
durante a ação.
Por fim, conforme já dissemos anteriormente, devido à ex-
tensão dos assuntos relacionados a esta unidade, nossa inten-
ção foi, em todas as discussões relacionadas ao desenvolvimen-
to das capacidades físicas, aguçar o conhecimento de cada uma 
das qualidades físicas, estimulando a pesquisa aprofundada de 
cada uma conforme o interesse e a área escolhida para atuação 
profissional.
Com as leituras propostas no Tópico 3. 1., você poderá 
conhecer melhor os efeitos do envelhecimento e, consequen-
temente, propor intervenções mais seguras e eficientes para 
a população. Antes de prosseguir para o próximo assunto, 
realize as leituras indicadas, procurando assimilar o conteúdo 
estudado.
119© PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL
UNIDADE 2 – CAPACIDADES FÍSICAS
Vídeo complementar _______________________________
Neste momento, é fundamental que você assista ao vídeo complementar 2.
•	 Para assistir ao vídeo pela Sala de Aula Virtual, clique na aba Videoaula, 
localizado na barra superior. Em seguida, busque pelo nome da disciplina 
para abrir a lista de vídeos.
•	 Caso você adquira o material, por meio da loja virtual, receberá também um 
CD contendo os vídeos complementares, os quais fazem parte integrante 
do material. 
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3. CONTEÚDO DIGITAL INTEGRADOR
O Conteúdo Digital Integrador representa uma condição 
necessária e indispensável para você compreender integralmen-
te os conteúdos apresentados nesta unidade.
3.1. CAPACIDADES FÍSICAS
Para consolidarmos o entendimento desta unidade, sugeri-
remos uma série de publicações que vêm ao encontro do estudo 
das capacidades físicas. Começaremos indicando o artigo Análi-
se das capacidades físicas em crianças dos sete aos dez anos de 
idade, de autoria de Borba et al. (2012), que relata um estudo do 
qual participaram 232 crianças de ambos os sexos, com idades 
entre 7 e 10 anos. Recomendaremos, na sequência, alguns ví-
deos que falam sobre o assunto.
• BORBA, D. A. et al. Análise das capacidades físicas 
em crianças dos sete aos dez anos de idade. Revista 
Brasileira de Ciência e Movimento, v. 20, n. 4, p. 84-91, 
2012. Disponível em: <https://www.researchgate.net/
publication/254559181_Analise_das_capacidades_
fisicas_em_criancas_dos_sete_aos_dez_anos_de_
idade>. Acesso em 12 mar. 2019.
120 © PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL
UNIDADE 2 – CAPACIDADES FÍSICAS
Vídeos
• YOUTUBE. Vídeo de capacidades físicas. 2013. Disponível 
em: <https://www.youtube.com/watch?v=SKd-
jdA60kw>. Acesso em: 12 mar. 2019.
• YOUTUBE. FAMA. Faculdade de Macapá. Revisão Enem 
– Educação Física – Capacidades Físicas. Disponível em: 
<https://www.youtube.com/watch?v=R4PSrtmOd0U>. 
Acesso em: 12 mar. 2019.
• YOUTUBE. Capacidades físicas. Disponível em: <https://
www.youtube.com/watch?v=R4PSrtmOd0U>. Acesso 
em: 12 mar. 2019.
4. QUESTÕES AUTOAVALIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para 
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em 
responder às questões a seguir, você deverá revisar os conteú-
dos estudados para sanar as suas dúvidas.
1) Observe as definições a seguir.
I - A capacidade de percepção de situações relacionadas ao jogo e as 
alterações que acontecem no menor espaço-tempo possível.
II - A capacidade de antecipação das ações e os comportamentos do 
adversário durante o desenvolvimento do jogo, no menor tempo 
possível.
III - A capacidade de realizar ações rápidas e específicas com a bola diante 
de um adversário, em curto espaço de tempo.
Assinale a sequência correta:
a) I – velocidade de antecipação; II – velocidade de percepção; III – velo-
cidade de ação. 
b) I – velocidade de antecipação; II – velocidade de ação; III – velocidade 
de percepção. 
121© PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL
UNIDADE 2 – CAPACIDADES FÍSICAS
c) I – velocidade de percepção; II – velocidade de ação; III – velocidade 
de antecipação. 
d) I – velocidade de percepção; II – velocidade de antecipação; III – velo-
cidade de ação. 
e) I – velocidade de ação; II – velocidade de percepção; III – velocidade 
de antecipação. 
2) Podemos entender como velocidade de reação:
a) a capacidade de reação a um estímulo em um reduzido espaço de 
tempo.
b) a capacidade de realizar movimentos únicos, acíclicos, na maior veloci-
dade, contra pequenas resistências.
c) a capacidade de realizar movimentos cíclicos ou movimentos iguais e 
repetidos, com velocidade máxima, contra pequenas resistências.
d) a capacidade de saltar na maior altura durante um tempo 
predeterminado.
e) a capacidade de correr em linha reta durante um tempo predetermi-
nado, com a amplitude do passo o mais elevada possível.
3) Podemos entender como velocidade de frequência: 
a) a capacidade de reação a um estímulo em um reduzido espaço de 
tempo.
b) a capacidade de realizar movimentos únicos, acíclicos, na maior veloci-
dade, contra pequenas resistências.
c) a capacidade de realizar movimentos cíclicos, ou movimentos iguais e 
repetidos, com velocidade máxima, contra pequenas resistências.
d) a capacidade de saltar na maior altura durante um tempo 
predeterminado.
e) a capacidade de correr em linha reta, durante um tempo predetermi-
nado, com a amplitude do passo o mais elevada possível.
4) Podemos entender por velocidade de frequência:
a) a capacidade de reação a um estímulo em um reduzido espaço de 
tempo.
b) a capacidade de realizar movimentos únicos, acíclicos, na maior veloci-
dade, contra pequenas resistências.
122 © PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL
UNIDADE 2 – CAPACIDADES FÍSICAS
c) a capacidade de realizar movimentos cíclicosou movimentos iguais e 
repetidos, com velocidade máxima, contra pequenas resistências.
d) a capacidade de saltar na maior altura durante um tempo 
predeterminado.
e) a capacidade de correr em linha reta durante um tempo predetermi-
nado, com a amplitude do passo o mais elevada possível.
5) Entendemos como flexibilidade ativa:
a) a capacidade de ativar o Sistema Nervoso Central através dos Órgãos 
Tendinosos de Golgi.
b) a capacidade de alcançar a maior mobilidade ou a maior amplitude de 
movimento por meio de forças externas a gerada por outra pessoa, 
com sua própria força ou com o peso do próprio corpo, ou ainda com 
o auxílio de aparelhos, por exemplo.
c) a capacidade de executar movimentos com a maior amplitude de mo-
vimento (ADM) possível sem ajuda, ou seja, pela contração da mus-
culatura agonista e, naturalmente, pelo relaxamento dos músculos 
antagonistas. 
d) a capacidade de executar movimentos com a maior amplitude de mo-
vimento (ADM) possível sem ajuda, ou seja, pela contração da mus-
culatura antagonista e, naturalmente, pelo relaxamento dos músculos 
agonistas. 
e) a capacidade de executar movimentos com a maior amplitude de mo-
vimento (ADM) com ajuda, ou seja, pela contração da musculatura an-
tagonista e, naturalmente, pelo relaxamento dos músculos agonistas. 
6) Leia a os dados a seguir:
I - Possui uma elevada capacidade de transmissão nervosa, sendo enten-
dido inclusive como um “sensor de movimentos”. 
II - Possui receptores proprioceptores encontrados em músculos e articu-
lações, além de também estar nos tendões e ligamentos com função 
de apontar imediatamente os processos de movimento do tronco e 
das forças que agem sobre ele. 
Trata-se do:
a) analisador cinestésico.
b) analisador estático dinâmico. 
c) analisador ótico. 
123© PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL
UNIDADE 2 – CAPACIDADES FÍSICAS
d) avaliador acústico. 
e) analisador tátil.
Gabarito
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões au-
toavaliativas propostas:
1) d.
2) a.
3) c.
4) b.
5) c.
6) a.
5. CONSIDERAÇÕES
Ao final desta unidade, esperamos que você tenha conse-
guido entender a importância e a aplicabilidade das Capacida-
des Físicas. Devido a abrangência deste assunto orientamos para 
que não se atenha somente ao que foi aqui explanado, apesar 
de sempre buscarmos trazer o que de mais evidente e relevante 
temos, clara é a ideia de que não esgotaremos o assunto. Des-
ta forma, como em uma estrada representaremos as placas de 
sinalização que indicarão um caminho, porém, o seu esforço e 
dedicação trilharão seus objetivos.
Esperamos que esteja gostando. Vamos a próxima unidade?
124 © PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL
UNIDADE 2 – CAPACIDADES FÍSICAS
6. E-REFERÊNCIAS
Sites pesquisados
BORBA, D. A. et al. Análise das capacidades físicas em crianças dos sete aos dez 
anos de idade. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v. 20, n. 4, p. 84-91, 2012. 
Disponível em: <https://www.researchgate.net/publication/254559181_Analise_das_
capacidades_fisicas_em_criancas_dos_sete_aos_dez_anos_de_idade>. Acesso em 12 
mar. 2019.
<http://portalrevistas.ucb.br/index.php/RBCM/article/viewFile/3314/2343>. Acesso 
em: 3 maio 2016.
FAMA – Faculdade de Macapá. Revisão Enem – Educação Física – Capacidades Físicas. 
Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=R4PSrtmOd0U>. Acesso em: 3 
maio 2016.
VÍDEO de capacidades físicas. 2013. Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=SKd-jdA60kw>. Acesso em: 3 maio 2016.
YOUTUBE. Capacidades físicas. Disponível em: <https://www.youtube.com/
watch?v=R4PSrtmOd0U>. Acesso em: 16 mar. 2016.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Guanabara Koogan, 1987.
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______. Teoria e prática do treinamento esportivo. 2. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 
1997.
______. Treinamento físico: bases científicas. 3. ed. São Paulo: CLR Balieiro, 1996.
BITTENCOURT, N. Musculação: uma abordagem metodológica. 2. ed. Rio de Janeiro: 
Sprint, 1986.
BOMPA, T. O. A periodização no treinamento desportivo. Barueri: Manole, 2001.
DANTAS, E. H. M. A prática da preparação física. 5. ed. Rio de Janeiro: Shape, 2003.
______. Flexibilidade: alongamento e flexionamento. 5. ed. Rio de Janeiro: Shape, 
2005.
125© PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL
UNIDADE 2 – CAPACIDADES FÍSICAS
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Guanabara Koogan, 1991.
COSTA, Marcelo Gomes da. Ginastica localizada. 2 ed Rio de Janeiro: Sprint, 1998
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MEINEL, K. Motricidade: teoria da motricidade esportiva sob o aspecto pedagógico. 
Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1984. (Educação Física Série Fundamentação).
PLATONOV, V. N. Teoria Geral do Treinamento Desportivo Olímpico. Porto Alegre: 
Artmed, 2004.
______. Teoria Geral do Treinamento Desportivo Olímpico. Porto Alegre: Artmed, 2008.
POWERS, S. K.; HOWLEY, E. T. Fisiologia do Exercício: teoria e aplicação ao 
condicionamento e ao desempenho. Barueri: Manole, 2000.
TRITSCHLER, K. A. Medida e avaliação em Educação Física e Esportes de Barrow & 
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TUBINO, M. J. G. Metodologia Científica do Treinamento Desportivo. 13. ed. Rio de 
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ZAKHAROV, A.; GOMES, A. C. Ciência do treinamento desportivo. Rio de Janeiro: Grupo 
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© PREPARAÇÃO FÍSICA GERAL

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