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aula metodos e tecnicas de pesquisa

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Disciplina - Métodos e técnicas de pesquisa 
Curso de ciências contábeis - 2°semestre
 
Profª Doutoranda – Silvana Duarte
MÉTODOS E TÉCNICAS DE PESQUISA
Conteúdo Programático
1. EMENTA DA DISCIPLINA
1.1 Objetivo Geral
1.2 Objetivos Específicos
1.3 Procedimento de Ensino
1.4 Processo de Avaliação
1.5 Bibliografias Básicas
1.6 Bibliografias Complementares
1.7 Recomendações de Leituras
 2. NORMAS DA ABNT
 2.1 Importância
 2.2 Diretrizes para a apresentação de trabalhos, projetos, relatórios e Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) adotadas pela Coordenação do curso de Ciências Contabeis
1. EMENTA DA DISCIPLINA
Conceitos básicos em metodologia;
O problema da pesquisa e sua formulação;
 Coleta, análise e interpretação dos dados;
Tipos de pesquisa;
 Planejamento da pesquisa: desenho da pesquisa, projeto de pesquisa, e plano de estágio;
 Relatório de pesquisa, TCC;
 Interpretação da pesquisa;
 Normalização e escrita de trabalhos científicos.
1.1 Objetivo Geral
Entender o processo da pesquisa científica e ser capaz de realizá-la.
1.2 Objetivos Específicos
O acadêmico deverá ser capaz de:
Compreender o processo de pesquisa científica;
Planejar e realizar pesquisas científicas definindo adequadamente os procedimentos metodológicos;
Preparar relatórios e trabalhos acadêmicos.
1.3 Procedimentos de Ensino
Exposição dialogada; 
Leituras de textos;
Seminários e dinâmicas; 
Orientação/Supervisão; e
Discussão dos trabalhos de forma individual ou em grupo.
1.4 Processo de Avaliação
Os critérios de avaliação são discutidos e combinados com os acadêmicos de acordo com a evolução do processo de ensino, no entanto, parte da seguinte proposição:
Avaliação Escrita;	
Trabalhos Escritos;
Seminários/Avaliação Oral;
Participação em sala.
1.5 Bibliografias Básicas
BOOTH, W.C.; COLOMB, G.G.; WILLIAMS, J.M. A arte da pesquisa. 2. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
LIMA, Manolita Correia. Monografia: a engenharia da produção acadêmica. São Paulo: Saraiva, 2004.
CHIZZOTTI, Antonio. Pesquisa em Ciências Humanas e Sociais. 4.ed., São Paulo: Cortez, 2000.
1.6 Bibliografias Complementares
GIL, Antonio Carlos. Como elaborar projetos de pesquisa. 4 ed. São Paulo: Atlas, 2002.
SEVERINO, A. J. Metodologia do Trabalho Científico. 22 ed. São Paulo: Cortez, 2002.
RICHARDSON, R. J. Pesquisa social: métodos e técnicas. São Paulo: Atlas.
1.7 Recomendações De Leitura
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 10520. Informação e documentação – Citações em documentos - Apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2002.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14724. Informação e documentação –Trabalhos acadêmicos - Apresentação. Rio de Janeiro: ABNT, 2002.
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 6023. Informação e documentação – Referências – Elaboração. Rio de Janeiro: ABNT, 2002.
COOPER, Donald R.; SCHINDLER, Pamela S. Métodos de pesquisa em Administração. 7. ed. Porto Alegre: Bookman, 2003.
GIL, Antonio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, 1999.
GONÇALVES, Carlos Alberto; MEIRELLES, Anthero de Moraes. Projetos e Relatórios de pesquisa em Administração. São Paulo: Atlas, 200
Recomendações de Leitura (2)
HAIR JR., Joseph F.; BABIN, Barry; MONEY, Arthur H.; SAMOUEL, Phillip. Fundamentos de métodos de pesquisa em administração. Porto Alegre: Bookman, 2005.
LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Marina de Andrade. Técnicas de pesquisa. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2006.
VERGARA, Sylvia Constant. Métodos de Pesquisa em Administração. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2006.
VERGARA, Sylvia Constant. Projetos e Relatórios de Pesquisa em Administração. 8. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
YIN, Robert K. Estudo de caso: planejamento e métodos. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2004.
ZOAUIN, Deborah Moraes; VIEIRA, Marcelo Milano Falcão . Pesquisa Qualitativa em Administração. 2. ed. Rio de Janeiro: FGV, 2006.
 2. NORMAS DA ABNT
2.1 Importância
NORMALIZAÇÃO PARA TRABALHOS CIENTÍFICOS
(DIAS, 2003 p.137). 
A normalização é uma característica essencial da atividade humana desde os primórdios da civilização, tendo sido essencial no desenvolvimento da linguagem falada e escrita.
POR QUE SURGIRAM AS “NORMAS”? 
(GOMES, 1999):
Devido às barreiras de comunicação, como diversidade de línguas, culturas, realidades sócio-históricas. 
PARA QUE SERVEM AS “NORMAS”? 
(RODRIGUES; LIMA; GARCIA, 1998) e (GOMES, 1999) e (CURTY; BOCATTO 2005): 
 Servem para facilitar: 
 - a disseminação (circulação);
 - o acesso;
 - intercâmbio;
 - a leitura, e;
 - a compreensão.
DISSEMINAÇÃO, ACESSO, INTERCÂMBIO, LEITURA E COMPREENSÃO DO QUE? 
(RODRIGUES, LIMA E GARCIA, 1998):
Idéias;
(GOMES, 1999):
De textos científicos;
(CURTY; BOCATTO 2005):
Informações.
QUAIS OS PRINCIPAIS PROBLEMAS EM NÃO SE CONHECER A IMPORTÂNCIA DA NORMALIZAÇÃO DE TEXTOS CIENTÍFICOS? 
(GOMES, 1999) e (CURTY; BOCATTO 2005):
Ver esta etapa de forma reducionista, como uma mera formalidade acadêmica;
Pensar que as normas servem para restringir a criatividade e a liberdade dos autores;
Encarar a normalização como um obstáculo.
O QUE A NORMALIZAÇÃO VISA? 
(CURTY; BOCATTO 2005):
À padronização e simplificação no processo de elaboração de qualquer trabalho científico;
Uniformizar a publicação de conhecimentos. 
ENTÃO, QUAL O PRINCIPAL OBJETIVO DA NORMALIZAÇÃO DE TRABALHOS CIENTÍFICOS? 
(CURTY; BOCATTO 2005):
Ajudar os cientistas, ou seja, aqueles que criam, elaboram trabalhos científicos, a divulgar, disseminar o produto do seu trabalho;
Facilitar, aos diferentes leitores, das diversas culturas, o acesso às idéias e concepções científicas.
A normalização não só confere um grau e qualidade aos documentos produzidos como “facilita as operações documentais e diminui o custo e o tempo necessário para realizá-las, viabilizando o intercâmbio e a recuperação de informações” (CURTY; BOCATTO, 2005, p. 96).
DO QUE TRATA A NORMATIZAÇÃO PARA TRABALHOS CIENTÍFICOS? 
ESTRUTURA DO TRABALHO;
FORMAS DE APRESENTAÇÃO;
APRESENTAÇÃO DE AUTORES NO TEXTO – CITAÇÕES;
REFERÊNCIAS.
QUAL DEVE SER A ESTRUTURA DE UM TRABALHO, SEGUNDO AS NORMAS? 
ELEMENTOS PRÉ-TEXTUAIS;
ELEMENTOS TEXTUAIS;
ELEMENTOS PÓS-TEXTUAIS.
Capa (obrigatório);
Folha de rosto (obrigatório);
Errata (opcional);
Folha de aprovação (obrigatório);
Dedicatória (opcional);
Agradecimentos (opcional);
Epígrafe (opcional);
Resumo na língua vernácula (obrigatório);
Resumo em língua estrangeira (obrigatório);
Sumário (obrigatório);
23
Lista de ilustrações (opcional): 
 - Lista de Figuras; 
 - Lista de Fluxogramas; 
 - Lista de Fotos; 
 - Lista de Gráficos; 
 - Lista de Plantas; 
 - Lista de Quadros.
Lista de abreviaturas e siglas (opcional); 
Lista de símbolos (opcional); 
Lista de tabelas (opcional).
Introdução;
Desenvolvimento: parte principal, contém a exposição ordenada e pormenorizada dos assuntos, divide-se em seções e subseções. Varia em função da abordagem do tema e método;
Conclusão: parte final, apresentam conclusões correspondentes aos objetivos ou hipóteses.
Referências (obrigatório);
Apêndice (opcional): texto utilizado quando o autor pretende complementar sua argumentação;
Anexo (opcional): texto ou documento não elaborado pelo autor para comprovar ou ilustrar;
Glossário (opcional): lista alfabética de expressões técnicas de uso restrito, utilizadas no texto e suas respectivas definições. 
DO QUE TRATA AS FORMAS DE APRESENTAÇÃO?
 
Formato ou Apresentação gráfica;
Espacejamento;
Notas de rodapé;
Indicativo de seção;
Paginação;
Numeração progressiva;
Citação;
Equações e fórmulas;
Ilustrações;
Tabelas. 
QUAL A DEFINIÇÃO (S) DE CITAÇÃO?
Citação: menção, no texto, de uma informação extraída de outra fonte;
Citação direta: transcrição textual do autor consultado;
Citação indireta: transcrição livredo autor consultado;
Citação de citação: transcrição direta ou indireta em que a consulta não tenha sido no trabalho original. 
 
2.2 Diretrizes para a apresentação de trabalhos, projetos, relatórios e Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC) adotadas pela Coordenação de Ciências Contábeis. ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)
AS QUALIDADES DE UMA BOA PERGUNTA DE PARTIDA
1. Clareza
2. Exeqüibilidade
3. Pertinência
As qualidades da clareza
As qualidades de clareza dizem, essencialmente, respeito, à precisão e concisão do modo de formular a pergunta de partida.
Existe um meio muito simples de se assegurar de que uma pergunta é bastante precisa. Consiste em formulá-la diante de um grupo de pessoas, evitando comentá-la ou expor o seu sentido. Cada pessoa do grupo é depois convidada a explicar como compreendeu a pergunta. A pergunta é precisa se as interpretações convergirem e corresponderem à intenção do seu autor.
As qualidades de exeqüibilidade
As qualidades de exeqüibilidade estão essencialmente ligadas ao caráter realista ou irrealista do trabalho que a pergunta deixa antever.
Para poder ser tratada, uma boa pergunta de partida deve ser realista, isto é, adequada aos recursos pessoais, materiais e técnicos em cuja necessidade pode-se imediatamente pensar e com que se pode razoavelmente contar.
As qualidades da pertinência
As qualidades de pertinência dizem respeito ao registro (explicativo, normativo, preditivo, ...) em que se enquadra a pergunta de partida.
Uma boa pergunta de partida não procurará julgar, mas sim compreender.
Uma boa pergunta de partida não deve ser de ordem filosófica.
Uma boa pergunta de partida terá uma intenção compreensiva ou explicativa.
As qualidades da pertinência
Uma boa pergunta de partida será uma “verdadeira pergunta”, ou seja, uma pergunta “aberta”, o que significa que várias respostas diferentes devem poder ser encaradas a priori e que não se tem a certeza de uma resposta preconcebida.
Uma boa pergunta de partida abordará o estudo do que existe ou existiu, e não daquilo que ainda não existe. Não estudará a mudança sem se apoiar no exame do funcionamento.
Lembre-se
A pergunta de partida orienta a fase seguinte. Não construí-la é um erro.
Quanto mais precisa a pergunta de partida melhor progredira o investigador.
E SE AINDA TIVER RETICÊNCIAS...
TENHA CLARO QUE
As hipóteses de trabalho, que constituem os eixos centrais de uma investigação, apresentam-se como proposições que respondem a pergunta de partida.
PESQUISA MONOGRÁFICA VERSUS 
	PESQUISA PANORÂMICA
QUATRO REGRAS ÓBVIAS PARA SE FAZER UMA PESQUISA
Que o tema responda aos interesses do candidato (ligado tanto ao tipo de exame quanto às suas leituras, sua atitude política, cultural ou religiosa);
que as fontes de consulta sejam acessíveis, isto é, estejam ao alcance material do candidato;
que as fontes de consulta sejam manejáveis, ou seja, estejam ao alcance cultural do candidato;
que o quadro metodológico da pesquisa esteja ao alcance da experiência do candidato (ECO, 1977).
 
Erros Iniciais
Em termos práticos, o caos original não deve ser motivo de inquietação. O problema é sair do mesmo sem demora demasiada e fazê-lo de maneira proveitosa. Para conseguir, professam os autores, deve-se saber primeiro o que não deve ser feito. Esse entendimento é necessário à medida que as atitudes apontadas como as que devem ser evitadas são, com freqüência, as primeiras adotadas por estudantes que estão adentrando no universo da pesquisa. 
Fenômeno versus tema
[...] o fenômeno tem características próprias e ocupa um lugar no tempo. Assim, o fenômeno existe, tem essência e é objeto do conhecimento científico. Se o pesquisador pensa em termos de fenômeno (não precisa analisar todos, pode escolher alguns), suas características no tempo e no espaço (lugar) (RICHARDSON et al., 1999, p. 57). 
VALIDAÇÃO DO TEMA/FENÔMENO
Nem tudo que é interessante é importante.
 Nem tudo que é importante é exeqüível.
 Nem tudo que é exeqüível é interessante.
Objeto de pesquisa
Objeto de Pesquisa
Para Contandriopoulos e colaboradores (1999, p. 17), a definição do objeto da pesquisa no projeto apresenta as seguintes características: 
Objeto de Pesquisa
A formulação do objeto da pesquisa é o momento mais importante da definição. Em relação ao tópico, os autores fazem a seguinte menção: 
 Toda pesquisa, análise ou estudo, tem como ponto de partida uma situação percebida como problemática, ou seja, que causa desconforto e que, em conseqüência, exige uma explicação. 
Objeto de Pesquisa
 
Esta situação problemática surge quando há defasagem entre a concepção ou explicação de um fenômeno e a observação ou percepção da realidade. É desta defasagem que se origina o objeto da pesquisa. A pesquisa tentará resolver a discordância entre um modelo, uma teoria ou uma explicação da realidade percebida. 
Objeto de Pesquisa
	
Ela visa, a partir de uma investigação empírica sistemática, dar uma “resposta”, uma solução satisfatória ao problema. Um objeto de pesquisa é assim “uma interrogação explícita em relação a um problema a ser examinado e analisado com o fim de obter novas informações” (CONTANDRIOPOULOS et al., 1999, p. 19).
ATIVIDADE para a próxima aula 
 Definir um Tema que será realizado o projeto e apresentar a proposta com justificativa, problema e objetivos. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
DIAS, M. M. K. Normas técnicas. In: CAMPELLO, B. S.; CENDÓN, B. V.; KREMER, J. M. (Org.) Fontes de informação para pesquisadores e profissionais. Belo Horizonte: UFMG, 2000. p. 137-151. 
CURTY, M. G.; BOCCATO, V. R. C. O artigo científico como forma de comunicação do conhecimento na área de ciência da informação. Perspectiva da Ciência da Informação, Belo Horizonte, v. 10, n. 1, p. 94-107, jan./jun. 2005. 
GOMES, H. F. A normalização do trabalho científico: algumas reflexões sobre a indicação das fontes na documentação pessoal do autor e no texto final. In: MATOS, M. T. N. B. Saúde e Informação. Salvador: EDUFBA, 1999. p. 97-105.
RODIGUES, M. E. F.; LIMA, M. H. T. F.; GARCIA, M. J. O. A normalização no contexto da comunicação científica. Perspectiva da Ciência da Informação, Belo Horizonte, v. 3, n. 2, p. 147-156, jul./dez. 1998. 
APPOLINÁRIO, F. Dicionário de metodologia científica: um guia para a produção do conhecimento científico. São Paulo: Atlas, 2004. 
CONTANDRIOPOULOS, A-P. et al. Saber preparar uma pesquisa: definição, estrutura, financiamento. 3. ed. São Paulo: Hucitec, 1999. 
GUTIERREZ, G. L. Alianças e grupos de referência na produção do conhecimento: novos desafios para a pesquisa em ciências humanas.Campinas: Autores Associados, 2005.
QUIVY, R.; CAMPENHOUDT, L. V. Manual de investigação em Ciências Sociais. Lisboa: Gradiva, 1992.
RICHARDSON, R. J et al. Pesquisa Social: métodos e técnicas. 3. ed. São Paulo: Altas, 1999.
SOARES, Magda; FAZENDA, Ivani. Metodologias não-convencionais em teses acadêmicas. In: FAZENDA, Ivani (org.) Novos enfoques da pesquisa educacional. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2001.
Objetivo: Permitir apreciar a pertinência e a importância da pesquisa projetada 
Conteúdo: - Apresentação do objetivo geral 
 - Definição do alvo 
 - Discussão sobre a importância do tema 
 - Formulação do objeto da pesquisa 
 - Indicação do estágio de desenvolvimento da pesquisa 
 - Identificação dos principais usuários dos resultados 
 
	Objetivo: Permitir apreciar a pertinência e a importância da pesquisa projetada
	Conteúdo: - Apresentação do objetivo geral
 - Definição do alvo
 - Discussão sobre a importância do tema
 - Formulação do objeto da pesquisa
 - Indicação do estágio de desenvolvimento da pesquisa
 - Identificação dos principais usuários dos resultados

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