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Direito Administrativo I - Aula 2

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Direito Administrativo I
17/08/2020
Princípios Administrativos Constitucionais, Princípios expressos do Direito Administrativo, princípios que norteiam etc.
Conflito de regras: Critério hierárquico (hierarquia de normas) – Critério da especialidade (norma especial prevalece sobre a norma geral) – Critério Temporal (mais nova prevalece sobre a mais antiga)
Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:
Princípio da legalidade para o direito administrativo: O Agente público somente age em virtude da lei (0bs.)
Princípio da Impessoalidade: Artigo 37, § 1º A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos.
Princípio da Moralidade:  Tanto os agentes quanto a Administração devem agir conforme os preceitos éticos, já que tal violação implicará em uma transgressão do próprio Direito.
Princípio da Publicidade: Tem por fim que a sociedade controle os atos da administração pública, não precisam divulgar por diário oficial
Palavras do Professor:
Princípios Expressos: Os princípios administrativos são as premissas fundamentais que devem nortear a atuação da administração pública. É importante destacar a diferença entre regras e princípios, notadamente com base nas lições de Robert Alexy e Ronald Dworkin. As regras são operadas de forma disjuntiva, ou seja, eventual conflito entre as mesmas será dirimido no plano da validade por meio da observância dos critérios da hierarquia, especialidade e da temporalidade. Em outras palavras, um conflito entre as regras é resolvido na base do “tudo ou nada”. 
A colisão entre princípios, por outro lado, se resolverá por meio do critério da ponderação de valores onde o intérprete terá de verificar no caso concreto qual dos princípios preponderará em relação ao outro. Diferentemente do conflito entre as regras, quando há colisão entre princípios, um não anulará o outro.
O Artigo 37 da CF em seu caput elenca como princípios norteadores da administração pública a legalidade, a impessoalidade, a moralidade, a publicidade e a eficiência.
O princípio da legalidade é o ponto central da conduta dos agentes públicos. Como se sabe, no direito privado nos é lícito agir desde que não venhamos a infringir a lei, já para o direito público, especialmente para o direito administrativo, o princípio da legalidade significa que o agente público somente poderá agir em virtude da lei, ou seja, implica em subordinação completa em relação à lei.
O princípio da impessoalidade: Impessoal significa aquilo que não pertence a uma pessoa em especial. Dessa forma, o princípio da impessoalidade tem por fim que a administração pública não dispense o mesmo tratamento aos administrados que se encontrem em situação jurídica idêntica. Em outras palavras, não pode a administração pública tratar de forma desigual aqueles que se encontrem em situação de igualdade, por exemplo, quando se realiza concurso público para o provimento de cargos ou mesmo quando é lançado edital de licitação para a aquisição de bens ou serviços, a administração não pode ter preferência por aqueles que venham a se sagrar vencedores. O que importa, nas hipóteses retro, é a seleção do candidato mais bem preparado e da proposta mais vantajosa. Por outro lado, em homenagem à igualdade (isonomia), porém, tem se admitido e efetivamente implementado um sistema de cotas para preenchimento de vagas em concursos. Por se tratarem de ações afirmativas do Estado que traduzem políticas de inclusão social que visam a reduzir as desigualdades históricas de nosso país, salvo ressalvas, tem se admitido a questão relacionada a seleção dos candidatos mais bem preparados. Também se percebe a existência do princípio da impessoalidade da leitura do artigo 37, parágrafo 1° de nossa CF onde se admite a propaganda de obras desde que estas não impliquem em promoção pessoal do agente público.
Em relação a moralidade é importante destacá-la da legalidade, ou seja, não é correto afirmar que o princípio da moralidade está insculpido na lei que trata dos atos de improbidade administrativa (rever a aula pra pegar) é inspirada nos mesmo preceitos éticos que iluminam a moralidade) porém, a violação a qualquer dispositivo contido na lei implica em mácula ao princípio da legalidade.
Devemos então enxergar a moralidade de forma autônoma, isto é, situações em que mesmo sem ofensa a lei o ato estará atingindo a honestidade. A possibilidade de servidores terem alcançado o direito a percepção de remuneração superior aos subsídios dos ministros do STF caracteriza mácula à moralidade ainda que, como dito antes, não tenha ferido qualquer dispositivo legal.
Qualquer tratamento discriminatório que venha ser dispensado ao administrado, ainda que não atinja diretamente qualquer lei, esbarrará na questão da moralidade em conjunto ao da impessoalidade.
Em relação ao princípio da publicidade, é importante esclarecer que os atos praticados pela administração deverão ser amplamente divulgados a fim de que seja possível o controle da legalidade e da legitimidade pelos administrados. Por óbvio, publicidade está ligado à transparência, sendo certo que não só a publicação em órgão oficial de imprensa é meio para a efetivação do princípio, podendo ser encontrado pela prática de conduta das mais arcaicas (carro de som) às mais modernas (internet).
Princípio da eficiência ganhou status constitucional com o advento da emenda constitucional 19/98, devendo ser esclarecido que o aludido princípio sempre foi inerente a administração pública.
A eficiência está ligada a qualidade do serviço não só em relação aos usuários, mas também em relação a própria administração. Em outras palavras, a eficiência serve não só para que o usuário tenha um serviço de qualidade, celeridade e presteza, mas também que a administração pública gaste menos ao realizar tal serviço. Esta condição de economicidade e produtividade ficou conhecida pelo jargão “mais com menos”. Percebemos claramente a presença do princípio da eficiência em relação ás avaliações de desempenho do servidor contidas no artigo 41 da magna carta.
Caso Concreto 1 
É correto afirmar que o Direito Administrativo é fruto de construções jurisprudenciais? Discorra a respeito, identificando na Constituição de 1988 os artigos que refletem o pensamento dos principais articuladores da Revolução Francesa de 1789.
R.: Sim, os princípios do direito administrativo nasceram a partir de opiniões, pareceres emanados pelo conselho de Estado Francês. Iluministas. O próprio artigo 1° da CF já remete Rousseau e o segundo a Montesquieu na tripartição dos poderes 
Caso Concreto 2
O prefeito do município ?P", conhecido como João do ?P?, determinou que, em todas as placas de inauguração das novas vias municipais pavimentadas em seu mandato na localidade denominada ?E?, fosse colocada a seguinte homenagem: ?À minha querida e amada comunidade ?E?, um presente especial e exclusivo do João do ?P?, o único que sempre agiu em favor de nosso povo!? O Ministério Público estadual intimou o Prefeito a fim de esclarecer a questão. Na qualidade de procurador do município, você é consultado pelo Prefeito, que insiste em manter a situação. Indique o princípio da Administração Pública que foi violado e por que motivo.
R.: Princípio da Impessoalidade, não pode-se realizar nenhuma obra, nenhum programa ou serviço em que a publicidade dos atos tenha por fim a promoção de alguém.

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