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Prescrição e Decadência no Direito Civil

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UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP
DIREITO
Prescrição e Decadência no Direito Civil 
Local
2020
UNIVERSIDADE PAULISTA - UNIP
DIREITO
Prescrição e Decadência no Direito Civil 
Trabalho apresentado à Universidade Paulista - UNIP como requisito parcial para obtenção de conhecimento no assunto abordado e nota, sob orientação do Professor. 
Local
2020
SUMÁRIO
1.0.	INTRODUÇÃO	4
2.0. PRESCRIÇÃO	5
2.1. PRAZOS E INSTITUTOS PRESCRICIONAIS	5
2.2. CAUSAS QUE IMPEDEM E SUSPENDEM A PRESCRIÇÃO	6
2.3. CAUSAS QUE INTERROMPEM A PRESCRIÇÃO	7
2.4. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE	7
3.0. DECADÊNCIA	8
3.1. DISPOSIÇÕES LEGAIS DA DECADÊNCIA	8
4.0. DIFERENÇAS ENTRE PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA	9
5.0. SUSPENSÃO, INTERRUPÇÃO E IMPEDIMENTO DA PRESCRIÇÃO	10
6.0. RENÚNCIA	11
7.0. RECONHECIMENTO DE OFÍCIO	11
8.0. CONCLUSÃO	13
9.0. REFERÊNCIAS	14
INTRODUÇÃO
A análise conceitual e distintiva, do presente artigo objetiva trazer apontamentos sobre a prescrição e a decadência, suas espécies, conceitos, disposições legais, prazos, efeitos jurídicos, fundamentos, características, requisitos e critérios a fim de evidenciar as principais semelhanças, distinções e finalidades. 
Dessa forma, buscando adentar nos institutos que tanto se assemelham, foram prestadas informações embasadas na doutrina e na referência legal, a fim de conceituar a prescrição e a decadência, tornando evidente sua identificação e desígnio que visa à estabilidade social por meio da segurança jurídica existente em ambos os institutos referenciados, mas respectivamente, extinguindo a pretensão e indiretamente o direito subjetivo e excluindo o direito em razão do decurso de tempo e do não exercício do direito potestativo. 
14
2.0. PRESCRIÇÃO
As relações jurídicas e o Direito, em todos os campos, tem abrangente participação do decurso de tempo e do indivíduo, na prescrição o elemento tempo influência na obtenção e extinção de direitos, distinguindo a prescrição em aquisitiva e extintiva. 
Ocorrem fenômenos em que uma parte ganha e a outra perde, sendo necessária a instituição da prescrição para que exista segurança nas relações sociais, estabilidade e a consolidação de todos os direitos, pois não se pode admitir que uma pessoa tenha sobre outra uma pretensão que pode ser reivindicada, assim, dispensando uma continua conservação de recibos de quitação, para extinguir uma dívida e não tornar algo permanente. 
Prescrição é a perda do direito de ação ou pretensão atribuído através da violação de um direito, logo, extingue o exercício do direito em virtude da inércia do agente, durante um espaço de tempo fixado em norma. Concordante a disposição do artigo 189 do Código Civil, através da violação do direito, nasce a pretensão para o titular, cujo direito resulta em exigir de outrem uma ação ou omissão, proporcionado a estruturação do dano analisado, bem como, identifica-se prescrição, em análise aos requisitos, que envolvem a violação do direito, a inércia do titular por um determinado tempo fixado em lei e a ausência de fato impeditivo, suspensivo ou interruptivo. 
2.1. PRAZOS E INSTITUTOS PRESCRICIONAIS 
Os prazos prescricionais estão elencados no Código Civil, exclusivamente nos artigos 205 e 206, prevendo respectivamente que em regra a prescritibilidade ocorre em dez anos, quando a lei não determinar prazo menor, evidenciando o prazo máximo supracitado, e os prazos menores entre um e cinco anos. 
Alguns institutos possuem afinidade com a prescrição, tendo em vista a relação com o decurso do tempo, sendo esses a preclusão que consiste na perda de uma faculdade processual; a perempção, também de natureza processual e que envolve a perda do direito de ação pelo autor, ocasionado três arquivamentos sucessivos, bem como, a decadência que correlaciona a perda do direito não exercido pelo titular em razão do decurso de tempo, no período determinado em lei ou em negócio jurídico.
O critério diferenciador para definir a prescrição, é apresentado por Agnelo Amorim Filho, denominado como “critério científico”, o mesmo baseia- se em um direito subjetivo e nas ações correspondentes, cujo autor alega que somente as ações condenatórias são sujeitas a prescrição, pois, na referida ação pretende-se a condenação para um cumprimento de prestação e acorde as afirmações do autor, são as únicas ações que sofrem os efeitos da prescrição. Ademais, predomina como entendimento atual que a prescrição extingue a pretensão, que é a exigência de subordinação de um direito alheio ao interesse próprio. 
2.2. CAUSAS QUE IMPEDEM E SUSPENDEM A PRESCRIÇÃO
As causas de suspensão e impedimento estão agrupadas numa mesma seção, nos artigos 197 a 199 do Código Civil, sendo identificadas dependendo do momento em que as hipóteses de suspensão e impedimento surgem. Podem também ser observadas as hipóteses contra quem não corre a prescrição. 
Conforme declara o Art, 197:
“Não corre a prescrição:
I - entre os cônjuges, na constância da sociedade conjugal;
II - entre ascendentes e descendentes, durante o poder familiar;
III - entre tutelados ou curatelados e seus tutores ou curadores, durante a tutela ou curatela”. 
O fundamento para as três causas descritas, são de ordem moral, a determinar o impedimento ou o curso da prescrição, este está correlato aos laços de afeto, confiança e amizade. Também não corre prescrição nas hipóteses descritas no artigo 198 do Código Civil, conforme segue: 
“Também não corre a prescrição:
I - contra os incapazes de que trata o art. 3 o ;
II - contra os ausentes do País em serviço público da União, dos Estados ou dos Municípios;
III - contra os que se acharem servindo nas Forças Armadas, em tempo de guerra”.
Assim como, a disposição exposta se justifica em razão da proteção de pessoas que se verificam em situações especiais, ocasionando impedimento para que diligenciem na defesa de seus próprios interesses. Outros casos que suspendem ou impedem a prescrição estão elencados no artigo 199 do Código Civil, apresentado abaixo:
“Não corre igualmente a prescrição:
I - pendendo condição suspensiva;
II - não estando vencido o prazo;
III - pendendo ação de evicção”. 
Denota - se que as causas mencionadas no artigo acima são objetivas e relacionam situações em que a lei impede a propositura da ação, nas duas primeiras hipóteses o direito não se tornou exigível, não podendo o titular do direito requerer judicialmente o cumprimento, bem como, na terceira hipótese a propositura de ação de evicção, torna suspensa a prescrição até seu desfecho. 
2.3. CAUSAS QUE INTERROMPEM A PRESCRIÇÃO
O Código Civil, nos termos do artigo 202, dispõe seis atos que interrompem a prescrição, estabelecendo a restrição de que a ação somente poderá ocorrer uma vez, a fim de que as interrupções não se eternizem e ocasione abusos. 
2.4. PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE 
Prescrição intercorrente é quando o autor do processo já iniciado permanece em inércia, não realizando os procedimentos para prosseguimento, durante um lapso temporal suficiente para a perda da pretensão. Interrompida a prescrição, o prazo volta a fluir do ultimo ato processual ou do próprio ato que a interrompeu, devendo ser conduzido pelo autor, logo, os autos não podem permanecer inertes, cuja disposição é admitida implicitamente no parágrafo único do artigo 202, do Código Civil.
3.0. DECADÊNCIA 
Decadência é a perda do direito não exercido pelo titular em razão do decurso de tempo, no período determinado em lei ou em negócio jurídico. O objeto da decadência esta relacionado ao direito potestativo, que confere ao titular o poder de determinar alterações na esfera jurídica, por um ato unilateral, ocasionando uma sujeição. 
Verifica-se como uma das características de identificação da decadência, o inicio do direito, tendo em vista que o prazo decadencial começa a fluir a partir do nascimento do direito, bem como, a decadência pode resultar da forma legal ou convencional.
Considera- se que os prazos decadenciais são todos os que estão disciplinados do Código Civil, exceto os que estão elencados nos artigos 205 e 206, tendo em vista que correspondemexclusivamente a prazos prescricionais. A decadência é reconhecida por meio da análise de um direito potestativo que não foi exercido pelo seu titular, extrajudicialmente ou judicialmente, dentro do prazo legal, provocando através da inércia a extinção direta de um direito, o qual é impassível de violação, tendo que vista que não existe oposição de dever de quem quer que seja, mas sim um acatamento de alguém. Ademais, o direito do titular não pode ser violado por quem sofre as consequências da ação, dessa forma, é evidente que a decadência não se correlaciona com a violação, mas sim ao exercício do direito no prazo estabelecido, que é a única maneira de obstar a decadência.
3.1. DISPOSIÇÕES LEGAIS DA DECADÊNCIA
A decadência é composta de regras gerais, distinguindo a decadência legal da convencional e estabelecendo no Código Civil nos termos do artigo 211, que “se a decadência for convencional, a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação”. Ou seja, nos casos de decadência convencional, o juiz não pode pronuncia-la de ofício, mas ela pode ser alegada em qualquer fase processual, já o artigo 210, do Código Civil, dispõe que “Deve o juiz, de ofício, conhecer da decadência, quando estabelecida por lei”, evidenciando que é dever e não faculdade do magistrado decretar de ofício quando estabelecido em norma. 
Acorde a composição do artigo 207 do Código Civil: “salvo disposição legal em contrário, não se aplicam à decadência as normas que impedem, suspendem ou interrompem a prescrição”. Nota - se que tal regra não é absoluta, admitindo exceções exclusivamente por determinações legais. 
Em análise ao artigo 208, do Código Civil se identifica a disposição de exceção referente o artigo 207, tendo em vista que a determinação não admite fluência de prazo decadencial contra os absolutamente incapazes que trata o artigo 198, inciso I, logo, não corre prazo decadencial. No entanto, conforme prescreve o artigo 195, do Código Civil, permite que os relativamente incapazes, responsabilizem seus assistentes ou representantes legais, que derem causa à prescrição, ou não a alegarem oportunamente.
4.0. DIFERENÇAS ENTRE PRESCRIÇÃO E DECADÊNCIA
O elemento tempo é uma dinâmica, comum às duas espécies e sua natureza jurídica é fato jurídico em sentido estrito. O decurso do tempo faz adquirir direito e também extingue o direito, evidenciando a existência da prescrição e decadência e suas distinções. 
Para melhor diferenciar e pontuar a prescrição e a decadência é necessário discernir o direito subjetivo do potestativo, tendo em vista que o subjetivo tem relação com a prescrição e é uma forma de pretender de outra parte, de requerer um determinado comportamento positivo ou negativo, já o direito potestativo independe do cumprimento de um terceiro para praticar determinado ato, pois o poder jurídico é vinculado ao titular e devem ser exercidos enquanto perdurar uma situação jurídica ou de fato, a outra parte apenas é subordinada a ação. 
O Código Civil trata das disposições gerais sobre prescrição entre os artigos 189 a 196 e dos prazos prescricionais exclusivamente nos artigos 205 e 206, sendo todos os outros prazos decadenciais, bem como, as disposições gerais relacionadas à decadência estão elencadas nos artigos 207 a 211. 
A prescrição consiste na extinção da pretensão e possui possibilidade de interrupção, impedimento ou suspensão de exigir um direito, o tornando imponente em consequência à inércia em um lapso de tempo e conforme elencado no artigo 189 do Código Civil, o prazo prescricional só se inicia a partir do momento da violação de determinado direito, bem como, deriva exclusivamente da lei. A decadência é a perda de um direito próprio potestativo pela inércia do seu titular em um espaço de tempo, e em regra corre o prazo continuamente, sem interrupção, suspensão ou impedimento, tal prazo, nasce com o direito em si, podendo derivar da lei ou da vontade das partes.
5.0. SUSPENSÃO, INTERRUPÇÃO E IMPEDIMENTO DA PRESCRIÇÃO
Não se confundem impedimento, suspensão e interrupção da prescrição. As causas que suspendem e impedem a prescrição estão em uma mesma seção, agrupadas nos artigos 197 a 199 do Código Civil, embora exista a distinção entre as mesmas, a situação fática determina se as hipóteses são de suspensão ou de impedimento, ou seja, tais causas ora impedem, ora suspendem a prescrição, de modo que os artigos supracitados aplicam-se a ambas as situações.
Se o prazo prescricional já se iniciou e no curso do prazo prescricional surge uma hipótese de trégua, identifica- se a suspensão, que é a interrupção do prazo prescricional, ou seja, o prazo deixa de correr por determinado tempo, cessada a causa de suspensão temporária, o lapso prescricional volta a fluir somente pelo tempo restante, como no caso de uma pessoa capaz se tornar incapaz no curso do prazo prescricional, ocasionando a suspensão até que a causa eventualmente seja suspendida.
O impedimento da prescrição é o obstáculo da contagem de prazo prescricional por uma causa prévia de impedindo, ou seja, nesses casos mantém-se o prazo prescricional íntegro, pelo tempo de duração do impedimento, para que seu curso somente tenha início com o término da causa impeditiva. 
Ambas as situações fazem cessar, temporariamente, seu curso. Uma vez desaparecida a causa de impedimento ou superada a causa de suspensão, a prescrição retoma seu curso normal, computado o tempo anteriormente decorrido, se este existiu. 
As causas que interrompem a prescrição estão disciplinadas no artigo 202 do Código Civil, e em regra depende de um comportamento ativo do credor, diferente da suspensão que processa através de fatos previstos na lei, bem como envolve qualquer ato de exercício ou proteção ao direito reconhecido, tendo em vista que a parte não pode ser prejudicada por obstáculo judicial para o qual não concorreu, de modo que tais dispositivos devem ser entendidos com esta ressalva, assim correndo à interrupção da prescrição e extinguindo o tempo já decorrido, o qual volta a correr por inteiro. Contudo, só poderá ocorrer uma única vez para que as interrupções não se eternizem. 
6.0. RENÚNCIA 
A renúncia é um ato de se abdicar de um direito, e se caracteriza pelo fato de negar ou rejeitar algo ou uma atitude.
 Conforme pronuncia o artigo 191 do Código Civil: 
“A renúncia da prescrição pode ser expressa ou tácita, e só valerá, sendo feita, sem prejuízo de terceiro, depois que a prescrição se consumar; tácita é a renúncia quando se presume de fatos do interessado, incompatíveis com a prescrição”. 
Em observância a disposição acima, se identifica que a renúncia da prescrição é possível, seja expressamente, ou seja, de forma clara e sem deixar dúvidas, geralmente por escrito ou de forma verbal, e também de forma tácita, por meio da realização de um ato incompatível com a intenção de alegar a prescrição em defesa, como no caso de parcelamento da dívida. 
Para que a renúncia seja válida é de extrema importância que a abdicação seja realizada após a consumação da prescrição, e não prejudique terceiros, logo, qualquer ato de reconhecimento da dívida por parte do devedor, a fim de solucionar e extinguir o débito será presumida como renúncia. 
Com relação à decadência, proclama o artigo 209 do Código Civil: “é nula a renúncia à decadência fixada em lei”, referida disposição discorre sobre a irrenunciabilidade da decadência fixada em lei, entretanto, a decadência convencional pode ser renunciada. 
7.0. RECONHECIMENTO DE OFÍCIO
A Lei nº 11.280, de 16 de fevereiro de 2006, revogou o artigo 194 do Código Civil de 2002 e alterou a redação do § 5º do artigo 219 do CPC. A determinação revogada pronunciava que “o juiz não pode suprir, de ofício, a alegação de prescrição, salvo se favorecer a absolutamente incapaz”, referido estabelecimento provocava procedimentos judiciais irrelevantes, tendo em vista que, pela não declaração de ofício, os processos se prorrogavam mesmo com a prescritibilidade consumada.
Tencionando maior celeridade, a disposiçãoda Lei nº 11.280/2006, determina que a prescrição será pronunciada de ofício. Ademais, em relação à decadência, o reconhecimento de ofício está previsto no artigo 210, do CC, estabelecendo que deve o juiz conhecer de decadência quando previsto em lei, mas se a decadência for convencional a parte a quem aproveita pode alegá-la em qualquer grau de jurisdição, mas o juiz não pode suprir a alegação, nos termos do artigo 211, do Código Civil. 
8.0. CONCLUSÃO 	
Diante o exposto, averigua - se que os institutos apresentados no relatório em epígrafe possuem diversas semelhanças, mas com direitos distintos, logo, a particularização e a finalidade de ambos é feita por meio de detalhes e diferenças nos efeitos jurídicos. Dessa forma, foram apresentadas durante o texto em questão tratativas de identificação e as principais diferenças, conceituando e abordando as disposições legais que as regem. Ademais, deve ser observado que o tempo influi diretamente nas relações jurídicas e é o principal elemento de interferência em ambos os institutos referenciados, pois prescrição é a perda da pretensão, durante um lapso de tempo fixado exclusivamente da lei, e a decadência se relaciona a perda de um direito, que não foi exercido em um espaço de tempo determinado em norma ou pela vontade das partes. 
Para melhor sedimentação, é importante ressaltar que as disposições legais presentes nos artigos 205 e 206 do Código Civil, são exclusivamente prescricionais, sendo de decadência todos os demais, bem como, o inicio da prescrição e da decadência se da respectivamente em razão da violação de um direito, possibilitando ao titular o direito subjetivo de pretender e o inicio decadencial só começa a fluir através do nascimento de um direito potestativo no momento de sua obtenção. 
A prescritibilidade envolve o requerimento de uma ação positiva ou negativa de outra parte, já a decadência se relacionado à sujeição de outra parte a uma ação realizada pelo titular, assim como, em regra corre o prazo decadencial continuamente, sem interrupção, suspensão ou impedimento, a renuncia é nula e o pronunciamento de oficio se da quando determinado em lei, diferente da prescrição que tem possibilidade de constituir causas impeditivas, de renunciar e é dever do magistrado reconhecer de ofício a prescrição.
Portanto, embora existam diferenças e semelhanças notórias, a prescrição e a decadência possuem finalidades em comum, possibilitando segurança jurídica e estabilidade nas relações sociais, para que não ocorram abusos. 
9.0. REFERÊNCIAS 
GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. Parte Geral. São Paulo: Saraiva. 2013. 
VENOSA, Sílvio de Salvo.  Parte Geral. Direito Civil. ed. 13. São Paulo: Atlas. 2013.
BRASIL. Código Civil. São Paulo: AASP. 2020.

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