Lei Processual Penal no Tempo e Espaço

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Lei Processual Penal no Tempo
Nosso Código de Processo Penal (CPP) adota o sistema do isolamento dos atos processuais, também chamado de princípio do tempo rege o ato (tempus regit actum), conforme dispõe o seu artigo 2° “A lei processual penal aplicar-se-á desde logo, sem prejuízo da validade dos atos realizados sob a vigência da lei anterior”. Aqui, a aplicação da nova norma é imediata, diferentemente do que acontece no direito penal. Neste a aplicação se baseia na norma mais benéfica ao acusado, possuindo, portanto, características de extraatividade. No direito processual penal, portanto, não há que se falar em norma mais benigna, porquanto a aplicação é imediata, podendo ser tanto in bonam quanto in malam partem. 
Lei Processual Penal no Espaço 
Segundo a doutrina, o Código de Processo Penal, via de regra, é regido pelo princípio da territorialidade. Ou seja, a lei processual penal brasileira deve ser aplicada, via de regra, a todo crime praticado em nosso território soberano. Em caráter de exceção a lei processual penal possui atributos de extraterritorialidade. Nesse sentido, existem algumas exceções pontuais, nas quais poderá ser aplicada a lei processual penal brasileira em território diferente do nacional, são elas: Aplicação da lei processual penal brasileira em terra nullius; em outro país que autorize tal feito; em território ocupado durante uma guerra. Além disso, há hipóteses em que não será aplicado o CPP, são elas: nos tratados, as convenções e regras de direito internacional; as prerrogativas constitucionais do Presidente da República, dos ministros de Estado, nos crimes conexos com os do Presidente da República, e dos ministros do Supremo Tribunal Federal, nos crimes de responsabilidade; os processos da competência da Justiça Militar;