EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE

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UCAM – UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
ROZANE KARLA SILVA DE OLIVEIRA
EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE: BREVE HISTÓRICO DE UMA CONEXÃO ENTRE SERES HUMANOS E A NATUREZA.
POSSE – GOIÁS
2016
UCAM – UNIVERSIDADE CÂNDIDO MENDES
ROZANE KARLA SILVA DE OLIVEIRA
EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE: BREVE HISTÓRICO DE UMA CONEXÃO ENTRE SERES HUMANOS E A NATUREZA.
Artigo Científico apresentado à Universidade Cândido Mendes – UCAM como requisito parcial para obtenção do título de Especialista em Gestão de Recursos Humanos e Meio Ambiente.
POSSE - GOIÁS
2016
EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE: BREVE HISTÓRICO DE UMA CONEXÃO ENTRE SERES HUMANOS E A NATUREZA.
 Rozane Karla Silva de Oliveira[footnoteRef:1] [1: Formada em Tecnologia em Agropecuária pela Universidade Estadual de Goiás – Polo da cidade de Posse.] 
RESUMO
Mais além da simples causa do meio ambiente, a educação ambiental voltada para a sustentabilidade analisa um amplo conjunto de fatores que leva em consideração também, os indivíduos afetados pelas atividades e ameaças a comunidades sujeitas às consequências danosas das práticas invasivas ao meio ambiente. Assim deve-se também ter em mente que a educação ambiental voltada para a sustentabilidade tem que prever a redução da vulnerabilidade desses indivíduos. Este artigo científico tem como objetivo estabelecer a conexão entre Educação Ambiental e sustentabilidade como quesito principal para a discussão de manobras para a prática de educação no meio sustentável, através de pesquisas bibliográficas de diversos autores.
PALAVRAS-CHAVE: Meio ambiente. Educação Ambiental. Sustentabilidade.
Introdução
A questão ambiental vem sendo discutida em diversas reuniões ao longo dos tempos, como as conferências da Organização das Nações Unidas – ONU, ocorridas em Estocolmo (1972), Tbilisi (1977), Rio de Janeiro (1992), Thessaloniki (1997), Johannesburgo (2002). Nesse sentido, vale destacar a importância envolvendo a relação homem-natureza com temas de Educação Ambiental e Sustentabilidade em combate à degradação e preservação do Meio Ambiente.
De acordo com FOCESI (1998), parafraseando DIAS (1994), a Educação Ambiental, se caracteriza por incorporar as dimensões sociais, políticas, econômicas, culturais, ecológicas e éticas, o que significa que ao tratar de qualquer problema ambiental, podemos considerar todas as dimensões. Assim dizendo, a ideia do autor consiste em que ..."a maior parte dos problemas ambientais tem suas raízes na miséria, que por sua vez é gerada por políticas e problemas econômicos concentradores de riqueza e responsáveis pelo desemprego e degradação ambiental”. 
Falando-se em desenvolvimento, a sociedade atual tende a pensar num padrão de consumo e numa realidade que em sua concepção não traduz condições de promover a sustentabilidade dos sistemas, sejam eles locais ou em contexto global. Estudos e 
análises recentes apontam para caminhos contrários para ter o desenvolvimento que seja menos excludente e desigual, como economia popular, ações coletivas locais, economia solidária (RAMOS & RAMOS, 2008). Os espaços de interações sociais são propícios ao engajamento e a concepção de ações coletivas. Neste sentido, o ambiente escolar se revela como um centro de atividades e relações que devem ser estimuladas para ações emancipatórias das amarras do capitalismo e do consumo. Para um desenvolvimento de inclusão, o homem precisa, no entanto, da garantia de seu sustento que se traduz pelo trabalho e pelos direitos humanos básicos tais como saúde, educação, moradia. Mais além da simples causa do meio ambiente, a educação ambiental voltada para a sustentabilidade analisa um amplo espectro de fatores que leva em consideração também os indivíduos afetados pelas atividades e ameaças a comunidades sujeitas às consequências danosas das práticas invasivas. Assim deve-se também ter em mente que a educação ambiental voltada para a sustentabilidade tem que prever a redução da vulnerabilidade desses indivíduos.
Conforme ROOS & BECKER,
A Educação Ambiental pode ser entendida como uma metodologia em conjunto, onde cada pessoa pode assumir e adquirir o papel de membro principal do processo de ensino/aprendizagem a ser desenvolvido, desde que cada pessoa ou grupo seja agente ativamente participativo na análise de cada um dos problemas ambientais diagnosticados e com isso, buscando soluções, resultados e inclusive preparando outros cidadãos como agentes transformadores, por meio do desenvolvimento de habilidades e competências e pela formação de atitudes, através de uma conduta ética, condizentes ao exercício da cidadania. (ROOS&BECKER, 2012).
Nessa perspectiva, podemos entender que o processo de ensino/aprendizagem no âmbito da educação ambiental pode influenciar antecipadamente na busca por preservação do meio ambiente, sendo que cada indivíduo ou grupo tem participação efetiva nesse processo. Este artigo científico tem como objetivo estabelecer a conexão entre Educação Ambiental e sustentabilidade como quesito principal para a discussão de manobras para a prática de educação no meio sustentável, através de pesquisas bibliográficas de diversos autores.
Desenvolvimento
Segundo a Política Nacional de Educação Ambiental - Lei nº 9795/1999, no seu Art 1º. (Portal MMA), entende-se por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a coletividade constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sadia qualidade de vida e sua sustentabilidade. 
Entende-se que a Educação ambiental pode estar ligada diretamente com a sustentabilidade em seu conceito atual, no que tange a conservação da natureza pelo meio de vida sustentável. Já QUINTAS (2008), no Portal do Meio Ambiente, diz que “a Educação Ambiental deve proporcionar as condições para o desenvolvimento das capacidades necessárias; para que grupos sociais, em diferentes contextos socioambientais do país, intervenham de modo qualificado tanto na gestão do uso dos recursos ambientais quanto na concepção e aplicação de decisões que afetam a qualidade do ambiente, seja físico-natural ou construído, ou seja, educação ambiental como instrumento de participação e controle social na gestão ambiental pública”. Desse modo a educação ambiental está ligada diretamente ao meio de vida sustentável para que a interação entre homem – natureza seja reciprocamente viável, e possa ser ligada ao bom senso de uso dos recursos renováveis disponíveis. 
No que diz LIBANO & PEREIRA,
Do ponto de vista histórico no Brasil, a educação ambiental se fez tardiamente. Apesar da existência de registros de projetos e programas, desde a década de 70, efetivamente, em meados da década de 80, ela começa a ganhar dimensões públicas de grande relevância. (LIBANO&PEREIRA, 2008).
Contudo, no ano 1997 comemoraram-se duas décadas do estabelecimento das bases internacionais da educação ambiental, como hoje ela é entendida. No Brasil, neste intervalo, muito se fez: a educação ambiental tornou-se ponto de inclusão da Constituição Federal, foi e ainda é inspiração para pequenos e grandes eventos; transformando-se assim em programa de governo e até tornou-se tema dos Parâmetros Curriculares Nacionais. Tal conhecimento foi-se passando de geração para geração. Para CZAPSKI (2009), foi “um período recheado de novidades, que instigaram milhares de educadoras/es a participar de diferentes eventos, nacionais e internacionais. O crescente número de pessoas interessadas no tema era, aliás, uma das boas novas para quem, dez anos antes, ouvia comentários jocosos, dos próprios ambientalistas, sobre a dificuldade de ‘lotar uma kombi’ para mobilizações, nas quais os educadores ambientais exerciam importante papel”.
Desse modo não se pode pensar em Educação Ambiental sem estar relacionado com o desenvolvimento sustentável, conforme JACOBI (2003), “A preocupaçãocom o desenvolvimento sustentável representa a possibilidade de garantir mudanças sociopolíticas que não comprometam os sistemas ecológicos e sociais que sustentam as comunidades”. Ainda sobre o autor “Trata-se de promover o crescimento da consciência ambiental, expandindo a possibilidade de a população participar em um nível mais alto no processo decisório, como uma forma de fortalecer sua corresponsabilidade na fiscalização e no controle dos agentes de degradação ambiental.”
A respeito do papel da industrialização em relação da degradação ambiental também tem sido tema de discussão em salas de aula, que com a prática da Educação ambiental, podem ser trabalhadas para a melhoria e contribuição para tornar o meio ambiente menos vulnerável. Contudo, a responsabilidade pela garantia de uma industrialização limpa está dividida entre os governantes, na qualidade de reguladores e administradores da política econômica, os especialistas ambientais, como conhecedores da capacidade de suporte e recuperação do meio ambiente global, e o setor industrial, por ser a principal fonte de conhecimento tecnológico. 
Será necessário, contudo, o desenvolvimento de novas tecnologias, como diz Dias (2009) “para redimir os erros do passado, e obter uma nova forma de crescimento industrial livre de danos ambientais”.
CONCLUSÃO
Diante do exposto, o fato é que o homem ainda não tem a consciência de que o problema socioambiental enfrentado pela sociedade nos distancia cada vez mais de uma solução para a crise ambiental.
 É necessário que haja mudanças no modo de pensar das pessoas e essa mudança deve ser o foco do trabalho da educação ambiental, prática essa que deve ser inserida nas escolas para proporcionar melhorias futuras no que tange a preservação do meio ambiente juntamente com a instauração de uma sustentabilidade consciente. Sendo assim, trabalhando opiniões diferentes em cada ponto de vista, os alunos podem abordar temas solícitos de prática ambiental e levar para a vida do cotidiano um tema mais sustentável e à medida que as sociedades assumirem seu compromisso para com a sustentabilidade, as práticas que hoje são limitadas a poucos indivíduos, preocupados com o futuro, vão tornar-se universal.
REFERÊNCIAS
CONCEITOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL. PORTAL DO GOVERNO BRASILEIRO. Disponível em: http://www.mma.gov.br/educacao-ambiental/politica-de-educacao-ambiental Acesso em 10 mai. 2016.
CONCEITOS DE EDUCAÇÃO AMBIENTAL. PORTAL DO GOVERNO BRASILEIRO. Disponível em: http://www.mma.gov.br/educacao-ambiental/politica-de-educacao-ambiental Acesso em: 12 mai. 2016.
CZAPSKI, Silvia. OS DIFERENTES MATIZES DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL NO BRASIL 1997 – 2007. Disponível em: http://www.mma.gov.br/estruturas/educamb/_arquivos/dif_matizes.pdf Acesso em: 19 mai 2016.
DIAS, Reinaldo. GESTÃO AMBIENTAL: RESPONSABILIDADE SOCIAL E SUSTENTABILIDADE. São Paulo: Atlas, 2009.
FOCESI, Maria Cecília Pelicioni, EDUCAÇÃO AMBIENTAL, QUALIDADE DE VIDA E SUSTENTABILIDADE. Disponível em : http://www.scielo.br/pdf/sausoc/v7n2/03.pdf Acesso em: 10 mai. 2016.
JACOBI, Pedro. EDUCAÇÃO AMBIENTAL, CIDADANIA E SUSTENTABILIDADE. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/%0D/cp/n118/16834.pdf Acesso em: 19 maio 2016.
LIBANO, Rosemar Vilanova; Pereira, Vania Araújo. EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SUA IMPORTÂNCIA PARA A CONSERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE. Disponível em: http://www.abes-df.org.br/upload/artigo/2014_06_02/vania-rosemar.pdf Acesso: em 12 mai. 2016.
RAMOS, Margarete da Silva; Ramos, Ronaldo da Silva. EDUCAÇÃO AMBIENTAL E A CONSTRUÇÃO DA SUSTENTABILIDADE Pequenas escolas na construção da eco-responsabilidade local. Revista Visões 4ª Edição, Nº4, Volume 1 - Jan/Jun 2008. Disponível em: http://www.fsma.edu.br/visoes/ed04/4ed_Educacao_Margarete_Ronaldo.pdf Acesso em: 10 mai. 2016.
ROOS, Alana Becker; Elsbeth, Leia Spode. EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE. Disponível em: http://scholar.google.com.br/scholar_url?url=http://cascavel.ufsm.br/revistas/ojs-2.2.2/index.php/reget/article/download/4259/3035&hl=pt-BR&sa=X&scisig=AAGBfm2l-ZMuO5oQ8pV_x5aZvoVRBjvxYA&nossl=1&oi=scholarr&ved=0ahUKEwiUpJzSz83MAhVEhJAKHRO5DEIQgAMIHCgBMAA Acesso em: 10 mai. 2016.