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1 Comparação das técnicas manual e mecânica da drenagem linfática associadas a elevação do membro, bandagem elástica e exercícios metabólicos, em pacientes pós- mastectomizadas. Autores: Luiza Vasconcelos Martins Tingo1 Rony Ferreira Inácio2 RESUMO O objetivo geral do presente estudo foi comparar a efetividade das técnicas de drenagem linfática manual e mecânica associadas a elevação do membro, bandagem elástica e exercícios metabólicos, a fim de tratar o linfedema em pacientes pós-mastectomizadas. O câncer de mama tem apresentado altos índices de mortalidade nos últimos anos. O tratamento cirúrgico será indicado em casos de tumor sólido e localizado; e através do estadiamento clínico e do tipo histológico é que será escolhida o tipo de cirurgia realizada, podendo ser de forma conservadora, quando é retirado apenas um segmento afetado da mama, mantendo ao máximo sua estética, ou não conservadora, quando há a remoção total da mama, comprometendo a auto-imagem da mulher. Uma das principais complicações pós-mastectomia é o linfedema, que ocorre pela complicação no fluxo linfático, promovendo acúmulo de linfa nos espaços intersticiais. Seu prognóstico é bastante reservado e apresenta algumas causas como a falha no transporte da linfa, falha na proteólise extralinfática ou até alteração da carga linfática. A paciente que começa a desenvolver linfedema relata o membro pesado, dor aguda, sensibilidade alterada, aumento da temperatura do membro e outros sinais. E caso não haja o cuidado necessário, pode causar complicações como fibroedema, linfangites, erisipelas, úlceras, elefantíase e até problemas psicológicos devido a alterações na imagem corporal, causando complexo de inferioridade. Existem métodos que determinam a presença do linfedema como a perimetria ou a volumetria, podendo assim classificá-lo quanto sua intensidade ou quanto ao momento da instalação. Para controlar o linfedema pode ser utilizado técnicas como a drenagem linfática promovendo a drenagem dos líquidos para seu trajeto no sistema linfático. A drenagem linfática manual promoverá uma drenagem do líquido excedente no interstício, mantendo um equilíbrio hídrico no local. Contudo, há também a drenagem linfática por bomba de compressão intermitente, que consiste em câmaras que envolvem o membro edemaciado, onde insufla comprimindo e descomprimindo o membro, auxiliando na drenagem linfática. Tendo como diferença da drenagem linfática manual o fato de não favorecer a evacuação dos fluidos, podendo congestioná-los, pode traumatizar vasos linfáticos superficiais, pode levar a formação de linfedemas em regiões adjacentes e retira somente os líquidos, deixando o conteúdo protéico no interstício, piorando a fibrose e o prognóstico da extremidade. Além das técnicas citadas a associação de procedimentos como bandagens, exercícios metabólicos e elevação do membro se tornam indispensáveis para que o resultado seja favorável. 1 Fisioterapeuta Faculdade Estácio de Sá de Campo Grande -MS 2 Prof° Especialista Curso de Fisioterapia Faculdade Estácio de Sá de Campo Grande - MS 2 Palavras Chaves: Câncer de mama; Linfedema; Drenagem linfática. ABSTRACT The breast cancer has showed high rates of mortality at the last years. The surgical treatment is indicated in cases of solid and located tumor; and the type of the surgery to be undertaken will be chosen by the clinical state and the hystological type, which may be in a conservative way, when it is taken just one affected segment of the breast, maintaining the maximum its esthetic, or non-conservative way, when there is total breast removal, involving the woman auto-image. One of the main post-mastectomy complications is the lymphoedema which occurs by the complication of the lymphatic flux, promoting lymph accumulation at the interstitial spaces. Its prognosis is quite a lot restricted and it shows some causes as the fault at the lymph transportation, fault at the extra-lymphatic proteolysis or even at lymphatic load alteration. The patient who begins to develop the lymphoedema gives an account of heavy limb, sharp pain, altered sensibility, increase of the limb temperature and other signs. And in case there is not the necessary care, it can cause complications as fibroedema, lymphangitis, erysipelas, ulcers, elephantiasi and even inferiority complex. There are methods which determine the presence of the lymphoedema as the perimetry and the volumetry and can classify it as regards its intensity or the moment of installation. To control the lymphoedema, techniques can be used such as the lymphatic drainage promoting the drainage of the liquids to their course at the lymphatic system. The manual lymphatic drainage will promote a drainage of the excess liquid at the interstice, maintaining a hydric equilibrium at the local. However, there is also the lymphatic drainage by the intermittent compression bomb which consists in chambers that wrap the swollen limb, where it insufflates compressing and decompressing the limb, helping at the lymphatic drainage. As it has a difference from the manual lymphatic drainage, the fact of not benefiting the fluids evacuation and with the possibility of congesting them , it can damage the superficial lymphatic vases, it can get to the formation of lymphoedemas in the proximal areas, and getting only the liquids, leaving the protein content at the interstice, getting worse the fybrose and the prognosis of the extremity. Beyond the mentioned techniques, the association of the procedures as bandages, metabolic exercises and limb elevation becomes indispensable to get a favorable result. Key-words: Breast Cancer; Lymphoedema; Lymphatic Drainage. Introdução. No Brasil, o câncer de mama é que mais causa mortes entre as mulheres. E dos 467.440 novos casos de câncer com previsão de serem diagnosticados em 2005, o câncer de mama foi o 2º mais incidente entre a população feminina, sendo responsável por 49.470 novos casos (INCA, 2005). Sendo uma das principais complicações pós-mastectomia (cirurgia para a retirada do tumor), o linfedema, causado por um distúrbio do sistema linfático que leva a um aumento de volume de segmentos corpóreos, pode ocasionar um processo inflamatório crônico e com 3 fibrose, que se não tratado pode progredir para um linfangiossarcoma. Para isso, pode-se utilizar intervenções que possuem boa efetividade terapêutica como o uso de bandagens elásticas, a realização da drenagem linfática manual e aparelhos de compressão pneumática, além de outras técnicas que podem estar associadas, por exemplo, exercícios metabólicos, elevação do membro a fim de evitar possíveis intercorrências, dentre eles o seroma, dor celulite (MARCUCCI, 2005). Sabendo que as técnicas acima citadas devem ser utilizadas conjuntamente, pois do contrario o resultado pode ser decepcionante, o presente estudo visou conhecer o método mais eficaz na drenagem do linfedema instalado em pacientes pós-mastectomizadas, através da comparação entre as técnicas manual e mecânica (compressão pneumática intermitente) da drenagem de linfedema. Referencial Teórico Linfedema O linfedema é a principal complicação pós-mastectomia. Isso pode ocorrer pela destruição dos canais de drenagem axilar, provocados pela cirurgia e/ou pelo tratamento que foi utilizado, como por exemplo, a radioterapia. Essa complicação do fluxo linfático causa um acúmulo excessivo de linfa nos espaços intersticiais, que se não for tratado pode causar complicações como fibrose (pelo acúmulo de proteína), tornando um local de desenvolvimento para linfangites e erisipelas, agravando ainda mais o sistema linfático (BERGMANN, 2004). O linfedema é uma enfermidade cuja evolução não permite esperar êxito de cura total, o que constitui um desafio para o especialista que deveestar consciente de que não poderá obter resultados definitivos. No entanto, quando se estabelece o tratamento correto nos estadiamentos iniciais, pode-se obter resultados bastante compensadores (CIUCCI e col., 2004). A sua instalação se dá após a exaustão de todos os artifícios de compensação, sendo eles: circulação colateral; dilatação linfática; neo-anastomoses linfo-linfáticas ou linfo- venosas; aumento da capacidade de transporte; e aumento de metabolismo celular, seja pela pinocitose ou proteólise (COSTA e col., 2003). 4 Segundo Batiston e Santiago, O linfedema foi observado em 29,4% das pacientes deste estudo. Não há consenso na literatura quanto à incidência dessa condição. Brennan, Depompolo e Gardem relatam que a incidência do linfedema varia de 5,5% a 80%; para Petrek e Heelan, essa incidência varia entre 15 e 20%; e Mondry acredita que 6 % a 30% das mulheres irão desenvolver um linfedema em algum momento de sua vida após a cirurgia para câncer de mama. Diante do exposto, é importante ressaltar que o linfedema é uma condição crônica e pode aparecer a qualquer momento após a dissecção axilar. Alguns fatores influenciam o aparecimento do linfedema, tais como extensão da abordagem cirúrgica axilar, infecções e a radioterapia (BATISTON E SANTIAGO, 2005, p. 33). Sinais e sintomas do linfedema O linfedema pode ocorrer em qualquer área do membro superior. Os sinais e sintomas do linfedema incluem: sensação de peso ou tensão no membro; dor aguda; alteração de sensibilidade; dor nas articulações; aumento da temperatura local com ausência de sinais flogísticos; extravasamento de líquido linfático (linfocistos); sinal de Steimer positivo (prega cutânea); edema em dorso de mão; papilomatoses dermatológicas; e alterações cutâneas como eczemas, micoses, queratosis, entre outras (MORTIMER, 1999; NLN, 1998; apud BERGMANN, 2000). Como afirmam Assunção e Mello, o linfedema de membro superior pós mastectomia acarreta inúmeras conseqüências, como a diminuição de força muscular e da amplitude de movimento das articulações envolvidas, além de desencadear queixas de tensão muscular, dor e aumento do peso do membro superior acometido. Estas alterações associadas à cronicidade do processo do linfedema pós mastectomia, faz com que exista grande potencial para o desenvolvimento de assimetrias posturais (BARAÚNA, e col, 2003). É importante considerar que a lesão linfática pode estar instalada em determinado momento, porém o surgimento do linfedema pode demorar algum tempo, inclusive anos. Isso ocorre porque os canais tissulares localizados no interstício, que são numerosos e muito finos, têm a capacidade de se transformar em plexos linfáticos, aumentando seu tamanho e evitando, assim, a estase linfática. Isso é o que chamamos de reserva linfática. Com o passar do tempo, as proteínas que se acumulam no tecido celular subcutâneo obstruem os plexos linfáticos, culminado na descompensação do sistema e no início da manifestação do edema linfático. (GUEDES NETO e col., 2004). Entre os critérios objetivos usados na determinação do linfedema, podemos citar: 5 Perimetria: a circunferência do membro é o método de maior utilização no diagnóstico de linfedema. Esta técnica inclui a medida da circunferência em tuberosidades ósseas (processo estilóide da ulna, olécrano, articulação metacarpofalangeana), ou a medida de segmentos eqüidistantes do braço. O membro contralateral é usado como controle (CASLEY-SMITH, 1994; GERBER, 1998; apud BERGMANN, 2000). Mensuração Volumétrica: é o modo mais acurado de avaliar o tamanho do membro. Para sua realização é necessário um volumímetro, no qual se compõe de um tanque especialmente projetado com uma calha para extravasamento. O membro que será avaliado é submerso no volumímetro, onde o mesmo deve ter sido previamente enchido até transbordar. Ao ser colocado todo o membro no recipiente, a água deslocada será coletada e medida em um cilindro graduado, registrando a quantidade de água em mililitros (O’SULLIVAN, 2004). Drenagem linfática no tratamento do linfedema pós-mastectomia Os resultados obtidos quanto ao linfedema, mostram que as mulheres que iniciam fisioterapia mais cedo (grupo 1) não apresentam linfedema. Contudo, as mulheres que tiveram uma intervenção mais tardia (grupos 2 e 3), apresentam um aumento progressivo dos valores dos perímetros do braço sendo o grupo 3 o que apresenta os valores mais elevados no início e no final do tratamento, refletindo este um grau de linfedema mais grave. Podendo assim chegar a conclusão de que existe uma correlação entre a evolução do linfedema e o início da fisioterapia, sendo este tanto mais grave, quanto mais tardia for a intervenção (entre o aumento dos perímetros do braço afetado e os anos de duração do linfedema). Verificou-se também, que quanto mais cedo o linfedema for detectado e tratado, melhor são os resultados do seu tratamento (PICARÓ e PERLOIRO, 2005). Para Camargo e Marx, citado em Acioly: As orientações fisioterapêuticas na fase ambulatorial devem ser iniciadas por recomendações gerais relacionadas ao local cirúrgico e ao membro ipsilateral, tais como: deve-se evitar verificar a pressão arterial, receber soro, tirar ou receber sangue ou aplicar injeções, vacinas ou acupuntura no membro superior ipsilateral a cirurgia, uma vez que estes procedimentos, devido as alterações promovidas pelo ato cirúrgico no sistema linfático desta região, facilitam o desencadeamento do linfedema; deve-se evitar exposição excessiva ao sol, sendo indicado o “banho de sol” apenas no início da manhã ou no final da tarde, visto que o aumento da temperatura promove uma vasodilatação periférica, estimulando uma maior ultrafiltração no interstício, porém não estimulando uma maior absorção linfática ou venosa, podendo resultar em complicações circulatórias; na higiene pessoal deve-se evitar o uso de água muito quente, para não promover uma vasodilatação periférica, 6 além de fazer uso, preferencialmente, de sabonete neutro, pois desta maneira previne-se as complicações linfáticas; entre outras, com o objetivo principal de auxiliar na eficácia da conduta fisioterapêutica adotada (CAMARGO E MARX, 2000, apud ACIOLY, 2003, p. 04). Drenagem linfática manual Redução e manutenção do volume do membro são os principais objetivos no tratamento do linfedema. As medidas terapêuticas utilizadas para a redução do edema são várias que podem ser empregadas individualmente ou em conjunto, dentre elas estão: elevação das extremidades, massagem manual, drenagem linfática manual, compressão pneumática intermitente, contenção elástica e uso de calor (PEREZ, 2003). A Drenagem Linfática Manual (DLM) é um dos principais componentes do tratamento do linfedema. Atualmente a drenagem linfática manual, realizada pelo fisioterapeuta, passou a ser bastante indicada pelos médicos angiologistas (GODOY e col., 2004). Conforme teorias de Ciucci e col., (2004), a DLM consiste em orientar o líquido do espaço intersticial para os centros de drenagem mediante manobras cinésicas especializadas denominadas “drenagem linfática manual”, estimulando as correntes derivativas do setor afetado, ou seja, essa compressão externa gerada irá promover um diferencial de pressão entre as extremidades podendo deslocar o fluido contido em um vaso linfático, promovendo uma redução da pressão no interior do vaso e, assim, facilitando a entrada do excesso de líquido contido no interstício para o interior do mesmo por diferença de pressão (GODOY e col., 2004). Segundo Winter (1973), apud Cunha e Bordinhonn (2004) as manobras de drenagem linfática exercem influência sobre algumas estruturas e funções biológicas, direta e indiretamente, tais como: Estimula a contração da musculatura lisa dos vasos linfáticos, aumenta a velocidade de transporte da linfa, aumenta a capacidade de processamento da linfa no interior dosgânglios linfáticos, melhora as condições de absorção intestinal, melhora a atuação do sistema nervoso vegetativo, aumenta a captação de oxigênio pelos tecidos, fornece a nutrição celular pelo maior aporte sangüíneo, fornece a eliminação dos produtos finais resultantes do metabolismo tecidual, aumenta a absorção dos nutrientes e princípios ativos através do trato digestivo, aumenta a quantidade de líquidos a serem eliminados (WINTER, 1973, apud CUNHA E BORDINHONN, 2004, p. 07). De acordo com Leduc (2000), apud Amaral, e col. (2004), a drenagem linfática é uma técnica que drena os líquidos excedentes que banham as células, mantendo, desta forma, o 7 equilíbrio hídrico dos espaços intersticiais, sendo responsável também pela evacuação dos dejetos provenientes do metabolismo celular. Atualmente a drenagem linfática manual está representada principalmente por duas técnicas: a de Leduc e a de Vodder. A diferença entre elas reside somente no local da aplicação (GUIRRO e GUIRRO, 2000). Segundo Leduc e Leduc: A drenagem linfática manual representada pela técnica de Leduc é baseada no trajeto dos coletores linfáticos e linfonodos, associando basicamente duas manobras: manobras de captação ou de reabsorção e manobras de evacuação ou de demanda. • Captação ou reabsorção – os dedos imprimem sucessivamente uma pressão, sendo levados por um movimento circular do punho. • Evacuação ou demanda – os dedos desenrolam-se a partir do indicador até o anular, tendo contato com a pele que é estirada no sentido proximal ao longo da manobra (LEDUC E LEDUC, 2000, p. 32). Conforme Kuhn, s/d, Gravena (2004), as manobras da terapia de Leduc são: • Drenagem dos gânglios linfáticos: é realizada através do contato direto dos dedos indicador e médio do terapeuta com a pele do paciente, posicionados sobre os linfonodos e vasos linfáticos de maneira perpendicular. É executada com pressão moderada e de forma rítmica, baseada no processo de evacuação. Movimentos circulares de 1 a 3 séries de repetição. • Manobras de círculos com dedos: movimentos circulares concêntricos, desloca-se com pressão e relaxamento, é realizado desde o dedo indicador até o mínimo. • Manobras de círculos com o polegar: semelhante ao anterior porem é realizado, somente com o polegar. • Movimentos combinados dedos e polegar podem trabalhar sobre a região infiltrada. • Pressão em Bracelete: indicada para grandes áreas, envolvendo todo o segmento. Pode ser feita uni ou bimanual de acordo com a necessidade. Conforme Guedes Neto (2003), é através de manobras que levamos a linfa de locais bloqueados para outros que não haja bloqueio linfático. Começando sempre pela região proximal (região ganglionar), ou seja, região axilar, quando houve sua preservação, caso contrário para região ganglionar mais adjacente como a região do grupo torácico e da região subclávia, conforme Bergmann (2000), assim preparamos a região esvaziando-as e ativando- as para receber a linfa drenada do membro superior afetado. 8 O mesmo autor afirma que esta linfa é drenada do antebraço para o braço e deste para axila (quando preservada), esvaziando-a novamente para receber a linfa das mãos. A drenagem linfática manual, cuidados de pele, compressão e exercícios metabólicos são componentes que funcionam conjuntamente e qualquer destas formas de tratamento aplicadas isoladamente tendem a produzir resultados decepcionantes (ANDRADE, 2003). Conforme Kuhn, s/d, “Leduc trabalha em caso de edemas com abordagem, se for um edema menos importante utiliza a drenagem linfática manual mais exercícios, e em casos de edema mais acentuado Drenagem linfática manual mais pressoterapia e bandagens”. O mesmo autor afirma que deve sempre trabalhar na zona sã ou infiltrada, de proximal para distal ou vice-versa, no caso de linfedema primeiro drena a raiz do membro. Ao realizarem um levantamento com um grupo de mastectomizadas por um período de dois anos, no qual as aplicações de fisioterapia ocorreram por vinte e quatro horas após a cirurgia, chegando à alta completa do paciente, Camargo e Marx demonstraram que a incidência do linfedema caiu em 12%. O método utilizado pelas autoras foi a linfoterapia. Esse método consiste na combinação de drenagem linfática manual, bandagens compressivas, exercícios terapêuticos e contenções elásticas (JALES E FALCÃO, 2003). Drenagem linfática por bomba de compressão intermitente A compressão pneumática intermitente é realizada por um aparelho que insufla uma manga que envolve o membro edemaciado. É recomendado que seja utilizado a pressão de distal para proximal decrescente, sendo que as pressões exercidas não devem superar 40 mm Hg. Acima deste valor ocorre a compressão das vias venosas responsáveis pela drenagem do líquido excedente (MARCUCCI, 2005). Segundo Machado e Pinto Júnior (2003), a mesma técnica citada acima é formada por câmaras no qual tem como objetivo a remoção ou quebra da densidade do linfedema. As câmaras podem ser únicas ou múltiplas, conectadas a um sistema compressor de ar, o qual realiza a compressão e descompressão em um intervalo de tempo. Quando todas as câmaras se enchem a unidade inflável é esvaziada, enchendo depois novamente; durante todo esse ciclo é gerada uma onda de pressão que atua como uma massagem, auxiliando na drenagem linfática (ANGIOTRON, 2005). 9 O ANGIOTRON (bomba de compressão intermitente) permite uma regulagem eletrônica independente de pressão, proporcionando diferentes gradientes de pressão entre os segmentos distais e proximais do membro (ANGIOTRON, 2005). Pressões elevadas (> 60 mm Hg) por períodos prolongados de tempo (> 30 minutos) podem lesar o sistema linfático. A pressão é seguida de descompressão e assim sucessivamente em ciclo de compressão e descompressão. Na prática a compressão utilizada é de baixa pressão (< 60mmHg) por um período de até 30 minutos, juntamente à terapia física complexa, como início de sessão para “amolecer” o linfedema a ser tratado (MACHADO E PINTO JÚNIOR, 2003). A pressoterapia utiliza, portanto, uma pressão suave e um tempo de repouso suficientemente significativo entre dois ciclos de compressão para dar tempo para que as veias se encham novamente. Esta terapia já foi muito utilizada, entretanto, atualmente, sendo sua indicação muito restrita (LEDUC E LEDUC, 2000). Conforme Casley-Smith (1995); Lerner (1998); Rockson (1998); apud Bergmann (2000), o uso exclusivo da bomba pneumática deve ser evitado. Entretanto, mesmo seguindo esses princípios, vários autores condenam o seu uso por diversas razões: o bombeamento não favorece a evacuação dos fluidos na região superior do membro afetado, e sim a congestiona; não é indicada no tratamento do linfedema na fase II e III, devido à presença de fibrose e cicatriz tecidual; traumatizam e danificam os vasos linfáticos superficiais, favorecendo a formação de fibroses linfáticas; pode levar a formação de linfedema nas regiões adjacentes; caso não haja uma compressão do membro entre as sessões, o edema retorna de forma mais acentuada; pode provocar fístulas na conexão proximal da bomba, favorecendo a entrada de bactérias, provocando processos inflamatórios e infecciosos. Os resultados de estudos que usam as bombas pneumáticas são discutíveis, uma vez que possuem erros metodológicos e não apresentam efeitos em longo prazo. A divulgação dos problemas causados pelo seu uso equivocado deve ser propagada, a fim de obtermos melhores resultados no tratamento do linfedema. Esta técnica é bastante criticada porque retira somente os líquidos, o que leva ao aumento do conteúdo protéico do interstício e piora da fibrose e do prognóstico da extremidade. Também pode haver aumento do edema nas porções mais proximais da extremidade, levando à formação de anel fibroso que pode levar progressivamente à piora do 10 edema distal. Por isso afirmam que a mesma técnica, de formaisolada, não produz resultados permanentes (MACHADO E PINTO JÚNIOR, 2003; PEREZ, 2003). Os mesmos autores citados acima afirmam que a drenagem linfática por bomba de compressão intermitente produz os seguintes efeitos: • Redução do edema pelo aumento do fluxo linfático – que ocorre pelo aumento da pressão intersticial, favorecendo a entrada de líquidos e proteínas para dentro dos capilares linfáticos e pela compressão radial dos vasos linfáticos, favorecendo seu escoamento; • Aumento do fluxo venoso – como conseqüência do aumento da pressão intersticial, ocorre também aumento da pressão hidrostática, favorecendo a entrada de líquido nos capilares venosos. A compressão radial atua em toda extensão do membro, favorecendo seu escoamento sangüíneo; • Deslocamento proximal dos fluidos - caso haja alguma obstrução ou lesão de linfáticos, o líquido é levado para áreas onde haja linfáticos normais, que possam absorver o líquido que se encontra no espaço intersticial. Segundo Leduc e Leduc (2000), a pressoterapia atua sobre as massas líquidas intersticiais – facilitando a reabsorção pela via venosa – rechaçando-as para a circulação central. Ela age muito pouco sobre o retorno das proteínas ao interior dos vasos linfáticos. Além da drenagem linfática manual ou por compressão pneumática intermitente, a associação de procedimentos como bandagens, exercícios metabólicos e elevações, devem fazer parte da abordagem do linfedema (GUEDES NETO, 2003). Técnicas associadas O edema linfático pode ser controlado por meio da terapia física complexa (TFC), que fará com que o membro afetado retorne às medidas próximas às que tinha antes da descompensação, porém nunca mais idênticas. O período de remissão dessa doença vai depender da etiologia do linfedema, do grau de comprometimento linfático, do tamanho inicial do edema a ser tratado, do controle dos fatores agressores ao sistema linfático, da obesidade, de doenças associadas, da atividade física do paciente e dos hábitos alimentares. É importante que o paciente seja bem orientado pelo fato de que, embora não haja uma cura propriamente dita dessa doença em relação à diminuição do edema, o tratamento com TFC 11 deve ser feito para evitar as complicações secundárias do linfedema (GUEDES NETO e col., 2004). A terapia física complexa aplicada aos pacientes inspira-se nas técnicas de Földi. Elas consistem em orientar o líquido do espaço intersticial para os centros de drenagem mediante manobras cinésicas especializadas denominadas “drenagem linfática manual”, estimulando as correntes derivativas do setor afetado. Também, aplica-se uma bandagem multiextrato e indica-se a realização de exercícios metabólicos personalizados. Tão logo o paciente deixe a bandagem, indicam-se meias ou mangas elásticas de compressão graduada para o tratamento de manutenção. Em caso de edemas mais acentuados, Leduc trabalha com drenagem linfática manual, pressoterapia e bandagens (CIUCCI, e col., 2004; KUHN, s/d). O enfaixamento compressivo é de extrema importância durante a primeira fase do tratamento do linfedema, pois ao promover um suporte externo na pele, leva a um aumento da pressão intersticial com redução da ultrafiltração, melhora a eficácia do bombeamento muscular levando a um aumento do fluxo venoso e linfático e não permite o refluxo causado pela insuficiência valvular. São contra-indicados na existência de infecções, arteriopatia, grandes alterações de sensibilidade e na hipertensão arterial grave. O enfaixamento é mantido até a próxima sessão fisioterápica. Na segunda fase de tratamento, o enfaixamento é substituído pelo uso de contenção elástica (braçadeiras / luvas), preferencialmente feita sob medida, devendo seu uso ser constante (BERGMANN, 2000; O’SULLIVAN, 2004). A contenção por bandagens é realizada através de faixas inelásticas ou meias de alta compressão que tem como objetivo manter o ganho obtido na drenagem linfática manual e/ou na compressão pneumática intermitente. A contenção é elástica e atua de maneira a manter o resultado obtido. Esta prática tem por objetivo a contenção do edema. Sendo utilizada dia e noite, ela serve para aumentar a pressão tissular (LEDUC E LEDUC, 2000). A contenção por bandagens é feita manualmente de distal para proximal, com auxílio de faixas elásticas medidas e ajustadas individualmente. Os procedimentos são realizados com os membros elevados para facilitar o retorno linfático e venoso. Sendo que entre uma sessão e outra o paciente deve ser mantido com o uso da contenção inelástica ou uso de meias elásticas de alta compressão, com o propósito de manter o ganho da redução volumétrica do membro na drenagem linfática manual (MACHADO E PINTO JÚNIOR, 2003). Elevação do membro é eficaz somente nos linfedemas iniciais (fase I). Nos outros casos não apresenta resultado e causa inconveniência aos pacientes. A elevação pode ser 12 utilizada eventualmente como adjuvante, mas não é considerada essencial no tratamento do linfedema (BRENNAN, 1998; CASLEY-SMITH, 1995; SWEDBORG, 1993; apud BERGMANN, 2000). Segundo Perez (2003), a técnica citada acima tem atuação na diminuição da ação da gravidade, produzindo uma redução máxima do volume entre dois a cinco dias de repouso continuado no leito. A prescrição de exercícios metabólicos visa à ativação da atividade muscular e à recuperação da amplitude de movimento articular (ANDRADE, 2003). MATERIAIS E MÉTODOS A pesquisa desenvolvida caracterizou-se como sendo um estudo bibliográfico comparativo em relação aos autores pesquisados sobre a eficácia dos tratamentos que têm como objetivo a redução do linfedema no pós-operatório de mastectomia. O presente estudo ocorreu no período de janeiro a junho de 2006, na Faculdade Estácio de Sá de Campo Grande – MS, onde foram pesquisados autores que abordassem o tema em questão com a finalidade de se comprovar qual técnica de drenagem linfática teria uma melhor efetividade na drenagem do linfedema pós-mastectomia. Foram utilizados livros, artigos científicos, sites disponíveis na internet que abordassem as drenagens linfáticas manual, conforme teorias de Leduc e Leduc, 2000, e por bomba de compressão pneumática intermitente, obtendo-se por fim uma comparação da eficácia das técnicas. O trabalho desenvolvido terá como público alvo os pacientes que sofreram intervenção através de uma das duas técnicas de drenagem linfática para tratamento do linfedema pós-mastectomia. DISCUSSÃO E ANÁLISE DOS DADOS Como já citado por Pícaro e Perloiro (2005), o linfedema quanto mais cedo for detectado e tratado, melhor será o resultado do seu tratamento. Por isso a importância de orientações durante a fase ambulatorial, para mostrar que devido a algumas alterações promovidas pelo ato cirúrgico no sistema linfático da região, há uma grande facilidade para o desenvolvimento do linfedema. 13 No ano de 2005, na Clínica de Fisioterapia Lucia Alves / Clínica de Estética Aplicada, em Fortaleza – CE, foi realizado um estudo com o objetivo de avaliar os efeitos da técnica de drenagem linfática manual com a drenagem linfática mecânica em pacientes submetidas a abdominoplastia-dermolipectomia. Onde evidenciaram que o edema foi reduzido em todas as pacientes nos dois grupos de intervenção como demonstrado pela análise da perimetria. Em todos os casos houve uma maior redução para o grupo tratado com a drenagem linfática manual, o que indica uma tendência desta a se mostrar mais eficiente na redução do edema, pela maior eliminação de líquidos induzida pela drenagem manual (SOARES, e col., 2005). O resultado obtido na Clínica de Fisioterapia Lucia Alves, em Fortaleza – CE, pode ser confirmado pelas afirmações de Cunha e Bordinhonn (2004), e Amaral (2004), que comprovaram quando disseram que as manobras da drenagem linfática manual exercem influência sobre algumasestruturas e funções biológicas, como estimular a contração da musculatura lisa dos vasos linfáticos, aumentar a velocidade do transporte da linfa, aumentar a capacidade de processamento da linfa no interior dos gânglios linfáticos, eliminar os produtos finais do metabolismo tecidual, bem como manter um equilíbrio hídrico no local. Em um estudo realizado na clínica de fisioterapia em Paraíso do Norte/PR, em 2003, foram avaliados dez indivíduos do sexo feminino, com idade entre 35 a 45 anos, com o objetivo de comparar as técnicas de drenagem linfática manual e a eletrônica visando a efetividade na diurese em mulheres. Onde chegaram a conclusão de que a drenagem linfática manual teve um resultado mais satisfatório em comparação com a drenagem linfática eletrônica, apesar das variações individuais encontradas, como quantidade de líquido ingerido, estilo de vida, alimentação, etc. Pode-se entender através dos dados obtidos que há necessidade de um estímulo mais rápido em drenagem linfática eletrônica para que ocorra a contração e se obtenha um resultado mais efetivo. (GUELFI e SIMÕES, 2003). A drenagem por bomba de compressão intermitente, como já citado em Angiotron (2005), gera uma pressão para auxiliar na drenagem, tendo a possibilidade de proporcionar diferentes gradientes de pressão entre os segmentos distais e proximais do membro. Porém, segundo Leduc e Leduc, esta técnica atualmente está sendo muito restrita devido a algumas conseqüências fisiológicas que ela pode vir a causar. Bergmann (2000), cita alguns fatores pelos quais a técnica está sendo pouco defendida, como o fato de poder congestionar os fluídos na região superior do membro afetado, porque favorece a formação de 14 fibroses linfáticas devido a traumas nos vasos linfáticos superficiais, caso não haja a utilização de uma compressão do membro após a sessão, a chance de reincidiva no local é grande, podendo voltar até mais acentuado, além de não apresentar efeito a longo prazo. Reafirmando isto, Leduc e Leduc (2000), cita o fato de que a drenagem linfática por bomba de compressão intermitente ter muito pouco efeito sobre o retorno das proteínas ao interior dos vasos linfáticos, aumentando a probabilidade do aparecimento de fibrose e complicações diversas no local. Diante disto, fica evidente que a utilização da drenagem linfática por bomba de compressão intermitente promove resultado, porém com algumas possíveis conseqüências, podendo ser prejudiciais para a própria recuperação da paciente pós-mastectomizada. O contrário podemos dizer da drenagem linfática manual que não apresentou nenhuma evidência que age contra seus efeitos, permanecendo sempre com a humanização do toque, passando confiança e tranqüilidade à paciente. Acredita-se que para um melhor resultado no tratamento do linfedema é necessário o uso conjunto de algumas técnicas, que se utilizadas isoladamente tendem a produzir resultados não satisfatórios. Por isso a importância de associar às drenagens linfáticas, seja manual ou mecânica, a técnicas como enfaixamento compressivo, realização de exercícios metabólicos e até elevação do membro. Tudo isso para manter o ganho da redução volumétrica no mesmo. Andrade (2003), confirma isso em seu estudo afirmando que a drenagem linfática manual, cuidados de pele, compressão e exercícios metabólicos só produzem um resultado eficaz quando utilizados em conjunto, caso contrário, qualquer destas formas de tratamento aplicadas isoladamente produzirão resultados decepcionantes. CONCLUSÃO Sabendo que o linfedema é a principal complicação pós-mastectomia e que ainda desafia os especialistas quanto sua cura, verificou-se que um tratamento que obteve melhores resultados foi a associação de drenagem linfática manual, bandagem elástica, exercícios metabólicos e elevação do membro. O uso de drenagem por bomba de compressão intermitente é indicado apenas como complementação do tratamento, pois quando utilizado como técnica principal para drenar o 15 linfedema, seus resultados são insatisfatórios e, além disso, podem gerar conseqüências que levam à piora do prognóstico da paciente. Diante dos relatos demonstrados nos artigos pesquisados, ficou comprovado que a drenagem linfática por bomba de compressão intermitente produz efeitos que não são satisfatórios, já que não drena totalmente o líquido excedente do espaço intersticial, deixando o conteúdo protéico no local, trazendo como conseqüência a formação de fibrose e, conseqüentemente, linfangites e erisipelas, dentre outras complicações como o aumento do edema em porções mais proximais da extremidade e danos aos vasos linfáticos superficiais. Com isso, concluo afirmando a eficácia da drenagem linfática manual, associada a elevação do membro, exercícios metabólicos e contenção elástica, já que nos artigos pesquisados não houve nenhuma evidência abordando complicações após sua realização. Haja vista que a técnica mantém a humanização através do toque, aumentando a confiança entre paciente e terapeuta, facilitando ainda mais a evolução do tratamento, proporcionando assim uma maior independência funcional e um retorno às AVD’s da paciente. REFERÊNCIAS ACIOLY, M.C.A.C.S. Carcinoma Mamário: Orientações Fisioterapêuticas na Fase Ambulatorial. 2003. Disponível em: <http://www.santafisio.com/trabalhos/ver.asp?codigo=177>. Acesso em: 25 de abril de 2006. AMARAL, Gisele Maria Garib; SATO, Gislaine Akemi; SIMÕES, Naudimar Di Pietro. Drenagem linfática: uma revisão bibliográfica. IBRATE - Instituto Brasileiro de Terapias e Ensino, 2004. Disponível em: < http://www.ibratescola.com.br/artigos/artigodrenagemlinfatica2.php >. Acesso em: 25 de abril de 2006. ANDRADE, M.F.C. Linfedema. In: In: PITTA, G.B.B.; CASTRO, A.A.; BURIHAN, E., editores. Angiologia e cirurgia vascular: guia ilustrado. Maceió: UNCISAL/ECMAL & LAVA; 2003. Disponível em: <http://www.lava.med.br/livro >. 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