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Prova de Direitos dos Contratos e do Consumidor- Ulbra Gravatai

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1) Joana proprietária de uma loja de roupas, contratou com a Indústria de Confecção X, a confecção de 20 casacos, modelos por ela desenhado, para vender na sua loja. Recebida a mercadoria e já procedendo com vendas, Joana deparou-se com idênticos casacos sendo vendidos por outra loja na cidade, fabricados pela mesma indústria. 
Analise esta situação à luz dos princípios que regem os contratos, identificando quais podem estar infringidos pela Indústria de Confecção X, explicando-os.
Resposta
 Joana pediu a confecção de  20 casacos  para serem vendidos  na loja dela, visto ter desenhado é criado o modelo.  Sendo assim a indústria esta infringindo o princípio da boa fé e o princípio da obrigatoriedade, embora o artº 422 C.C  mencione a obrigatoriedade de se guardar o princípio da boa-fé na conclusão e execução do contrato, frisa-se que tal princípio também deve ser observado na fase pré-contratual. Tal exigência é necessária porque nem sempre há equilíbrio contratual. A boa-fé objetiva deve ser observada pelas partes na fase de negociações preliminares e após a execução do contrato, quando tal exigência decorrer da natureza do contrato.
O princípio da boa-fé em sua linguagem não deve prevalecer sobre a verdadeira intenção dos contratantes bem como deve haver lealdade e cooperação entre os contratantes para que cada um possa cumprir com o que dele se espera na relação. Há que se observar os procedimentos éticos médios na relação contratual. Fala-se atualmente em princípio da boa-fé objetiva, sobretudo no que diz respeito às relações de consumo.
2) Carla comprou uma máquina bastante complexa para sua indústria, com prazo de garantia de um ano dado pelo fabricante. A montagem da máquina está inserida no contrato como obrigação do fabricante. As peças da máquina chegaram no dia 01 de julho na empresa de Carla. Mas a montagem só foi efetivada no dia 06 de julho, findando no mesmo dia. A máquina entrou em funcionamento no dia seguinte produzindo corretamente o produto. Ocorre que, nesta semana, os produtos começaram a sair com defeito e, chamado o técnico responsável, verificou-se que há uma peça interna que apresentou defeito. Diante desta situação, responda os questionamentos abaixo:
a) É possivel identificar-se a presença de vícios redibitórios neste caso? Explique à luz dos seus requisitos.
b)Considerando-se que já ultrapassou o prazo decadencial para reclamação, Carla pode exigir providências do fabricante? Justifique.
Resposta
a) Sim  tem vícios redibitórios, ela pode exigir porque para vício redibiório é 30 dias para a constatação do defeito, pois de acordo com o artº 441 a coisa recebida em virtude de contrato comutativo pode ser enjeitada por vícios ou defeitos ocultos que a tornem imprópria ao uso a que é destinada, ou lhe diminuam o valor.
b)Carla não pode exigir providências ao fabricante de acordo com o artº 446 c.c, não correram os prazos do artigo antecedente na constância da cláusula de garantia, mas o adquirente deve denunciar o defeito ao alienante nos 30 dias seguinte ao seu descobrimento, sob pena de decadência.
3) A empresa XYZ adquiriu insumos para a produção de produtos, da empresa ABC. Os insumos vieram por transporte rodoviário, através da Transportadora PQR,  e com a obrigação da empresa XYZ pagá-lo. A empresa XYZ negou-se a pagar ofrete, alegando que não havia concordado com este aspecto do contrato. Por outro lado, a empresa ABC alega contra a empresa XYZ "estipulação em favor de terceiro". Analise a questão e explique se estão ou não presentes os requisitos para a "estipulação em favor de terceiro". 
Resposta
 Não estão presentes os requisitos para a estipulação de terceiro,  visto que a empresa XYZ havia se negado a pagar o frete mesmo tal aspecto presente em contrato,  desta forma não cumpriu com as obrigações de um contrato bilateral, em que uma parte executada em relação as de outra. Os requisitos necessários para que se tenha a estipulação  em favor de terceiro, são: estipulante capaz que irá alienar os próprios bens, agindo com o seu próprio nome para estipulação. O promeniente capaz que tem obrigatoriedade  diante do estipulante a realizar a prestação em favor de terceiro, sendo o terceiro determinado ou determinável, capaz ou incapaz e estipulação deve ser clara e evidente, não sendo direito absoluto , uma vez que pode ser revogada antes da aceitação do terceiro.

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