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RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO

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CAMPUS IGUATEMI SSA – BA
GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO II 
DETRAN - DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRÂNSITO DA BAHIA
SALVADOR 
2020
ELIVALDO JÚNIOR
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO II
DETRAN - DEPARTAMENTO ESTADUAL DE TRÂNSITO DA BAHIA
Relatório de Estágio Supervisionado II do Curso de Administração, como parte dos requisitos para a obtenção do certificado de conclusão do Ensino Superior.
Orientador
SALVADOR 
2020
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	4
2 APRESENTAÇÃO	5
2.1 MISSÃO	6
2.2 VISÃO	6
2.3 VALOR	6
2.4 ESTRUTURA BÁSICA DO DETRAN	6
2.5 LOCALIZAÇÃO	7
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA	8
4 TAREFAS REALIZADAS	13
4.1 EXPERIÊNCIAS ADQUIRIDAS	13
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS	14
REFERÊNCIAS	15
1 INTRODUÇÃO 
O estágio supervisionado visa oportunizar experiências profissionais aos acadêmicos, na busca da prática e outras técnicas aplicadas ao dia-a-dia, proporcionando concretizar momentos de experiências e de aprendizagem em situações reais de vida e trabalho, construídas por um ambiente prazeroso e enriquecedor, apoiado por meio de orientação de professor supervisor qualificado, permitindo a construção de novas ações com bases na busca do conhecimento. Devido à necessidade que o mercado de trabalho tem com os profissionais de administração, é que as empresas estão em busca de profissionais com um perfil empreendedor, capacitado a planejar e que estejam aptos a aplicar os seus conhecimentos na busca de soluções de problemas, a fim de obter um melhor resultado para a empresa ou organização.
Em Brasília no dia 07 de dezembro de 1977, regulamenta a lei nº 6.494, de 07 de dezembro de 1977, que dispõe sobre o estágio de estudantes de estabelecimentos de ensino superior e de ensino profissionalizante do 2º grau e supletivo, nos limites que especifica e dá outras providências. 
Este relatório de estágio foi desenvolvido no órgão do Departamento Estadual de Trânsito do Estado da Bahia. O estágio foi realizado na área da administração, onde aprendi as práticas administrativas, atender usuários, fornecendo e recebendo informações. Serão abordados todos os processos de aprendizagem pela qual eu passei, realizando as tarefas e acompanhando todos os tramites da área de atuação.
O objetivo deste relatório de estágio é mostrar de forma clara e objetiva o que realmente aprendi durante o meu período de estágio, unindo as informações necessárias para o aprendizado durante o curso e a prática durante o processo de estágio. 
A metodologia utilizada para a construção do relatório foram métodos dedutivos extraídos de materiais já publicados em livros, artigos, sites. 
Este trabalho estar estruturado da seguinte forma: na primeira seção foi feita uma breve introdução da importância do estádio pela construção da carreira profissional, na segunda seção foi feita uma breve apresentação com os princípios da instituição, já na terceira seção encontra-se uma pequena fundamentação teórica relatando origem da teoria da burocracia de Max Weber, na quarta seção relato as tarefas realizadas durante o estágio e na quinta seção finalizando com uma breve conclusão de como a experiência e o aprendizado é importante na vida do acadêmico.
2 APRESENTAÇÃO 
O DETRAN Departamento Estadual de Trânsito - antes de 1988, o trânsito no Tocantins (antigo Norte goiano) era administrado por meio de Circunscrições Regionais de Trânsito (Ciretrans), do governo de Goiás. No dia 5 de outubro de 1988, com a Constituição Cidadã, foi criada o Estado do Tocantins, quando, no primeiro governo tocantinense, de dois anos, foi criado o Departamento Estadual de Trânsito, ligado à Secretaria de Segurança Pública, e a sede ficava na antiga quadra Arne 12. E logo depois no meados de dezembro de 2002, mudou-se para a sede definitiva, que ocupa quase dez mil metros quadrados, distribuídos em cinco blocos distintos, amplos estacionamentos, galpões de vistoria e salas para a realização das provas eletrônicas. A obra, na época, foi orçada em quase R$ 4 milhões.
Os Departamentos Estaduais de Trânsito são os órgãos (havendo alguns estados que os tornaram autarquias) do Poder Executivo Estadual que fiscalizam o trânsito de veículos terrestres em suas respectivas jurisdições, no território Brasileiro. Entre suas atribuições estão à determinação das normas para formação e fiscalização de condutores. 
No território Brasileiro, os Departamentos Estaduais de Trânsito são responsáveis pela avaliação da capacidade física, mental e psicológica dos candidatos à obtenção da Carteira Nacional de Habilitação - CNH. A avaliação é feita pelos serviços médicos e psicológicos existentes nos Departamentos Estaduais de Trânsito (ou pelos seus credenciados).
Os Departamentos Estaduais de Trânsito também são responsáveis pelo credenciamento de fabricantes de placas e tarjetas na jurisdição de cada estado. Para o credenciamento as empresas devem demonstrar capacidade jurídica e técnica, além de regularidade fiscal e idoneidade financeira para a produção das placas e tarjetas em conformidade com as normas do Conselho Nacional de Trânsito - Contran e do Departamento Nacional de Trânsito - Denatran.
No Estado da Bahia o Departamento Estadual de Trânsito – Detran/BA, Autarquia na forma da Lei nº 3.650, de 19 de maio de 1978, reorganizada pela Lei nº 6.417, de 31 de agosto de 1992 e modificada pelas Leis nº 7.435, de 30 de dezembro de 1998, n° 9.436, de 23 de março de 2005 e nº 10.214, de 26 de junho de 2006, vinculada à Secretaria da Administração, com personalidade jurídica de direito público, autonomia administrativa e financeira e patrimônio próprio, com sede e foro na Cidade do Salvador, Estado da Bahia, e jurisdição em todo o território do Estado, reger-se-á por este Regimento, pelas normas regulamentares que adotar e demais disposições legais pertinentes.
2.1 MISSÃO
Prestar serviços de excelência no atendimento ao cidadão, implementando políticas públicas para um trânsito seguro e humanizado.
2.2 VISÃO
Ser reconhecido pela excelência dos serviços prestados e gestão eficiente dos recursos com valorização da vida e inclusão das pessoas.
2.3 VALOR
· Ética
· Transparência
· Responsabilidade Social e Ambiental
· Compromisso com a vida
· Efetividade
· Humanização
2.4 ESTRUTURA BÁSICA DO DETRAN 
I - Conselho de Administração; 
II - Diretoria Geral:
a) Coordenação de Planejamento e Gestão; 
b) Coordenação de Licitação; 
c) Coordenação de Auditoria e Controladoria; 
d) Coordenação de Segurança e Educação para o Trânsito; 
e) Coordenação de Atendimento e Articulação com as Unidades Descentralizadas; 
f) Procuradoria Jurídica; 
g) Assessoria de Comunicação Social; 
h) Ouvidoria;
i) Diretoria de Veículos, Administrativa e Financeira; 
j) Diretoria de Habilitação de Condutores; 
2.5 LOCALIZAÇÃO 
 
Departamento Estadual de Trânsito do Estado da Bahia - DETRAN BAHIA, Avenida Antônio Carlos Magalhães, 7744 - Iguatemi. CEP: 41.110-700 - Salvador - Bahia - Brasil Tel.: 71 3535-0888. 
O estágio foi realizado no Departamento Estadual de Trânsito do Estado da Bahia na repartição da diretoria de veículos no setor da CCRD (Coordenação, Cadastro e Registro de Documentos), responsável pela emissão de documentos - DUT (documento único de transferência) ou CRV (Certificado de Registro de Veículos) permitindo que o proprietário faça a transferência do veículo para outra pessoa.
3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
A Origem da Teoria da Burocracia de Max Weber é uma espécie de organização humana baseada na racionalidade, ou seja, os meios devem ser analisados e estabelecidos de maneira totalmente formal e impessoal, a fim de alcançarem os fins pretendidos.
Nas últimas décadas, no Brasil e no mundo, o termo burocracia adquiriu fortes conotações negativas. É popularmente usado para indicar a proliferação de normas e regulamentos que tornam ineficientes as organizações administrativas públicas, bem como corporações e empresas privadas. Mas, este conceito, em diferentes períodos históricos, já possuiu outros significados. (RENATO CANCIAN, 2016).
SegundoWaltter Júnior (2016), a burocracia como a conheceu tem suas origens vinculadas às alterações religiosas ocorridas após o Renascimento. Max Weber verificou que o sistema produtivo moderno, tipicamente racional e capitalista, teve como embrião o conjunto de normas morais da chamada “ética protestante”, que pregava o culto ao trabalho duro, poupança e aplicação de excedentes de produção. O grande crescimento pelo qual passaram as organizações do período de Weber fez com que a Teoria Clássica e a das Relações Humanas não fossem mais capazes de suprir suas necessidades. Era imperioso que algo fornecesse mais formalidade, impessoalidade e eficiência ao processo. 
A concepção de burocracia tem sido amplamente estudada em diversas áreas do conhecimento (MERTON, 1952; LAPASSADE, 1977). 
Conforme Francis Kanashiro (2011) é inegável que a grande contribuição sobre o tema tenha sido realizada por Max Weber (1982), base para vários outros pesquisadores de diversas correntes epistemológicas. Como objeto de estudo nas ciências sociais (sociologia, ciência política, direito, administração), as pesquisas sobre a burocracia resultaram em vários e diferentes entendimentos, como por exemplo: como organização como categoria social ou como poder político. Na área de estudos organizacionais não tem sido diferente, dada sua característica multidisciplinar.
Para Max Weber o "objeto da sociologia é a captação de sentido da ação humana, à medida que o conhecimento de um fenômeno social implica a extração do conteúdo simbólico da ação que o configura" (Faria, 1983, pág. 23). 
Para explicar os processos particulares "Weber propõe a utilização dos chamados 'tipos ideais', que representam o primeiro nível de generalização de conceitos abstratos" (FARIA, 1983, PÁG. 23). 
É com base neste método que Weber analisa o fenômeno da burocracia (WEBER, 1974; 1982; 1989).
Em Conformidade com (Weber, 1982, pág. 249), Weber analisa o processo de racionalização da sociedade na passagem da Idade Média para a Idade Moderna. O desencantamento do mundo, baseado no cálculo utilitário de consequências, substitui a mediação das relações sociais que antes estavam baseadas na tradição e no carisma. Uma racionalidade instrumental-legal se institui e modifica as relações na sociedade, fazendo com que a burocracia moderna se consolide como razão materializada desse processo histórico. Para chegar a essa compreensão, Max Weber analisou a burocracia do sistema de produção asiático e de outras sociedades deslocadas e dentro de seu tempo histórico. Entretanto, as características da burocracia moderna são próprias de uma racionalização estabelecida dentro do sistema capitalista de produção. Dessa forma, mesmo em Weber, a burocracia, quando analisada isoladamente, ou seja, como fenômeno atemporal, perde sentido, pois é por meio da racionalidade oriunda de um modo de produção específico que uma estrutura se ergue e se instaura. A vantagem técnica da organização burocrática no capitalismo é a superioridade puramente técnica sobre qualquer outra forma de organização. O mecanismo burocrático plenamente desenvolvido compara-se às outras organizações exatamente da mesma forma pela qual a máquina se compara aos modos não mecânicos de produção. 
Assim, a burocracia como poder só pode ser compreendida "na medida em que analisamos a sua história" (PRESTES MOTTA, 1981, PÁG. 12). 
O processo de burocratização no contexto do sistema de produção capitalista é um fenômeno universal e, como tal, é parte de um sistema antagônico próprio do sistema de capital. A burocracia é um instrumento da classe dominante que impõe sua ascendência sobre as demais classes. Essa dominação é feita pelas organizações (empresas, escola, partidos, sindicatos e outros) e pelo Estado, por meio do estabelecimento de um modo de vida específico, de acordo com os interesses do capital.
Prestes Motta (1981, pág. 13), o "modo burocrático de pensar leva o homem ao vazio e à luta por pequenas posições na hierarquia social de prestígio e consumo". Levando-se em consideração a história, outro fato importante é que a da burocracia é a história do afastamento entre trabalho manual e trabalho intelectual, cuja separação entre os que pensam e os que executam estabelecem uma relação hierárquica bem definida, adequada aos interesses do capital. Para tanto, as operações no trabalho são isoladas em parcelas que, posteriormente, são aprimoradas, classificadas e agrupadas, obedecendo à lógica da separação entre concepção e execução. A partir disso, Prestes Motta considera que se cria uma nova lógica para o processo de qualificação dos trabalhadores, passando o trabalhador coletivo a desempenhar atividades sistematizadas, racionalizadas e previsíveis, cujo controle não detém mais. Dessa forma, uma nova cooperação é estabelecida de acordo com os interesses do capital.
Tudo isso ocorre por causa da eficiência, responsável por aumentar a produção da mais-valia e, consequentemente, de aumentar a taxa de lucro. Concentra, ainda, o "poder de decisão", já que o novo agrupamento retira da maioria tal poder por meio da expropriação do planejamento, da criatividade e do conhecimento amplo e integral.
Tudo isso se faz sob o comando das funções diretivas, que coordenam o processo. [...] É por essa razão que as técnicas de organização, que começam a ser necessárias com a divisão do trabalho, são técnicas capitalistas, que visam ao aumento da mais-valia. Racionalizar o trabalho significa aumentar a mais-valia relativa, isto é, a mais-valia que se obtém com a intensificação do trabalho (PRESTES MOTTA, 1981, PÁG. 20-21).
A unidade de poder da burocracia é a organização, representada principalmente pela empresa capitalista. A integração dessa unidade é feita pelo Estado, que desempenha papel fundamental para manter a concentração de poder. Assim, a empresa burocrática pressupõe, para Prestes Motta, o Estado burocrático responsável por manter a ordem e o controle social. O Estado aparece dessa forma como uma organização burocrática fundamental, consolidando uma elite política normalmente associada à classe dominante e criando, além disso, um corpo de funcionários hierarquicamente organizados para se ocuparem da administração. Procura-se manter, com essa organização, a ordem interna, além de proteger o Estado constituído das ameaças externas. Essa organização estatal burocrática utiliza-se do seu poder disciplinador, de políticas que promovam consenso social e, também, o monopólio da violência, visando manter a própria burocracia.
Utilizando a categoria weberiana, Prestes Motta afirma que o poder do Estado e da burocracia em geral está associado principalmente a uma forma específica de dominação: a racional-legal. Estabelece-se uma acreditação em relação às leis e à ordem legal, cujos principais instrumentos de controle, dentro de uma estrutura social específica, se constituem nas próprias regras, que necessitam de caráter impessoal para serem aceitas pela coletividade.
Conforme Prestes Motta e Bresser-Pereira (1980):
Em um estudo específico sobre a organização burocrática, indicam que essa organização é o tipo de sistema social dominante nas sociedades modernas e, como tal, trata-se de uma estratégia de administração e de dominação. Na mesma linha argumentativa de Poulantzas (1977), Prestes Motta e Bresser-Pereira argumentam que a burocracia pode se constituir em um grupo ou uma classe social. Além disso, é também uma forma de poder que se estrutura por meio das organizações burocráticas.
Outra característica da burocracia é que ela é controle. De acordo com Prestes Motta (1981, pág. 33), "as organizações burocráticas estão veiculadas à estrutura social. Elas reproduzem uma estrutura social característica de uma formação social. Essa reprodução significa uma recriação ampliada das condições de produção em uma dada sociedade, em um dado sistema econômico". Como consequência, reproduzem-se também as classes sociais dessa mesma estrutura. Sem embargo, na organização do trabalho, a especialização das tarefas faz com que o trabalhadordomine de forma insignificante o processo produtivo, permitindo ao capitalista controlar o produto final. Assim, o expediente de controle do produto passa a ser do capitalista, e o trabalhador vende sua força de trabalho em troca de sua autonomia.
A hierarquia burocrática nasce, por conseguinte, na fábrica, contexto em que "hierarquia e divisão parcelar do trabalho se conjugam como molas propulsoras de uma forma de produção e reprodução do capital" (PRESTES MOTTA, 1981, PÁG. 37).
A hierarquia exerce significativo papel na instituição da burocracia como controle, estabelecendo uma relação de vigilância e de disciplinamento essencial para garantir a submissão do trabalhador, além de outro elemento importante: o salário. "Como os salários não estão relacionados com o valor que produzem, mas sim com a reprodução de sua subsistência, estão garantidas as condições para a reprodução do capital" (PRESTES MOTTA, 1981, PÁG. 38).
O papel das organizações burocráticas não está associado apenas à produção de riqueza, de capital e das demais mercadorias e serviços, e, tampouco, à reprodução da mão de obra como força de trabalho ou garantia da sobrevivência do trabalhador por meio do salário. O papel das organizações burocráticas constitui-se em garantidor do controle social por meio do estabelecimento das relações de poder, que sempre ocorrem entre desiguais. As organizações burocráticas servem de unidades de dominação, sendo, igualmente, responsáveis pela inculcação ideológica, pela adoção da submissão, pelos comportamentos controlados e socialmente aceitos, todos entendidos como naturais. Assim, a organização burocrática configura-se numa estrutura de controle e poder.
O trabalhador depara-se com o produto como um objeto estranho, com o qual não se identifica, uma vez que a apropriação do objeto é feita pelo capital. A alienação do trabalhador quanto ao produto de seu trabalho implica, também, a alienação em relação à natureza, por meio da qual ele garante os meios de sua subsistência física. Trabalhar o conceito de alienação no interior da burocracia significa configurar a alienação como um elemento da superestrutura que garante a separação entre produtor e produto. No âmbito da teoria da gestão do processo de trabalho, significa intensificar a separação entre os que pensam e os que executam fator condicionante na relação de posse do produtor e do produto.
Nessa perspectiva, Prestes Motta considera que a burocracia exerce dominação pela sua superioridade técnica comparativamente a outras formas de racionalização do trabalho, tornando-se ainda tão mais forte quanto maior for a utilização da tecnologia como meio de controle. As análises de Prestes Motta relacionando a tecnoburocracia com o Estado, a escola e as organizações mostram a dialética do fortalecimento da burocracia na medida em que ela está subsumida à lógica do sistema de capital e de sua tendência a estabelecer suas formas específicas. Diante do exposto sobre o entendimento de burocracia nas perspectivas de Tragtenberg e de Prestes Motta, faz-se necessário compreender o que há de comum e de diferente entre elas. Primeiras à burocracia e sua forma de gestão, a heterogestão, constituem forma de poder, e a autogestão, de não poder. Segundo, o conceito de poder com que Motta trabalha refere-se a uma radical separação, nos processos decisórios, entre dirigentes e dirigidos, cuja superação não depende da integração dessas categorias, mas da superação da divisão, que não se poderá realizar no interior de uma burocracia, mas unicamente com sua supressão. Por fim, Motta vai analisar o poder como forma de dominação de uma burocracia – uma heterogestão –, ou seja, como uma prática que separa artificialmente dirigentes de dirigidos. O poder é, assim, um processo de exclusão dos dirigidos dos mecanismos decisórios, ainda que sua inclusão não venha a significar sua liberdade, mas apenas um acordo civilizado, cujos termos não é garantia de permanência.
4 TAREFAS REALIZADAS 
Realizo atendimento aos despachantes credenciados e representantes das concessionarias para o recebimento de entrada e saída de documentos, de forma profissional procuro tratar bem os clientes  e ao máximo entender o que todos precisam e logo em seguida encaminho para a pessoa responsável de acordo com as necessidades de cada um. 
Elaboro uma planilha diariamente com varias notificações de auto de inflação da CRV (Certificado de Registro de Veículos), inflação por não o proprietário durante aos 30 dias não ter comunicado ao órgão de trânsito a transferência dos documentos logo após a venda. 
Preencho diariamente uma relação de duas colunas numeradas do 1 a 30 que equivale a um lote de 60 unidades de processos que são amarrados com um barbante, que contém todas as informações do proprietário e do veículo para serem arquivados de forma organizada e armazenados por datas e separados por mês e ano.
Lanço semanalmente no sistema o cancelamento de todos os certificados de registros de veículos conhecidos como Duts que estão danificados e logo após o cancelamento registro em um livro a data da emissão do Dut, placa do veículo e numeração de identificação do documento e logo depois efetuou a destruição dos Duts de forma manual. 
Quando solicitado por um servidor, verifico ou pesquiso no sistema a situação que se encontra o veículo, exemplos: se possui multa, comunicação de venda, se foi emitido o Duts, etc.
Participo no apoio da separação dos Duts para seres entregues de forma particular a cada concessionarias com a finalidade principal criar instrumentos de controle e monitoramento do armazenamento e tráfego de documentos lançados em um livro separados por concessionarias. 
4.1 EXPERIÊNCIAS ADQUIRIDAS
A funcionalidade desenvolvida no estágio classificado como perfil auxiliar administrativo com foco em processos e métodos de trabalho altamente operacionais, voltado para desenvolvimento de atividades rotineiras e com um grau de qualificação e precisão para compor relatórios gerenciais, organizar documentos, preencher planilhas e desenvolver atividades profissionais em espaço físico restrito e ao acesso delimitado ao sistema da instituição, no qual possibilitou vivenciar situações reais da futura profissão. 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
O estágio é um momento fundamental na vida de um acadêmico e tem uma grande importância no processo de formação profissional, já que é constituído em um treinamento o qual possibilita ao estudante vivenciar o que foi apresentado na faculdade, através das disciplinas estudadas durante os períodos. Por conta do estágio pude perceber as diferenças do mundo organizacional, como também exercitar e adaptar ao meio empresarial e as práticas administrativas além de enriquecer, atualizar e conhecer na prática o clima organizacional, cultura organizacional, etc. 
Durante o estágio tive a oportunidade de conviver com diversas situações as quais serviram e servirão como aprendizagem e experiência para o resto da minha vida como profissional. 
Portanto, acredito que de modo geral consegui em parte alcançar tanto as necessidades da instituição quanto as minhas, pois assumo que no começo me senti meio sem jeito para começar a desenvolver as atividades e pondo em prática o que aprendi sobre organização, sistema e métodos - OSM, porém aos pouco fui buscando informações e perdendo o receio e o medo de errar, com o passar do tempo consegui desenvolver tranquilamente e acredito que acima de tudo dei o meu melhor com qualidade e profissionalismo. 
 
REFERÊNCIAS
SITE - Departamento Estadual de Trânsito. [Internet] Disponível em: <https://detran.to.gov.br/institucional/historia-do-detran/>. Acesso em: 11/09/2019.
SITE - Wikipedia. [Internet] Disponível em: <https://pt.wikipedia.org/wiki/Departamento_Estadual_de_Trânsito/>. Acesso em: 12/09/2019.
SITE - Departamento Estadual de Trânsito. [Internet] Disponível em: < http://www.detran.ba.gov.br//>. Acesso em: 12/09/2019.
SITE - Regulamentação de Estágio. [Internet] Disponível em: < http://www.fssestagio.uerj.br/legislacao/lei6494.pdf>.Acesso em: 13/10/2019.
JUSBRASIL - Departamento Estadual de Trânsito. [Internet] Disponível em: < ttps://governo-ba.jusbrasil.com.br/legislacao/85834/lei-10214-06>. Acesso em: 27/10/2019.
ARTIGO – Perfil Call Center. [Internet] Disponível em: <https://www.callcenter.inf.br/artigos/23498/o-perfil-do-profissional-de-call-center/imprimir.aspx>. Acesso em: 27/10/2019.
ETZIONI, A. Organizações modernas. São Paulo: Atlas, 1973. 
FARIA, J. H. Weber e a sociologia das organizações. São Paulo: Revista de Administração, 1983. 
FARIA, J. H. O poder na obra de Fernando Prestes Motta. Revista Científica, 2003.
LAZARTE, R. Max Weber: ciência e valores. Rio de Janeiro: Cortez, 1996. 
ARTIGO - Administração de Empresa. [Internet] Disponível em: <http://www.fgv.br/rae/artigos/revista-rae-vol-51-num-5-ano-2011-nid-46741/>. Acesso em: 16/11/2019.
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