Buscar

PRINCIPIOS BASICOS DA ADMINISTRAÇÃO 1

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 60 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 60 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 60 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Autor: Prof. Vanderlei da Silva
Colaboradores: Profa. Glaucia Aquino
Profa. Amarilis Tudela Nanias
Prof. Livaldo dos Santos
Princípios Básicos da 
Administração
Professor conteudista: Vanderlei da Silva
Professor Mestre Vanderlei da Silva, doutorando em Educação pela Universidade de Sorocaba – UNISO; Mestre em 
Educação pela Universidade de Sorocaba – UNISO (2009); Pós-graduado em Direito do Terceiro Setor pela Fundação 
Getúlio Vargas – FGV (2005); Graduado em Direito pela Universidade de Sorocaba (2004). Atualmente é Gerente 
Administrativo e Financeiro do Serviço de Obras Sociais – SOS (www.sossorocaba.org.br), ocupando o mesmo cargo no 
SOS Saúde – Serviço Operacional de Saúde. Participante do Grupo de Estudos e Pesquisa sobre o Cotidiano Escolar da 
Universidade de Sorocaba, atua como voluntário no Conselho Municipal de Assistência Social de Sorocaba, na Cáritas 
Arquidiocesana de Sorocaba e na Associação Pró Mulher de Votorantim. Presidente da Comissão de Direito do 3º Setor 
da OAB Votorantim, vice-presidente da União das Organizações – UNIONG. Membro da Academia Votorantinense de 
Letras, Artes e História.
© Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida ou transmitida por qualquer forma e/ou 
quaisquer meios (eletrônico, incluindo fotocópia e gravação) ou arquivada em qualquer sistema ou banco de dados sem 
permissão escrita da Universidade Paulista.
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)
S586 Silva, Vanderlei da
Princípios Básicos da Administração. / Vanderlei da Silva. - 
São Paulo: Editora Sol. 2011.
 128 p. il.
Notas este volume está publicado nos Cadernos de Estudos e 
Pesquisas da UNIP, Série Didática, ano XVII, n. 2-027/11, ISSN 1517-9230.
1.Administração 2.Serviço Social 3.Terceiro Setor I.Título
CDU 658.8:361
Prof. Dr. João Carlos Di Genio
Reitor
Prof. Fábio Romeu de Carvalho
Vice-Reitor de Planejamento, Administração e Finanças
Profa. Melânia Dalla Torre
Vice-Reitora de Unidades Universitárias
Prof. Dr. Yugo Okida
Vice-Reitor de Pós-Graduação e Pesquisa
Profa. Dra. Marília Ancona-Lopez
Vice-Reitora de Graduação
Unip Interativa – EaD
Profa. Elisabete Brihy 
Prof. Marcelo Souza
Profa. Melissa Larrabure
 Material Didático – EaD
 Comissão editorial:
 Dra. Angélica L. Carlini (UNIP)
 Dr. Cid Santos Gesteira (UFBA)
 Dra. Divane Alves da Silva (UNIP)
 Dr. Ivan Dias da Motta (CESUMAR)
 Dra. Kátia Mosorov Alonso (UFMT)
 Dra. Valéria de Carvalho (UNIP)
 Apoio:
 Profa. Cláudia Regina Batista – EaD
 Profa. Betisa Malaman – Comissão de Qualificação e Avaliação de Cursos
 Projeto gráfico:
 Prof. Alexandre Ponzetto
 Revisão:
 Andréia Andrade
Sumário
Princípios Básicos da Administração
APRESENTAÇÃO ......................................................................................................................................................7
INTRODUÇÃO ...........................................................................................................................................................8
Unidade I
1 TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO E O PAPEL DO ADMINISTRADOR .......................................9
1.1 Visão geral e principais conceitos ....................................................................................................9
1.2 Histórico ................................................................................................................................................... 18
1.3 O surgimento do Estado moderno ................................................................................................ 20
1.4 A Revolução Industrial ....................................................................................................................... 21
1.5 Teorias científicas da administração ............................................................................................ 24
2 CARACTERIZANDO AS ORGANIZAÇÕES ................................................................................................. 27
2.1 Organização ............................................................................................................................................ 27
2.2 A organização das organizações .................................................................................................... 30
3 A TEORIA BUROCRÁTICA E SUA APLICAÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ........................ 31
3.1 Teoria burocrática ................................................................................................................................ 31
3.2 A aplicação do modelo burocrático .............................................................................................. 35
3.3 A burocracia na realidade brasileira .............................................................................................. 36
3.4 A gestão pública e a reforma do Estado ..................................................................................... 37
3.5 As funções do Estado a partir da reforma ................................................................................. 38
3.6 Administração pública e gestão pública ..................................................................................... 39
3.7 Princípios da administração pública ............................................................................................. 40
4 CARACTERIZANDO ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DIRETA E INDIRETA .......................................... 40
4.1 Administração pública direta .......................................................................................................... 40
4.2 Órgãos públicos ..................................................................................................................................... 41
4.3 Administração pública indireta ...................................................................................................... 42
4.4 Delegação de serviços públicos ...................................................................................................... 42
4.5 Os contratos administrativos ........................................................................................................... 43
4.6 Licitação ................................................................................................................................................... 44
4.7 Espécies de licitação ............................................................................................................................ 44
4.8 Bens públicos ......................................................................................................................................... 52
4.9 Diferenças entre setor público e setor privado ........................................................................ 53
Unidade II
5 ADMINISTRAÇÃO DOS TRÊS SETORES DA ECONOMIA ..................................................................... 61
5.1 Aspectos administrativos para organizações do Primeiro, Segundo e 
Terceiro Setor ................................................................................................................................................. 61
5.2 Planejamento estratégico ................................................................................................................. 63
5.3 Planejamento orçamentário ............................................................................................................ 76
5.4 Controle e Avaliação ........................................................................................................................... 77
6 ADMINISTRAÇÃO DE ORGANIZAÇÕES NÃO GOVERNAMENTAIS ................................................ 80
6.1 Empreendimento compartilhado ................................................................................................... 80
6.2 As empresas e a responsabilidade social .................................................................................... 83
6.3 Filantropia das empresas para o TerceiroSetor ....................................................................... 87
6.4 Parcerias para o Terceiro Setor ....................................................................................................... 89
7 TENDÊNCIAS ADMINISTRATIVAS DO TERCEIRO SETOR .................................................................... 92
7.1 Balanço Social e capital humano no Terceiro Setor .............................................................. 92
7.2 Gestão de políticas públicas ............................................................................................................ 95
7.3 Marketing para o Terceiro Setor ..................................................................................................... 97
7.4 Redes Sociais ........................................................................................................................................100
8 O TERCEIRO SETOR E A GESTÃO SOCIAL ..............................................................................................102
8.1 Gestão Social ........................................................................................................................................102
8.2 Funções da Gestão Social ...............................................................................................................105
8.3 Empreendedorismo no Terceiro Setor ........................................................................................106
7
APRESENTAÇÃO
A Teoria Geral da Administração é o campo do conhecimento humano que se ocupa do estudo da 
administração das organizações, sejam elas com ou sem fins lucrativos.
A sociedade atual, pós-moderna, é formada por organizações que se ocupam das atividades que 
estão relacionadas com a produção de bens (produtos) ou com a prestação de serviços (atividades 
especializadas). E, para que essas organizações consigam atingir os objetivos para os quais foram criadas, 
é necessário que as suas atividades sejam devidamente planejadas, coordenadas, dirigidas, executadas e 
controladas. Dessa forma, a administração tem a finalidade de cuidar do planejamento, da direção e do 
controle das atividades existentes dentro de uma organização.
A palavra administração tem sua origem no latim e pode ser traduzida como “aquele que 
executa uma função sob o comando de outro”. Porém, através dos tempos, a palavra tem passado 
por mudanças e, hoje, o administrador é o responsável pela interpretação dos objetivos propostos 
pelas organizações de forma que possa transformá-los em ações. Essa função do administrador, de 
transformar objetivos em ações, é interpretada de diferentes formas, de acordo com as diferentes 
teorias que existem sobre o assunto. Por esse motivo, a Teoria Geral da Administração também 
tem como objetivo estudar as principais teorias da administração existentes, para que o aluno 
possa conhecer as várias formas de abordagem do assunto, tendo dessa forma condições de ter 
uma visão comparativa de cada uma delas.
Cada organização possui características próprias, e isso faz com que cada administrador avalie 
a situação e defina estratégias próprias para cada caso, dimensionando a utilização dos recursos e 
planejando sua aplicação. Por isso, cada organização avalia e seleciona o seu administrador de formas 
diferenciadas, levando em conta não apenas os seus conhecimentos administrativos, mas também o seu 
modo de agir e suas atitudes.
O aprendizado de alguns conceitos básicos da administração não está circunscrito apenas ao 
profissional especializado da área, mas também outros profissionais precisam ter conhecimentos 
de técnicas administrativas, uma vez que as organizações necessitam de equipes de pessoas com 
conhecimentos que permitam a transformação de seus objetivos em ações.
Na disciplina, também será discutida a administração de organizações do Terceiro Setor, uma vez 
que hoje existe um entendimento de que a economia está dividida em três setores, quais sejam: Primeiro 
Setor, que é o Estado, responsável pela distribuição das riquezas produzidas; Segundo Setor, formado 
pelas empresas produtoras de bens e serviços; e Terceiro Setor, formado pelas organizações sem fins 
lucrativos que atuam junto aos outros setores, visando ajudar a diminuir as desigualdades sociais 
existentes.
Segundo informações apresentadas pela Rede de Informações do Terceiro Setor (Rits), existem 
hoje no Brasil mais de 250 mil organizações não governamentais que compõem o Terceiro Setor. As 
informações da Rits também mostram que aproximadamente 2 milhões de pessoas são empregadas por 
essas organizações.
8
Diante da grande expressão que o setor representa, cada vez mais os interessados pelo Terceiro Setor 
têm ido em busca de aperfeiçoamento profissional e aprimoramento nas questões relativas à gestão e 
ao empreendedorismo social.
Para a elaboração das informações contidas na Unidade II, que trata da administração de organizações 
do Terceiro Setor, será utilizado o livro Gestão Social, estratégias e parcerias: redescobrindo a essência 
da administração brasileira de comunidades para o Terceiro Setor, organizado pela Professora Doutora 
em Administração Marly Cavalcanti, que traz dados atualizados e importantes informações sobre a 
administração de organizações não governamentais.
O conceito de gestão social está relacionado com toda ação gerencial eticamente orientada, que 
leva em conta as necessidades e os pontos de vista dos vários atores envolvidos, visando à promoção do 
desenvolvimento de pessoas e da sociedade.
INTRODUÇÃO
A disciplina Princípios Básicos da Administração tem por objetivo fomentar a reflexão sobre a evolução 
das teorias de administração e suas influências no desenvolvimento do trabalho, nas esferas pública e 
privada, trazendo a compreensão da importância da administração na elaboração e na execução de 
projetos que permitam a transformação de objetivos em ações.
Por meio da análise das teorias da administração existentes, este livro-texto vai discorrer sobre a 
responsabilidade do administrador em gerir uma organização, executando atos de gestão pelos quais a 
organização realiza os seus objetivos, sejam eles com ou sem fins lucrativos ou econômicos.
9
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO
Re
vi
sã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: K
ar
en
 -
 1
6/
05
/2
01
1 
- 
2ª
 R
ev
isã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 0
2/
06
/2
01
1
1 TEORIA GERAL DA ADMINISTRAÇÃO E O PAPEL DO ADMINISTRADOR
1.1 Visão geral e principais conceitos
Os primeiros agrupamentos humanos sentiram necessidade de se organizar para o desenvolvimento 
de atividades de sobrevivência, tais como caça, proteção contra os ataques de animais e de outros 
grupos humanos.
A organização é, portanto, um elemento fundamental na sociedade humana, fornecendo condições 
para o atendimento das necessidades básicas dos indivíduos, seja através de serviços públicos, como 
saúde, saneamento básico, água, energia, segurança pública, controle de poluição, educação, seja 
através de atividades privadas empresariais ou de associações, clubes, sindicatos, etc. É a partir de tais 
organizações que as pessoas obtêm os meios para a satisfação de suas necessidades.
O avanço do processo da organização está diretamente ligado à história do homem, pois as sociedades 
da Antiguidade distinguiam-se umas das outras em função de vários fatores, entre eles o seu grau de 
organização.
Uma organização é uma unidade social, em torno da qual se reúnem pessoas para alcançar objetivos 
específicos. Para isso, fazem planos, estabelecem e dimensionam recursos (humanos, materiais, 
financeiros, de informação, espaço e tempo).
Na sociedade moderna, as pessoas nascem, crescem, aprendem, vivem, 
trabalham, se divertem, são tratadas e morrem dentro de organizações. As 
organizações são extremamente heterogêneas e diversificadas, de tamanhos 
diferentes, de características diferentes, de estruturas diferentes, de 
objetivos diferentes. Existemorganizações lucrativas (chamadas empresas) 
e organizações não lucrativas (como Exército, Igreja, serviços públicos, 
entidades filantrópicas, organizações não governamentais (ONGs) etc.). A 
Teoria das Organizações (TO) é o campo do conhecimento humano que se 
ocupa do estudo das organizações em geral (CHIAVENATO, 2007, p. 2).
A origem da palavra administração vem do latim ad (direção, tendência para) e minister 
(subordinação ou obediência) e se refere àquele que realiza uma função sob o comando de outro. 
Porém, a palavra tem passado por transformações que mudaram seu sentido original, e a função 
do administrador passou a ser daquele que deve interpretar os objetivos que são propostos pela 
organização e transformá-los em uma ação por meio do planejamento, organização, direção e 
controle em todos os níveis organizacionais.
Unidade I
10
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: K
ar
en
 -
 1
6/
05
/2
01
1 
- 
2ª
 R
ev
isã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 0
2/
06
/2
01
1
Para Chiavenato (2007, p. 11), a administração é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar 
o uso de recursos a fim de alcançar objetivos organizacionais.
Uma das razões para as mudanças do significado da palavra administração foi o surgimento de muitas 
teorias ou escolas que abordam o assunto de formas variadas e trazem suas críticas. Sendo que essas 
teorias apresentam seis variáveis – tarefas, estrutura, pessoas, ambiente, tecnologia e competitividade 
–, e cada uma delas vai enfatizar uma ou outra dessas seis variáveis.
As teorias administrativas começaram a ser desenvolvidas na Europa e nos Estados Unidos a partir 
do final do século XIX e início do século XX, em função do avanço do processo de industrialização. 
Independente do seu enfoque, todas essas teorias são consideradas válidas, pois cada uma delas surgiu 
como resposta aos problemas empresariais, que eram os mais relevantes para a sua época. E, partindo 
desse raciocínio, podemos dizer que todas as teorias foram eficientes, pois apresentaram respostas 
satisfatórias aos problemas que foram surgindo.
Para melhor compreensão das principais teorias administrativas e seus principais enfoques, vamos 
reproduzir um quadro elaborado por Chiavenato (2007, p.12), o qual demonstra claramente cada teoria 
e seu respectivo enfoque:
Quadro 1
Ênfase Teorias Administrativas Principais enfoques
Nas tarefas Administração científica Racionalização do trabalho no nível operacional
Na estrutura
Teoria Clássica
Teoria Neoclássica
Organização formal
Princípios gerais da administração
Funções do administrador
Teoria da Burocracia
Organização forma burocrática
Racionalidade organizacional
Teoria Estruturalista
Múltipla abordagem
Organização formal e informal
Análise intraorganizacional e análise interorganizacional
Nas pessoas Teoria das relações humanas
Organização informal
Motivação, liderança, comunicações e dinâmica de 
grupos
Teoria do comportamento 
organizacional
Estilos de administração
Teoria das decisões
Integração dos objetivos organizacionais e individuais
Teoria do desenvolvimento 
organizacional
Mudança organizacional planejada
Abordagem de sistema aberto
No ambiente Teoria estruturalista
Análise intraorganizacional e análise ambiental
Abordagem de sistema aberto
11
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO
Re
vi
sã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: K
ar
en
 -
 1
6/
05
/2
01
1 
- 
2ª
 R
ev
isã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 0
2/
06
/2
01
1
Teoria da contingência
Análise ambiental (imperativo ambiental)
Abordagem de sistema aberto
Na tecnologia Teoria da contingência Administração da tecnologia (imperativo tecnológico)
Na competitividade Novas abordagens na administração
Caos e complexidade
Aprendizagem organizacional
Capital intelectual
Fonte: Chiavenato, 2007, p. 12.
Na sociedade moderna, a administração passou a ocupar a condição de fenômeno universal, 
principalmente pelas condições de alta competitividade existentes. Nesse cenário, cada organização 
precisa alcançar os seus objetivos de forma eficiente e sem cometer erros ou fazer apostas arriscadas; 
pois isso significaria que o administrador está levando seus subordinados por caminhos que são os 
menos indicados.
Nesse sentido, o administrador é considerado como um agente não só de condução, mas também de 
mudanças e de transformação das organizações. Sendo, por isso, visto como um verdadeiro educador e 
orientador, pois com suas atitudes tem a capacidade de modificar comportamentos e atitudes das pessoas.
A administração possui, entre outras, características como universalidade, especificidade, unidade 
temporal, valor instrumental, amplitude de exercício e flexibilidade. Possui, também, elementos como 
eficiência, eficácia, produtividade, coordenação de recursos, objetivos e grupos sociais que a fazem 
diferente de outras disciplinas.
O processo administrativo compreende atividades inter-relacionadas de planificação, organização, 
direção e controle de todas as etapas que implicam relações humanas e tempo.
A administração nada mais é do que a condução racional das atividades de 
uma organização, seja ela lucrativa ou não lucrativa. A administração trata 
do planejamento, da organização (estruturação), da direção e do controle 
de todas as atividades diferenciadas pela divisão de trabalho que ocorram 
dentro de uma organização (CHIAVENATO, 2007, p. 2).
A administração de empresas possui cinco variáveis principais que constituem seu estudo: tarefa, 
pessoas, tecnologia, ambiente e estrutura. Dessa forma, o processo administrativo é imprescindível para 
a existência, sobrevivência e sucesso das organizações; pois, se não houvesse uma administração, não 
haveria possibilidade de as organizações existirem e crescerem.
Na sociedade moderna, a administração tem se revelado como um campo de conhecimento 
complexo e com muitos desafios, por isso o administrador pode atuar das mais diferentes 
formas dentro de uma organização, do nível hierárquico de supervisão elementar ao de dirigente 
máximo.
12
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: K
ar
en
 -
 1
6/
05
/2
01
1 
- 
2ª
 R
ev
isã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 0
2/
06
/2
01
1
Segundo Robert L. Katz (apud CHIAVENATO, 2007, p. 3), o profissional que desempenha atividades 
administrativas precisa possuir habilidades técnicas, humanas e conceituais, conforme explica:
Habilidades técnicas envolvem o uso de conhecimento especializado e 
facilidade na execução de técnicas relacionadas com o trabalho e com os 
procedimentos de realização. É o caso de habilidades em contabilidade, 
em programação de computador, engenharia etc. As habilidades técnicas 
estão relacionadas com o fazer, isto é, com o trabalho com “coisas”, como 
processos materiais ou objetos físicos e concretos. É relativamente fácil 
trabalhar com coisas e com números porque eles são estáticos e inertes, não 
contestam nem resistem à ação do administrador. Habilidades humanas 
estão relacionadas com o trabalho com pessoas e referem-se à facilidade de 
relacionamento interpessoal e grupal. Envolvem a capacidade de comunicar, 
motivar, coordenar, liderar e resolver conflitos pessoais ou grupais. As 
habilidades humanas estão relacionadas com a interação com as pessoas. 
O desenvolvimento da cooperação dentro da equipe, o encorajamento da 
participação, sem medos ou receios, e o envolvimento das pessoas são 
aspectos típicos de habilidades humanas. Saber trabalhar com pessoas 
e por meio das pessoas. Habilidades conceituais envolvem a visão da 
organização ou da unidade organizacional como um todo, a facilidade em 
trabalhar com ideias e conceitos, teorias e abstrações. Um administrador 
com habilidades conceituais está apto a compreender as várias funções da 
organização, complementá-las entre si, como a organização se relaciona 
com o pensar, com o raciocinar,com o diagnóstico das situações e com 
a formulação de alternativas de solução dos problemas. Representam 
as capacidades cognitivas mais sofisticadas do administrador e que lhe 
permitem planejar o futuro, interpretar a missão, desenvolver a visão e 
perceber oportunidades onde ninguém enxerga nada. Na medida em que 
um administrador faz carreira e sobe na organização, ele precisa, cada vez 
mais, desenvolver as suas habilidades conceituais para não limitar a sua 
empregabilidade.
O autor explica que o administrador deve saber combinar essas habilidades e, conforme se sobe 
para os níveis mais elevados da organização, há uma diminuição da necessidade das habilidades 
técnicas e exigem-se mais habilidades conceituais. Isso ocorre pelo motivo de que nos níveis 
inferiores da administração existe a necessidade da habilidade técnica dos administradores para 
poderem trabalhar com os problemas operacionais concretos que fazem parte do cotidiano da 
organização.
Além dessas habilidades, o administrador precisa fazer um investimento contínuo no seu capital 
intelectual, uma vez que a sociedade atual passa por constantes transformações. Por esse motivo, os 
profissionais precisam adquirir competências que sejam duráveis, ou seja, aquelas que, mesmo em uma 
sociedade em constante mutação, não sejam descartáveis nem se tornem obsoletas.
13
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO
Re
vi
sã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: K
ar
en
 -
 1
6/
05
/2
01
1 
- 
2ª
 R
ev
isã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 0
2/
06
/2
01
1
Segundo Chiavenato (2007, p. 5), para que o administrador possa ser bem-sucedido 
profissionalmente, ele precisa desenvolver três competências que são consideradas duráveis, ou 
seja, o conhecimento, a perspectiva e a atitude. A seguir, o autor explica as características principais 
dessas competências:
Conhecimento – significa todo o acervo de informações, conceitos, ideias, 
experiências, aprendizagens que o administrador possui a respeito de sua 
especialidade. Como o conhecimento muda a cada instante em função da mudança 
e da inovação que ocorrem com intensidade cada vez maior, o administrador 
precisa atualizar-se constantemente e renová-lo continuamente. Isso significa 
aprender a aprender, a ler, a ter contato com outras pessoas e profissionais e, 
sobretudo, reciclar-se continuamente para não tornar-se obsoleto e ultrapassado 
em seus conhecimentos. Todavia, as empresas estão repletas de profissionais com 
excelentes currículos e um enorme cabedal de conhecimentos, mas que não são 
capazes de transformar a sua bagagem pessoal em contribuições efetivas ao 
negócio e criar valor para a organização. Eles têm o conhecimento para si e não 
disponível para a organização. Têm o conhecimento, mas não sabem como utilizá-
lo ou aplicá-lo. O conhecimento é necessário e fundamental; mas não é suficiente 
para o sucesso profissional. Ele precisa ser adicionado a duas outras competências 
duráveis: a perspectiva e a atitude. Perspectiva – significa a capacidade de 
colocar o conhecimento em ação. Em saber transformar a teoria em prática. Em 
aplicar o conhecimento na análise das situações e na solução dos problemas e na 
condução do negócio. Não basta apenas possuir o conhecimento; ele pode ficar 
apenas em estado potencial. Torna-se necessário saber como utilizá-lo e aplicá-
lo nas diversas situações e na solução dos diferentes problemas. A perspectiva 
representa a habilidade de colocar em ação os conceitos e as ideias abstratas 
que estão na mente do administrador. Em visualizar as oportunidades que nem 
sempre são percebidas pelas pessoas comuns e transformá-las em novos produtos, 
serviços ou ações pessoais. Na realidade, a perspectiva é a condição pessoal 
que torna o administrador capaz de diagnosticar situações e propor soluções 
criativas e inovadoras. É a perspectiva que dá autonomia e independência ao 
administrador, que não precisa perguntar ao chefe o que deve fazer e como fazer 
nas suas atividades. Contudo, o conhecimento e a perspectiva são fundamentais, 
mas carecem de uma terceira competência durável: a atitude. Atitude – significa 
o comportamento pessoal do administrador frente às situações com que se 
defronta no seu trabalho. A atitude representa o estilo pessoal de fazer as coisas 
acontecerem, a maneira de liderar, de motivar, de comunicar e de levar as coisas 
para a frente. Envolve o impulso e a determinação de inovar e a convicção de 
melhorar continuamente, o espírito empreendedor, o inconformismo com os 
problemas atuais e, sobretudo, a facilidade de trabalhar com outras pessoas e 
fazer as suas cabeças. É esta competência durável que transforma o administrador 
em um agente de mudança nas empresas e organizações e não simplesmente um 
agente de conservação.
14
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: K
ar
en
 -
 1
6/
05
/2
01
1 
- 
2ª
 R
ev
isã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 0
2/
06
/2
01
1
Para poder exercer de maneira eficiente seu papel, o administrador precisa desempenhar 
vários papéis, que consistem num conjunto de expectativas da organização no que diz respeito ao 
comportamento de uma pessoa. Dessa forma, os papéis dos indivíduos representam atividades que 
cabem ao administrador conduzir para sejam cumpridas as tarefas. Chiavenato descreve três papéis 
essenciais ao administrador:
1 – Papéis interpessoais que representam as relações com outras pessoas e estão relacionados às 
habilidades humanas;
2 – Papéis informacionais que descrevem as atividades necessárias para se manter e desenvolver 
uma rede de informações;
3 – Papéis decisórios que envolvem eventos e situações nas quais o administrador deve fazer uma 
escolha ou opção.
Para esclarecer melhor esses três papéis, que na prática se subdividem em outros dez papéis do 
administrador, Chiavenato (2007, p. 7) apresenta um quadro explicativo:
Quadro 2
Categoria Papel Atividades
Interpessoal
Representação
Assume deveres cerimoniais e simbólicos, representa a 
organização, acompanha visitante, assina documentos 
legais.
Liderança Dirige e motiva pessoas, treina, aconselha, orienta e se comunica com os subordinados.
Ligação Mantém redes de comunicação, dentro e fora da organização, usa malotes, telefonemas e reuniões.
Informacional
Monitoração Manda e recebe informação, lê revistas e relatórios, mantém contatos pessoais.
Disseminação
Envia informações para os membros de outras 
organizações, memorandos e relatórios, telefonemas e 
contatos.
Porta-voz Transmite informações para pessoas de fora, através de conversas, relatórios e memorandos.
Decisorial
Empreendimento Inicia projetos, identifica novas ideias, assume riscos, delega responsabilidade de ideias para outros.
Resolução de conflitos Toma ação corretiva em disputas ou crise, resolve conflitos entre subordinados, adapta o grupo a crises e mudanças.
Alocação de recursos Decide a quem atribuir recursos. Programa, orça e estabelece prioridades.
Negociação Representa interesses da organização em negociações com sindicatos, em vendas, compras e financiamentos.
Fonte: Chiavenato, 2007, p. 7.
Assim como em tempos passados, a administração passou por transformações, e isso também vai 
ocorrer no futuro. Hoje a forma organizacional predominante é a burocrática; porém, devem surgir outros 
tipos de administração que respondam de forma mais adequada às demandas da era pós-industrial.
15
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO
Re
vi
sã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: K
ar
en
 -
 1
6/
05
/2
01
1 
- 
2ª
 R
ev
isã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 0
2/
06
/2
01
1
Segundo Chiavenato (2007, p. 15), existem algumas fraquezas no modelo tradicional da 
organização burocrática, e as alternativas para esses pontos fracos servirão de base para futuros 
sistemas organizacionais. A seguir, o autor nos apresenta três aspectos que demonstram essa 
tendência:
1–Mudanças rápidas e inesperadasno mundo dos negócios, nos campos 
do conhecimento e da explosão populacional, impondo novas e crescentes 
necessidades a que as atuais organizações não têm como atender. 2 
– Crescimento e expansão das organizações, que se tornam complexas e 
globalizadas. 3 – Atividades que exigem pessoas de competências diversas e 
especializadas envolvendo problemas de coordenação e, principalmente, de 
atualização em função de rápidas mudanças.
Portanto, a função do administrador do futuro será incerta e desafiadora diante das mudanças e 
das transformações pelas quais passa a sociedade. O profissional precisa se preparar para enfrentar e 
resolver diversas situações, com exigências de diversos atores sociais, como: a sociedade, os clientes, os 
fornecedores, as agências regulamentadoras e concorrentes. Além disso, deverá atender aos interesses 
da alta administração, dos subordinados e dos acionistas.
Chiavenato cita alguns fatores que criarão impacto sobre as organizações de uma forma 
geral, como crescimento, concorrência mais aguda, sofisticação da tecnologia, taxas elevadas de 
inflação, globalização da economia e internacionalização dos negócios e visibilidade maior das 
organizações.
Aliados a esses fatores, o autor cita ainda a questão das transformações sociais, que geram 
impacto no cotidiano das organizações, uma vez que estas são parte integrante e inseparável 
da sociedade. Chiavenato cita algumas dessas transformações, as quais ele denomina de 
“megatendências”:
1 – Da sociedade industrial para a sociedade da informação; 2 – Da tecnologia 
simples para a tecnologia sofisticada; 3 – Da economia nacional para a 
economia mundial; 4 – Do curto para o longo prazo; 5 – Da democracia 
representativa para a democracia participativa; 6 – Das hierarquias para a 
comunicação lateral intensiva; 7 – Da opção dual para a opção múltipla; 8 
– Da centralização para a descentralização; 9 – Da ajuda institucional para 
a autoajuda.
Diante desse quadro, o futuro das empresas e dos administradores vai depender muito da capacidade de ler 
e interpretar a realidade externa para poder reconhecer as ameaças e as dificuldades e diminuir seus impactos 
negativos na organização. Portanto, a administração necessita ser um processo de ajustes constantes, pois 
novos e diferentes problemas vão surgir e precisarão de uma resposta para sua solução.
16
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: K
ar
en
 -
 1
6/
05
/2
01
1 
- 
2ª
 R
ev
isã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 0
2/
06
/2
01
1
Exemplo sobre a importância da administração de uma organização
O modelo de excelência da gestão®
Modelo de Excelência da Gestão® 
Uma visão sistêmica da gestão organizacional
Inform
ações e Conhecimento
Liderança Estratégias
e Planos
Clientes
Pessoas
Processos
Sociedade
Resultados
Informações e Conhec
imen
to
Fonte: Fundação Nacional da Qualidade – FNQ. Disponível em: <http://www.fnq.org.br/site/374/default.aspx>. Acesso em: 28/5/2011.
A Administração nada mais é do que o gerenciamento ou a gestão de uma organização. Atualmente a 
questão da gestão é um fator bastante relevante para o sucesso de uma organização, independentemente 
se ela é pública ou privada, com ou sem fins lucrativos.
Uma gestão de excelência pode ser o grande diferencial de uma organização no mundo 
globalizado, onde as tecnologias, as comunicações e a disseminação de informações estão 
disponíveis a todos. Partindo dessa premissa, vários países do mundo passaram a adotar um modelo 
de excelência da gestão que serve de referência para as organizações verificarem o estágio em que 
se encontram nessa área.
17
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO
Re
vi
sã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: K
ar
en
 -
 1
6/
05
/2
01
1 
- 
2ª
 R
ev
isã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 0
2/
06
/2
01
1
No Brasil, desde 1991, a Fundação Nacional da Qualidade (FNQ) administra o Prêmio Nacional da 
Qualidade® (PNQ). A missão da FNQ é “Disseminar os fundamentos da Excelência em Gestão para o 
aumento de competitividade das organizações e do Brasil”.
O desenho inserido no início deste texto é o Modelo de Excelência da Gestão®, o qual representa uma 
visão sistêmica da gestão organizacional e pode ser compreendido pelos seguintes aspectos: qualquer 
que seja o tipo da organização, ela desenvolve suas atividades num ambiente onde existe uma alteração 
constante nas informações e nos conhecimentos. A liderança dessa organização precisa saber utilizar 
essas informações e esses conhecimentos para atender às necessidades dos clientes e da sociedade. 
Para que isso seja possível, a liderança conta com os processos desenvolvidos pelas pessoas dentro 
das organizações. E, a fim de que os processos e as atividades das pessoas produzam um resultado, é 
necessário que a liderança desenvolva suas estratégias e planos.
 A organização que deseja ser reconhecida como aquela que possui uma gestão de excelência deve 
colocar em prática na sua administração os “Fundamentos da Excelência”, que são:
1. Pensamento sistêmico.
2. Aprendizado Organizacional.
3. Cultura de Inovação.
4. Liderança e Constância de Propósitos.
5. Orientação por Processos e Informações.
6. Visão de Futuro.
7. Geração de Valor.
8. Valorização das Pessoas.
9. Conhecimento sobre o Cliente e o Mercado.
10. Desenvolvimento de Parcerias.
11. Responsabilidade Social.
 Saiba mais
O modelo de Excelência da Gestão® está alicerçado em um conjunto de 
conceitos fundamentais descritos na publicação Conceitos Fundamentais 
da Excelência em Gestão, disponível para download gratuito no Portal 
da FNQ. Nessa publicação, também estão descritos o contexto social, 
tecnológico e econômico em que as organizações se encontram, bem como 
o posicionamento conceitual da FNQ.
FNQ – Fundação Nacional da Qualidade
<http://www.fnq.org.br/site/376/default.aspx>
18
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: K
ar
en
 -
 1
6/
05
/2
01
1 
- 
2ª
 R
ev
isã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 0
2/
06
/2
01
1
Quadro das megatendências segundo Jonh Naisbitt, apresentado por Chiavenato
Quadro 3
DE PARA ALTERAÇÃO
Sociedade industrial Sociedade da informação Inovação e mudança
Tecnologia simples Tecnologia sofisticada Maior eficiência
Economia nacional Economia mundial Globalização e competitividade
Curto prazo Longo prazo Visão do negócio e do futuro
Democracia representativa Democracia participativa Pluralismo e participação
Hierarquia Comunicação lateral Democratização e empowerment
Opção dual ou binária Opção múltipla Visão sistêmica e contingencial
Centralização Descentralização Incerteza e imprevisibilidade
Ajuda institucional Autoajuda Autonomia e serviços diferenciados
Fonte: Chiavenato, 2007, p. 19.
1.2 Histórico
A Administração nasceu no século XX e, para seu processo de formação, contou com a contribuição 
cumulativa de filósofos, físicos, economistas, estadistas, empresários. Esses atores sociais foram 
desenvolvendo suas teorias e obras de acordo com seu campo de atuação.
Dessa forma, a moderna administração emprega diversos conceitos e princípios que também são 
utilizados em outras ciências. Apesar de a ciência da administração ser relativamente nova, para que ela 
se formasse foram necessários uma preparação e antecedentes históricos suficientemente capazes de 
permitir e viabilizar seu surgimento.
A evolução da administração relaciona-se, principalmente, a dois fatores que se interligam: 
à administração das estruturas de governos existentes ao longo da história e à administração de 
organizações de caráter privado.
Somente a partir do processo de industrialização sentiu-se a necessidade de aprimorar as organizações 
existentes, o que é um fenômeno relativamente recente em nossa sociedade.
Nas sociedades pré-industriais, as organizações humanas eram tribo, família, igrejas, exércitos e governos.
Um dos mais antigos exemplos de organizaçãoé o exército, já que todas as campanhas militares 
tendiam a exigir uma grande organização para as conquistas, para a defesa e para a administração 
governamental, decorrendo daí as primeiras noções de organização.
Nesse período, dois temas aparecem constantemente:
1. Noção relativamente limitada das funções administrativas;
19
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO
Re
vi
sã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: K
ar
en
 -
 1
6/
05
/2
01
1 
- 
2ª
 R
ev
isã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 0
2/
06
/2
01
1
2. Pouca consideração pela atividade comercial.
Vários indícios na história antiga mostram-nos que o homem utilizou planos formais, organizações 
de trabalho, aproveitamento de lideranças e sistemas de avaliação, pois as grandes construções indicam 
uma prática eficiente das funções administrativas.
Os egípcios desenvolveram grandes projetos arquitetônicos e de engenharia, como as pirâmides e os 
canais de irrigação. Para possibilitar tais empreendimentos, alguns métodos, sofisticados para a época, 
foram adotados: divisão de trabalho entre pessoas e departamentos, planejamento, criação da função 
de “administrador”.
A Babilônia também desenvolveu atividades que merecem ser estudadas quando falamos de 
administração: o Código de Hamurábi (governador da Babilônia no período de 2000 a 1700 a. C.), 
um conjunto de leis que orientou o povo, estabeleceu o princípio do trabalho remunerado, instituiu o 
princípio da paga mínima, dos contratos de trabalho e recibos de pagamento, controlando as transações 
comerciais e as relações trabalhistas.
Na Grécia Antiga (400 a. C.), Sócrates cria a universidade da administração. Platão, no livro A 
República, coloca seu ponto de vista sobre a administração dos negócios públicos e o princípio da 
especialização.
Entre os grandes escritos de Platão, destacamos, em primeiro lugar, a classificação das formas de governo, 
que estão divididas em:
• aristocracia: governo da nobreza ou classe alta;
• oligarquia: governo de apenas uma classe social;
• democracia: governo do povo;
• tirania: governo de uma só pessoa.
Platão preocupou-se ainda com a criação de uma classificação para as classes sociais, dividindo-as 
em: ouro (os governantes); prata (os guerreiros); e bronze (os artesãos).
Aristóteles (300 a. C.), em seu livro A Política, distingue três formas de administração pública: 
Poder Executivo, Poder Legislativo, Poder Judiciário, e classificou as formas de governo em 
monarquia (governo de uma só pessoa); aristocracia (governo da classe alta); e democracia (governo 
do povo).
O Império Romano, uma das civilizações que mais influenciaram o pensamento administrativo, 
serviu de base para a sociedade moderna e influenciou também na definição dos nomes atribuídos 
às pessoas que ocupavam cargos: gestores ou mandatários. Em Roma, também as empresas foram 
classificadas de três formas: públicas (empresas que realizavam atividades do Estado); semipúblicas 
20
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: K
ar
en
 -
 1
6/
05
/2
01
1 
- 
2ª
 R
ev
isã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 0
2/
06
/2
01
1
(as que pertenciam a sindicatos); e privadas (as que eram propriedade de civis, que também as 
gerenciavam).
Roma desenvolveu um sistema semi-industrial de manufatura armamentista, de produção de cerâmica 
para o mercado mundial e, posteriormente, de produção têxtil para exportação.
Seu sistema rodoviário foi construído para melhorar a distribuição de bens, assim como para agilizar 
o movimento de tropas para as colônias.
O Estado regulava todos os aspectos da vida econômica: as corporações, determinava as tarifas 
comerciais, a armazenagem dos produtos e usava esses rendimentos para a guerra.
Organizações de grande porte eram proibidas quando seu objetivo era outro que não a execução de 
contratos públicos.
A Igreja Católica herdou muitas das tradições administrativas dos romanos, a começar pela 
administração geográfica, que representa um exemplo interessante de prática de administração.
A estrutura atual da Igreja, que foi estabelecida em torno do século II (d. C.), quando se definiram 
com mais rigor seus objetivos e doutrinas, centralizou-se em Roma e criou uma estrutura hierárquica 
simples, composta dos seguintes níveis: Papa, Cardeais, Arcebispos e Párocos, que se reproduziu ao longo 
de quase dois mil anos.
Ao longo dos séculos, a Igreja Católica estruturou sua organização com uma hierarquia de autoridade, 
um estado-maior (assessoria) e a coordenação funcional para assegurar integração. A organização 
hierárquica da Igreja é tão simples e eficiente que sua enorme organização mundial pode operar sob 
o comando de uma só cabeça executiva: o Papa, cuja autoridade coordenadora lhe foi delegada de 
forma imediata por uma autoridade divina superior. A estrutura da organização eclesiástica serviu de 
modelo para as demais organizações que, ávidas de experiências bem sucedidas, passaram a incorporar 
os princípios e normas utilizados pela Igreja Católica (CHIAVENATO, 2007, p. 32).
1.3 O surgimento do Estado moderno
A centralização do poder político e a formação das monarquias europeias são indicadores da transição 
gradativa da Idade Média para a Idade Moderna. Mediante um processo lento, mas contínuo, durante os 
séculos XIV e XV, ocorrem a desagregação do sistema feudal e a formação dos Estados modernos.
Maquiavel (1469-1527), ao refletir sobre a realidade de sua época, elaborou não uma teoria de 
Estado moderno, mas uma teoria de como se formam os Estados, de como, na verdade, se constitui 
o Estado moderno. Para ele, o Estado passa a ter suas próprias características, faz política, segue suas 
técnicas, suas próprias leis.
Em sua obra O Príncipe faz recomendações sobre como um governante deve comportar-se. 
Acreditava em trabalho de equipe, recomendava que o príncipe deveria procurar os colaboradores 
21
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO
Re
vi
sã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: K
ar
en
 -
 1
6/
05
/2
01
1 
- 
2ª
 R
ev
isã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 0
2/
06
/2
01
1
individualmente capazes, que também soubessem trabalhar em equipe. A aprovação dos governados é 
essencial, independentemente da forma de chegada ao poder (usurpação ou herança).
O governante deveria, pelo exemplo pessoal, inspirar os governados. Em situação de crise, o príncipe 
deveria tentar fortalecer o moral e o espírito de seus governados, incentivando-os com o uso de suas 
qualidades intangíveis de liderança.
Quadro 4
Características do Estado moderno
Serve de base para as outras instituições formais
Passa a ser a fonte do direito positivo, legitimado pela sociedade
 É, inicialmente, absoluto e mercantil
Cria condições para que ocorra a Revolução Industrial
De maneira geral, o Estado moderno pressupunha:
• a delimitação de um território com fronteiras bem-definidas;
• a legitimidade social do poder político;
• a centralização política;
• a constituição de uma estrutura administrativa mínima (exército, tributos e os primórdios da burocracia).
Do final do século XVIII até o século XX, dois processos modificaram o desenho do Estado: a luta 
democratizadora por direitos civis, políticos e sociais – realizada em meio a revoluções e tentativas de 
incorporação de novos atores ao processo político, e que redundou na criação de instrumentos e políticas 
estatais voltados para esses direitos – e a expansão do capitalismo, que fez surgir meios de proteção à 
propriedade e aos contratos, uma infraestrutura para o desenvolvimento econômico e diversas formas 
de intervenção, diretas e indiretas, para constituir e regular o mercado interno.
 Observação
Surge com as mudanças estrutural e cultural ocorridas na sociedade. 
Nesse novo cenário, as organizações passam a participar do desenvolvimento 
do Estado, uma vez que a formação dos mesmos possibilitou a existência 
de um mercado seguro para o comércio.Dessa forma, houve ganhos 
resultantes da produtividade e da divisão do trabalho.
1.4 A Revolução Industrial
Completada a revolução de formação do Estado moderno e não obstante o domínio da nova teoria 
econômica liberal a partir de Adam Smith (A Riqueza das Nações é de 1776), só setenta anos mais tarde 
a Inglaterra adotou o liberalismo comercial. As instituições mercantis haviam sido fundamentais para 
seu desenvolvimento; chegava a hora das instituições liberais.
22
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: K
ar
en
 -
 1
6/
05
/2
01
1 
- 
2ª
 R
ev
isã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 0
2/
06
/2
01
1
A instituição do Estado moderno permitiu às nações que primeiro realizaram um processo de 
unificação do Estado saírem do período medieval e evoluírem para o mercantilismo, tendo seu grande 
despertar no princípio do século XVI, com as grandes descobertas através da navegação e das invenções, 
iniciando-se, assim, o que podemos chamar de primórdios da Revolução Industrial.
 Lembrete
A Revolução Industrial é consequência e complemento da revolução 
capitalista. Prova disso é que as nações que conseguiram promover e 
completar sua revolução industrial também foram as primeiras que 
alcançaram o desenvolvimento econômico, como Inglaterra, EUA e França. 
Os argumentos de Adam Smith sobre a vantagem econômica que as organizações e a sociedade 
poderiam obter com a divisão de trabalho fundamentaram-se na estrutura da indústria de fabricação 
dos alfinetes. Smith menciona que dez indivíduos, cada um realizando uma atividade especializada, 
poderiam produzir ao todo cerca de 48 mil alfinetes ao dia.
Entretanto, se esses mesmos indivíduos trabalhassem de forma separada e independente, com um 
pouco de sorte, somente poderiam fabricar duzentos alfinetes ao dia. Smith concluiu que a divisão 
de trabalho aumenta a produtividade ao incrementar a habilidade e a destreza de cada trabalhador. A 
grande popularidade que a especialização do trabalho ganhou, durante o processo de desenvolvimento 
da Revolução Industrial, permitiu que os mais variados segmentos industriais aplicassem sua teoria.
A Revolução Industrial promoveu uma grande mudança nos modelos de produção artesanal para o processo 
de divisão de trabalho apoiado nas ideias de Adam Smith. A produção manual, na qual o artesão domina todo o 
processo produtivo, passa a ser segmentada em vários níveis, permitindo aos detentores dos meios de produção 
subjugar o trabalhador, que passou a executar somente uma pequena parte da tarefa produtiva.
As principais mudanças implementadas pela Revolução Industrial foram: mudanças dos sistemas de 
produção; diminuição dos custos de produção; surgimento dos grandes inventos, que permitiram que 
a Revolução Industrial se ampliasse nos diferentes setores; o surgimento de uma nova classe social, os 
operários; desaparecimento do pequeno artesão e busca da competência e especialização.
Chiavenato apresenta uma divisão da Revolução Industrial em dois períodos distintos:
Quadro 5
Período de 1780 a 1860 1º Revolução Industrial ou Revolução do carvão e do ferro
Período de 1860 a 1914 2º Revolução Industrial ou Revolução do aço e da eletricidade
Fonte: Chiavenato, 2007.
23
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO
Re
vi
sã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: K
ar
en
 -
 1
6/
05
/2
01
1 
- 
2ª
 R
ev
isã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 0
2/
06
/2
01
1
O mesmo autor ensina que a 1º Revolução Industrial passou por quatro fases distintas:
Quadro 6
1º fase: A mecanização da indústria e da agricultura
2º fase A aplicação da força motriz à indústria
3º fase O desenvolvimento do sistema fabril
4º fase Um espetacular aceleramento dos transportes e das comunicações
Fonte: Chiavenato, 2007.
A segunda fase da Revolução Industrial foi provocada por três importantes fatores: o surgimento 
de um processo para fabricação do aço; um aperfeiçoamento na utilização do dínamo; e a invenção do 
motor de combustão interna.
Até 1850, a maioria das empresas não contava com os serviços de um administrador que se dedicasse 
exclusivamente a essa função, uma vez que as empresas eram pequenos negócios de família. A partir 
do momento em que várias pequenas empresas começaram a se agregar em uma federação, sob o 
controle de uma companhia holding, essas unidades deixaram de ser dirigidas pelas próprias famílias e 
começaram a ser administradas por gerentes assalariados.
Problematização: a terceira e a quarta revolução industrial
A partir da Segunda Guerra Mundial, a economia mundial começou a sofrer uma grande transformação. 
Essas mudanças são conceituadas como a Terceira Revolução Industrial, pois se estendem além das 
transformações ocorridas dentro das linhas de produção.
Com o avanço dos conhecimentos tecnológicos, passou a existir uma integração entre vários ramos 
da ciência, possibilitando o surgimento de processos produtivos que independem do uso da mão de obra 
humana, como, por exemplo, o grande uso de sistemas robóticos nas linhas de produção industrial.
As revoluções industriais que haviam ocorrido anteriormente tinham como finalidade o uso das tecnologias 
para produção de mercadorias a um custo reduzido e em quantidades suficientes para atender às demandas 
existentes; porém, em ambas, o uso da força de trabalho humano era necessário para que existisse a produção.
A introdução de novas tecnologias no cotidiano da sociedade trouxe significativas mudanças dentro 
das organizações e também na vida das pessoas; pois a Terceira Revolução Industrial não ficou restrita 
aos países desenvolvidos, as transformações atingiram um nível globalizado. Hoje, os pesquisadores 
entendem que os avanços da globalização trouxeram muitos prejuízos para a humanidade, como a 
destruição do meio ambiente e de culturas milenares.
Apesar das críticas decorrentes da substituição dos seres humanos por máquinas, que já podem 
participar de todo o processo produtivo, gerando um grande número de desempregados, os avanços da 
tecnologia, principalmente da informática e da genética, indicam que estamos caminhando para uma 
24
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: K
ar
en
 -
 1
6/
05
/2
01
1 
- 
2ª
 R
ev
isã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 0
2/
06
/2
01
1
Quarta Revolução Industrial, ou seja, adentrando num mundo onde é possível alterar a natureza por 
meio da biotecnologia e trabalhar novas áreas das ciências exatas por meio da nanotecnologia.
 Saiba mais
O sociólogo polonês Zygmunt Bauman é um dos pesquisadores mais 
citados quando se trata de discutir as mudanças pelas quais a nossa sociedade 
está passando. Ele denomina a época atual como a pós-modernidade, onde as 
relações humanas são consideradas como líquidas, ou seja, não existe segurança 
e tudo parece escorrer das nossas mãos. Por isso, alguns dos seus livros são 
chamados Amor Líquido e Medo Líquido. Segundo Bauman, na modernidade 
as relações sociais estavam baseadas na ética do trabalho e este era o balizador 
de todas as relações sociais e produzia uma segurança para quem tinha um 
emprego. Já na pós-modernidade as relações sociais estão baseadas na estética 
do consumo, ou seja, para que as pessoas sejam aceitas na sociedade precisam 
ser consumidores, e a estética do consumo está influenciando todas as relações 
humanas. Como o consumidor não pode se apegar ao produto, vivemos numa 
sociedade onde tudo é descartável, até mesmo as relações pessoais.
Se for de seu interesse conhecer um pouco mais a opinião de Zygmunt 
Bauman sobre a história da globalização e a consequência desse processo, 
deve fazer a leitura do livro Globalização: as consequências humanas – 
Jorge Zahar Editor. 
E, no endereço eletrônico abaixo, é possível ler uma entrevista do 
sociólogo Zygmunt Bauman concedida à pesquisadora Maria Lúcia Garcia 
Pallares-Burke:
<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0103-20702004000100015&script=sci_arttext>
1.5 Teorias científicas da administração
Dando mais um salto na história, passamos agora para a fase dos primeiros estudos formais da teoria 
da administração, que se situa nos séculos XIX e XX, período do surgimento da chamada Administração 
Científica, com a publicação dos Princípios da administração científica, em 1911, por Frederick Winslow 
Taylor, chamado pai da administração científica. Para esclarecermos o que vem a ser uma teoria, trazemos 
o comentário citado por Maximiano:
Teoria se refere a um modo de se organizar os fatos, explicando-os, 
estabelecendo relações e dando oportunidade de serem utilizados para 
previsão e prognóstico da realidade. Teoria diz respeito à relação entre fatos 
25
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO
Re
vi
sã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: K
ar
en
 -
 1
6/
05
/2
01
1 
- 
2ª
 R
ev
isã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 0
2/
06
/2
01
1
ou, em outros termos, à ordenação significativa desses fatos, consistindo em 
conceitos, classificações, correlações, generalizações, princípios, leis, regras, 
teoremas e axiomas (LACATOS; MARCONI, 1999, apud MAXIMIANO).
Portanto, podemos dizer que uma teoria é um conjunto de proposições que procuram explicar os 
fatos da realidade.
O trabalho de Frederick Winslow Taylor foi desenvolvido durante sua estada nas empresas Midvaley 
e Bethleen Steel, como engenheiro. Sua teoria partiu da constatação de que havia a necessidade de 
melhorar a qualidade do produto e reduzir os custos de produção, uma ideia que estava associada 
à produtividade. Segundo Taylor, esses problemas decorriam da falta de padrões de desempenho e 
eficiência e da necessidade de orientação para tomadas de decisão mais conscientes e dirigidas para 
problemas específicos, que geravam baixos níveis de interação entre o operário e o sistema produtivo.
Taylor passou a cronometrar os movimentos dos trabalhadores e dividia-os nas tarefas que os 
compunham – chamando-as unidades básicas de trabalho. Procurava, dessa forma, a melhor maneira de 
executá-las e de combiná-las para a tarefa maior. Usava sistema de pagamento por peças produzidas ou 
por quantidade, provocando aumento do rendimento dos trabalhadores de acordo com seu esforço. Com 
isso, Taylor conseguiu aumentar a eficiência, pois a produtividade resultava da eficiência do trabalho, e 
não da maximização dos esforços (troca do trabalho duro pelo trabalho inteligente).
Henry Ford adotou a linha de Taylor, em que a preocupação maior era a produtividade, sem considerar 
o homem e suas necessidades. Implantou e desenvolveu a divisão de trabalho na linha de montagem. 
Assim, cada operador era responsável por uma tarefa pequena, simples, que se completava com o 
trabalho de vários outros operadores, cada qual com operações igualmente simples.
Desconhecendo o processo global, cada operador detinha o conhecimento de sua operação e de 
nada mais; muitas vezes não sabia a que se destinava a peça por ele fabricada. A intercambialidade 
de operadores permitia que trabalhadores sem nenhum tipo de conhecimento, experiência ou 
treinamento desenvolvessem bem a tarefa produtiva, e também que tal trabalhador fosse facilmente 
substituído.
A produção uniformizada garantia à linha de montagem uma velocidade única para todos os 
operadores, facilitando o controle pelo supervisor. Tais práticas propiciaram o aparecimento de trabalhos 
indiretos: limpeza, abastecimento de insumos e coordenação de operações, garantindo que o trabalhador 
da linha de produção se fixasse apenas na sua tarefa.
Juntamente com o americano Frederick Taylor, responsável pela chamada Escola da Administração 
Científica, outro engenheiro europeu também participou, no início do século XX, do desenvolvimento dos 
primeiros trabalhos sobre a administração. Henri Fayol, responsável pelo desenvolvimento da chamada Teoria 
Clássica, cuja base era a preocupação com o aumento da eficiência da empresa por meio de sua organização 
e da aplicação de princípios gerais da administração em bases científicas. As ideias desses dois engenheiros 
são responsáveis pela formação da chamada Abordagem Clássica da Administração, que perdurou durante as 
quatros primeiras décadas do século XX, no que se refere à administração das organizações.
26
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: K
ar
en
 -
 1
6/
05
/2
01
1 
- 
2ª
 R
ev
isã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 0
2/
06
/2
01
1
Fayol, em seus princípios da administração, expõe o seguinte:
• Divisão de trabalho: resultando na especialização das funções e na separação dos poderes;
• Autoridade e responsabilidade: a primeira, o direito de mandar e o poder de se fazer 
obedecer; a segunda, a sanção – recompensa ou penalidade – que acompanha o exercício 
do poder;
• Disciplina: o respeito aos acordos estabelecidos entre a empresa e seus agentes;
• Unidade de comando: forma de cada indivíduo ter apenas um superior;
• Unidade de direção: um só chefe e um só programa para um conjunto de operações que visam ao 
mesmo objetivo;
• Subordinação do interesse individual ao interesse geral;
• Remuneração do pessoal: de forma equitativa e com base tanto em fatores externos quanto 
internos;
• Centralização: a concentração de poderes de decisão no chefe;
• Linha de autoridade ou hierarquia: a série dos chefes, dando-se aos subordinados de chefes 
diferentes a autonomia para estabelecer relações diretas;
• Ordem: um lugar para cada pessoa e cada pessoa em seu lugar;
• Equidade: o tratamento das pessoas com benevolência e justiça, não excluindo a energia e o rigor 
quando necessários;
• Estabilidade do pessoal: a manutenção das equipes como forma de promover seu 
desenvolvimento;
• Iniciativa: faz aumentar o zelo e a atividade dos agentes; espírito de equipe.
A seguir, quadro representativo das duas correntes que fazem a Abordagem Clássica da 
Administração, apresentando suas principais orientações:
Quadro 7
Escola da Administração Científica Corrente dos Anatomistas e Fisiologistas da Organização – Teoria Clássica
Se forma nos Estados Unidos a partir dos trabalhos de 
Taylor
Nasce na França com os trabalhos pioneiros de 
Fayol
A preocupação básica era aumentar a eficiência da 
empresa por meio do aumento da eficiência no nível 
operacional (operários)
A preocupação básica era aumentar a 
eficiência da empresa por meio da forma e da 
disposição dos órgãos componentes da empresa 
(departamentos) e de suas relações estruturais
Enfatiza a divisão do trabalho do operário, ou seja, 
ênfase nas tarefas é sua principal característica
Enfatiza a anatomia (estrutura) e a fisiologia 
(funcionamento) da organização, ou seja, ênfase 
na estrutura é a sua principal característica
27
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO
Re
vi
sã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: K
ar
en
 -
 1
6/
05
/2
01
1 
- 
2ª
 R
ev
isã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 0
2/
06
/2
01
1
Predominava a atenção para o método de trabalho Predominava a atenção para a estrutura organizacional
Permitia a especialização do operário e o 
reagrupamento de movimentos
Permitia a melhor maneira de subdividir a 
empresa sob a centralização de um comando 
central
Corrente de ideias desenvolvidas por engenheiros 
que procuravam elaborar uma engenharia industrial 
dentro de uma concepção pragmática
Corrente teórica orientada administrativamente
Fonte: Chiavenato, 2007.
Desdobramento da abordagem clássica apresentada por Chiavenato:
Abordagem Clássica 
da Administração
Administração 
Científica
Teoria Clássica Ênfase na estrutura
Ênfase nas 
tarefas
Fayol
TaylorT
AV
Figura 1
 Saiba mais
O conceito de eficiência, eficácia e efetividade é muito importante para 
a administração e também para os projetos sociais. Assim, aqueles que 
quiserem conhecer melhor o assunto podem acessar o site indicado abaixo 
e ler o artigo Eficiência, Eficácia e Efetividade na AdministraçãoPública, 
de autoria do pesquisador Rodrigo Batista de Castro, no qual é tratada de 
forma mais abrangente essa questão.
<http://www.anpad.org.br/enanpad/2006/dwn/enanpad2006-apsa-
1840.pdf>
2 CARACTERIZANDO AS ORGANIZAÇÕES
2.1 Organização
Segundo Patrick (2005), o conceito de organização é essencialmente o mesmo para todos os tipos 
de atividades. Uma vez formulados os planos e os objetivos, a administração deve desenvolver um modo 
sistemático de reunir os recursos físicos e humanos essenciais à realização das metas da empresa.
Maximiano (2007) entende organização como um sistema de recursos que procura alcançar objetivos. 
O processo de definir quais objetivos a organização pretende alcançar, com quais recursos, chama-se 
28
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: K
ar
en
 -
 1
6/
05
/2
01
1 
- 
2ª
 R
ev
isã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 0
2/
06
/2
01
1
planejamento. O processo de dividir o trabalho entre as pessoas, para realizar os objetivos, chama-se 
processo de organização.
Caravantes (2007) define o conceito de organização social como muito amplo e capaz de englobar 
vários agrupamentos sociais, na medida em que os participantes estão interligados por uma rede de 
relações e comungam de certos valores e normas. O mesmo autor acrescenta, ainda, a necessidade de 
delimitar esse conceito. Sempre que usarmos o termo organização, devemos associá-lo a um termo 
delimitante, a um adjetivo, como formal, complexo ou burocrático.
Dois autores destacaram-se no estudo das estruturas das organizações: o sociólogo alemão Max Weber, 
que viveu de 1854 a 1920, e um executivo de uma grande empresa norte-americana, Chester Barnard.
Weber, citado por Caravantes (2007), chamou de grupo corporativo o que definiu como “uma 
relação social que ou é fechada, ou limitada à admissão de forasteiros através de regras”. E coloca três 
características básicas:
• O grupo corporativo é caracterizado por fronteiras ou limites específicos, na medida em que 
pessoas são impedidas de participar ou sua participação é sujeita a especificações muito claras. 
Membros e não membros.
• Existe um conjunto de normas e regras a ser seguido por todos que participam do grupo e que 
definem condutas consideradas aceitáveis – ou não aceitáveis – de seus membros.
• A ordem existente é legal, na medida em que há uma diferença de poder entre os membros 
integrantes, existindo um subgrupo que decide exercer controle e administrar punições.
Weber coloca ainda que uma organização deve apresentar duas características adicionais:
• Deve ter um caráter comunal, pois é este último que faz com que as pessoas se reúnam e se 
agreguem;
• Suas atividades devem ser implementadas de maneira sistemática, sem que haja interrupções 
significativas, e os objetivos perseguidos por seus membros, relativamente específicos.
Segundo Chester Barnard (apud CHIAVENATO), uma organização é um subsistema de um 
sistema mais amplo, que ele chamou de sistemas cooperativos. Estes criam condições para que 
as limitações biológicas, físicas ou sociais sejam superadas. É um sistema cooperativo que se 
caracteriza por ser consciente, deliberado e com propósitos definidos. Para Barnard, necessita de 
três elementos:
• Comunicação entre os indivíduos participantes;
• Motivação para contribuir;
• Propósito comum.
29
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO
Re
vi
sã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: K
ar
en
 -
 1
6/
05
/2
01
1 
- 
2ª
 R
ev
isã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 0
2/
06
/2
01
1
Motivação
Organização
Comunicação
Propósito
comum
Figura 2
Caravantes (2007) conclui que organizações são unidades sociais (grupos humanos) deliberadamente 
construídos e reconstruídos para atingirem objetivos específicos, tais como: corporações, exércitos, 
escolas, hospitais, igrejas e prisões. Estão incluídos ainda: tribos, classes, grupos éticos. Grupos de 
amizade e famílias estão excluídos.
 Saiba mais
Pensamento sistêmico
Trata-se do primeiro fundamento em que se baseiam os “Critérios 
Rumo à Excelência e Compromisso com a Excelência”, podendo ser 
descrito como “entendimento das relações de interdependência 
entre os diversos componentes de uma organização e o ambiente 
externo”. 
Nas organizações que desejam alcançar o sucesso, seus 
administradores devem entender que as organizações são formadas 
pela combinação dos recursos humanos e organizacionais, ou seja, 
apesar de haver divisões de setores para o melhor funcionamento, estes 
precisam estar interligados por uma rede de relacionamentos, formando 
um único conjunto.
Para quem se interessar por esse assunto, uma boa dica é o artigo do 
pesquisador Laércio Cristino Martins, Pensamento sistêmico na gestão 
de organizações (PMEs) – Gestão Sistêmica de Organizações, que está 
disponível em:
<http://www.isssbrasil.usp.br/pdfs2/gso_5.pdf>
30
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: K
ar
en
 -
 1
6/
05
/2
01
1 
- 
2ª
 R
ev
isã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 0
2/
06
/2
01
1
2.2 A organização das organizações
A. Divisão de trabalho, poder, responsabilidade pela comunicação, divisões que não são casuais ou 
tradicionalmente estruturadas, mas deliberadamente planejadas para alcançar e realizar objetivos 
específicos.
B. A presença de um ou mais centros de poder que controlam os esforços planejados da organização 
e os dirigem para os objetivos dela.
C. Substituição de pessoal, isto é, aqueles com desempenho não satisfatório podem ser removidos e 
suas tarefas podem ser atribuídas a outros.
Patrick (2005) propõe que, ao nos organizarmos, devemos observar:
• Unidade de propósito: concordar quanto ao trabalho a ser feito;
• Divisão de trabalho: decidir o que deve ser feito para alcançar os propósitos; quais funções devem 
ser desempenhadas, quem irá desempenhá-las e que autoridade terá para desempenhá-las;
• Preenchimento dos cargos: deve-se determinar o tipo, a quantidade e a experiência das pessoas 
que implementarão esse trabalho;
• Estrutura ou arcabouço organizacional: garantirá que o trabalho de equipe seja eficaz em termos 
de relações de subordinação – a cadeia de comando e o fluxo de informações.
Patrick (2005) acrescenta, ainda, que a atividade de organizar desempenhada no processo de 
administrar está descrita na figura abaixo:
Organizar
Criar estrutura
Dividir trabalho
Distribuir 
recursos
Coordenar 
atividades
Planejar
Definir direção
Avaliação e
feedback
Controlar
Coordenar atividades
Figura 3
31
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO
Re
vi
sã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: K
ar
en
 -
 1
6/
05
/2
01
1 
- 
2ª
 R
ev
isã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 0
2/
06
/2
01
1
A maneira como as diversas partes de uma organização são formalmente dispostas é chamada de 
organograma.
No organograma, podemos ver:
1. Os níveis de administração: camadas verticais de administração.
2. Relações de supervisão: linha mostrando quem se reporta a quem.
3. Subunidades principais: cargos que se reportam a um mesmo gerente.
4. Divisão de trabalho: cargos e títulos.
5. Canal de comunicação.
Diretrizes para organizar:
• Estar bem atento ao impacto de mudança sobre as pessoas, bem como sobre a estrutura;
• Manter a estrutura enxuta e simples. Não desenvolver níveis demais para aprovação e revisão;
• Uma vez desenvolvida a estrutura ideal, compatibilizar as pessoas da melhor forma possível.
 Saiba mais
No site “Página de Direito”, é possível obter mais informações sobre a 
Administração.
<http://www.angelfire.com/ar/rosa01/direito108.html>
3 A TEORIA BUROCRÁTICA E SUA APLICAÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
3.1 Teoria burocrática
Max Weber, sociólogo alemão que viveu de 1854 a 1920, estudou a organização dentro de 
seu próprio quadro de referência e definiu a administração como um sistema social e burocrático, 
enfocando seus aspectos institucionais,tomando como base princípios da sociologia, da ciência 
política e do direito.
É um dos autores mais discutidos e comentados, uma vez que seus princípios administrativos foram 
adaptados aos setores governamentais, uma das atividades predominantes no princípio da evolução das 
teorias administrativas.
32
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: K
ar
en
 -
 1
6/
05
/2
01
1 
- 
2ª
 R
ev
isã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 0
2/
06
/2
01
1
Com o aparecimento, crescimento e proliferação das burocracias, a 
teoria administrativa – até então introspectiva e voltada apenas para os 
fenômenos internos da organização – ganhou uma nova dimensão por meio 
a abordagem estruturalista: além do enfoque intraorganizacional, surgiu o 
enfoque interorganizacional. A visão estreita e limitada aos aspectos internos 
da organização passou a ser ampliada e substituída por uma visão mais 
ampla, envolvendo a organização e suas relações com outras organizações 
dentro de uma sociedade maior (CHIAVENATO, 2007, p. 255).
Na administração pública, os estudos de Max Weber foram adotados para substituir a administração 
patrimonialista, na qual se baseavam as monarquias absolutistas. Patrimonialista, porque o patrimônio 
público e o privado eram confundidos. Esse tipo de Estado era governado pelo rei, cujo patrimônio 
individual confundia-se com o patrimônio público.
O patrimonialismo revela-se incompatível com o capitalismo industrial e as democracias parlamentares 
que surgem no século XIX. Para o capitalismo, a separação clara entre Estado e mercado é essencial. A 
democracia só pode existir quando a sociedade civil, formada por cidadãos, distingue-se do Estado, ao 
mesmo tempo em que o controla.
O aparecimento das burocracias coincidiu com o despontar do capitalismo, 
graças a inúmeros fatores, dentre os quais a economia do tipo monetário, 
o mercado de mão de obra, o aparecimento do Estado-nação centralizado 
e a divulgação da ética protestante (que enfatiza o trabalho como um dom 
de Deus e a poupança como forma de evitar a vaidade e a ostentação) 
(CHIAVENATO, 2007, p. 254).
Os princípios organizacionais da burocracia se adaptam bem a essas necessidades, pois, além de 
uma clara distinção entre público e privado, fazem uma separação entre o político e o administrador 
público. Dessa forma, os princípios da administração burocrática moderna, racional-legal, serão usados 
na administração pública durante período significativo do século XX.
Assim, a abordagem estruturalista passa a se impor sobre a abordagem clássica e a abordagem 
das relações humanas. A partir de então, a visão teórica adquire novas dimensões e novas variáveis, 
por meio da Teoria da Burocracia e da Teoria Estruturalista, conforme desdobramento da abordagem 
estruturalista demonstrada por Chiavenato.
Abordagem 
Estruturalista
Teoria da 
Burocracia
Teoria 
Estruturalista
Ênfase na estrutura, 
nas pessoas e no 
ambiente
Ênfase na 
estrutura
Figura 4
33
PRINCÍPIOS BÁSICOS DA ADMINISTRAÇÃO
Re
vi
sã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: K
ar
en
 -
 1
6/
05
/2
01
1 
- 
2ª
 R
ev
isã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 0
2/
06
/2
01
1
Max Weber, estudando as relações entre a economia e a sociedade, trata, em sua obra, da questão da 
legitimidade que fundamenta o exercício da autoridade. Quais são os diversos tipos de autoridade existentes na 
sociedade e como elas se legitimam? Ao responder a essas questões, Weber define três tipos de autoridade:
1. Autoridade tradicional: baseia-se nos costumes e nas tradições de uma cultura. A autoridade 
dos patriarcas e dos anciãos nas sociedades antigas e o poder do senhor feudal.
2. Autoridade carismática: baseia-se nas características pessoais de um indivíduo. Os profetas, heróis, 
guerreiros e líderes normalmente são reconhecidos pelos seus feitos e qualidades pessoais.
3. Autoridade racional-legal: refere-se à autoridade baseada nas regras e nas normas estabelecidas 
por um regulamento reconhecido e aceito pelos membros de dada comunidade. O ordenamento 
jurídico estabelece competências, direitos e deveres atribuídos a cada função, e a autoridade se impõe 
pela obediência a esse princípio. O exercício da autoridade e da função é limitado pelas regras.
Chiavenato apresenta uma tabela em que fica mais claro a tipologia de sociedade e a tipologia de 
autoridade e suas características segundo Weber.
O poder é legitimado por meio de um método de dominação ou pela combinação dos três métodos 
descritos anteriormente. A burocracia é um sistema administrativo pelo qual o poder é legitimado e 
canalizado para a execução de tarefas orientadas para um objetivo.
Quadro 8
Tipos de sociedade Características Exemplos
Tradicional
Patriarcal e patrimonialista
Conservadorismo
Clã, tribo, família, sociedade medieval
Carismática
Personalista, mística e arbitrária
Revolucionária
Grupos revolucionários, partidos políticos, 
nações em revolução
Legal, racional ou burocrática Racionalidade dos meios e dos objetivos Estados modernos, grandes empresas, exércitos
Fonte: Definições de Chiavenato (2004) relacionadas com os tipos de sociedade.
Quadro 9
Tipos de autoridade Características Legitimação Aparato administrativo
Tradicional
Não é racional. Poder herdado 
ou delegado. Baseado no 
“senhor”.
Tradição, hábitos, usos e 
costumes.
Forma patrimonial e forma 
feudal.
Carismática
Não é racional, nem herdada, 
nem delegável. Baseada no 
carisma.
Características pessoais 
(heroísmo, magia, poder 
mental) e carismáticas do 
líder.
Inconstante e instável. 
Escolhido pela lealdade e 
devoção ao líder e não por 
qualificações técnicas.
Legal, racional ou burocrática Legal, racional, impessoal formal. Meritocrática.
Justiça da lei. Promulgação e 
regulamentação de normas 
legais previamente definidas.
Burocracia.
Fonte: Definições de Chiavenato (2004) relacionadas com os tipos de autoridade.
34
Unidade I
Re
vi
sã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: K
ar
en
 -
 1
6/
05
/2
01
1 
- 
2ª
 R
ev
isã
o:
 A
nd
ré
ia
 -
 D
ia
gr
am
aç
ão
: J
ef
fe
rs
on
 -
 0
2/
06
/2
01
1
A administração burocrática propriamente dita constitui-se na determinação clara de um tratado, 
no qual são definidos aspectos como:
• um conjunto de normas: cada cargo está associado a um conjunto de deveres, responsabilidades 
e autoridade;
• o princípio de hierarquia: os cargos obedecem a uma hierarquia de importância e essa hierarquia 
é conhecida pelos elementos que os diferenciam;
• a competência profissional: associada à divisão clara de tarefas, pela qual é definida a competência 
de cada um, e as pessoas são preparadas para desempenhar suas tarefas segundo padrões 
esperados;
• o conhecimento técnico: todas as regras que definem o sistema social em que o indivíduo está 
envolvido e que determinam o desempenho do cargo.
Em sua vertente estatal, o modelo burocrático weberiano baseava-se nas seguintes características:
• separação nítida entre as esferas pública e privada, a fim de evitar a interferência de interesses 
particulares na administração pública – é a luta contra o patrimonialismo;
• rotinas e procedimentos formalizados segundo regras definidas a priori;
• impessoalidade e neutralidade do corpo de funcionários;
• estrutura hierárquica funcional fortemente verticalizada;
• seleção meritocrática do corpo de funcionários, a partir de critérios de seleção e promoção 
baseados em competências definidas pela especialização profissional;
• profissionalização da carreira administrativa com critérios de proteção e ascensão definidos de 
antemão, em contraposição ao arbítrio pessoal;
• predominância do controle legal como critério de avaliação da ação administrativa (due 
process);
• eficácia como princípio norteador da racionalidade, isto é, a criação de meios para atingir 
certos resultados definidos como produtos tangíveis, com pouca preocupação pelos custos, pela 
otimização, pela

Outros materiais