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RISCOS E HISTÓRIA AULA 2 DIA 23 DE OUTUBRO ii

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RISCOS E SEGUROS – HISTÓRIA, 
ESTRUTURA E CONCEITOS 
FUNDAMENTAIS
PROFESSORA ARIANE LIMA
Esta aula tem por objetivos :
Apresentar aspectos históricos das operações de seguros e a regulamenta-
ção do setor;
• classificar os riscos, conceituar gerenciamento de riscos apresentando suas 
etapas e explicar o que é uma análise preliminar e uma matriz de riscos;
• narrar as características e os elementos que caracterizam os seguros, de-
monstrar sua classificação e divisões e definir o que são garantias ou 
coberturas;
• definir o contrato de seguro, explicar como os contratos se efetivam e de-
monstrar o que são seguros proporcionais e não proporcionais;
• narrar cada etapa dos processos de sinistros e explicar os mecanismos de 
pulverização dos riscos.
TÓPICO 1 - A SOCIEDADE E O RISCO
Sabemos que o fato de estarmos vivos também significa que estamos permanentemente enfrentando perigos e medos, riscos e preocupações. Também 
está na realidade do ser humano o desejo de realizar conquistas e progredir, seja no plano material ou imaterial. 
A partir de agora, veremos a diferença entre perigo e 
risco e conheceremos como a humanidade desenvolveu as operações de seguros 
como mecanismo de proteção financeira para preservar suas conquistas e riquezas
Maslow estabeleceu uma 
hierarquia para as necessidades humanas na seguinte ordem: sociológicas, 
segurança, social, estima e autorrealização. As necessidades sociológicas estão 
na base da hierarquia porque tendem a ter a força mais alta até que sejam 
minimamente satisfeitas. A partir daí as necessidades de segurança, de estar livre 
de medo, de perigo físico e de privações das necessidades sociológicas básicas se 
tornam predominantes.
Em outras palavras, temos necessidade de preservação. Além do aqui e 
agora, existe a preocupação com o futuro. Será que o indivíduo será capaz de 
conservar sua propriedade ou seu emprego de forma que possa ter alimento e 
abrigo amanhã e depois de amanhã? Se a segurança de um homem está em 
perigo, outras coisas parecem pouco importantes. Por isso, podemos afirmar que 
a preservação das riquezas conquistadas pela sociedade é mais do que um desejo: 
é uma necessidade humana
A história dos seguros mostra que, desde o princípio das grandes civilizações, 
a necessidade humana de preservar suas riquezas estabeleceu mecanismos de divisão 
ou recuperação de prejuízos ocorridos
O Código de Hamurábi, surgido em meados 
de 1.800 a.C., dedicava cláusulas ao tema da bodemeria (Contrato de empréstimo a risco, sobre o casco, quilha e demais acessórios de um navio ), empréstimo ou hipoteca 
contraída pelo proprietário de um navio para gerenciar a sua viagem, e previa a 
isenção de pagamento se a embarcação viesse a pique. 
Existem indícios de que na 
Babilônia, 23 séculos antes de Cristo, caravanas de cameleiros que cruzavam o deserto 
dividiam entre si os prejuízos ocorridos com a morte de animais. Na China antiga e 
no Império Romano também havia seguros rudimentares, através de associações que 
visavam ressarcir membros que tivessem algum tipo de prejuízo (ARRUDA, 2016)
Assim, desde o início das civilizações, a divisão de perdas já cumpria com 
aquele que viria a ser o principal objetivo dos seguros: a preservação da riqueza 
ou da renda existente. Naquela época ainda não existiam meios cientícos para 
se estabelecer probabilidades ou previsões. 
Deste modo, a divisão de perdas só 
acontecia após elas terem ocorrido e, portanto, convivia-se com grandes incertezas: 
qual poderia vir a ser o tamanho das perdas? Qual seria a capacidade financeira 
do grupo de indivíduos envolvidos e a disposição (ou boa vontade) dos que não 
sofreram prejuízos em honrar pagamento da sua cota/parte? Além disso, a repartição 
de perdas depois da sua ocorrência tende a ser possível apenas com reduzido número 
de participantes, e isso torna o fardo individual muito pesado e aumenta o grau de 
diculdades de funcionamento desse regime.
A mudança de procedimento, ou seja, a divisão das perdas antes delas 
acontecerem, só foi possível com os avanços da matemática. Isso só veio a acontecer 
entre os séculos XIII e XVII. Para Bernstein (1997, p. 23), “sem números, não há 
vantagens nem probabilidades; sem vantagens e probabilidades, o único meio de 
lidar com o risco é apelar para os deuses e o destino. Sem números, o risco é uma 
questão de pura coragem”.
Os avanços matemáticos possibilitaram o desenvolvimento das teorias das 
probabilidades e da tomada de decisões. Os riscos começaram a ser estudados mais 
seriamente a partir da época do Renascimento, quando as pessoas se libertaram das 
restrições do passado e desaaram abertamente as crenças que colocavam todas as 
previsões futuras nas mãos de deuses, adivinhos ou oráculos
Com o estudo de estatísticas e do cálculo de probabilidades, desenvolveu-
se a ciência atuarial, tornando possível a divisão de perdas antes da ocorrência 
longo da carreira, feedback etc.
 Necessidades de autorrealização: Também conhecidas como necessidades de crescimento. 
Incluem a realização, aproveitar todo o potencial próprio, ser aquilo que se pode ser, fazer o 
que a pessoa gosta e é capaz de conseguir. Relaciona-se com as necessidades de estima: a 
autonomia, a independência e o autocontrole.
No trabalho: Desafios no trabalho, necessidade de influenciar nas decisões, autonomia etc.
. A atuária permite prever, com elevado grau de precisão, qual será 
a frequência relativa e o custo médio de sinistros futuros. Esses dois elementos 
constituem a base da precificação dos seguros
A ciência atuarial permite estabelecer probabilidades com elevado grau de 
certeza, mas não nos permite saber quem serão as vítimas dos infortúnios, ou seja, 
com quem ocorrerão os sinistros. É justamente nessa incerteza (não saber quem 
sofrerá os prejuízos) que se encontra a principal razão para pessoas e empresas 
buscarem proteção por meio dos contratos de seguros. 
Por esse mecanismo, 
elas contribuem solidária e antecipadamente para a constituição de um fundo 
mútuo, denominado reservas técnicas, que irá suprir as futuras perdas dos que 
forem desafortunados. Além disso, a aplicação financeira dessas reservas, feita 
predominantemente em títulos públicos, possibilita investimentos na economia
É natural esperar que as pessoas busquem melhores condições de vida. Isso 
também envolve a formação de um patrimônio, normalmente acumulado em anos 
de trabalho. Para os empreendedores, a empresa faz parte do patrimônio e consiste 
na fonte provedora de renda da sua e de muitas outras famílias. 
Tudo isso pode ser 
perdido, de uma hora para outra, em virtude da exposição a riscos. Alguns podem 
ser previstos e evitados ou minimizados; outros, como os eventos da natureza, são 
imprevisíveis e inevitáveis. O seguro nasceu, portanto, da necessidade de o homem 
controlar o risco.
Por isso, assumir riscos de forma consciente e/ou negligenciada de riscos 
pode indicar certa irresponsabilidade. Afinal, é fácil perceber que a exposição 
a eventos como vendavais, enchentes, terremotos, incêndios, roubos, colisões, 
mortes, entre outros, não causa apenas perdas individuais, mas também dificulta o desenvolvimento econômico de uma sociedade
COMO SURGIRAM OS SEGUROS
Viver envolve riscos. Se, no passado, o homem corria o risco de ser atacado 
por uma fera, ou morrer de frio ou fome, hoje enfrenta os riscos que afetam seu 
patrimônio e sua saúde. 
O assunto seguro está associado a dispositivos elaborados 
pelo homem no curso da sua história: da Lei das Doze Tábuas (450 a.C.), passando 
pelo Código de Hamurábi e pelo Império da Babilônia, chegando até o Código 
Napoleônico. 
Portanto, o Homem evoluiu, e os riscos o acompanharam nessa 
mudança. E “se pudéssemos encontrar uma palavra para definir o surgimento da 
atividade de seguros, certamente essa palavra seria solidariedade” (TEIXEIRA, 
2016, p. 12).
Vimos que fazer antecipadamente a divisão das perdas (ao invés de dividi-las apenas depois da sua ocorrência) só foipossível com o surgimento da estatística 
e o estudo das probabilidades. A matemática permitiu comprovar que as chances 
de perdas (prejuízos) são reais, tanto para as pessoas como para as empresas. 
A disposição para correr riscos varia de pessoa para pessoa, mas todas elas detestam 
perder e, devido a este fator, estabeleceu-se a necessidade de controlar e transferir 
os riscos
Surgiram então os negócios de gerenciamento de riscos e os seguros de 
diversas naturezas, destinados a proteger pessoas, patrimônios e responsabilidades. 
A principal função dos seguros é a divisão das perdas individuais (que seriam 
desastrosas para a maioria das pessoas e empresas) entre um grande grupo. 
A 
atuária é o lastro técnico das operações, pois baseada no estudo de probabilidades 
e estatísticas, ela possibilita que a divisão das perdas ocorra antes que os sinistros 
aconteçam. Isto estabelece outras importantes funções sociais para a indústria 
do seguro: acumulação de recursos e geração de investimentos na economia
Arruda (2016) diz que a atividade seguradora é antiga e madura. Em 1347, 
em Gênova, Itália, formalizou-se o primeiro contrato de seguro marítimo, com 
emissão de apólice (derivação de polliza, que em italiano significa promessa
 No 
século XVII os seguros de vida prosperavam na França e um grande incêndio que, 
em 1666, destruiu metade de Londres, estabeleceu a necessidade de proteção contra 
este tipo de evento. 
Os negócios atingiram pleno desenvolvimento comercial no 
século XVIII, quando os seguradores já emitiam apólices contra quase todo tipo de 
risco e ganharam impulso a partir da Revolução Industrial.
OS SEGUROS NO BRASIL
O Brasil foi descoberto pouco depois do período renascentista, quando 
ocorreram os avanços matemáticos que formariam a base técnica das operações 
de seguros. 
Entretanto, o período colonial e extrativista não estabeleceu uma base 
econômica que favorecesse o crescimento dos mecanismos de seguro que já se 
praticavam na Europa
 Seria necessária a transferência do governo português para 
que isso ocorresse. 
A história registra que o seguro surge no Brasil em 1808, em consequência 
da vinda da família real e da consequente abertura dos portos às nações amigas. 
A primeira seguradora brasileira, a Companhia de Seguros Boa-Fé, foi fundada 
em 24/02/1808 com a finalidade de operar no seguro marítimo
 Neste período, 
os seguros existentes eram regulados pelas leis portuguesas (Casa de Seguros 
de Lisboa). A Previdência Privada (atual Previdência Complementar ) também é 
desta época: surgiu em 1835, com a criação do Montepio Geral de Economia dos 
Servidores do Estado – MONGERAL
Teixeira (2016) acrescenta que, em 1850, foi promulgado o Código 
Comercial Brasileiro, que foi de fundamental importância para o desenvolvimento 
do seguro no Brasil, incentivando o aparecimento de inúmeras seguradoras, que 
passaram a operar não só com o seguro marítimo, mas também com o seguro 
terrestre
 Posteriormente, o Decreto 4.270, de 1901, passou a regular as operações 
de seguros no Brasil e criou as Inspetorias de Seguros, subordinadas ao Ministério 
da Fazenda. 
Em 1916 ocorreu o maior avanço de ordem jurídica no campo do 
contrato de seguro, com a promulgação do Código Civil Brasileiro (substituído 
pelo atual Código Civil de 2002). Com ele foram implantados os princípios essenciais do 
contrato de seguros e disciplinados os direitos e obrigações das partes, de modo a 
evitar e diminuir conflitos entre os interessados
A história de um mercado segurador realmente brasileiro começaria apenas 
em 1939, com a criação do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB), pois até então 
não existia um mercado nacional. A história dos seguros no país pode ser dividida 
em quatro períodos:
Até 1940, com a efetiva instalação do Instituto de Resseguros do Brasil (IRB), 
o mercado brasileiro foi dominado por seguradoras estrangeiras que eram, 
basicamente, agências de captação de seguros para suas matrizes.
O segundo momento está marcado pelo domínio das empresas nacionais e pela 
nacionalização das seguradoras estrangeiras que, a partir da criação do IRB, 
passaram a aplicar suas reservas no país.
• Uma nova fase se inicia com a criação do Sistema Nacional de Seguros, por meio 
do Decreto 73/66, que aumentou o poder de regulamentação do Estado. Este 
período se caracteriza, durante as décadas de 70 e 80, pela crescente participação 
dos bancos e por um processo contínuo de concentração, por meio de fusões e 
incorporações estimuladas pelo governo
A fase atual começa com a Constituição de 1988 e com o Plano Diretor de 
Seguros, apresentado pelo governo Collor em 1992. 
A partir de então, inicia-
se a redução do poder regulamentar estatal, a abertura do mercado interno ao 
capital internacional e o aumento da concorrência (MAGALHÃES, 1997 apud 
ARRUDA, 2016).
Na década de 1990, as transformações decorrentes da abertura econômica, 
juntamente com o Plano Diretor de Seguros, criaram um ambiente de mudanças e 
de acirrada competição, estabelecendo novas dimensões, que passaram de locais 
para globais. 
A estabilidade da moeda (estabelecida com o Plano Real) associada 
a um conjunto de ações traçadas em Plano Setorial pela Federação Nacional das 
Empresas de Seguros Privados e de Capitalização (FENASEG) no mesmo ano 
(1994) permitiu que ocorresse expressivo crescimento no volume de negócios de 
seguros. 
Em 2015, o mercado segurador brasileiro (formado pelas atividades de 
seguros, previdência complementar e capitalização) representou 6,2% da economia ( PIB ) nacional .
Em 15/01/07 foi promulgada a Lei Complementar 126/07, que promoveu 
a quebra do monopólio do Instituto de Resseguros do Brasil (atual IRB-Brasil 
Resseguros S.A.) e a consequente abertura do mercado de resseguros. 
Desde então, 
o IRB deixou de ser o ressegurador único e obrigatório, e as seguradoras brasileiras 
passaram a ter a opção de repassar seus excedentes de responsabilidade para 
resseguradores internacionais, conforme veremos na regulamentação do setor.
A REGULAMENTAÇÃO DO SETOR
A atividade seguradora tem lugar de destaque no desenvolvimento das 
nações não apenas pela proteção às pessoas (físicas e jurídicas), mas também pelas 
suas características de poupança e de geração de investimentos na economia, em 
virtude das reservas técnicas que são administradas pelas companhias de seguros. 
Vimos que, através do Decreto-Lei 73/66, o Governo Federal reformulou 
a política de seguros no Brasil e criou o Sistema Nacional de Seguros Privados 
(SNSP). De acordo com o Art. 8º do decreto, os órgãos integrantes do Sistema e suas principais atribuições são:
Conselho Nacional de Seguros Privados (CNSP): órgão governamental, 
presidido pelo Ministro da Fazenda, encarregado de deixar as diretrizes e 
normas da política de seguros privados no Brasil.
Superintendência de Seguros Privados (SUSEP): autarquia vinculada 
ao Ministério da Fazenda, responsável pela regulação, supervisão, 
controle, fiscalização e incentivo das atividades de seguros, previdência 
complementar aberta, capitalização e resseguro.
Seguradoras: empresas constituídas sob a forma de sociedade 
anônima, que assumem e administram riscos de acordo com os critérios 
regulamentados pela SUSEP.
Entidades de Previdência Complementar Aberta: sociedades 
constituídas com o objetivo de instituir e executar planos de benefícios 
de caráter previdenciário
Resseguradores: empresas que recebem a transferência de riscos das 
seguradoras, ou seja, é o segurador das seguradoras. 
A legislação brasileira os classifica como ressegurador local (sediado no país e 
constituído sob a forma de sociedade anônima), admitido (sediado 
no exterior, mas com escritório de representação no país) ou eventual 
(sediado no exterior, sem escritório de representação no país, mas 
cadastrado na SUSEP).
Corretores de Seguros: pessoas físicas ou jurídicas, intermediários 
legalmente autorizados a angariar e promover contratos de seguros
Em1998 foi criado o Conselho de Recursos do Sistema Nacional de Seguros 
Privados, de Previdência Complementar Aberta e de Capitalização (CRSNSP) como 
um órgão colegiado, integrante da estrutura básica do Ministério da Fazenda e que 
tem por finalidade o julgamento, em última instância administrativa, dos recursos 
de decisões dos órgãos fiscalizados do SNSP e que possui a seguinte estrutura
Com relação aos produtos ou planos de capitalização, Guerra (2016, p. 13) 
afirma que:
A Capitalização não integra o Sistema Nacional de Seguros Privados 
(SNSP), isto é, o título de capitalização não é um plano de seguro a 
ser comercializado por uma seguradora
A Capitalização constitui 
um sistema próprio: O Sistema Nacional de Capitalização (SNC). 
Assim, os títulos somente podem ser comercializados por sociedades 
de capitalização. 
No entanto, a fiscalização e a regulamentação da 
Capitalização, por força do Decreto-Lei 261, de 28/02/67, que criou o 
Sistema Nacional de Capitalização (SNC), também estão a cargo da 
SUSEP e do CNSP, respectivamente, da mesma forma que ocorre com 
as sociedades seguradoras
Pode-se observar que, apesar do sistema de capitalização não integrar o 
Sistema Nacional de Seguros Privados, ele evolui paralelamente. 
As sociedades de capitalização desempenham funções análogas às sociedades seguradoras e, 
para ambas, deve-se observar a necessidade de autorização pela SUSEP para que 
possam iniciar suas operações. 
Apesar do sistema de capitalização não integrar o Sistema Nacional 
de Seguros Privados, ele evolui paralelamente. As sociedades de capitalização 
desempenham funções análogas às sociedades seguradoras e, para ambas 
operarem, deve-se observar a necessidade de autorização pela SUSEP. Os produtos 
ou planos de saúde também possuem um sistema próprio
Comercializados por qualquer uma das modalidades de operadoras (seguradoras, empresas de medicina 
de grupo, cooperativas médicas, entre outras), eles integram o Sistema de Saúde 
Privada e Suplementar, que é da competência do Ministério da Saúde, através do Conselho Nacional de Saúde Suplementar (CONSU) e da Agência Nacional de 
Saúde Suplementar (ANS), que disciplina esse setor (GUERRA, 2016
Quanto às entidades de classe, Teixeira (2016, p. 13) destaca, primeiramente, 
a Federação Nacional dos Corretores de Seguros Privados, de Capitalização, de 
Previdência Privada e das Empresas Corretoras de Seguros (FENACOR) como 
sendo a “entidade sindical, de grau superior, de âmbito nacional, reconhecida 
como entidade coordenadora dos interesses da categoria econômica dos corretores 
de seguros e de capitalização”. 
Complementarmente, apresenta a Confederação 
Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde 
Suplementar e Capitalização (CNseg) como entidade máxima de representação 
institucional do mercado segurador, o qual seria formado pelo conjunto dos 
setores de Seguros, Previdência Complementar Aberta, Saúde Suplementar e 
Capitalização
Finalmente, para habilitar, qualificar e desenvolver a formação técnica 
dos profissionais de seguros, previdência complementar, saúde e capitalização, 
em 1971 surgiu a Fundação Escola Nacional de Seguros (FUNENSEG). Ela é a 
responsável pelo ensino e divulgação do seguro no Brasil.
RESUMO DO TÓPICO 1
Neste tópico, você aprendeu que:
• A preservação das riquezas conquistadas pela sociedade é uma necessidade 
humana.
• Com o estudo de estatísticas e do cálculo de probabilidades, desenvolveu-se a 
ciência atuarial.
• Através dos seguros contribui-se para a constituição de um fundo mútuo, 
denominado reservas técnicas. O seguro irá suprir as perdas dos desafortunados, 
e a aplicação financeira das reservas, feita predominantemente em títulos 
públicos, possibilita investimentos na economia
A principal função dos seguros é a divisão das perdas individuais entre um 
grande grupo; e a atuária é o lastro técnico das operações.
• O seguro surgiu no Brasil em 1808, e sua história registra quatro períodos:
1) 
Até 1940 o mercado brasileiro foi dominado por seguradoras estrangeiras; 
2) A criação do IRB e a nacionalização do mercado;
3) Nas décadas de 70 e 80 
houve crescente participação dos bancos e aumento da concentração por meio 
de fusões e incorporações estimuladas pelo governo
4) Com a Constituição 
de 1988 e o Plano Diretor de Seguros de 1992 teve início a redução do poder 
regulamentar estatal, a abertura do mercado ao capital internacional e o aumento 
da concorrência.
O Sistema Nacional de Seguros Privados (SNSP) é integrado pelo Conselho 
Nacional de Seguros Privados (CNSP), pela Superintendência de Seguros 
Privados (SUSEP), pelas Seguradoras, pelas Entidades de Previdência 
Complementar Aberta, pelos Resseguradores e pelos Corretores de Seguros.
O Sistema Nacional de Capitalização (SNC) é integrado pelas Sociedades 
de Capitalização e pelos Corretores de Capitalização. A fiscalização e a 
regulamentação competem à SUSEP e ao CNSP
O Sistema de Saúde Privada e Suplementar compete ao Ministério da Saúde, 
através do Conselho Nacional de Saúde Suplementar (CONSU) e da Agência 
Nacional de Saúde Suplementar (ANS), que regulamentam e fiscalizam as 
operadoras (seguradoras, empresas de medicina de grupo, cooperativas médicas 
e outras

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