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MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO SEMI-ÁRIDO ENGENHARIA MECÂNICA Prof(a). Dra. Ana Claudia de Melo Caldas Batista Caraúbas/RN Estudaremos a relação existente entre TENSÃO e DEFORMAÇÃO Campo elástico Transição entre o regime elástico e o plástico Campo plástico Grande interesse na conformação mecânica Fonte: CETLIN E HELMAN, p.45 Deformação Elástica: Quando um corpo é carregado com uma tensão na região elástica e sofre deformações, que desaparecem quando a carga é retirada. Alguns materiais, o desparecimento da deformação não é instantâneo, tendo uma dependência com o tempo, chamado de material viscoelástico. Para as análises realizadas a seguir sempre irá considerar: Dependência do tempo desprezível Isotrópicos Temperatura constante Fonte: CETLIN E HELMAN, p.45-46 Figura: Deformação de uma barra prismática sob tração no regime elástico. (CETLIN E HELMAN, p.47) 𝜎1 = 𝐸𝑒1 Lei de Hooke: Percebe-se que a tração provoca contrações nas outras duas direções: 𝜈 = − 𝑒2 𝑒1 = − 𝑒3 𝑒1 𝑒2 = 𝑒3 = −𝜈𝑒1 Onde: 𝜈 → Coeficiente de Poisson (𝜈 ≅ 0,3 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑚𝑒𝑡𝑎𝑖𝑠) Observação: existe 𝒆𝟐 e 𝒆𝟑 mesmo quando 𝝈𝟐 = 𝝈𝟑 = 𝟎 Fonte: CETLIN E HELMAN, p.46-47 Tensão aplicada Deformação provocada pela tensão nas direções 1 2 3 𝜎1 𝜎1 𝐸 −𝜈 𝜎1 𝐸 −𝜈 𝜎1 𝐸 𝜎2 −𝜈 𝜎2 𝐸 𝜎2 𝐸 −𝜈 𝜎2 𝐸 𝜎3 −𝜈 𝜎3 𝐸 −𝜈 𝜎3 𝐸 𝜎3 𝐸 𝑀𝑜𝑠𝑡𝑟𝑎𝑟: 𝑒1 = 1 E 𝜎1 − 𝜈 𝜎2 + 𝜎3 𝑒2 = 1 E 𝜎2 − 𝜈 𝜎1 + 𝜎3 𝑒3 = 1 E 𝜎3 − 𝜈 𝜎1 + 𝜎2 O desenvolvimento realizado considerando somente tensões principais. No entanto, considerando-se que tensões de cisalhamento não causam deformações lineares em corpos isotrópicos, pode-se mostrar equações semelhantes às encontradas também são válidas para tensões normais e deformações lineares não principais. Existe também uma relação linear entre as tensões tangenciais e as deformações angulares. Se o corpo está submetido às tensões 𝜎1, 𝜎2 𝑒 𝜎3 , pode-se considerar que os efeitos destas tensões se superpõem. Lembrete: 𝑒 = 𝜎 E 𝑒2 = 𝑒3 = −𝜈𝑒1 Fonte: CETLIN E HELMAN, p.47-48 DEFORMAÇÃO VOLUMÉTRICA REGIME ELÁSTICO Mostrar 𝑒1 + 𝑒2 + 𝑒3 = 3 1 − 2𝜈 𝐸 𝜎1 + 𝜎2 + 𝜎3 3 Considerando: 𝜎0 = 𝜎1 + 𝜎2 + 𝜎3 3 → 𝑇𝑒𝑛𝑠ã𝑜 𝐴𝑟𝑖𝑡𝑚é𝑡𝑖𝑐𝑎 𝑒1 + 𝑒2 + 𝑒3 = ∆ Tem-se: ∆ = 3 1 − 2𝜈 𝐸 𝜎0 Para que ∆ seja nulo (admitindo que 𝜈 ≥ 1/2), deve-se ter 𝜎0 = 0 Se 𝜎1, 𝜎2 e 𝜎3 forem positivos 𝜎0 também será, já que pode aproximar 𝜈 ≅ 0,3 𝐿𝑒𝑚𝑏𝑟𝑎𝑟: 𝑒1 = 1 E 𝜎1 − 𝜈 𝜎2 + 𝜎3 𝑒2 = 1 E 𝜎2 − 𝜈 𝜎1 + 𝜎3 𝑒3 = 1 E 𝜎3 − 𝜈 𝜎1 + 𝜎2 Fonte: CETLIN E HELMAN, p.48 FORMA E DE VOLUME ELÁSTICA Para a figura (c), a mudança de volume provocada pelo estado de tensões é nula, pois: 𝜎1 −𝜎𝑜 +𝜎2 − 𝜎𝑜 + 𝜎3 − 𝜎𝑜 = 𝜎1 + 𝜎2 + 𝜎3 − 3𝜎𝑜 = 0 Figura (b): Só provoca MUDANÇA DE VOLUME e não contribui para a deformação plástica, as deformações geradas são idênticas (componente hidrostática do estado de tensões) Figura (c): NÃO há variação de volume. Ocorre MUDANÇA DA FORMA, sendo este estado de tensões responsável pela ocorrência da deformação plástica e denomina-se componente desviadora do estado de tensões) Figura: Decomposição do estado inicial das tesões. (CETLIN E HELMAN, p.50) PLÁSTICA O estudo da energia elástica armazenada em um corpo durante a deformação elástica é de interesse numa interpretação das condições sob as quais um corpo passa do regime elástico para o plástico. 𝐹 ℓ𝑜 𝐴𝑜 Neste caso, o trabalho será: 𝑑𝑈 = 𝐹𝑑𝑙 Quando o corpo se alonga, supondo que todo o trabalho é transformado em energia elástica: 𝑈1 = ℓ𝑜 ℓ1 𝐹𝑑ℓ = 𝐴𝑜ℓ𝑜 0 𝑒1 𝜎1𝑑 𝑒1 A energia armazenada por unidade de volume será: 𝑈01 = 0 𝑒1 𝜎1𝑑 𝑒1 → 𝑈01 = 1 2 𝜎1𝑒1 Considerando a energia acumulada de 𝜎1, 𝜎2 e 𝜎3 : 𝑈𝑜 = 1 2 𝜎1𝑒1 + 𝜎2𝑒2 + 𝜎3𝑒3 𝐿𝑒𝑚𝑏𝑟𝑒𝑡𝑒: 𝐹 = 𝜎1𝐴𝑜 e dℓ = ℓ𝑜d𝑒1 Condições constantes Energia elástica armazenada 𝑈01 Fonte: CETLIN E HELMAN, p. 50-51 DEFORMAÇÃO PLÁSTICA 𝑼𝒐 = 𝟏 𝟐 𝝈𝟏𝒆𝟏 + 𝝈𝟐𝒆𝟐 + 𝝈𝟑𝒆𝟑 1° Caso Pode-se avaliar a energia necessária para variar o volume do corpo 𝑈𝑜 𝐻. (𝜎1 = 𝜎2 = 𝜎3 = 𝜎0) 2° Caso Avaliar a energia elástica de distorção 𝑈𝑜 𝐷 𝜎1 =𝜎1 − 𝜎0 𝜎2 =𝜎2 − 𝜎0 𝜎3 =𝜎3 − 𝜎0 1° Caso:(𝜎1 = 𝜎2 = 𝜎3 = 𝜎0) → Aceitando que se podem superpor os efeitos de 𝜎1, 𝜎2 e 𝜎3 no regime elástico. Lembrando: 𝜎0 = 𝜎1 + 𝜎2 + 𝜎3 3 𝑒1+ 𝑒2 + 𝑒3 = ∆ ∆ = 3 1 − 2𝜈 𝐸 𝜎0 Avaliando a energia necessária para variar o volume do corpo 𝑈𝑜 𝐻 𝑈𝑜 𝐻 = 1 2 𝜎0∆ 𝑈𝑜 𝐻 = 1 2 3 1 − 2𝜈 𝐸 𝜎0 2 = 1 2 3 1 − 2𝜈 𝐸 (𝜎1+𝜎2 + 𝜎3)² 9 Logo: 𝑈𝑜 𝐻 = 1 − 2𝜈 6𝐸 (𝜎1+𝜎2 + 𝜎3)² 𝑼𝒐 𝑯 = 𝟏 𝟐 𝝈𝟎𝒆𝟏 + 𝝈𝟎𝒆𝟐 + 𝝈𝟎𝒆𝟑 Lembrete: 𝑈𝑜 = 1 2 𝜎1𝑒1 + 𝜎2𝑒2 + 𝜎3𝑒3 𝑼𝒐 𝑯 = 𝟏 𝟐 𝝈𝟎 𝒆𝟏 + 𝒆𝟐 + 𝒆𝟑 2° Caso: Levando em conta: 𝑈𝑜 = 1 2 𝜎1𝑒1 + 𝜎2𝑒2 + 𝜎3𝑒3 1° Passo é substituir as deformações: 𝑒1 = 1 E 𝜎1 − 𝜈 𝜎2 + 𝜎3 𝑒2 = 1 E 𝜎2 − 𝜈 𝜎1 + 𝜎3 𝑒3 = 1 E 𝜎3 − 𝜈 𝜎1 + 𝜎2 2° Passo é substituir as tesões: 𝜎1 =𝜎1 − 𝜎0; 𝜎2 =𝜎2 − 𝜎0; 𝜎3 =𝜎3 − 𝜎0 3° considerar a tensão média : 𝜎0= 𝜎1+𝜎2+𝜎3 3 ou 𝜎1 + 𝜎2 + 𝜎3 = 3𝜎0 A energia elástica de distorção é dada por: 𝑈𝑜 𝐷 = 1 + 𝜈 6𝐸 𝜎1 − 𝜎2 2 + 𝜎1 − 𝜎3 ² + 𝜎2 − 𝜎3 ² Obteremos a energia total, em função de 𝜎1. O valor de 𝑈𝑜 será: 𝑈𝑜 = 1 − 2𝜈 6𝐸 (𝜎1+𝜎2 + 𝜎3)² + 1 + 𝜈 6𝐸 𝜎1 − 𝜎2 2 + 𝜎1 − 𝜎3 ² + 𝜎2 − 𝜎3 ² 𝑈0 𝐻 → 𝑒𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑣𝑎𝑟𝑖𝑎𝑟 𝑜 𝑣𝑜𝑙𝑢𝑚𝑒 𝑈0 𝐷 → 𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝐸𝑙á𝑠𝑡𝑖𝑐𝑎 𝑑𝑒 𝐷𝑖𝑠𝑡𝑜𝑟çã𝑜: 𝐸𝑛𝑒𝑟𝑔𝑖𝑎 𝑎𝑠𝑠𝑜𝑐𝑖𝑎𝑑𝑎 𝑎𝑜 𝑒𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑛çã𝑜 𝑛𝑎 𝑓𝑖𝑔𝑢𝑟𝑎 𝐶 Fonte: Cetlin E Helman, p.52. DEFORMAÇÃO PLÁSTICA Figura: Comportamento de um material à tração pura. (CETLIN E HELMAN, p.54) 𝜎1 = 𝑃 𝐴0 𝑒1 = ∆ℓ ℓ𝑜 Deformação Permanente Deformação elástica Deformação elastoplástica total Normalmente 𝑫𝑬 << 𝑶𝑫 Estricção Ruptura Não Corresponde mais a uma tração pura Deformação elástica Deformação elástica com deformação plástica Muitas vezes, devido ser difícil visualizar a TENSÃO DE ESCOAMENTO, adota-se como a tensão necessária para se obter 0,2% da deformação plástica. DEFORMAÇÃO PLÁSTICA A condição de conservação do volume durante a deformação plástica (𝒆𝟏 + 𝒆𝟐 + 𝒆𝟑 ≈ 𝟎), e supondo desprezível a contribuição da deformação elástica, tem-se, por simetria: 𝒆𝟐 = 𝒆𝟑 = − 𝟏 𝟐 𝒆𝟏 Assim, a área deve diminuir quando o corpo é alongado. Mesmo assim, 𝜎1 cresce até B, mostrando claramente o aumento da resistência do material associado a deformação plástica. 𝜎1 = 𝑃 𝐴0 𝑒1 = ∆ℓ ℓ𝑜 Fonte: Cetlin E Helman, p.54. Falha para material dúctil ocorre pelo escoamento, ao passo que se for frágil, isso ocorrerá pela ruptura. Serão expostas teorias frequentemente usadas na prática da engenharia para prever a falha de um material submetido a um estado de tensão multiaxial. Essas teorias são usadas para determinar as tensões admissíveis descritas em muitas normas de projetos. Materiais Dúcteis O escoamento do material dúctil, acontece ao longo dos planos de contato dos cristais orientados aleatoriamente e que formam o material. Esse deslizamento deve-se à tensão de cisalhamento. Figuras: (HIBBELER, p. 413-414) As falhas na superfície ocorrem nos planos de deslizamentos a 45° do eixo. TEORIA DA TENSÃO DE CISALHAMENTO MÁXIMA, ou CRITÉRIO DE ESCOAMENTO DE TRESCA é usada para prever a tensão de falha de um material dúctil sujeito a qualquer tipo de carga. Figuras: (HIBBELER, p. 414) 𝜏𝑚á𝑥 = 𝜎𝑒 2 Coincidindo com as linhas de Lüder Considerando o ensaio de tração Fazendo o circulo de Mohr. Para aplicações, usa-se a tensão de cisalhamento máxima absoluta em termos das TENSÕES PRINCIPAIS: Se as duas tensõesprincipais no plano tiverem o mesmo sinal, então a falha ocorrerá fora do plano e pela equação: Se as tensões principais no plano tiverem sinais opostos, então a falha ocorrerá no plano e, pela equação: 𝜏𝑚á𝑥𝑎𝑏𝑠 = 𝜎𝑚á𝑥 2 𝜏𝑚á𝑥𝑎𝑏𝑠 = 𝜎𝑚á𝑥 − 𝜎𝑚í𝑛 2 Fonte: (HIBBELER, p. 414) Se qualquer ponto do material estiver sujeito a um estado plano de tensões e suas tensões principais no plano forem representadas pelas coordenadas marcadas no limite ou fora da área hexagonal sombreada, o material escoará no ponto e ocorrerá falha. Definidas as equações e sabendo que 𝜏𝑚á𝑥 = 𝜎𝑒 2 Tem-se: (Hibbeler. P.420) Exemplo 10.14: O eixo maciço mostrado a seguir tem raio de 0,5 pol e é feito de aço com limite de escoamento de 36Ksi. Determinar se o carregamento provocará falhas, de acordo com a teoria da TENSÃO DE CISALHAMENTO MÁXIMA. 𝝈𝟏,𝟐 = 𝝈𝒙 + 𝝈𝒚 𝟐 + 𝝈𝒙 − 𝝈𝒚 𝟐 𝟐 + 𝝉𝒙𝒚 𝟐 𝝈𝟏 = 𝟗, 𝟓𝟔𝑲𝒔𝒊 𝒆 𝝈𝟐 = −𝟐𝟖, 𝟔𝟔𝒌𝒔𝒊 Teoria de cisalhamento Máxima 𝝈𝟏 − 𝝈𝟐 ≤ 𝝈𝑬 𝟗, 𝟓𝟔 − (−𝟐𝟖, 𝟔𝟔) ≤ 𝟑𝟔 38,2>36 Falha do material por cisalhamento 𝟑𝟔 ksi 𝟑𝟔 ksi 𝟑𝟔 ksi 𝟑𝟔 ksi Fonte: (Adaptada de HIBBELER, p. 414) Quando um material é deformado por ação de uma carga externa, tende a armazenar energia internamente → Densidade de energia de deformação. 𝑼𝒐 𝑫 = 𝟏 + 𝝂 𝟔𝑬 𝝈𝟏 − 𝝈𝟐 𝟐 + 𝝈𝟏 − 𝝈𝟑 ² + 𝝈𝟐 − 𝝈𝟑 ² Fonte: (HIBBELER) Fonte: Cetlin e Helman. 𝑼𝒐 𝑫 = 𝟏 + 𝝂 𝟑𝑬 𝝈𝟏 𝟐 − 𝝈𝟏𝝈𝟐 + 𝝈𝟐 𝟐 → Para estado planod e tensões 𝜎3 = 0 𝑼𝒐 𝑫 = 𝟏 + 𝝂 𝟔𝑬 𝝈𝟏 − 𝝈𝟐 𝟐 + 𝝈𝟏 − 𝝈𝟑 ² + 𝝈𝟐 − 𝝈𝟑 ² → 𝐸𝑠𝑡𝑎𝑑𝑜 𝑡𝑟𝑖𝑎𝑥𝑖𝑎𝑙 𝑑𝑒 𝑡𝑒𝑛𝑠õ𝑒𝑠 𝑼𝑬 𝑫 = 𝟏 + 𝝂 𝟑𝑬 𝝈𝑬 𝟐 → 𝑇𝑟𝑎çã𝑜 𝑃𝑢𝑟𝑎 Como a teoria da energia da distorção máxima requer que 𝑼𝒐 𝑫= 𝑼𝑬 𝑫, tem-se: 𝟏 𝟐 𝝈𝟏 − 𝝈𝟐 𝟐 + 𝝈𝟏 − 𝝈𝟑 ² + 𝝈𝟐 − 𝝈𝟑 ² 𝟏 𝟐 ≤ 𝝈𝑬 → 𝑬𝒔𝒕𝒂𝒅𝒐 𝒕𝒓𝒊𝒂𝒙𝒊𝒂𝒍 𝝈𝟏 𝟐 − 𝝈𝟏𝝈𝟐 + 𝝈𝟐 𝟐 ≤ 𝝈𝑬 𝟐 → 𝐄𝐬𝐭𝐚𝐝𝐨 𝐩𝐥𝐚𝐧𝐨 𝐝𝐞 𝐭𝐞𝐧𝐬õ𝐞𝐬 (Hibbeler. P.420) Exemplo 10.14: O eixo maciço mostrado a seguir tem raio de 0,5 pol e é feito de aço com limite de escoamento de 36Ksi. Determinar se o carregamento provocará falhas, de acordo com a TEORIA DA ENERGIA DE DISTORÇÃO MÁXIMA. 𝝈𝟏,𝟐 = 𝝈𝒙 + 𝝈𝒚 𝟐 + 𝝈𝒙 − 𝝈𝒚 𝟐 𝟐 + 𝝉𝒙𝒚 𝟐 𝝈𝟏 = 𝟗, 𝟓𝟔𝑲𝒔𝒊 𝒆 𝝈𝟐 = −𝟐𝟖, 𝟔𝟔𝒌𝒔𝒊 Teoria da distorção Máxima 𝝈𝟏 𝟐 − 𝝈𝟏𝝈𝟐 + 𝝈𝟐 𝟐 ≤ 𝝈𝑬 𝟐 𝟗, 𝟓𝟔² − 𝟗, 𝟓𝟔 × −𝟐𝟖, 𝟔𝟔 + (−𝟐𝟖, 𝟔𝟔)² ≤ 𝟑𝟔2 1187 ≤ 1296 Segundo esse critério não ocorrerá falha no material. No REGIME ELÁSTICO a deformação final depende somente do estado final de tensões; No REGIME PLÁSTICO deformação plástica final depende de: Estado final de tensões; Sequência de estados de tensões seguida para chegar ao estado final de tensões, História do material até o inicio da sequência acima. Devido ao problema da dependência das deformações finais com a sequência dos estados de tensões impostos, a descrição matemática das relações tensão-deformação no campo plástico é muito mais complexa do que no campo elástico. Fonte: Cetlin e Helman, p.59-60. Não ocorre deformação, pois a resistência do material já foi aumentada. Assumindo que quando “DOIS ESTADOS DE TENSÃO SÃO MECANICAMENTE EQUIVALENTES QUANDO PRODUZEM O MESMO EFEITO EM UM MATERIAL, COM RELAÇÃO AO ESCOAMENTO PLÁSTICO” “Há um interesse em encontrar uma grandeza com dimensões de tensão, cuja magnitude seja a mesma para esses estados equivalentes, mesmo que as tensões individuas aplicadas (𝜎1, 𝜎2 𝑒 𝜎3) sejam diferentes”. Esta tensão equivalente será definida como sendo a TENSÃO EFETIVA (𝜎𝑒), definida por: A tensão efetiva é em função da energia elástica de distorção, por Von Mises, a energia é constante para um dado material, no momento que ele escoa, independente do estado de tensão vigente. 𝜎𝑒 = 1 2 𝜎1 − 𝜎2 2 + 𝜎1 − 𝜎3 ² + 𝜎2 − 𝜎3 ² 1 2 → 𝐶𝑟𝑖𝑡é𝑟𝑖𝑜 𝑑𝑒 𝑉𝑜𝑛 𝑀𝑖𝑠𝑒𝑠 Fonte: Cetlin e Helman, p.60-61. Supondo que o aumento da tensão de escoamento com a deformação (devido o encruamento) depende do trabalho plástico realizado: A deformação efetiva é dada pela expressão: Para obter a deformação total (𝑒𝑒), deve-se integrar a equação acima ao longo do programa de deformação seguido. 𝑈01 = 𝜎𝑒𝑑 𝑒𝑒 𝑑𝑒𝑒 = 2 3 𝑑𝑒1 − 𝑑𝑒2 2 + 𝑑𝑒1 − 𝑑𝑒3 2 + 𝑑𝑒2 − 𝑑𝑒3 2 1/2 Fonte: Cetlin e Helman, p.61. Considerando a aplicação da TENSÃO DE TRAÇÃO (𝜎1 ≠ 0 𝑒 𝜎2 = 𝜎3= 0; 𝑒2 = 𝑒3 = −1/2𝑒1), desprezando a deformação elástica. Tem-se: Logo, curva 𝜎1 𝑡𝑟 × 𝑒1 𝑡𝑟 coincide com a curva 𝜎𝑒 × 𝑒𝑒. Normalmente supõem-se que as curvas 𝜎𝑒 × 𝑒𝑒 obtidas através de ensaio de tração também são válidas para quaisquer outros tipos de solicitação. EXPERIMENTALMENTE ESTA SUPOSIÇÃO NEM SEMPRE É VERDADEIRA. 𝜎𝑒 = 𝜎1 𝑡𝑟 ; 𝑑𝑒2 = 𝑑𝑒3 = − 1 2 𝑑𝑒1 ; 𝑑𝑒𝑒 = 𝑑𝑒1 𝑡𝑟 Lembrete: 𝜎𝑒 = 1 2 𝜎1 − 𝜎2 2 + 𝜎1 − 𝜎3 ² + 𝜎2 − 𝜎3 ² 1 2 𝒆𝟐 = 𝒆𝟑 = − 𝟏 𝟐 𝒆𝟏 𝑑𝑒𝑒 = 2 3 𝑑𝑒1 − 𝑑𝑒2 2 + 𝑑𝑒1 − 𝑑𝑒3 2 + 𝑑𝑒2 − 𝑑𝑒3 2 1/2 Fonte: Cetlin e Helman, p.61. Lembrar: Tensão hidrostática → alteração de volume ; Tensão desviadora→ deformação plástica. Levi e Mises, considerando que se possa desprezar a deformação elástica frente a deformação plástica sofrida pelos metais, desenvolveram uma lei para a relação entre tensões e deformações plásticas: 𝑑𝑒1 = 3 2 𝑑𝑒𝑒 𝜎𝑒 𝜎1 − 𝜎0 ; 𝑑𝑒2 = 3 2 𝑑𝑒𝑒 𝜎𝑒 𝜎2 − 𝜎0 ; 𝑑𝑒3 = 3 2 𝑑𝑒𝑒 𝜎𝑒 𝜎3 − 𝜎0 Lembrando que : 𝜎0 = 𝜎1+𝜎2+𝜎3 3 𝑑𝑒1 = 𝑑𝑒𝑒 𝜎𝑒 𝜎1 − 1 2 𝜎2 + 𝜎3 ; 𝑑𝑒2 = 𝑑𝑒𝑒 𝜎𝑒 𝜎2 − 1 2 𝜎1 + 𝜎3 ; 𝑑𝑒3 = 𝑑𝑒𝑒 𝜎𝑒 𝜎3 − 1 2 𝜎1 + 𝜎2 No livro essas equações estão erradas – mostrar! Ler CETLIN E HELMAN, p.63 Não provoca deformação plástica! Fonte: Cetlin e Helman, p.62. Comparação dos coeficientes 1/𝐸 (Regime elástico) e 𝑑𝑒𝑒/𝜎𝑒(Regime Plástico) Curva 𝜎𝑒 × 𝑒𝑒 coincide com a curva 𝜎1 𝑡𝑟 × 𝑒1 𝑡𝑟 Cotangente da inclinação da reta AB, que depende fundamentalmente da forma da curva 𝜎𝑒 × 𝑒𝑒 Considera que o material sofreu apenas deformações plásticas (𝐸 = ∞, rígido) Figura e texto: (CETLIN E HELMAN, p.64) Curva utilizados para formas especiais!!! Exemplos de formas especiais: 𝜎𝑒 obedece a equação: Onde 𝐴 é o coeficiente de resistência e 𝑛 o coeficiente e encruamento. “Por vez, toma-se um aumento de resistência linear, ou mesmo uma resistência constante (encruamento nulo), o que é aceitável para materiais muito encruados a deformações a quente”. Material 𝑨 (𝒌𝒈/𝒎𝒎) n Aço (0,05%C) 54 0,26 Aço 1010 recozido 70 0,2 Aço 1045 recozido 103 0,17 A1 6061 recozido 21 0,2 A1 6061 envelhecido 42 0,05 Cobre recozido 32 0,54 Latão 70/30 recozido 91 0,49 Tabela: ADAPTADA(CETLIN E HELMAN, p.65) Figura: Curvas 𝜎𝑒 × 𝑒𝑒 para materiais rígidos (deformação elástica nula) com encruamento linear (a) e rígido sem encruamento (b)(CETLIN E HELMAN, p.65) 𝜎𝑒 = 𝐴𝑒𝑒 𝑛 ENSAIO DE TRAÇÃO: 𝜎1 ≠ 0 𝑒 𝜎2 = 𝜎3= 0 𝑑𝑒1 = 𝑑𝑒𝑒 𝜎𝑒 𝜎1 − 1 2 𝜎2 + 𝜎3 → 𝒅𝒆𝟏 = 𝒅𝒆𝒆 𝝈𝒆 𝝈𝟏 𝑑𝑒2 = 𝑑𝑒𝑒 𝜎𝑒 𝜎2 − 1 2 𝜎1 + 𝜎3 → 𝑑𝑒2 = 𝑑𝑒𝑒 𝜎𝑒 − 1 2 𝜎1 = − 1 2 𝒅𝒆𝒆 𝝈𝒆 𝜎1 = − 𝟏 𝟐 𝒅𝒆𝟏 𝑑𝑒3 = 𝑑𝑒𝑒 𝜎𝑒 𝜎3 − 1 2 𝜎1 + 𝜎2 𝑑𝑒𝑒 𝜎𝑒 − 1 2 𝜎1 = − 1 2 𝒅𝒆𝒆 𝝈𝒆 𝜎1 = − 𝟏 𝟐 𝒅𝒆𝟏 𝒅𝒆𝟐 = 𝒅𝒆𝟑 = − 𝟏 𝟐 𝒅𝒆𝟏 → 𝑒2 = 𝑒3 = − 1 2 𝑒1 Fonte: Cetlin e Helman, p.65. ENSAIO DE TORÇÃO: 𝜎1 = − 𝜎3 𝑒 𝜎2 = 0; 𝑑𝑒1 = 𝑑𝑒𝑒 𝜎𝑒 𝜎1 − 1 2 𝜎2 + 𝜎3 = 𝑑𝑒𝑒 𝜎𝑒 𝜎1 − 1 2 −𝜎1 = 3 2 𝑑𝑒𝑒 𝜎𝑒 𝜎1 𝑑𝑒2 = 𝑑𝑒𝑒 𝜎𝑒 𝜎2 − 1 2 𝜎1 + 𝜎3 = 𝑑𝑒𝑒 𝜎𝑒 0 − 1 2 𝜎1 − 𝜎1 = 𝟎 𝑑𝑒3 = 𝑑𝑒𝑒 𝜎𝑒 𝜎3 − 1 2 𝜎1 + 𝜎2 = 𝑑𝑒𝑒 𝜎𝑒 −𝜎1 − 1 2 −𝜎1 = − 3 2 𝑑𝑒𝑒 𝜎𝑒 𝜎1 = −𝑑𝑒1 𝒅𝒆𝟑 = −𝒅𝒆𝟏 Fonte: Cetlin e Helman, p.66. • Ocorre deformação nas direções 1 e3. Na direção 2 não ocorre deformação (𝒆𝟐 = 𝟎;𝒅𝒆𝟐 = 𝟎); • Considerando que não há variação de volume: 𝒆𝟏 = −𝒆𝟑 • Da equação: PROCESSAMENTO EM ESTADO PLANO DE DEFORMAÇÃO Deformação ocorre paralelamente a um plano dado. Esse tipo de deformação é observado na laminação de chapas largas (largura 6x maior que a espessura), e também no forjamento de chapas largas. 𝑑𝑒2 = 𝑑𝑒𝑒 𝜎𝑒 𝜎2 − 1 2 𝜎1 + 𝜎3 → 0 = 𝑑𝑒𝑒 𝜎𝑒 𝜎2 − 1 2 𝜎1 + 𝜎3 → 𝝈𝟐 = 𝟏 𝟐 𝝈𝟏 + 𝝈𝟑 Figura: (CETLIN E HELMAN, p.67) PROCESSAMENTO EM ESTADO PLANO DE DEFORMAÇÃO • Como 𝝈𝟑 é de compressão e 𝝈𝟏 não pode ser de tração, conclui-se que aparece uma tensão de compressão ao longo de 2, o que evita a ocorrência de 𝒆𝟐. • Se o atrito entre a ferramenta e peça for nulo. 𝝈𝟏= 𝟎 𝒆 𝝈𝟐 = 𝟏/𝟐𝝈𝟑 • A tensão 𝝈𝟐 origina-se pelo fato que, ao se comprimir o metal, este tende a aumentar sua largura W. No entanto, o material que não esta sendo comprimido fora da ação das matrizes, não apresenta esta tendência e se opõe ao alargamento discutido, aplicando tensões 𝝈𝟐, como mostrado na figura na interface ABCD de um lado e A’B’C’D’ de outro. Figura: (CETLIN E HELMAN, p.67) PROCESSAMENTO EM ESTADO PLANO DE DEFORMAÇÃO 1 2 𝜎1 − 𝜎2 2 + 𝜎1 − 𝜎3 ² + 𝜎2 − 𝜎3 ² 1 2 = 𝑌 1 2 0 − 𝟏/𝟐𝝈𝟑 2 + 0 − 𝜎3 ² + 𝟏/𝟐𝝈𝟑 − 𝜎3 ² 1 2 = 𝑌 1 2 6 4 𝜎3 1/2 = 𝑌 → 𝜎3 = 1,15𝑌 Realizando um levantamento da resistência básica de um metal para ser laminado -> ENSAIO FORD (considerando figura anterior) Figura: Curvas 𝜎 × 𝜀 para o estado plano de deformação (CETLIN E HELMAN, p.68) Mostra os resultados obtidos ->Tambiente Conclui-se que a tensão necessária para deformar um material no estado plano de deformações é de 15% maior que na compressão pura. CETLIN, P. R. e HELMAN, H. Fundamentos da Conformação Mecânica dos Metais. 2ª ed. São Paulo: Artliber. 2005. HIBBELER, R. C.. Resistência dos Materiais. 5ª ed. Person Prentice Hall,2004. .
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