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LEUCEMIA LINFOIDE CRÔNICA (LLC) tem origem nas células linfoides maduras → prejudicando produção de tipos celulares normais e, também podem infiltrar em: órgãos linfoides (baço e linfonodos); MO e é muito encontrada em sangue periférico, que é onde será feito o diagnóstico. Epidemiologia + comum dentre as doenças linfoproliferativas crônicas corresponde a 30% dos casos de leucemias incidência: 2-6 casos/100 mil habitantes/ano Costuma acometer idosos, 65 anos, sendo que somente 10% dos casos são de pacientes com menos de 50 anos. + sexo masculino (2:1) Etiologia desconhecida como fatores de risco, temos... exposição a agentes químicos e derivados do petróleo, supõe-se que exista predisposição genética teoricamente predisposição genética tem influência Quadro Clínico maioria assintomática. Leucemia é descoberta em exames de rotina, como num hemograma com achado de linfocitose Quando sintomático, achados comuns são: linfadenopatia generalizada, perda de peso e queixas de cansaço decorrente de anemia. Linfadenopatia: geralmente são pequenos linfonodos e tem característica compatível com malignidade: consistência fibroelástica, móvel e indolor Podem ser observados também: hepatomegalia em 50% esplenomegalia não volumosa (baço discretamente aumentado) Pode haver também infiltração leucêmica em outros órgãos, como em tonsilas, meninges e pele. Esses pctes cursam com anemia, porém não de grande intensidade Pela alteração da imunidade, são susceptíveis à infecções bacterianas (que são frequentes) como pneumonias Em 3-15% dos pacientes desenvolvem a síndrome de Richter Em que doença evolui para linfoma difuso de grandes céls B Prognóstico reservado O quadro desse paciente será: febril, emagrecimento, sudorese, aumento da linfadenopatia, anemia, trombocitopenia, gamopatia monoclonal frequentemente apresentam quadros autoimunes associados 10 a 25% cursam com anemia hemolítica autoimune 2% cursam com trombocitopenia imune 60% apresentam hipogamaglobulinemia Diagnóstico TESTES QUE PODEM SER FEITOS feito pela análise morfológica das células presentes no sangue periférico e pelo mielograma, para análise das células no esfregaço da MO Em alguns casos, pode ser necessária a análise histológica da MO, dos gânglios linfáticos ou do baço E ainda, pode-se complementar o diagnóstico com estudos citogenéticos e de biologia molecular que, dão o diagnóstico e auxiliam no prognóstico P/ DEFINIR DIAGNÓSTICO SÃO VERIFICADOS CRITÉRIOS leucocitose > 5.000 linfócitos B predomínio de linfócitos pequenos e maduros imunofenotipagem deve ser característica de LLC e um critério não obrigatório é que, na realização do mielograma, pode ter infiltração de MO por linfócitos maduros > 30%. Em 80%, serão encontradas anormalidades citogenéticas, que serão avaliadas pelo FISH. Nele, pode ser encontrado : deleção do 13q em 50% dos pacientes deleção do 11q em 23% trissomia do cromossomo 12 em 20% deleção do 17p em 14% 14q32 em 28% dos casos Estadiamento Baseado nas características clínicas e hematológicas. Existem dois sistemas principais utilizados para a classificação SISTEMA DE RAI (1975) divide estadiamento em 5 categorias, de 0 a 4 Estágio 0 Observa-se linfocitose no sangue e MO com 40% ou mais de células infiltradas sobrevida > 150 meses Estágio I Há linfocitose com linfadenopatia localizada ou generalizada sobrevida de 101 meses Estágio II Além da linfocitose, há esplenomegalia e/ou hepatomegalia sobrevida de 71 meses. Estágio III Há linfocitose e anemia (hemoglobina abaixo de 11g/ dL independentemente do sexo) Sobrevida de 19 meses. Estágio IV Há linfocitose com trombocitopenia sobrevida de 19 meses Em 1987, essa classificação foi modificada, dividindo estágios em 3 níveis de risco: Risco baixo Quando há somente linfocitose no sangue e na MO sobrevida > 10 anos. Risco intermediário A linfocitose é acompanhada por linfadenomegalia e por esplenomegalia, com ou sem hepatomegalia sobrevida é de 7 anos. Risco alto Há linfocitose, anemia e trombocitopenia sobrevida de 2 anos ESTADIAMENTO DE BINET (1981) divide as categorias em 3 estágios, A, B e C Estágio A Quando o paciente possui menos de 3 áreas de envolvimento linfoide, na ausência de anemia ou trombocitopenia sobrevida > 10 anos Estágio B Quando há 3 ou mais áreas de envolvimento linfoide, porém na ausência de anemia ou trombocitopenia sobrevida é de 7 anos Estágio C Quando os níveis de Hb < 10g/dL ou as plaquetas < 100.000 sobrevida é de 2 anos Fatores Prognósticos dividido em 2 grupos pacientes de baixo risco, quando a sobrevida mediana é maior que 15 anos paciente de alto risco, nos casos em que a sobrevida costuma ser menor que 5 anos. Tratamento incurável por QT. Então ela é geralmente usado como suporte Para cura, é realizado o TMO alogênico, porém esse é um procedimento de alta mortalidade INDICAÇÕES DE TTO EM PACIENTES NO ESTADIAMENTO A, RAI 0 OU ENTÃO COM PROGNÓSTICO DE BAIXO RISCO inicialmente, é feita observação clínica é feito então o acompanhamento, com realização de hemogramas e exames laboratoriais, por 3 a 6 meses. Nesse período, avalia-se se doença é estável ou se há piora progressiva o Se estável → não trata, só continua a monitorização o Se houver piora → inicia-se tto ENTRE OS PACIENTES DE ESTADIAMENTO INTERMEDIÁRIO (RAI I OU II OU BINET B) 1/3 desses pacientes terão doença estável. Conduta: acompanha sem tratar Em 2/3 desses pacientes, há progressão da doença nos primeiros 2 anos sendo observado rápido aumento de gânglios, do baço ou dos linfócitos Conduta: tratamento p/ melhorar a qualidade de vida NOS PACIENTES DE BINET C, RAI III OU IV OU QUE POSSUEM FATORES PROGNÓSTICOS DE ALTO RISCO, É SEMPRE NECESSÁRIO O TRATAMENTO ANTES DE TRATAR, É NECESSÁRIO AVALIAR AS CONDIÇÕES CLÍNICAS DO PACIENTE Muitas vezes, os pacientes mais idosos não aguentam esse esquema de quimioterapia. Nesses casos, esses pacientes mais frágeis podem receber um tratamento com intensidade reduzida, com administração de clorambucil, associado ou não ao rituximabe. Caso o paciente possua muitas comorbidades e não houver condições de se realizar quimioterapia, são instituídos os cuidados paliativos. A não ser que seja realizado transplante, a recaída da doença é muitas vezes inevitável. Se a remissão tiver sido prolongada, ou seja, o paciente ficou mais de dois anos sem necessitar de tratamento, a terapia feita inicialmente pode ser repetida. Caso a remissão tenha sido curta, é melhor optar pelo uso de outras drogas, além de considerar a realização de transplante de medula óssea não-mieloablativo, isto é, um transplante em que não há a destruição completa da medula óssea do paciente. O TRATAMENTO CONSISTE NA... QT, em 6 ciclos, com 3 drogas: fludarabina, cliclofosfamida e rituximabe Em 95% dos casos há resposta global e remissão completa em 52% dos pacientes.
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