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Profa.: Loredana Gomes Schistosoma mansoni Roteiro da aula Schistosoma mansoni • Classificação taxonômica • Morfologia • Transmissão • Biologia • Patologia • Diagnóstico • Epidemiologia • Tratamento • Profilaxia Schistosoma mansoni Classificação taxonômica Reino: Animalia Filo: Platyhelminthes Classe: Trematoda Ordem: Schistosomatida Família: Schistomatidae Gênero: Schistosoma Espécie: Schistosoma mansoni • Manuel Augusto Pirajá da Silva Brasileiro Baiano Médico Schistosoma americanum (Pirajá da Silva, 1907) Schistosoma mansoni Schistosoma mansoni (Sambon, 1907) – em Londres • Esquistossomose = barriga d’agua/mal do caramujo/xistose Outras espécies de importância médica Schistosoma haematobium Schistosoma japonicum • Doença típica das Américas, Ásia e África • Tráfico dos Escravos e imigrantes orientais e asiáticos Morfologia Fêmea Macho Vive no sistema vascular e não tem órgãos copuladores Macho: 1cm, cor esbranquiçada, tegumento recoberto por projeções (tubérculos) Ventosa oral Ventosa ventral (acetábulo) Extremidade anterior Extremidade posterior Canal ginecóforo Morfologia - macho Morfologia - macho Lima et al., Ultrastructural study on the morphological changes to male worms of Schistosoma mansoni after in vitro exposure to allicin. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical 44(3):327-330, mai-jun, 2011 Fêmea: 1,5cm, cor mais escura, tegumento liso Extremidade anterior Ventosa oral e ventral (acetábulo) - vulva, útero e ovários Extremidade posterior Glândulas vitelogênicas (vitelina) e o ceco Morfologia - Fêmea Mede cerca de 150m de comprimento x 60m de largura, formato oval; Espículo na parte mais larga voltada para trás; A presença do miracídio formado caracteriza o ovo maduro (fezes). Morfologia - Ovo www.cdc.govNEVES, David Pereira. Parasitologia humana. 11.Ed.São Paulo: Editora Atheneu, 2005. Forma cilíndrica, tegumento recoberto por cílios e medidas semelhantes a do ovo. São atraídos pela luz (fototropismo +) e a secreção da Biomphalaria excita o movimento do mesmo (quimiocinese) – fixação ao caramujo (glândulas adesivas). 180 m x 64 m Extremidade anterior: terebratorium Células germinativas - que dá continuidade ao ciclo no caramujo Morfologia - Miracídio Mede 500 m Cauda: 230 m x 50 m Corpo cercariano: 190 m x 70 m Cutícula com espinhos Duas ventosas Dorsey et al., 2004 Morfologia - Cercária Hospedeiro intermediário - Biomphalaria 4.500 cercárias/dia 400 cercárias/dia 2.500 cercárias/dia Biologia Hábitat • Sistema porta hepático (esquistossômulos - adulto) • Veia mesentérica (Adultos) Biologia Ciclo de vida, Lutz (1919) Transmissão • Através da penetração ativa das cercárias na pele e mucosas • Áreas mais atingidas pés e pernas • Locais de maior transmissão Valas de irrigação, açudes, pequenos córregos Fase aguda • Assintomática • Dermatite cercariana/ dermatite do nadador. Reação imunoinflamatória à penetração das cercárias. É mais intensa nas reinfecções (hipersensibilidade). • Fase pré postural: 10 - 35 dpi = febre, mal estar, tosse, desconforto abdominal, hepatite aguda. • Fase pós postural: 50 - 120 dpi = febre, calafrios, diarreia, hepatoesplenomegalia discreta. Patogenia Os vermes adultos habitam o sistema porta. Com a maturação sexual migram para a veia mesentérica inferior onde se acasalam e iniciam a postura dos ovos Patogenia – verme adulto • Granuloma - resposta inflamatória do hospedeiro à presença do ovo (antígenos solúveis). • Diminui a elasticidade do fígado comprometendo a circulação no órgão. • Responsável por efeitos como obstrução venosa, lesão tecidual, hemorragia, hepatoesplenomegalia e ascite (barriga d’água). Patogenia www.thelancet.com Provoca obstrução dos ramos da veia porta, levando à esplenomegalia Fibrose nódulo ( granuloma endurecido) Patogenia Fase Crônica Ascite Esplenomegalia Varizes esofagianas Hipertensão portal •INTESTINO : diarréia mucossanguinolenta, hemorragias e edemas; fibrose = diminui peristaltismo = constipação intestinal •FÍGADO : ovos espaço porta = granuloma = fibrose periportal = obstrução ramos hepáticos = Patogenia Diagnóstico Diagnóstico parasitológico • Método de Kato-katz Diagnóstico Diagnóstico parasitológico • Método de sedimentação Método de Lutz ou Hoffmann, Pons e Janer Método de Lutz ou Hoffmann, Pons e Janer Diagnóstico Biopsia retal Epidemiologia • Fatores ligados a presença à expansão da esquistossomose: Presença do hospedeiro intermediário – caramujo Biomphalaria Contaminação do criadouro de caramujos suscetíveis Presença do hospedeiro definitivo - HOMEM – responsável pela contaminação fecal das coleções aquáticas Presente em vasta extensão do País: 19 UF Área endêmica (9 UF) MA, AL, BA, PE, PB, RN, SE, MG e ES Área com transmissão focal (10 UF) PA, PI, CE, RJ, SP, PR, SC, RS, GO e DF Acomete 2,5 a 6 milhões de pessoas Causa número significativo de formas graves: 787 (média anual internações 2003-2012); Provoca um número expressivo de óbitos: 492 (média anual 2003-2012) Distribuição da esquistossomose, de acordo com a faixa de prevalência, por município. Brasil, 2012 Hospedeiro intermediário MOLUSCOS TRANSMISSORES IMPORTANTES NO BRASIL Biomphalaria glabrata Biomphalaria straminea Biomphalaria tenagophila Tratamento • Oxamniquina: aumenta a motilidade do parasito e inibe a síntese nucléica. Adulto: 15mg/kg/VO/dose única Criança: 10mg/kg/VO/dose única - 2 vezes ao dia Sintomas: alucinações, tonteiras, excitação • Praziquantel (Cestox): formas jovens, lesando o tegumento do parasito. Adulto: 50mg/kg/VO/dose única Criança: 60mg/kg/VO/dose única (3 dias consecutivos) Sintomas: dor abdominal, diarréia,cefaléia e astenia Profilaxia Verificação de aprendizagem Valendo 0,5 A ilustração a seguir mostra de maneira esquemática o ciclo de vida do parasito Schistosoma mansoni. Coloque em sequência correta o ciclo de vida do parasita da esquistossomose e escolha uma das morfologias para comentar. BIBLIOGRAFIA DE CARLI, Geraldo Attílio. Parasitologia Clínica.2.Ed.São Paulo: Ed. Atheneu, 2007. NEVES, David Pereira. Parasitologia humana. 11.Ed.São Paulo: Editora Atheneu, 2005. REY, Luis. Bases da Parasitologia Médica. 3.Ed.Rio de Janeiro: Guanabara Koogan.2010. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância Epidemiológica. Vigilância da Esquistossomose Mansoni : diretrizes técnicas / Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde, Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis. – 4. ed. – Brasília : Ministério da Saúde, 2014. www.dpd.cdc.gov loredananilkenes@gmail.com
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