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Técnicas Laboratoriais Utilizadas em Micologia Médica 2 Valéria Maria de Souza Framil INTRODUÇÃO Várias técnicas são utilizadas para estabele- cer ou confirmar o diagnóstico de uma infec- ção fúngica. A interpretação correta dos re- sultados laboratoriais depende não só de um profissional de laboratório experiente como Fig. 2.1 Escamas de pitiríase versicolor coleta das com lâmina de bisturi. também da qualidade da coleta e processa- mento do material clínico analisado (Figs. 2.1 a 2.7). Um diagnóstico errôneo pode ser consequência de material inadequadamen- te coletado, estocado e processado. Informa- ções essenciais como idade, profissão, local em que o.material foi coletado, residência ou Fig. 2.2 Pelo tonsurado coletado com pinça. 8 viagem recente do paciente podem auxiliar, no laboratório, para o diagnóstico correto e sugerir a seleção de outras técnicas laborato- riais para identificação do fungo. O laborató- Fig. 2.3 Local para coleta de material ungueal - área de transição entre a região sã e a região doente da lesão (seta). Fig. 2.4 Técnica de onicoabrasão, utilizada para diminuir a espessura da unha e melhorar a coleta de material ungueal - área de transição entre a região sã e a região doente da lesão (seta). TécnicasLaboratoriais Utilizadas em Micologia Médica rio deve ser informado de riscos inerentes a algum tipo de material clínico (por exemplo, se ° paciente é portador de hepatite viral ou é Hlv-positivo). Fig. 2.5 Material de mucosa oral coletado com lâmina de bisturi para diagnóstico de lesão oral. Fig. 2.6 Material de gânglio coletado com seringa estéril. Fig. 2.7 Secreção e grãos branco-amarelados obtidos após expressão de fístula. TécnicasLaboratoriais Utilizadas em Micologia Médica PRINCIPAIS TÉCNICAS PARA DIAGNÓSTICO EM MICOLOGIA MÉDICA Exame micológico A técnica é simples, barata e largamente uti- lizada. Vários materiais clínicos podem ser co- letados para esse exame, como escamas, pelos, unhas, secreção, pus, crostas, grãos, espécime de biópsia, liquor, urina e escarro. É útil no diagnóstico das micoses superficiais, cutâneas e subcutâneas. Em algumas situações, pode es- tabelecer o diagnóstico de micoses sistêmicas, como a detecção de Cryptococcus neoformans no liquor e de Paracoccidioides brasiliensis no escarro. °material coletado pode ser proces- sado de várias maneiras: a fresco, em solução fisiológica, clareado com KOHIDMSO, corado com nanquim, Gram, Leishman, entre outras (Figs. 2.8 e 2.9). 1. Exame micológico direto 2. Cultura 3. Cultivo em lâmina 4. Testes biológicos 5. Testes bioquímicos 6. Anatomopatológico 7. Inoculação em animais 8. Lâmpada de Wood 9. Intradermorreação 10. Sorologia 11. Hemocultura 12. Viabilidade Fig. 2.8 Coleta de escamas de pele e exame micológico direto - presença de hifas septadas hialinas (40x). Fig. 2.9 Coleta de escamas de lesão verrucosa e exame micológico direto - presença de corpúsculos fumagoides "'------'-=---_ (40x). 9 10 ~ I Novos métodos diagnósticos para fungos Outros procedimentos têm sido empregados como estratégias para aumentar a sensibili- dade e eficiência no diagnóstico das onicomi- coses. Exame histopatológico A coleta do material ungueal pode ser feita de várias formas: biópsia da unha, clippings, shaving da lâmina ungueal ou curetagem de unha. O material é corado pelo ácido periódi- co de Schiff(PAS) ou pela prata, em situações especiais em que o exame micológico de rotina não é possível de ser realizado (Fig. 2.10). Exame direto corado com calcoflúor white O calcoflúor white é um agente clareador am- plamente utilizado nas indústrias têxteis e de papel, que se liga naturalmente à celulose e à Técnicas laboratoriais Utilizadas em Micologia Médica quitina. A técnica utilizada para preparar a solução de calcoflúor white consiste em dissol- ver 10 g de KOH em 90 mL de água destilada e adicionar 10 mL de glicerol. Em seguida, dis- solve-se 0,1 g de calcoflúor em 100 mL de água destilada em aquecimento brando. A solução preparada clarifica os debris celulares e cora as estruturas fúngicas. Após coleta do material clínico, pingar 1 a 2 gotas da solução de cal- coflúor white - KOH e observar as estruturas fúngicas em microscópio de fluorescência (Fig. 2.11). A técnica é bastante sensível, é simples e demonstra o fungo viável, porém não é prática para rotina, pois o corante é caro e há necessi- dade do uso de microscópio de fluorescência. Cultura É indispensável para o isolamento e a identi- ficação do fungo patogênico. A macroscopia já nos permite a identificação do fungo filamen- toso e fungo leveduriforme (Fig. 2.12). O iso- lamento de fungos oportunistas de sítios esté- Fig. 2.10 Coleta do material ungueal pela técnica de c/ipping (A), presença de filamentos fúngicos corado pela prata (B) e PAS(C). Fig. 2.11 Presença de filamentos fúngicos no pelo. (Cola- boração Prof. Dr. Benedito Correa (lCB/USP).) Fig. 2.12 Aspecto macroscópico de fungo filamentoso (A) e fungo leveduriforme (B). 10 Novos métodos diagnósticos para fungos Outros procedimentos têm sido empregados como estratégias para aumentar a sensibili- dade e eficiência no diagnóstico das onicomi- coses. Exame histopato/ógico A coleta do material ungueal pode ser feita de várias formas: biópsia da unha, clippings, shaving da lâmina ungueal ou curetagem de unha. O material é corado pelo ácido periódi- co de Schiff (PAS) ou pela prata, em situações especiais em que o exame micológico de rotina não é possível de ser realizado (Fig. 2.10). Exame direto corado com calcoflúor white O calcoflúor white é um agente clareador am- plamente utilizado nas indústrias têxteis e de papel, que se liga naturalmente à celulose e à TécnicasLaboratoriais Utilizadas em Micologia Médica quitina. A técnica utilizada para preparar a solução de calcoflúor white consiste em dissol- ver 10 g de KOH em 90 mL de água destilada e adicionar 10 mL de glicerol. Em seguida, dis- solve-se 0,1 g de calcoflúor em 100 mL de água destilada em aquecimento brando. A solução preparada clarifica os debris celulares e cora as estruturas fúngicas. Após coleta do material clínico, pingar 1 a 2 gotas da solução de cal- coflúor white - KOH e observar as estruturas fúngicas em microscópio de fluorescência (Fig, 2.11). A técnica é bastante sensível, é simples e demonstra o fungo viável, porém não é prática para rotina, pois o corante é caro e há necessi- dade do uso de microscópio de fluorescência. Cultura É indispensável para o isolamento e a identi- ficação do fungo patogênico. A macroscopia já nos permite a identificação do fungo filamen- toso e fungo leveduriforme (Fig. 2.12). O iso- lamento de fungos oportunistas de sítios esté- Fig. 2.10 Coleta do material ungueal pela técnica de c/ipping (A), presença de filamentos fúngicos corado pela prata (8) e PAS(e). Fig. 2.11 Presença de filamentos fúngicos no pelo. (Cola- boração Prof. Dr. Benedito Correa (ICB/USP).) Fig. 2.12 Aspecto macroscópico de fungo filamentoso (A) e fungo leveduriforme (8). TécnicasLaboratoriais Utilizadas em Micologia Médica reis, tais como liquor e sangue, tem significado importante de infecção, mas, quando isolado de materiais como pus, escarro ou urina, deve er interpretado com muita cautela. O meio de cultura mais utilizado é o âgar-Sabouraud- dextrose, que pode ser modificado (ciclo-hexi- mida e cloranfenicoÍ para dermatófitos; bile de boi para Malassezia spp. e outros). Cultivo em lâmina Também conhecida como microcultivo, essa técnica é utilizada para estudo dos aspectos microscópicos característicos: micélio vegeta- tivo e micélio reprodutivo ou de frutificação. técnica consiste em uma câmara úmida contendo uma lâmina de microscópio coloca- da\sobre bastão de vidro em U. Um pequeno quadrado (1 cm'') de ágar-batata sobre a lâ- mina é semeado com o fungo a ser estudado. Uma lamínula estéril é colocada sobre o bloco de ágar, e, após o crescimento satisfatório, a lamínula é retirada e colocada em lâmina co- rada com lactofenol azul de algodão e subme- tida ao estudodas estruturas microscópicas do fungo (Fig. 2.13). Fig. 2.13 Preparo de cultivo em lâmina para fungo fila- entoso (microcultivo) (A) e lâmina já corada com lac- tofenol azul de algodão para observação das estruturas fúngicas (B). 11 Testes biológicos para diferenciação entre alguns dermatófitos: teste de perfuração do pelo fn vítro É uma prova biológica para diferenciação entre Trichophyton mentagrophytes e Tricho- phyton rubrum. Incubam-se pelos estéreis em placa de Petri contendo caldo Sabouraud e inóculo de T mentagrophytes. A cada 24 ho- ras, um pelo da placa é retirado e examinado ao microscópio corado com lactofenol azul de algodão. O T mentagrophytes perfura o pelo radialmente, enquanto o T rubrum não é ca- paz de perfurá-lo (Fig. 2.14). Teste de pigmentação em ágar-batata Prova nutricional para diferenciação entre T mentagrophytes e T rubrum. O repique dos dermatófitos é feito em ágar-batata, no qual o T rubrum pigmenta o meio em vermelho; o T mentagrophytes não é capaz de produzir esse pigmento (Fig. 2.15). Prova da urease Prova bioquímica usada para diferenciação entre T mentagrophytes e T rubrum. O repi- que do dermatófito é feito em meio de Chris- tensen, rico em ureia, e a atividade ureásica produz alteração alcalina do pH (de amarelo a vermelho). Somente o T mentagrophytes al- tera a coloração desse meio, tornando-o róseo (Fig.2.16). Fig. 2.14 Teste de perfuração do pelo in vitro - T.mento- grophytes é capaz de perfurar o pelo. 12 Trichophyton rubrum + ágar-batata Trichophyton mentagrophytes - Fig. 2.15 Teste de pigmentação em ágar-batata. Trichophyton rubrum- meio de Trichophyton Christensen mentagrophytes + Fig. 2.16 Prova de urease. Anatomopatológico A demonstração de elementos fúngicos em tecidos é útil para o diagnóstico das micoses subcutâneas e sistêmicas. Inoculação em animais As culturas em estudo podem ser inoculadas em animais suscetíveis, comocobaias, camun- dongos, coelhos e outros. A inoculação em animais tem comofinalidade o isolamento de determinados fungos, a determinação de sua virulência e a obtenção de soros hiperimunes. Técnicas Laboratoriais Utilizadas em Micologia Médica lâmpada de Wood A luz de Woodé empregada para auxílio diag- nóstico e controle de tratamento de tinha do couro cabeludo, pitiríase versicolor e entras- ma. O filtro de Wood é formado por placa que contém 9 a 10% de sais de níquel, o que permite a passagem de radiações entre 340 e 450 nm. O exame é feito em local escuro, e observam-se: a. tinha do couro cabeludo: pelos infecta- dos com alguns dermatófitos emitem fluorescência de cores variadas, como: M. canis ou M. audouini - verde-azula- da; T. schoenleini - verde-palha. b. Pitiríase versicolor: escamas infectadas comMalassezia spp. emitem fluorescên- cia em tom prateado. c. Eritrasma: escamas infectadas com Corynebacterium minutissimum emitem fluorescência em tom vermelho-coral. M. canis - verde-azulada Malassezia spp. - tom prateado Fig. 2.17 Lâmpada de Wood. TécnicasLaboratoriais Utilizadas em Micologia Médica Fig. 2.18 Reação intradérmica - injeção intradérmica de 0,1 mL de esporotriquina. A leitura foi feita 48 horas após a injeção, e o diâmetro da pápula eritematosa foi igual a 14 mm (positiva). Intradermorreação Prova realizada com injeção intradérmica, de 0,1 mL do antígeno padronizado, na face anterior do antebraço. A leitura é feita 48 ho- ras após a injeção, e considera-se positivo o aparecimento de pápula eritematosa igualou maior do que 5 mm. O resultado dessa prova deve ser bem interpretado, pois pode indicar infecção ativa, infecção passada ou apenas sensibilização ao antígeno em questão. Émui- to utilizada em inquéritos epidemiológicos para pesquisar regiões endêmicas de micoses. Tem valor prognóstico quando analisada ao longo do tratamento de determinadas doen- ças (Fig. 2.18). Sorologia As provas sorológicas são uma valiosa opção para auxílio no diagnóstico e na avaliação prognóstica de determinadas infecções fún- gicas, como coccidioidomicose,paracoccidioi- domicose, histoplasmose, etc. Os resultados dessas provas devem ser interpretados junta- mente com os dados epidemiológicos, quadro clínicoe exame micológico. Hemocultura Essa prova pode ser realizada em todos os ca- sos suspeitos de infecção fúngica sistêmica. 13 Paracoccidioides brasiliensis Malassezia spp. - pseudo-hifas Fig. 2.19 Viabilidade em material clínico (40x) - células vivas (em verde), células mortas (em afaranjado). Viabilidade Técnica indicada para observar a viabilidade de células fúngicas através do método de fluo- rocromasia, no qual células fúngicas vivas acumulam a solução de diacetato de fluores- ceína (DF), corando-se em verde, e células fúngicas mortas impregnam-se da solução de brometo de etídio (BE),corando-se em alaran- jado (Fig. 2.19). ISOLAMENTO E IDENTIFICAÇÃO DAS ESPÉCIES DE LEVEDURAS DO GÊNERO MALASSEZIA Vários meios de cultura podem ser utiliza- dos para isolamento da Malassezia spp.; como ágar Dixon modificado, ágar Littman e ágar Mycosel acrescido de extrato de levedura e 14 Meio de cultura 1 1•••••••••••••••••••••• ·······1 t t 1. Provas Bioquímicas 2. Estudo morfológico (método de Gram) [ L··············r····················:. . . a) Reação b) Teste Tween c) Prova da catalase 20, 40, 60, 80 da esculina Fig. 2.20 Fluxograma da identificação das espécies de le- veduras do gênero Malassezia. Metodologia proposta por Guillot e cols., 1996. azeite de oliva. A incubação para isolamen- to das colônias varia de uma temperatura de 32° a 35°C por um período máximo de 15 dias. Após o isolamento da cultura, segue-se o es- tudo microscópico da forma e do tamanho das células, como primeiro critério para identifi- cação das espécies. Provas bioquímicas para identificação de espécies de Malassezia Reação da catalase Para identificação de Malassezia restricta, utiliza-se a prova da catalase, já que essa é a única espécie lipodependente com resultados negativos nesse teste. A reação da catalase é realizada pela adição de uma gota de peróxi- do de hidrogênio 10 volumes sobre uma colô- nia, depositada sobre uma lâmina de micros- copia. A produção de "bolhas de gás" indica reação positiva (Fig. 2.21). Teste Tween 20, 40, 60, 80 A partir de cada uma das espécies de Malas- sezia, uma suspensão de 2 mL na concentra- ção de 105 células/mL é adicionada a 16 mL de ágar Mycosel (Difco),à temperatura de 40° a 50°C, A mistura deve ser homogeneizada e a seguir adicionada a placas de Petri. Após a solidificação do meio, adiciona-se ao ágar 4 !J,L de cada polissorbato, a saber: Tween 20, 40, 60 e 80 (Sigma), em pontos equidistantes. A seguir, a incubação das placas é realizada a ••• TécnicasLaboratoriaís Utilizadas em Micologia Médica Malassezia restrieta: não é capazde produzir bolhade ar M. globosa, M. sympodialis, M. furfur, M. slooffiae, M. obtusa: capacidade de produzirbolhade ar Fig. 2.21 Fluxograma da reação da catalase. (Colaboração Dra. Márcia Melhemjlnstituto Adolfo Lutz.) uma temperatura de 32°C, durante período de 5 a 7 dias. Após esse período, observa-se crescimento da levedura ao redor de cada po- lissorbato, indicando assimilação do suhstra- to e resultado positivo. A interpretação dos re- sultados positivos permite a diferenciação de três espécies: Malassezia furfur; Malassezia slooffiae e Malassezia sympodialis (Fig. 2.22). A espécie Malassezia pachydermatis é a única levedura do gênero que cresce em meio de cul- ~ ~ M. sympodialis e M. sloffiae - ambas absorvem Tween 40, 60 e 80 ~ ~ M. globosa- não há absorção Tween 20, 40, 60 e 80 ~ ~ M. furfur- há absorção Tween 20, 40, 60 e 80 Fig. 2.22 Fluxograma do teste Tween 20, 40, 60, 80. p'" TécnicasLaboratoriais Utilizadas em Micologia Médica tura simples (fonte de carbono e nitrogênio) sem adição de lipídios. Prova da esculina A avaliação da atividade de ~-glicosidase é realizada com a prova dá esculina, na qual a cultura é semeada naquele caldo e mantida à temperatura de 30°C por um período de 15 dias. A hidrólise da esculina,por ação enzimá- tica, promove o escurecimento do caldo, indi- cando resultado positivo. Esse teste permite a diferenciação entre as espécies Malassezia sympodialis e Malassezia slooffiae. Estudo morfo/ógico A espécie Malassezia globosa foi diferenciada da espécie Malassezia obtusa pelo formato globoso de suas células, coradas pelo método de Gram e observadas ao microscópio óptico comum (Fig. 2.24). Negativa - M. s/ooffiae Fig. 2.23 Fluxograma da prova da esculina. (Colaboração Ora. Márcia Melhem/lnstituto Adolfo Lutz.) Estudo morfológico (método de Gram) [ * ······1 • Malassezia globosa Malassezia obtusa Fig. 2.24 Fluxograma do estudo morfológico das levedu- ras Malassezía glabosa e Malassezía obtusa. 15 BIBLIOGRAFIA Brasil KW, Pinheiro RL, Pimentel IC. Diagnósti- co laboratorial de micoses superficiais e cutâneas: comparação dos métodos do hidróxido de potássio e do calcofluor white. An Bras Dermatol 2003; 78:5; 547-551. Correa B, Purchio A, Paula CR, Gambale W,Shika- nai-Yasuda MA. Fluorescent method (fluorescein diacetate and ethidium bromide) to study the vi- ability of Cryptococcus neoformans in liquor. Reu lnst Med Trop São Paulo 1990; 32(1):46-50. 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