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CURSO DE EUBIOSE 
Módulo 9: JHS 
O Ser que trouxe ao mundo um “novo estado de consciência” 1 / 15 
 
 
JHS 
 
HENRIQUE JOSÉ DE SOUZA - NOTAS BIOGRÁFICAS 
 
À meia-noite do dia 14 para 15 de setembro de 1883, enquanto estranha chuva de 
estrelas cintilava nos céus e ainda atroava nos ares os últimos rugidos do vulcão Krakatoa, 
ocorria, na capital do Estado da Bahia, na antiga Rua Portão da Piedade, 27, o nascimento 
de Henrique José de Souza, filho do conceituado 
empresário Honorato José de Souza e de Amélia 
Elisa Guerra de Souza, descendente de alta 
linhagem portuguesa, a cuja família pertencia o 
famoso poeta Guerra Junqueiro. 
Desde pequeno, Henrique se interessou por 
ler livros pouco comuns entre os jovens de sua 
idade, especialmente os de caráter mental-
espiritualista, e já gastava a sua mesada para 
formar uma biblioteca qualificada, tendo como 
exemplares obras de Alexandre Dumas, Júlio 
Verne, Van der Naillen, Alphonse Bué, Camile 
Flammarion, H. Durville, entre outros de tamanha 
estirpe. 
 
Uma das habilidades desenvolvidas desde cedo era a do magnetismo, que usava para 
aliviar dores e doenças várias dos empregados, familiares e de todos que o procuravam. 
Era comum, ainda, impregnarem de suave perfume as coisas que tocava. Na hora das 
refeições, costumavam recomendar-lhe de bom humor: "Não vá tocar no pão; preferimos 
comê-lo sem perfume”. Para ele próprio, tudo aquilo era simples e natural e, talvez, até 
estranhasse que os outros não dispusessem dessas qualidades. 
No ano de 1899, Henrique José de Souza completaria suas dezesseis primaveras no 
mês de setembro. 
Sabe-se que na adolescência, torna-se difícil atrair o interesse do aluno para o ensino 
regular, exatamente nessa fase em que há o desabrochar das emoções conduz à poesia, 
à dança, ao teatro, ainda assim, sua atenção estava voltada para os planos do 
CURSO DE EUBIOSE 
Módulo 9: JHS 
O Ser que trouxe ao mundo um “novo estado de consciência” 2 / 15 
 
incognoscível. Aprazia-lhe investigar os mistérios do mundo das causas, das leis e dos 
efeitos. Desde cedo, devotou-se à pesquisa da verdade com todo ardor, recebendo, por 
vezes, auxílio de misteriosos personagens que com ele conviveram e que tinham por 
missão superior orientá-lo e despertar-lhe a consciência inata, a qual, todavia, só poderia 
tornar-se integral mediante gradativa iniciação. 
Por essa época, chegou de Lisboa, procedente das Índias Portuguesas, para 
apresentar-se em Salvador, uma companhia teatral composta de adolescentes. Esse 
acontecimento poderia parecer casual, mas, na verdade, fazia parte de um grandioso plano 
de que poucos tinham conhecimento. 
A companhia teatral passou a fazer seus ensaios no Teatro São João, propriedade da 
família do jovem Henrique, o qual passou a ser frequentador assíduo dos trabalhos dos 
atores, e logo se enamoraria da atriz principal da companhia, a jovem e bela Helena, que 
completaria também dezesseis anos. 
A peça a ser apresentada era a "Tintim por Tintim”, contava a história de Helena de 
Troia, tendo, como personagem masculino central, Ulisses. Num dos ensaios, o ator que 
representava esse personagem não compareceu e, desse modo, Henrique foi convidado a 
assumir o lugar do ator principal da peça. Após a exibição anunciada da peça, onde fez o 
papel de Ulisses, o jovem Henrique foi calorosamente aplaudido pelos presentes e pelo 
maestro que lhe dirigiu elogios pela sua voz de tenorino. 
Em 24 de junho de 1899, dia de São João, Henrique e Helena foram à paradisíaca 
ilha de Itaparica, na baía de Todos os Santos, viajando a bordo de um saveiro denominado 
"Deus te Guie”. Nessa viagem encantada, firmaram sua união, sob a égide das auspiciosas 
vibrações daquele magnífico local, que também serviu de palco cênico para o encontro de 
Diogo Álvares Correa e Catarina Paraguaçu. 
Daí, então, decide acompanhar Helena e a companhia teatral quando do retorno à 
Europa a bordo do vapor Minho. No dia 3 de julho de 1899, soavam as Aves Marias quando 
então zarparam de Salvador com destino a Portugal. 
O jovem, debruçado na amurada do navio, olhava tristonho aquele quadro que lhe 
enchia o coração de dúvidas e saudades... As lágrimas banhavam as faces do adolescente, 
enquanto invadia-lhe o coração um misto de dor e mistério impenetráveis. 
E dizia de si para si: "Por que devo fazer tal coisa, deixando meus pais por uma jovem 
que caiu do céu, é bem verdade, mas que não fazia parte da minha vida?” 
Ela, como se tivesse adivinhado o que se passava com seu amado, acariciava-lhe os 
cabelos, dizendo: "Não desanimes. Os Deuses nos acompanham. Tudo há de sair da 
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melhor maneira possível! Nós estamos completando um drama, inúmeras vezes, 
representado e que tem por epílogo a vida presente”. 
Ao chegar a Portugal, os pais de Helena receberam os dois protagonistas da peça, 
levando-os para sua casa, um mimo de conforto e riqueza. Aí ficaram durante algum tempo, 
visitaram vários lugares, indo até a cidade de Sintra, local de fortíssimas ligações com 
ordens iniciáticas em Portugal. 
Na cidade de Lisboa, porém, Helena, a jovem artista, sucumbiu vítima de um acidente, 
sob as rodas de uma carruagem puxada por fogosos animais. Os pais dela contaram a 
Henrique algo que não pudesse, à primeira vista, entristecer-lhe, no entanto, 
posteriormente, explicaram-lhe que aquela viagem tinha por finalidade maior levá-lo para 
outro lado do mundo, a fim de entrar em contato direto com iniciações no Oriente. 
Daí, Henrique seguiu a comitiva em viagem para Goa, na Índia portuguesa. A partir 
de então, tem fim a vida despreocupada da sua juventude, começando outra fase de muito 
trabalho e sofrimento, prolongados até o fim de seus dias na face da Terra. 
De um artigo de Laurentus intitulado "Da misteriosa viagem de um adolescente ao 
Norte da Índia”, transcrevemos: 
"A viagem, realizada através de mil peripécias, não podia deixar de levar a comitiva 
ao Cairo, pois que, passando pelo Canal de Suez, visitaram também a "mansão dos 
deuses”, onde se acham as famosas pirâmides e a esfinge”. 
 Tempos depois, a comitiva teve que deixar tão místico quão querido lugar, pois que 
a data para a mesma se encontrar no Norte da índia estava muito próxima. 
Finalmente, navegando no "Indian Prince” chegava-se a Colombo, capital de Ceilão, 
num dia azulado, a cidade em festa, por sinal um domingo, dia do Sol ou de ApoIo... Muitos 
dias depois, o Indian Prince chegou a Calcutá, capital das Índias inglesas (na época a Índia 
era uma possessão da Inglaterra). 
Vários lugares e cidades foram visitados pela comitiva na Índia, sendo os principais: 
Allahabad, Delhi, e Simllah, na encosta do Himalaia, onde mais se demorou a comitiva, e 
Srinagar. 
Nos arredores de Simllah, num verdadeiro retiro privado, sob a guarda de respeitável 
Guru, teve que ficar o jovem Henrique antes de um ritual de muita importância no qual teria 
de participar em Srinagar. 
Depois de algum tempo, já de partida, dois membros da comitiva foram buscar o jovem 
Henrique, quando o Guru o chamou ao seu santuário, onde o santo e sábio homem disse-
lhe o seguinte: 
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O Ser que trouxe ao mundo um “novo estado de consciência” 4 / 15 
 
- "Meu Filho! Seu papel aqui está terminado. Você não precisa de iniciação alguma... 
Já passou por tudo isso em outras vidas. Algo de imenso valor espera-o na "cidade sagrada 
de Srinagar”, em companhia de seus grandes Amigos. Eu nada fiz senão obedecer ao que 
me foi imposto pela Lei”. E, olhando para as bandas do Himalaia, completou: "Que os 
Deuses, meu filho, o protejam, a fim de que possa realizar - segundo a Sua vontade - o 
grande feito que o obrigou a vir até estes lugares distantes "daquele que passa por ser o 
de seu nascimento”... É bem provávelque um dia ainda nos tornemos a encontrar. Será 
um dia muito feliz para mim”. 
Depois de algum tempo, a comitiva chega ao seu destino, SRINAGAR. Havia três dias 
que a cidade festejava o aniversário de Krishna, cuja festa se dá o nome de Manmchstami. 
Antes da comitiva ir a um determinado Templo, houve visitações em outros lugares, 
inclusive no famoso "trono de Salomão”, que se acha no topo da Montanha Sagrada, onde 
outrora existia um Templo Budista, destruído por hindus revoltados, numa luta entre 
brâmanes e budistas. 
A comitiva assistiu à reprodução em gesso da fisionomia do "jovem adolescente”, para 
servir de modelo à imagem de um Buddha, cuja estátua iria figurar como o "Buda Branco 
do Ocidente”, em certa galeria de um Templo Tibetano. 
Quando o jovem Henrique esteve na Índia, tomou conhecimento da sua missão no 
Ocidente. 
Com o cumprimento de tudo aquilo que estava programado, apresentou-se o 
momento dele retornar à Capital baiana, a cidade de Salvador. 
Já nessa cidade, por insistência da mãe que temia nova fuga, Henrique, foi colocado 
num colégio interno para continuar os estudos, iniciando mais tarde o curso de medicina, 
que, no entanto, não chegou a concluir, por circunstâncias alheias à sua vontade. 
Em 1907, falece seu pai, e ele assume o controle dos bens da família, pois seus 
irmãos mais velhos já haviam deixado o convívio terreno. Obrigado, pelas circunstâncias, 
a fazer algo a que não tinha inclinação e portador de um coração generoso e amoroso, pois 
não podia ver ninguém em dificuldade, lançou mãos de seus recursos em auxílio ao próximo 
e não conseguiu fazer uma boa administração dos bens deixados pelo pai. Com a perda 
da fortuna e a necessidade de firmar a sua missão, Henrique José de Souza muda-se para 
Niterói-RJ. 
O despertar da consciência de Henrique vai se fazendo aos poucos, à medida que 
desenvolve a sua obra. No começo, houve necessidade de atrair um número razoável de 
pessoas que o ouvisse para formar um grupo de estudos. Para tanto, usou de recursos que 
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mexiam com o emocional dessas pessoas, recursos fenomênicos, como levantar objetos 
no ar sem uso das mãos, materializar objetos, fazer curas etc. 
Após longo tempo de preparo intelectual, moral e espiritual dessas pessoas, Henrique 
formou um grupo com elas para fundar a Comunhão Esotérica Samyama, na qual 
aprofundariam seus estudos e fariam sua iniciação. 
Passada a fase fenomênica, Henrique começa a transmitir ensinamentos 
relacionados ao desenvolvimento mental, e o número de frequentadores vai diminuindo 
sensivelmente, até restarem uns poucos que tinham nível ou estado de consciência para 
perceber a pura verdade nas mensagens que lhes eram transmitidas. Começa-se a ensinar 
uma nova sabedoria para se viver em harmonia com as leis da Natureza, baseada em 
conhecimentos e não em ilusões e fantasias fenomênicas. 
Em 1924, contando com o grupo de Samyama, presidiu uma série de cerimônias, 
todas realizadas aos domingos, que culminou numa oitava, realizada a 10 de agosto de 
1924, data que ficou considerada como sendo a da Fundação Material da Obra, ou seja, 
da fundação de "DHÂRANÂ - SOCIEDADE MENTAL ESPIRITUALISTA”. 
"DHÂRANÂ, vocábulo sânscrito, que significa intensa e perfeita concentração da 
mente em determinado objeto interno, com a completa abstração do mundo dos sentidos; 
isto é, o sumo controle do pensamento, da inteligência ou do mental”. 
Vivendo no Estado do Rio de Janeiro, Henrique José de Souza escreveu vários artigos 
para jornais da época, criou um programa de rádio para difusão de ensinamentos de ordem 
mental-espiritualista, em meio aos seus compromissos de pai de família, aumentando seu 
círculo de amizade e conduzindo a vida como um correto cidadão brasileiro. 
Um ano após ter fundado a Sociedade Dhâranâ, em 1925, lançou uma revista com o 
mesmo nome daquela instituição, que, para a época, era um instrumento de grande valor 
evolucionário, de domínio público, veiculando a palavra de muitos pensadores sintonizados 
com o movimento que se estabelecia no País. De sua lavra, por meio da revista Dhâranâ, 
foram mais de uma centena de artigos dos mais variados assuntos para a iniciação do 
gênero humano, até hoje explorados pelos leitores, dado o grau de atualização de seus 
conteúdos. Para os membros da Sociedade Dhâranâ legou um acervo de saberes 
acumulados pelas mais destacadas Ordens Iniciáticas, atualizando-os, conforme os novos 
eventos ocorridos no itinerário evolucional do planeta e seus habitantes. 
Em 1928, o nome daquela instituição é mudado para o de SOCIEDADE TEOSÓFICA 
BRASILEIRA, em homenagem à mártir do século XIX que foi Helena Petrovna Blavatsky - 
sendo que Teosófica foi a mesma palavra usada na Sociedade por ela fundada nos Estados 
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Unidos. Em verdade, essas duas Sociedades ou Colégios Iniciáticos dariam sustentação 
espiritual às hastes do Itinerário de IO, a do Sul deveria florescer no Brasil, e a do Norte, 
nos Estados Unidos, onde por circunstâncias adversas aos ideais do Novo Ciclo, o povo 
americano falhou, perdendo-se o privilégio da grande e sublime parceria para a construção 
dos novos ramos raciais. 
 Várias obras foram escritas por Henrique José de Souza, obras consagradas aos 
estudos dos seus discípulos, artigos e livros de domínio público, como, por exemplo, "O 
Verdadeiro Caminho da Iniciação, com destaque para o capítulo "Ocultismo Prático”; "Os 
Mistérios do Sexo” e "Ocultismo e Eubiose”. 
Além da grande produção literária, o Fundador da Sociedade Teosófica Brasileira 
(hoje S. B. de Eubiose) foi profícuo na arte musical, legando dezenas de composições, com 
destaque para os mantras e hinos de grande impacto iniciático. 
Professor Henrique José de Souza, como passou a ser chamado, pelos seus 
discípulos e colaboradores com eles, e com apoio incondicional de sua Família, firmou os 
alicerces institucionais para a sustentação da atual Sociedade Brasileira de Eubiose, a 
S.B.E., e construiu as bases para a fundação de três monumentos sínteses, de 
transcendental significado para os membros da Grande Fraternidade Branca, para a 
continuidade do Culto ao Santo Graal: três templos em três locais predeterminados no 
território brasileiro, eleito para sediar e irradiar as linhas do trabalho preparatório para o 
surgimento de um novo estado de consciência, caracterizando o alvorecer de uma nova 
civilização, inaugurado pelas gerações resultantes do intenso caldeamento racial, já nas 
primeiras décadas do século XXI. Esses templos estão situados na ilha de Itaparica/Bahia, 
na cidade de São Lourenço/MG e em Nova Xavantina, região da Serra do Roncador/MT. 
Na origem da Sociedade Dhâranâ, já seu Fundador divulgava, em jornal da época, o 
compromisso dessa instituição para com o preparo do ambiente propício à Era de Aquarius, 
pelo estabelecimento da Paz e da Fraternidade Universal. Defendeu, como instrumento 
norteador das ações colaborativas para essa meta, o pensamento desenvolvido, em sua 
plenitude, sustentado pela nobreza de sentimento e pela boa intenção de seus filiados. 
Desde a fundação da Sociedade Dhâranâ, o Professor Henrique José de Souza já 
contava com apoio direto dos membros da Grande Fraternidade Branca, particularmente 
das Confrarias Brancas do Oriente, na época, espalhadas no mundo em número de sete. 
Apoio este que se constata pelas várias mensagens procedentes do Norte da Índia, desde 
cedo, designando-o Swami, título dado, naquela região, a um Guia, Mestre ou sábio que 
tem missão destacada, como o caso de Henrique, considerado por seus veneráveis 
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apoiadores, legítimo representanteno Continente Americano na obra de preparar o 
ambiente mental-espiritualista para a vinda do que no Oriente chamam de Supremo 
Instrutor do Mundo, o que vale também pelo título de Avatara da Era de Aquarius, Avatara 
Maitreia, contando com o respaldo poderoso de organizações complexas de avançado nível 
evolucional, ainda desconhecidas no cenário humano. 
Seus discípulos seguem a sua orientação de que a Eubiose como sabedoria milenar 
" ensina os meios de se viver em harmonia com as leis da natureza e, consequentemente, 
com as leis do Universo”. Corroborando com o enunciado, assim concluiu o Fundador: "A 
finalidade da Eubiose, em última análise, é a readaptação do homem ao meio cósmico”. 
Henrique José de Souza viveu entre os seus discípulos até 9 de setembro de 1963. 
 Em 1969, atendendo às exigências do Novo Ciclo, a Sociedade Teosófica Brasileira 
passou a ter o nome de Sociedade Brasileira de Eubiose (SBE), com foro e sede em São 
Lourenço, sul de Minas Gerais, sob a liderança de seu primogênito Hélio Jefferson de 
Souza. 
Sua obra estendeu-se para os outros cantos do planeta e, hoje, a Sociedade Brasileira 
de Eubiose já conta com mais de uma centena de Unidades, incluindo as filiadas em outros 
países, divulgando ensinamentos atualizados para a iniciação do gênero humano e o 
melhoramento da vida em todos os seus aspectos, sem perder de vista a Felicidade 
Coletiva. 
 
TRANSFERÊNCIA DA LUZ DO ORIENTE PARA O OCIDENTE 
 
O Plano Evolucionário, tangenciando a mônada no seu caminhar de Oriente para 
Ocidente, ou Itinerário de IO, contemplou a humanidade com uma das mais expressivas 
manifestações divinas de todos os tempos. Seu esplendor foi tal que deu origem a uma 
nova contagem no tempo que começou no ano zero de nossa Era. Seu nome era Jeoshua 
Ben Pandira, conhecido como Jesus, o Cristo. Sua missão foi implantar a quinta sub-raça 
da raça Ariana. 
Ao mesmo tempo, levantava-se o maior de todos os impérios de que se tem notícia 
em todas as eras, pois dominou o poderoso mundo conhecido da época: o Império Romano. 
Sua missão era delimitar o território sagrado onde iria florescer tal sub-raça, fruto da união 
dos povos da época. Jesus, o Cristo, responderia com a parte esotérica do grande Plano e 
Roma, com a parte exotérica. 
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A missão de Roma foi concluída por ser a parte material, da geração de bens, do 
progresso, e, portanto, de mais fácil compreensão. A parte do Cristo, entretanto, sofreu 
muitos percalços que chegaram até os nossos dias, não tendo sido possível completar seu 
trabalho pela não aceitação dos homens como sendo Ele uma das manifestações divinas, 
e não seguirem seus ensinamentos transcendentais atualizados ao novo estado de 
consciência da época. 
Mas o Itinerário não parou o seu caminho e a civilização chegou até às margens do 
Oceano Atlântico, mais precisamente na Península Ibérica que teve o papel de realizar, 
dentro do ciclo maior de Piscis, o ciclo menor que foi o das grandes navegações e vindo 
desembocar nas terras do Continente Americano. 
Colombo colocou a semente na América, onde, no Norte, floresceria a ser a sexta 
sub-raça; e Cabral fê-lo na América do Sul, para dar origem à sétima sub-raça, como 
conclusão da raça Ariana, a quinta das sete Raças- Mães previstas para o planeta. 
Sim, coube a Colombo e a Cabral descobrirem, para o mundo civilizado de então, a 
América, onde se firmaria a missão Y e, dentro desta, o Brasil, que viria a ser o "Santuário 
da Iniciação do Gênero Humano a Caminho da Sociedade Futura”. As Américas do Norte 
e do Sul, viriam a ser conhecidas, esotericamente, como hastes lunar e solar da Missão Y. 
Todavia, posteriormente, por circunstâncias adversas ao Grande Plano, não progrediram 
as forças mentais - espiritualistas na América do Norte, tendo as missões formadoras das 
duas citadas sub-raças de ser concentradas na América do Sul. 
Surgiu o NOVO MUNDO, surgiram as Américas, e, consequentemente, a região que 
devia servir de BERÇO para a Nova Civilização, a Nova Humanidade da ERA DE 
AQUARIUS ou do Avatara Maitreia, conforme anunciado em antigas tradições do Oriente. 
O Quinto Continente, representativo dos cinco sentidos, dos cinco dedos, dos cinco tatvas 
ou forças sutis da Natureza, o Novo Mundo, recebia os ramos raciais veiculados pelo 
continente europeu como os primeiros alicerces para uma nova civilização pautada nos 
mais sublimes ideais da cristandade. 
 "Formava-se, nas Américas, um povo com um tipo de relacionamento mais fraterno, 
mais aberto, mais voltado para as coisas do amor do que da guerra, maior LIBERDADE de 
expressão, mais IGUALDADE entre os homens, praticando amplamente a 
FRATERNIDADE, resultando o maior caldeamento racial que se tem notícia na História das 
Civilizações”. 
Comentando sobre o Novo Ciclo de evolução do gênero humano, Laurentus, em seu 
livro "Ocultismo e Eubiose”, refere-se ao término do Ciclo de Piscis que teve, por figura 
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central, Jesus, o Cristo (Christos, em grego), considerado nas tradições do Oriente como 
um Bodhisatwa, categoria esta atribuída também a Gautama, o Buda (Budha, em 
sânscrito), que precedeu àquele em aproximadamente 600 anos. No capítulo XIII do livro, 
Laurentus anuncia um novo Taro Sacerdotal, tendo como preliminares os acontecimentos 
relacionados à viagem de Henrique José de Souza ao Norte da Índia, rumo à cidade de 
Srinagar, quando teve o rosto usado como modelo de máscara que serviria para 
determinada estátua representativa de um novo líder espiritual para o começo do século 
XXI. 
Sobre o assunto, referindo-se ao local onde se registrara esse evento, o Autor explica: 
"Quem visita o Templo de Tjigad-jé, no Tibete, ligado ao antigo retiro privado do último da 
série dos Trachi-lamas, encontrará na galeria dos Bodhissátuas, o último ou oitavo, o futuro 
Buda Branco do Ocidente. Seu adorno alegórico é uma ferradura de pedras preciosas (...) 
para um Iniciado a mesma significa a excelsa manifestação, que é a do Kalki-avatara”. Esse 
anunciado Avatara é conhecido, também, por Maitreia, como conclui o Autor do texto. 
Considerando que os pequenos ciclos astrológicos compõem os grandes ciclos da 
manifestação da Divindade, o Autor antevê que o Ciclo do Sol, iniciado em 1981, terminará 
em 2016, deixando o mundo em tamanho estado de confusão a ponto de justificar um 
Governo Único, abolindo fronteiras, símbolos e bandeiras dos vários territórios. 
Complementa que, após viver a Humanidade em paz, sob o "pavilhão de alvura imaculada”, 
receberá como recompensa a "apoteótica e majestática presença de um Avatara Divino 
sob a influência de Aquarius”. 
Como visto, à luz desses saberes inacessíveis pela mente discursiva, o Ciclo do Sol 
é uma etapa de purificação no planeta, seja de modo dramático, por força dos cataclismos 
e queda de valores, seja pelo burilamento do mental superando os limites das superstições 
e dos dogmas. 
Constando no citado livro, os trechos do Vishnu Purana, quiçá o mais antigo dos livros 
do Oriente, sinalizam o retorno de quem as tradições transhimalaianas denominam Deva-
Pis, os Gêmeos Espirituais, que dariam origem ao Supremo Instrutor do Mundo, Kalki-
avatara, Maitreia, Apavana-Deva e outros nomes pelos quais é conhecido na linguagem 
esotérica. 
Emanuel Swedenborg, sábio europeu do século XVIII, ciente do acervo de 
conhecimentos sediado no "Coração da Ásia” (Norte da Índia e Oeste do Tibete), 
reconhecia-o como fonte luminosa da verdadeira espiritualidade que deveria alimentar 
CURSO DE EUBIOSE 
Módulo 9: JHS 
O Ser que trouxe ao mundo um “novo estado de consciência” 10 / 15 
 
todos os povos da Terra. Atribui-se ao sábio a expressão EX ORIENTE LUX (A luz vem do 
Oriente). 
Todavia,com base nos preparativos dos últimos 200 anos, no Ocidente, para sediar 
novo surto evolucional, correspondendo ao curso poderoso do Itinerário de IO, coube à 
Sociedade Brasileira de Eubiose estabelecer suas linhas de trabalho em prol do EX 
OCCIDENTE LUX, pois, de há muito, o foco irradiador do saber já não mais contava com 
sustentação no Oriente, como anunciara o 13º Dalai Lama, Thubten Gyatoo, em sua 
despedida no ano de 1924 (ano do Pássaro de Ferro), no seu palácio, o Potala, em Lhassa, 
capital do Tibete. São suas as palavras: 
"No ano do Cachorro da Terra (1959), a religião e a administração do Tibete serão 
atacados pela Fênix Vermelha (China), o 14º Dalai e o Panchen Lama, os guardiões da fé, 
serão vencidos pelos invasores... Contudo a Grande Luz Espiritual, que há séculos brilha 
sobre o Tibete, não se apagará. Ela aumentará, se difundirá e resplandecerá na América 
do Sul, onde será iniciado um novo ciclo de progresso; surgirá, então, a sétima raça, 
dourada”. 
Citando homens notáveis do século XX que se manifestaram a favor do Novo Ciclo, 
Lorenzo Paolo Domiciani, em "O que é Eubiose?”, artigo da revista "Dhâranâ” de 
set/out/1954, não deixou de poupar elogios a Aurobindo, grande sábio indiano, autor de 
inúmeras obras de cunho mental-espiritualista, sociologia, política, filosofia, pedagogia, 
cultura indiana, poesia, drama etc. No artigo, há registro de palavras pontuais desse sábio: 
"Nosso papel está findo. A hora é do Ocidente. Tudo farei para nascer naquelas bandas”. 
De uma coletânea de ensinamentos de Aurobindo, denominada "Em Direção à Nova 
Consciência” (Biblioteca Planeta), transcrevemos algumas de suas palavras: 
"Nós não estamos trabalhando para uma raça ou um continente ou para uma 
realização de que apenas indianos ou apenas orientais são capazes. Nosso objetivo não é 
fundar uma religião, ou uma escola de filosofia, ou uma escola de yoga, mas criar um 
fundamento de crescimento e experiência espiritual e um caminho, que trará para baixo 
uma Verdade maior além da mente, mas não inacessível à alma e consciência humanas” 
(...) "Temos que reconhecer, uma vez mais, que o indivíduo não existe sozinho nele mesmo, 
mas na coletividade, e que perfeição e libertação individual não são o sentido completo da 
intenção de Deus no Mundo. O uso livre de nossa liberdade inclui também a libertação de 
outros e da humanidade”. Por fim, coroando suas afirmações, disse: "A Terra é um campo 
material de evolução (...). Agora, a Supramente deve descer de modo a criar uma raça 
supramental”. 
CURSO DE EUBIOSE 
Módulo 9: JHS 
O Ser que trouxe ao mundo um “novo estado de consciência” 11 / 15 
 
 
INICIAÇÃO SIMBÓLICA E INICIAÇÃO REAL 
 
Conforme ensinamentos do Professor Henrique José de Souza, a Divindade 
Manifestada é representada por símbolos, cores e sons, o que nos dá uma grande 
referência para o aprendizado dos assuntos mais abstratos e transcendentes da iniciação. 
A Escola Pitagórica deixou legados que reconhecem que a criação universal deu-se de 
modo geometrizado. 
Segundo o livro "Orientação Maçônica”, de Oneas Correa e Arnaldo Pertence, o 
símbolo, palavra procedente do grego symbolon, é representação analógica relacionada 
com o objeto considerado ou referido. 
A simbologia introduzida na linguagem esotérica dá sustentação ao processo iniciático 
para se ter entrada a um novo estado moral, no qual inicia-se uma nova maneira de ser. 
Tais condições exigem conhecimento especialmente atualizado e organizado, 
familiarizando-nos com reflexões incomuns fundamentadas em distâncias e cifras 
inimagináveis como, por exemplo, são citadas para mensurar eras e ciclo nos quais estão 
distribuídas as etapas do Manvantara ou da Manifestação da Divindade. Por exemplo, 
segundo o Glossário Teosófico de H. P. Blavatsky, em apenas "1 dia de Brahmâ”, estão 
contidos mais de 8 trilhões dos nossos "anos mortais” (anos de 365 dias). Há que se lembrar 
de que Brahmâ, por sua vez, representa apenas um momento ou personificação temporal 
do poder criador da Divindade. 
Na Grécia antiga, a abordagem dos temas identificados com a origem e destino do 
Universo (Cosmogênese) e da Humanidade (Antropogênese) não se limitara ao modo 
informativo ou descritivo do intelecto, mas, também, tentava-se perceber suas verdades de 
modo teatralizado ou dramatizado e, em seu nível mais abstrato, de modo ritualizado. Três 
estabelecimentos conjugados sediavam esses processos de aprendizagem: a Palestra (ou 
Escola), o Teatro e o Templo. 
Enquanto o povo em geral tinha acesso a esses modos de aprendizagem, muitas 
vezes lançando-se mão da linguagem dos mitos, somente um pequeno e seleto número de 
pessoas conseguia ter acesso a um hierofante capaz de conduzi-los à vivenciação de 
assuntos transcendentes os quais ficaram conhecidos por Mistérios ou Arcanos, em locais 
apropriados para um processo iniciático onde o modo ritualizado herdara muito do Egito 
antigo. Há que dizer que o templo grego de Deméter, em Elêusis, tinha seu nome em 
correspondência com Ísis, deusa egípcia, contraparte de Osíris, cujas vogais iniciais deram 
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a propriedade na expressão esotérica do Itinerário de IO. Como deusa da consagração da 
Natureza, plasmadora do Pensamento Cósmico, seu templo era dedicado aos ritos que se 
destinavam à vivenciação dos ensinamentos sobre a Cosmogênese e a Antropogênese. 
Preservados e revelados de modo criterioso, os Mistérios persistiram por vinte séculos até 
o ano 396 da era cristã, quando a linguagem exotérica, predominando sobre a esotérica, 
não mais garantindo a pureza das verdades nos antigos ritos, gerou confusão na linguagem 
simbólica, com mistificação, dogmatismo e religiosidade desnecessários. 
A simbologia milenar perdeu-se nas suas mais transcendentes interpretações. Por 
exemplo, o trigo, que expressava a comunhão ou casamento com a iniciação nos Mistérios, 
vulgarizou-se no bolo nupcial das festas de casamento, aproveitando-se a farinha daquele 
cereal. O vinho, como símbolo da sabedoria divina que embriaga o iniciado deixando sua 
personalidade possuída pela individualidade ou Eu superior, perdeu o sentido nas festas 
de Baco ou nos bacanais. Esse deus mitológico, que veio para libertar a alma humana do 
seu tempo e promover a comunhão ou eucaristia com seu Eu Superior, figurava, agora, 
como divindade nas festividades regadas ao vinho material e às inconveniências dos 
excessos alcoólicos. 
Muito mais detalhes sobre o destino dos Mistérios na iniciação dos gregos antigos 
estão bem narrados no livro de Helena Petrovna Blavatsky denominado "As Origens do 
Ritual na Igreja e na Maçonaria”. 
No apagar das luzes dos santuários e templos da Sabedoria Iniciática das Idades, no 
início da Era Cristã, alguns hierofantes gregos e rabinos judeus ainda se empenharam para 
preservar um pouco da simbologia arcaica e universal que, por muito tempo, assegurou a 
confiabilidade da essência nos ensinamentos e ritos sobre os Mistérios, ou Arcanos, 
maiores e menores. 
Por essa época, um desses Guardiões da Verdade, o rabino Shimeon Ben Jochai, 
liderando um grupo de sacerdotes devotados à interpretação do "Livro do Mistério Oculto”, 
simbolizou a Macroprosopopeia como a Grande Hipótese Criativa do Supremo Arquiteto do 
Universo, como bem descreve Eliphas Levi em sua obra "As Origens da Cabala”. 
Toda cultura da época ligada à esfera da espiritualidade ficou também à disposição 
dos primeiros cristãos, pela presença poderosa de Jesus. 
Nos primeiros séculos, eles não possuíam templos nem santuários, ecléticos por 
natureza, procedentes de várias origens e crenças, tiveram, como ponto comum, que traçar 
o destino rumo ao Ocidente, como fizeram os principais apóstolos de Jesus. Agregando 
simbologias que sempre encobriram a verdade da manifestação divina dos Grandes 
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Iluminados, consolidaram o batismo cristão, a festa do Natal, o Domingo de Ramos, a 
Eucaristia, a Páscoa e, particularmente, o rito grego da "descida aos infernos”. Enquanto 
que, no Egito e Grécia antigos, essa era uma prova que imergia o candidato à iniciação no 
lado sombrio de suas próprias paixões, para os já Iluminados, essa era uma visita sagrada 
aos Mundos Interiores da Agartha, os mundos subterrâneos, nas camadas infraterrenas do 
planeta. 
As cruzes dos velhos ritos egípcios, adotadas pelos cristãos, pendentes no pescoço 
ou erguidas no solo, expressavam os 4 elementos da Natureza em constante movimento, 
representados pelas letras I, N, R, I em suas combinações (NRII, RIIN, IINR e INRI), 
significando o mistério do quaternário que rege o planeta, vitória nas 4 grandes provas da 
iniciação antiga, e, finalmente, de seus movimentos, em 10 círculos concêntricos, obtendo 
a rosa esotérica ("rosa-cruz”) como símbolo da Unidade do Universo. Comentando sobre 
os significados de Agni no Oriente e no Ocidente, em relação com os arranjos das letras 
I,N,R,I, o autor de "Os Mistérios do Sexo”, Henrique José de Souza, revela em seu livro que 
a interpretação iniciática de I.N.R.I é: "Ignis Natura Renovatur Integra”, ou seja, ”A Natureza 
Inteira É Renovada Pelo Fogo”. 
A obra da cristandade no Ciclo de Piscis (ou do Peixe) resgatou a pureza do 
simbolismo do vinho no rito do santo sangue do Cristo e de todos os Grandes Iluminados. 
Tal rito já precedia, no entanto, os de origem grega e cristã, conhecido dos iniciados como 
Santo Graal, ocultado dos cristãos não iniciados ao longo dos séculos em Catedrais do 
Ocidente (Europa e Continente Americano), sob a guarda da Ordem Secreta dos Monges 
Construtores, até sua transferência esotérica para seus continuadores, no Ciclo de 
Aquarius, em época e templos apropriados, em terras brasileiras. 
A Sociedade Brasileira de Eubiose desenvolve o processo de iniciação em quatro 
grandes etapas, preservando o acervo da simbologia originária da Sabedoria Iniciática das 
Idades. 
Não só recomenda os estudos e as práticas individuais, mas, também, a vivenciação 
dos ensinamentos em ritos coletivos. Nesse processo, oferece oportunidade ao interessado 
em se preparar para um caminho mais direto o qual passa a trilhar como Iniciação Real, 
em Setor Interno, em que estão estabelecidas as regras para proteção da essência do 
conhecimento revelado. 
Seus ritos, despidos de mistificação, de religiosidade, de antropomorfismos, de 
dogmatismo e ameaças infundadas, caracterizam-se pelo tema central do incessante 
movimento do Universo, cuja concepção grega foi buscar, no verbo "teein” - com o 
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significado de movimentar -, o fundamento da palavra theos, a Divindade Manifestada, Luz 
em movimento, Deus como Tríade Sagrada. Adotando a linguagem dos iniciados, primam 
pela atualização, pelas cerimônias dinâmicas utilizando o que possa representar a força 
dos números, das cores, dos sons na construção do Universo. Desse modo os ritos contam 
com espaço suficiente para a representação dos 4 elementos da Natureza, mais um quinto 
ou central, destacando um divisor ou altar que, didaticamente, define o espaço superior da 
Divindade e o ambiente templário onde seus participantes vivenciam os ensinamentos de 
ordem transcendental, além de contribuírem com o grande trabalho de irradiar, no plano 
mental da Humanidade, benfazejas e poderosas vibrações de paz e de fraternidade. 
Além da simbologia, cujos ideogramas são de natureza quase incorruptível em defesa 
da pura essência de suas verdades, diferentemente da escrita sujeita a declinações e 
banalizações, o rito conta com o acervo litúrgico do cerimonial apropriado, da 
mantrikâshakti como o poder oculto dos sons, palavras, letras ou números místicos dos 
mantrans. Como um quarto pilar de sustentação, há que se considerar outros 
condicionantes como o horário do dia, cânones arquitetônicos, higiene não só do ambiente, 
mas, também, de cada um dos participantes, desde seu vestuário até de sua natureza 
humana constituída de seus 4 veículos inferiores ou corpos físico, vital (duplo etérico), 
emocional (astral) e mental concreto. 
A Sabedoria Milenar que fundamenta os ritos na iniciação faz, dos santuários e 
templos que os realizam, consideráveis caixas de ressonância, como faz a própria Natureza 
no ato de suas criações, sem agitação nem alarde, na linguagem serena dos cantos, dos 
hinos, das reverências, das celebrações, disponibilizando recursos que possibilitam a 
superação do tempo linear que aprisiona a criatura humana ao passado e ao turbilhão 
criado pelas sensações, sentimentos e pensamentos ligados a ele. 
No Glossário Teosófico de H. P. Blavatsky, Teosofia equivale-se ao Brahma - vidyâ 
(Sabedoria Divina), ao Para-vidyâ (Sabedoria Suprema) e outros acervos ocultos do 
passado milenar do Oriente. No livro "Ocultismo e Eubiose”, seu Autor, Laurentus, compara 
a Eubiose a todas aquelas Sabedorias Antigas. Henrique José de Souza, no segundo 
capítulo do seu livro " O Verdadeiro Caminho da Iniciação”, acrescenta a esse acervo do 
Oriente mais uma dessas Sabedorias Antigas conhecida por Gupta - vidyâ equivalente a 
Guhya - vidyâ que curiosamente tem o significado de Conhecimento Secreto dos Mantras 
Místicos. Não é por acaso que a Eubiose destina grande parte de seus estudos e práticas 
focada no poder criador dos sons. 
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A habitualidade e a naturalização de uma nova etapa na vida, pouco a pouco 
aproximando a consciência física ou de vigília da consciência psíquica e essas, da 
verdadeira identidade superior que habita em cada um de nós, faz dos ritos do Santo Graal 
uma necessidade na moderna iniciação, como os adotados nos templos e santuários da 
Sociedade Brasileira de Eubiose. 
Os ritos, mesmo dotados de uma concepção científica e artística, porém isolados dos 
estudos e das atividades socioeducativas, não constituem, por si sós, determinantes 
suficientes na iniciação coletiva. 
 Conforme explicações de Henrique José de Souza, em sua "Mensagem de Dhâranâ 
ao povo brasileiro” (rev. Dhâranâ nº 0), como organização no mundo civilizado, a Sociedade 
Brasileira de Eubiose, como Colégio Iniciático, sendo uma Fraternidade que proporciona a 
vivenciação do Conhecimento, seja pelos estudos, pelas práticas individuais e coletivas, 
constitui-se de filiados movidos por sentimentos altruístas, mantendo-se interessados no 
progresso das comunidades onde residem, cumprindo os deveres exigidos a todos os 
cidadãos. 
o – O – o 
 
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