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ANESTESICOS GERAIS

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ANESTÉSICOS GERAIS
ASSOCIAÇÃO DE ENSINO E CULTURA “PIO DÉCIMO”
FACULDADE PIO DÉCIMO
MEDICINA VETERINÁRIA
Viviane Gomes Portella
viviane_portella@yahoo.com.br
1
I- INTRODUÇÃO
Anestésicos gerais (AG) são substâncias que provocam anestesia com perda de consciência ( SNC) 
Anestésicos provocam anestesia sem perda da consciência
1800: óxido nitroso 
analgesia, euforia e perda da consciência
1846: éter 
extração de dente
1853: clorofórmio 
parto da Rainha Vitória
II- TIPOS
INALATÓRIO
VOLÁTEIS
clorofórmio, éter
GASOSOS
halotano, óxido nitroso, xenônio
INJETÁVEIS
BARBITÚRICOS
KETAMINA
IV- FASES
NORMAL (vigília)
ANESTESIA ( consciência)
INDUÇÃO
RETORNO
MANUTENÇÃO
Indução
manutenção
despertar
2 horas
5 min.
Anestesia geral : fases
 -venosa – hipnóticos
-inalatória sob máscara 
- retal
- intramuscular
- nasal
Indução
Venosa total
Inalatória
Combinação das duas
Manutenção
Interrupção da manutenção
(uso de antagonistas)
Despertar
V- ESTÁGIOS
1 - analgesia
administração do fármaco
início da perda de consciência
2 - excitação
animal fica se debatendo
respiração irregular para regular
3 - estágio cirúrgico
 cessa o movimento espontâneo
respiração torna-se regular
com aprofundamento: músculos relaxam por completo
4 - paralisia bulbar
pode ocorrer paralisia respiratória
morte
VI - COMPONENTES
O estado anestésico, clinicamente, consiste em 3 componentes principais:
1. Perda da consciência
2. Analgesia
4. Relaxamento muscular
Na prática, não existe anestésico que possua todas estas característica juntas. Estes efeitos são conseguidos com uma combinação de fármacos.
VI- CONCEITOS BÁSICOS DE ANESTESIA CLÍNICA
Nenhuma técnica anestésica é inequivocamente a melhor para todos os animais em todas as circunstâncias
Cada plano é adaptado às circunstâncias prevalentes
Período pré-anestésico
fármacos são administrados aos animais antes da indução da anestesia geral.
Objetivos:
facilitar manejo
suavizar apreensão
aliviar ou minimizar dor 
prevenir infecção
suplementar a anestesia geral
minimizar atividade reflexa indesejável do SNA
secreções salivares e brônquicas
arritmia
Classes de alguns fármacos usados como pré-anestésicos:
tranquilizante-sedativos
acepromazina
diazepam
opióide
morfina
meperidina
agonista adrenérgico 2
xilazina
parassimpaticolítica
atropina
Período anestésico:
Os fármacos anestésicos selecionados e sua dose e método de administração dependem muito do animal, das instalações disponíveis e da perícia do anestesista.
Existem:
INALATÓRIOS:*
HALOTANO, ISOFLUORANO, DESFLURANO
INJETÁVEIS*
KETAMINA, TIOPENTAL, PROPOFOL
Período pós-anestésico imediato
A recuperação anestésica dos animais saudáveis das técnicas de rotina de anestesia é geralmente calma e rotineira.
Alguns riscos que podem necessitar intervenção terapêutica:
hipo ou hipertensão arterial
disritmia cardíacas
hipoventilação
dor
hipo ou hipertermia
vômito
despertar tardio
Necessidade do conhecimento da farmacologia das drogas, em estados fisiológicos e nas doenças.
Anestesia geral
			Opióides : 	
	Fentanil		
	Alfentanil
	Remifentanil
	Sufentanil		
	Morfina
Analgesia:
Analgésicos mais empregados
Barbitúricos (tiopental)
Benzodiazepínicos (midazolam, diazepam, flunitrazepam)
Etomidato
Propofol
Cetamina
2. Hipnose:
Hipnóticos mais empregados
Despolarizantes : Succinilcolina
Adespolarizantes : 
		-grupo esteróides 
		(vecurônio, rocurônio)
		- grupo benzilisoquinolínicos 
		(atracúrio,cisatracúrio)
		-outros (pesquisa)
			
3. Relaxamento muscular:
BNM mais empregados
Atropina
4. Proteção de reflexos (N. Vago):
Bloqueador muscarínico mais empregado
INJETÁVEIS
Classificação Farmacológica
Anestésicos Intravenosos
Classificação Anestésica
Anestésicos Intravenosos
Barbitúricos
Tiopental Sódico
Barbitúricos
Pentobarbital Sódico
Barbitúricos
Anestésico Geral Não-Barbitúrico
Etomidato
Anestésico Geral Não-Barbitúrico
Etomidato
Anestésico Geral Não-Barbitúrico
Etomidato
Etomidato 
Efeito sobre diversos sistemas
Etomidato 
Efeito sobre diversos sistemas
Anestésico Geral Não-Barbitúrico
Propofol 
Anestésico Geral Não-Barbitúrico
Propofol 
Anestésico Geral Não-Barbitúrico
Propofol 
Anestésico Geral Não-Barbitúrico
Propofol 
Propofol 
Efeitos nos Diversos Sistemas
INALATÓRIOS
 Cronologia da Anestesia Inalatória 
Estrutura e Evolução
Farmacologia clínica
 
Farmacocinética: CAM, captação, distribuição e eliminação
Farmacodinâmica: metabolização
FARMACOCINÉTICA
CONCENTRAÇÃO ALVEOLAR MÍNIMA
(CAM)
Concentração alveolar mínima do anestésico para impedir, em 50% dos pacientes, a movimentação em resposta à incisão de pele (DA50)
Índice de potência anestésica
CAM expandida (DA 90) = CAM + 1/3CAM
Fatores que alteram a CAM: idade, estado metabólico, drogas estimulantes
 SNC, drogas depressoras do SNC, hipotensores,medicação pré-anestésica e drogas coadjuvantes em anestesia.
Medicação pré-anestésica usual pode reduzir a CAM de 7 a 30%. Uso de agente venoso (hipnóticos) na indução da anestesia pode diminuir a CAM do anestésico inalatório em 15 a 20% nos 15 primeiros minutos.
O óxido nitroso, teoricamente, reduz a CAM na proporção da concentração em que é administrado. Na prática tem sido descrito uma redução da CAM entre 50 a 60% para concentrações de óxido nitroso de 50 a 70% (valores aproximados).
FARMACOCINÉTICA
CONCENTRAÇÃO ALVEOLAR MÍNIMA
(CAM)
Medicação pré-anestésica usual pode reduzir a CAM de 7 a 30%. Uso de agente venoso (hipnóticos) na indução da anestesia pode diminuir a CAM do anestésico inalatório em 15 a 20% nos 15 primeiros minutos.
O óxido nitroso, teoricamente, reduz a CAM na proporção da concentração em que é administrado. Na prática tem sido descrito uma redução da CAM entre 50 a 60% para concentrações de óxido nitroso de 50 a 70% (valores aproximados).
CARACTERÍSTICAS FARMACOCINÉTICAS
		Sangue/Gás	Gordura/Gás	CAM
	Metoxiflurano	13,00	990,0	0,16
	Halotano	2,30	224,0	0,76
	Enflurano	1,80	98,0	1,68
	Isoflurano	1,40	98,0	1,15
	Desflurano	0,42	- 	7,00
	Sevoflurano	0,60	- 	1,76
	Óxido nitroso	0,47	1,4	106,00
Concentração Alveolar Mínima (CAM)
FARMACOCINÉTICA
Captação
Inicialmente Fad > FI (diluição e absorção no sistema). 
 
 Quanto > FGF < tempo de equilíbrio (Fad=FI).
através da respiração (ventilação alveolar) o anestésico inalatório é levado das vias aéreas superiores ao alvéolo onde é captado pelo sangue(dependente do débito cardíaco e da solubilidade no sangue). FI > FA
 
FARMACOCINÉTICA
Distribuição
Sangue Tecidos (SNC)
“concentração alveolar espelha a concen-
 tração cerebral”.
Compartimento muito vascularizado (vísceras)
Compartimento mediamente vascularizado (músculos)
Compartimento pouco vascularizado (gordura)
FARMACOCINÉTICA
Eliminação
Regressão da anestesia: FI < FA
Células sangue alvéolo VAS Sistema
Fatores que interferem nesse processo:
Perfusão sanguínea
Ventilação alveolar
Duração de administração do anestésico inalatório
Massa corporal do paciente
Solubilidade do anestésico
FARMACODINÂMICA
Mecanismo de ação
Macroscópio:
 CÉREBRO: amnésia, inconsciência
 MEDULA ESPINHAL: imobilidade
Microscópio:
ligação à estrutura protêica e lipídica da membrana celular 
 desorganização entropia celular
Molecular: 
 alteração no fluxo iônico
 
 bloqueio na propagação do potencial de ação
SÍTIO MACROSCÓPICO
SNC
ENCÉFALO x MEDULA
SÍTIO MICROSCÓPICO
SINAPSES
INIBITÓRIA x EXCITATÓRIA
PRÉ x PÓS-SINÁPTICA
MOLECULAR
MEMBRANA
LIPÍDIOS x PROTEÍNA
FARMACODINÂMICA
Mecanismo de ação
Nível Anatômico
Macroscópico





Microscópico










Molecular







Local de Ação
SNC


Cérebro x Medula


Axônio x Sinapse


Excitatório
X
Sinapse inibitória

Pré-sináptico
X
Pós-sináptico



Membrana



Lipídio x Proteína
Anestésico interrompe a transmissãono SNC: descerebração não altera a CAM
Altas concentrações de anestésicos inalados são requeridas para interromper a sinapse axonal 
Anestésicos podem bloquear a transmissão excitatória ou favorecer a inibitória
Anestésicos podem alterar a liberação de neurotransmissor pré-sináptico e modificar o fluxo de íons através dos canais pós-sinápticos
A regra de Meyer-Overton implica num sitio hidrofóbico de ação
A hipótese do volume crítico propõe uma ação anestésica através da expansão da membrana
A teoria da fluidificação lipídica não pode explicar a produção da anestesia. Evidência de ação nas proteínas de membrana
Possíveis locais de ação anestésica
Coeficiente de Solubilidade Sangue/Gás
(Partição) 
Membrana neuronal deve ser o SÍTIO DE AÇÃO...
“Os AI poderiam agir no interior não polar da bicamada de lipídios, nas bolsas hidrofóbicas, nas proteínas embebidas ou não, na bicamada lipídica”
FARMACODINÂMICA
Mecanismo de ação
MEMBRANA COMO SÍTIO DE AÇÃO
MEMBRANA COMO SÍTIO DE AÇÃO
FARMACODINÂMICA
SNC: 
inibição na percepção da sensibilidade 
vasodilatação PIC
Sistema Respiratório: 
depressão dos centros respiratórios superiores(>1,5 CAM) levando à hipoventilação com PaCO2
Broncodilatação; isoflurano=irritação vias aéreas
Cardiovascular:
 resistência vasc. sistêmica PA
discreto efeito inotrópico negativo
Útero: relaxamento
Rim: fluxo plasmático filtração glomerular débito urinário
Junção neuromuscular: relaxamento muscular
Metabolismo: mínima biodegradação(sevo/desflur)
FARMACODINÂMICA
Metabolização
ISOFLURANO: é metabolizado cerca de 0,2% do que é captado.
Sevoflurano: mínima biodegradação
Praticamente sem toxicidade
0,42
0,47
0,69
1,43
1,91
2,5
15
0
2
4
6
8
10
12
14
16
DesfluranoN2OSevofluranoIsofluranoEnfluranoHalotanoMetoxiflurano

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