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Ana Comin ANESTÉSICOS GERAIS: OBJETIVOS PARA SUA UTILIZAÇÃO: Promover a inconsciência, analgesia, relaxamento muscular. Tornar o paciente INSENSÍVEL a estimulação dolorosa e INCONSCIENTE. O QUE FAZ? 1. Induz depressão generalizada e reversível do SNC; 2. Provoca perda da percepção de todas as sensações; 3. Perda da consciência, amnésia e imobilidade, com uma ausência da resposta para estímulos nocivos; 4. Relaxamento muscular; 5. Perda dos reflexos autônomos; 6. Analgesia e ansiólise. ESTÁGIOS: INDUÇÃO: Intervalo de tempo que vai desde o ínicio da administração do anestésico até o desenvolvimento de anestesia cirúrgica. DEPENDE da rapidez com que as concentrações eficazes do anestésico atingem o SNC. MANUTENÇÃO: Período de tempo durante o qual o paciente se mantém anestesiado em plano cirúrgico. Para isso, a manutenção é feita através de fármacos anestésicos gerais por inalação. RECUPERAÇÃO: Período que vai desde a interrupção da administração do anestésico até a recuperação da consciência (Depende de quão rapidamente o anestésico é removido do SNCPode acontecer redistribuição, deposição nos tecidos, entre outras. NA ODONTO: INSENSÍVEL a estimulação dolorosa, mas CONSCIENTE. SEDAÇÃO CONSCIENTE: Pode ser usada em crianças; Pacientes odontofóbico, com problemas neurológicos. É uma depressão mínima do nível de consciência que mantém a capacidade respiratória, independentemente e de modo contínuo. Paciente consegue responder adequadamente à estimulação física e comando verbal. LEMBRANDO QUE: a profundidade da sedação ou anestesia depende principalmente da DOSE e da SUSCEPTIBILIDADE do paciente. Pode ser realizada pelo método farmacológico ou não farmacológico (hipnose), ou ambos. OXIDO NITROSO, HALOTANO, DESFLURANO, ISOFLURANO: Cirurgias PEDIÁTRICAS. SEDAÇAO PROFUNDA: Estado controlado de depressão de consciência, acompanhada da perda parcial dos reflexos protetores (alteração da respiração), incapacidade de responder a comando verbal; ANESTESIA GERAL: Estado controlado de inconsciência, acompanhada de perda parcial/total dos reflexos protetores, incapacidade de manter respiração e responder a estimulação física ou comando verbal. A profundidade da anestesia depende da concentração do anestésico no SNC. A Taxa em que é atingida a concentração cerebral eficaz depende de fatores FARMACOCINÉTICOS que irão influenciar a ABSORÇÃO e DISTRIBUIÇÃO do anestésico. PROFUNDIDADE DA ANESTESIA: FASE I: ANALGESIA: ANALGESIA: Dependendo do agente; Amnésia; Euforia. FASE II: EXCITAÇÃO: Deve ser ou evitada ou de duração curta. EXCITAÇÃO; DELÍRIOS Comportamentos combativos. FASE III: ANESTESIA CIRÚRGICA: INCONSCIÊNCIA; RESPIRAÇÃO REGULAR. DIMINUIÇÃO DO MOVIMENTO OCULAR. FASE IV: DEPRESSÃO BULBAR: PARADA RESPIRATÓRIA; DEPRESSÃO; PARADA CARDÍACA; AUSÊNCIA DE MOVIMENTO OCULAR. AÇÃO NEUROLÓGICA COMUM DOS AG: Elevação do limiar de deflagração celular; Diminuição da atividade neuronal de muitas regiões cerebrais; Diversos mecanismos iônicos foram propostos a partir de estudos com membranas artificiais. TEORIA DOS LIPÍDEOS: Anestésicos dissolveriam-se na membrana lipídica, alterando o estado físico da membrana, com alterações secundárias na função dos canais iônicos. CORRELAÇÃO ENTRE POTÊNCIA ANESTÉSICA E SOLUBILIDADE DOS LIPÍDEOS. Viu-se que, para a interação com a parte hidrofóbica da membrana celular, uma molécula que fosse de natureza anfifílica seria a mais adequada. Ana Comin COMO PODERIA A INTRODUÇÃO DA MOLÉCULA NA MEMBRANA SEM CAUSAR DISTÚRBIOS FUNCIONAIS? Expansão do volume da membrana celular: altera a conformação dos canais iônicos (A anestesia seria dada quando o volume da fase lipídica fosse expandindo cerca de 0,4%). Ademais, AUMENTO DA FLUIDEZ da membrana celular alteraria sua organização estrutural altera a função dos canais iônicos que flutuam na membrana lipídica. TEORIA DAS PROTEÍNAS: Os anestésicos se ligariam em sítios específicos de proteínas da membrana. Ativação da corrente de K+: hiperpolarização dos neurônios. Elevam o limiar, levando a menor capacidade de deflagrar o potencial de ação. Diminuem a duração da abertura dos canais de sódio. Favorecendo a abertura dos canais de Cl- (HIPERPOLARIZAÇÃO): Demonstrando para benzodiazepínicos, barbitúricos, propofol e alguns anestésicos inalatórios. Podem estar se ligando ao GABAa: INIBITÓRIO! Podem inibir receptores NMA: Receptores NMDA aumentam a condutância de cátions principalmente de cálcio. DROGAS USADAS: DEPENDE DAS VIAS DE ADMINISTRAÇÃO! VIA RESPIRATÓRIA: OS INALATÓRIOS TÊM COMO VANTAGENS: 1. Rápida indução e recuperação dos estados de anestesia, que depende da sua solubilidade no sangue. ANESTÉSICOS GERAIS COM ELEVADOS COEFICIENTES DE PARTIÇÃO SANGUE/GÁS (HALOTANO POR EX.): APRESENTAM LENTAS INDUÇÃO E RECUPERAÇÃO. SÃO LIMITADOS POR VENTILAÇÃO. MAIS POTENTE são mto lipofílicos, mas ligam-se nas proteínas plasmáticas. BAIXOS COEFICIENTES (ÓXIDO NITROSO, DESFLURANO): RÁPIDA INDUÇÃO E RECUPERAÇÃO. LIMITADOS PELO FLUXO SANGUÍNEO: PERFUSÃO. MENOS POTENTE. SE LIGA POUCO ÀS PROTEINAS. LÍQUIDOS VOLÁTEIS: LÍQUIDOS VOLÁTEIS: “fluranos”; LÍQUIDOS VOLÁTEIS: Necessitam da ajuda de uma máquina, para e geração de vapor. EFEITO COMPLETO: ATIVIDADE HIPNÓTICA, ANALGÉSICA, AMNÉSIA E RELAXANTE MUSCULAR. HALOTANO, ENFLURANO, ISOFLURANO, DESFLURANO, SEVOFLURANO. *Éter, clorofórmio e ciclopropano: não são mais usadas, são muito inflamáveis e apresentam alta toxicidade, como para o fígado! Clorofórmio: HEPATOTOXICIDADE. MECANISMO DE AÇÃO: 1. Potencializam a atividade dos receptores GABAa; 2. Bloqueiam receptores nicotínicos; 3. Hiperpolarizam as membranas através da ativação dos canais de K+. 4. Ativação dos receptores da glicina (inibitórios); 5. Inibem o rearranjo de proteínas envolvidas na liberação de neurotransmissores da membrana pré- sináptica (sinaptovrevina, sintaxina). GÁS: GÁS: ÓXIDO NITROSO: um gás a temperatura e pressão ambiente, componente importante de muitos regimes anestésicos. Pode ser usado juntamente com outro anestésico inalatório ou endovenoso para a produção de uma anestesia completa. 1. NÃO IRRITA AS VIAS AÉRES; 2. ANESTÉSICO POUCO POTENTE; 3. PROMOVE ESTABILIDADE CARDIOVASCULAR; 4. INDUÇÃO E RECUPERAÇÃO RÁPIDAS: Coeficiente de partição sangue/gás baixíssimos: 0,47. 5. NÃO gera relaxamento do músculo esquelético; 6. NÃO gera hipnose profunda, logo, pode ser usado com outros anestésicos gerais. SUA ADMINISTRAÇÃO É JUNTAMENTE COM QUANTIAS ADEQUADAS DE OXIGÊNIO. OBS: dependendo da dose pode gerar sedação consciente, profunda ou anestesia geral. Não ultrapassar a concentração de 70% Quando associado com outros anestésicos, a concentração é de 50-70%. EM ODONTO: É ADMINISTRADO NA CONCENTRAÇÃO DE 20-50% COM OXIGÊNIO. As doses são progressivas, e são administradas por meio de uma máscara nasal desenvolvida para a odontologia. SEMPRE MONITORIA CONSTRANTE DA PRESSÃO ARTERIAL. PROCESSO: ARALVÉOLOSSANGUE (ABSORÇÃO)CÉREBRO (DISTRIBUIÇÃO). METABOLIZAÇÃO: Por enzimas hepáticas e de outros tecidos: metabólitos eliminados na urina. ELIMINAÇÃO: Determina a recuperação da anestesia. Através da espiração pulmonar. MECANISMO DE AÇÃO: Bloqueiam os RECPTORES NMDA. FATORES PARA A TAXA DE RECUPERAÇÃO: 1. FLUXO SANGUÍNEO PULMONAR; 2. MAGNETUDE DA VENTILAÇÃO; Ana Comin 3. SOLUBILIDADE DOS ANESTÉSICOS NOS TECIDOS, SANGUE, NA FASE GASOSA DOS PULMÕES. 4. DURAÇÃO DE EXPOSIÇÃO: ALTA DURAÇÃO PODE LEVAR AO ACÚMULO DOS ANESTÉSICOS SOLÚVEIS NOS TECIDOS: músculos, pele, tecido adiposo. ENDOVENOSA: Indução rápida da anestesia, com recuperação mais lenta se comparada com os gases inalatórios. PRINCIPAIS EFEITOS INDESEJÁVEIS: RISCO DE DEPRESSÃO RESPIRATÓRIA E CARDIOVASCULAR (CETAMINA); NÁUSEAS: No pós-operatório são comuns.BARBITÚRICOS: O mais usado é o TIOPENTAL. TIOPENTAL: MOLÉCULA PEQUENA DE CARÁTER LIPOFÍLICO: Acumula- se no tecido adiposo. EM RELAÇÃO AOS BENZODIAZEPÍNICOS, POSSUEM MAIS TENDÊNCIA A INTOXICAÇÃO. Solúvel em água/SF 0,9% com Ph 10-11FÁCIL PRECIPITAÇÃO. Causa dor e necrose tecidual Quando em administração extravascular. Produz rápida indução (segundos) e recuperação (minutos) da anestesia; Causa efeito do tipo ressacador de cabeça, náuseas. INDICAÇÃO? 1. Indução da ANESTESIA; 2. Potente ação sedativa e hipnótica. BENZODIAZEPÍNICOS: DIAZEPAM, MIDAZOLAM. ANALGÉSICOS OPIÓIDES (MORFINA E DERIVADOS) PROPOFOL: Insolúvel em água. Na forma de emulsão a 1%; Causa dor a injeção; Metabolizado rapidamente pelo fígado. NÃO CAUSA EFEITO RESSACA! INDICAÇÃO? 1. Indutor anestésico; 2. Infusão contínua produz níveis estáveis do fármaco: pode ser empregada na manutenção da anestesia; 3. Retorno rápido da consciência. ETOMIDATO: Pouco solúvel em água; Causa dor a injeção; Metabolizado pelo fígado rapidamente; Eliminação: renal (78%) e biliar (22%). INDICAÇÃO? 1. Indução anestésica para pacientes com risco de hipotensão. CETAMINA: Solúvel em água; Metabolizada rapidamente pelo fígado Excreção renal e biliar. INDICAÇÃO? 1. MANUTENÇÃO DA ANESTESIA em pacientes pediátricos ou em procedimentos curtos; 2. Anestesia/analgesia em pacientes queimados; 3. Anestesia em pacientes com risco de hipotensão ou que são asmáticos. Possui pouca interferência na atividade cardíaca, mas pode ser usada como um relaxante muscular, já que esta capacidade é leve, baixa. Pode gerar estado cataléptico/ “delírios de emergência”-alucinações. MECANISMO DE AÇÃO: Barbitúricos, propofol, eromidato: Aumentam a atividade dos receptores GABAa; Barbitúricos e propofol: aumentam a atividade dos receptores de glicina; Cetamina: antagonista do receptor NMDA. EFEITOS ADVERSOS: SISTEMA CARDIOVASCULAR: Redução da pressão arterial. Ação seletiva: diminui o débito cardíaco (HALOTANO E ENFLURANO) ou a resistência vascular (ISOFLURANO E DESFLURANO). SISTEMA RESPIRATÓRIO: Todos os anestésicos inalatórios deprimem a mesma, efeito contornado pela ventilação assistida ou por aparelhagem durante anestesia. EFEITOS NO CÉREBRO: Diminuem a taxa metabólica cerebral, aumentando o fluxo sanguíneo (diminuição da resistência vascular cerebral). RINS: Diminuem a filtração glomerular e fluxo plasmático renal. FÍGADO: Reduzem o fluxo hepático. HEPATOTOXICIDADE HALOTANO.
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