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ART 184, CP

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1. ART. 184, CP: VIOLAÇÃO DE DIREITO AUTORAL
Violação de direito autoral
Art. 184. Violar direitos de autor e os que lhe são conexos:
Pena – detenção, de 3 (três) meses a 1 (um) ano, ou multa.
§ 1o Se a violação consistir em reprodução total ou parcial, com 
intuito de lucro direto ou indireto, por qualquer meio ou 
processo, de obra intelectual, interpretação, execução ou 
fonograma, sem autorização expressa do autor, do artista 
intérprete ou executante, do produtor, conforme o caso, ou de 
quem os represente:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
§ 2o Na mesma pena do § 1o incorre quem, com o intuito de 
lucro direto ou indireto, distribui, vende, expõe à venda, aluga, 
introduz no País, adquire, oculta, tem em depósito, original ou 
cópia de obra intelectual ou fonograma reproduzido com 
violação do direito de autor, do direito de artista intérprete ou 
executante ou do direito do produtor de fonograma, ou, ainda, 
aluga original ou cópia de obra intelectual ou fonograma, sem a 
expressa autorização dos titulares dos direitos ou de quem os 
represente.
§ 3o Se a violação consistir no oferecimento ao público, 
mediante cabo, fibra ótica, satélite, ondas ou qualquer outro 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10615003/artigo-184-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/código-penal-decreto-lei-2848-40
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/92175/lei-de-direitos-autorais-lei-9610-98
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/92175/lei-de-direitos-autorais-lei-9610-98
sistema que permita ao usuário realizar a seleção da obra ou 
produção para recebê-la em um tempo e lugar previamente 
determinados por quem formula a demanda, com intuito de 
lucro, direto ou indireto, sem autorização expressa, conforme o 
caso, do autor, do artista intérprete ou executante, do produtor 
de fonograma, ou de quem os represente:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
§ 4o O disposto nos §§ 1o, 2o e 3o não se aplica quando se tratar 
de exceção ou limitação ao direito de autor ou os que lhe são 
conexos, em conformidade com o previsto na Lei nº 9.610, de 19 
de fevereiro de 1998, nem a cópia de obra intelectual ou 
fonograma, em um só exemplar, para uso privado do copista, 
sem intuito de lucro direto ou indireto.
1. Análise do Tipo
É o fato de violar (infringir, ofender, transgredir) direitos do autor ou 
que lhe for conexo. Por se tratar de lei penal em branco, aquela cujo 
preceito primário é incompleto, a Lei 9.610/98 em seus 
arts. 22 a 45 complementam-a.
2. Sujeito Ativo e Sujeito Passivo
O sujeito ativo poderá ser qualquer pessoa que pratique o crime, 
podendo ainda ter coautor ou participante, a exemplo do editor de um 
livro plagiado.
O sujeito passivo então é o autor ou titula do direito autoral ou conexo ou 
ainda, os herdeiros ou sucessores, quando já falecido o autor da obra. A 
lei 9.610/98 em seus arts. 49 a 52 traz também a possibilidade de ser 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/92175/lei-de-direitos-autorais-lei-9610-98
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/92175/lei-de-direitos-autorais-lei-9610-98
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10628136/artigo-22-da-lei-n-9610-de-19-de-fevereiro-de-1998
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10625660/artigo-45-da-lei-n-9610-de-19-de-fevereiro-de-1998
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/92175/lei-de-direitos-autorais-lei-9610-98
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/92175/lei-de-direitos-autorais-lei-9610-98
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10624947/artigo-49-da-lei-n-9610-de-19-de-fevereiro-de-1998
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10624488/artigo-52-da-lei-n-9610-de-19-de-fevereiro-de-1998
sujeito passivo a pessoa jurídica de direito público ou privado na 
hipótese em que o autor cede os direitos sobre a obra
3. Objeto Material e Objeto Jurídico
O objeto material é a coisa sobre a qual recai a conduta criminosa do 
agente, ou seja, é a obra literária, artística ou científica.
Já o objeto jurídico do crime de violação de direito autoral é a propriedade 
imaterial (ou intelectual), no sentido de proteger o interesse moral e 
econômico do autor de obra literária, artística ou científica.
4. Elemento Subjetivo / Voluntariedade
O elemento subjetivo é o dolo, consistente na vontade livre e consciente 
de o sujeito violar o direito autoral. Nas figuras qualificadas (§§ 1º a 3º), 
exige-se, ainda, o fim especial de agir contido na expressão “com o 
intuído de lucro direito ou indireto”.
O tipo penal é exclusivamente doloso, não admite a modalidade culposa.
5. Consumação e Tentativa
Há consumação com a efetiva pratica da violação dos direitos autorais, 
mediante reprodução, venda ou oferecimentos ao público, independente 
da ocorrência do resultado.
A tentativa é aceita em todas as modalidades, porém, Dalmanto admite 
exceção nas condutas de expor a venda e ter em depósitos (§ 2º), que são 
unissubsistentes.
6. Classificação
Trata-se de crime comum quanto ao sujeito ativo (praticado por 
qualquer pessoa), e crime próprio quanto ao sujeito passivo (somente 
pode ser o autor bem como seus herdeiros e sucessores, ou qualquer 
outra pessoa titular do direito conexo ao de 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/92175/lei-de-direitos-autorais-lei-9610-98
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/92175/lei-de-direitos-autorais-lei-9610-98
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/92175/lei-de-direitos-autorais-lei-9610-98
autor), plurissubsistente (costuma se realizar por meio de vários 
atos), comissivo (decorre de uma atividade positiva do agente “violar”) e, 
excepcionalmente, comissivo por omissão (quando o resultado deveria 
ser impedido pelos garantes – art. 13, § 2º, do CP), de forma livre (pode 
ser cometido por qualquer meio de execução), formal (se consuma sem a 
produção do resultado naturalístico, embora ele possa 
ocorrer), instantâneo(a consumação não se prolonga no 
tempo), monossubjetivo (pode ser praticado por um único 
agente), simples (atinge um único bem jurídico, a propriedade imaterial 
da vítima).
7. Observação
LIMITAÇÃO AO DIREITO AUTORAL - Os arts. 46 47 e 48, da Lei 9.610/98 (Lei 
dos Direitos Autorais), dispõem sobre diversas limitações aos direitos 
autorais que se caracterizam em causas excludentes de tipicidade, em 
razão do fato não se enquadrar no tipo penal do art. 184, do Código Penal. 
Entre elas a publicação noticiosa, desde que mencionada à fonte; a 
reprodução em outra mídia (Braille), desde que não vise lucro; a 
reprodução em exemplar único e pessoal para o copista; a citação e a 
prova jurídica, as paráfrases e as paródias e as que estiverem 
permanentemente expostas em locais públicos.
EXIGIBILIDADE DE VISAR LUCRO - As figuras qualificadas de 
violação de direito autoral (CP, art. 184, §§ 1º a 3conforme já mencionado, 
exigem, além do dolo, o fim especial de agir contido na expressão “com o 
intuito de lucro direto ou indireto”). Desta forma, se a contrafação 
(reprodução não autorizada) de obra intelectual não é feita com a 
finalidade específica de obtenção de lucro direto ou indireto, não haverá 
incidência da qualificadora, em razão da ausência do elemento subjetivo 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10638340/artigo-13-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10638280/parágrafo-2-artigo-13-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/código-penal-decreto-lei-2848-40
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/92175/lei-de-direitos-autorais-lei-9610-98
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10625543/artigo-46-da-lei-n-9610-de-19-de-fevereiro-de-1998
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10625049/artigo-47-da-lei-n-9610-de-19-de-fevereiro-de-1998
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10624998/artigo-48-da-lei-n-9610-de-19-de-fevereiro-de-1998
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/92175/lei-de-direitos-autorais-lei-9610-98
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/92175/lei-de-direitos-autorais-lei-9610-98http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/92175/lei-de-direitos-autorais-lei-9610-98
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/92175/lei-de-direitos-autorais-lei-9610-98
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/92175/lei-de-direitos-autorais-lei-9610-98
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10615003/artigo-184-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/código-penal-decreto-lei-2848-40
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/92175/lei-de-direitos-autorais-lei-9610-98
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/código-penal-decreto-lei-2848-40
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10615003/artigo-184-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10615003/artigo-184-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10614958/parágrafo-1-artigo-184-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
específico, mas o agente poderá responder pela figura simples de 
violação de direito autoral (CP, art. 184, caput).
PROGRAMAS DE COMPUTADOR - Foi objeto de regulamentação 
específica por intermédio da Lei nº 9.609 que estabeleceu "regime de 
proteção à propriedade intelectual de programa de computador..." (art. 
2º) e criou delito específico.
8. Jurisprudência
Nos crimes contra a propriedade intelectual, de ação penal pública, a 
autoridade policial pode instaurar o inquérito e proceder à busca e 
apreensão de acordo com a regra geral descrita no art. 240, § 1º, do CPP, 
afastando-se a aplicação do art. 527 do CPP (STJ, REsp 543.037-RJ, DJU 
16.11.2004, p.313)
2. ART. 185, CP: USURPAÇÃO DE NORMA OU PSEUDÔNIMO 
ALHEIO
1. Análise do Tipo
Artigo revogado pelo art. 4º da Lei 10.695, de 1º/07/2003
3. ART. 187 a 191, CP: CAPÍTULO II: DOS CRIMES CONTRA O 
PRIVILÉGIO DE INVENSÃO
1. Análise do Tipo
Artigo revogado pela Lei 9.279, de 14/05/1996
4. ART. 182 a 195, CP: CAPÍTULO III: DOS CRIMES CONTRA AS 
MARCAS DE INDÚSTRIA E COMÉRCIO
1. Análise do Tipo
Artigo revogado pela Lei 9.279, de 14/05/1996
5. ART. 196, CP: CAPÍTULO IV: DOS CRIMES DE 
CONCORRÊNCIA DESLEAL
1. Análise do Tipo
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/92175/lei-de-direitos-autorais-lei-9610-98
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/código-penal-decreto-lei-2848-40
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10615003/artigo-184-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/109879/lei-do-software-lei-9609-98
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10659793/artigo-240-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10659763/parágrafo-1-artigo-240-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028351/código-processo-penal-decreto-lei-3689-41
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10624237/artigo-527-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028351/código-processo-penal-decreto-lei-3689-41
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10614799/artigo-185-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/código-penal-decreto-lei-2848-40
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10993165/artigo-4-da-lei-n-10695-de-01-de-julho-de-2003
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/98509/lei-10695-03
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10614083/artigo-191-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/código-penal-decreto-lei-2848-40
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91774/código-de-propriedade-industrial-lei-9279-96
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10613677/artigo-195-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/código-penal-decreto-lei-2848-40
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91774/código-de-propriedade-industrial-lei-9279-96
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10613629/artigo-196-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/código-penal-decreto-lei-2848-40
Artigo revogado pela Lei 9.279, de 14/05/1996
6. ART. 197, CP: ATENTADO CONTRA A LIBERDADE DE 
TRABALHO
Atentado contra a liberdade de trabalho
Art. 197 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça:
I - a exercer ou não exercer arte, ofício, profissão ou indústria, 
ou a trabalhar ou não trabalhar durante certo período ou em 
determinados dias:
Pena - detenção, de um mês a um ano, e multa, além da pena 
correspondente à violência;
II - a abrir ou fechar o seu estabelecimento de trabalho, ou a 
participar de parede ou paralisação de atividade econômica:
Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além da pena 
correspondente à violência.
1. Análise do Tipo
Constranger mediante violência física, (compelindo ou obrigando) ou 
grave ameaça (promessa de causar mal), a fim de atingir a liberdade de 
trabalho do sujeito passivo.
2. Sujeito Ativo e Sujeito Passivo
O sujeito ativo poderá ser qualquer pessoa que pratique o crime, 
podendo ainda ser praticado em concurso de pessoas.
O sujeito passivo poderá ser qualquer pessoa que recaia a violência ou 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91774/código-de-propriedade-industrial-lei-9279-96
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10613114/artigo-197-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/código-penal-decreto-lei-2848-40
grave ameaça, inclusive o proprietário do estabelecimento conforme 
inciso II, primeira parte.
Para Cezar Bitencourt a pessoa jurídica não poderá fazer parte do polo 
passivo, dada à expressão "alguém" utilizada pelo legislador, o que 
configura poder ser somente pessoa natural.
3. Objeto Material e Objeto Jurídico
O objeto material é a cerceamento da liberdade de trabalho, arte, ofício 
e/ou profissão.
Já o objeto jurídico é a conduta praticada pelo agente de cercear essa 
liberdade, sendo um direito constitucional previsto no 
art. 5º, XIII da Constituição Federal.
4. Elemento Subjetivo / Voluntariedade
O elemento subjetivo é o dolo, consistente na vontade livre e consciente 
de constranger.
O tipo penal é exclusivamente doloso, não admite a modalidade culposa.
5. Consumação e Tentativa
A consumação ocorre no momento que a vítima constrangida: a) exerce, 
ou não, arte, ofício, profissão ou indústria (inciso I); b) trabalha, ou não, 
durante certo período ou em determinados dias (inciso I); c) abre ou 
fecha seu estabelecimento de trabalho (inciso II).
A tentativa é aceita em todas as ocasiões
6. Classificação
Trata-se de crime de ação livre (pode ser cometido por qualquer meio, 
desde que realizado com violência ou grave ameaça contra a 
pessoa), comum quanto ao sujeito ativo (praticado por qualquer 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641516/artigo-5-da-constituição-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10730602/inciso-xiii-do-artigo-5-da-constituição-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constituição-federal-constituição-da-republica-federativa-do-brasil-1988
pessoa), unissubjetivo ou de concurso eventual (pode ser cometido por 
uma pessoa ou pluralidade), material (exige o resultado naturalístico 
para fins de consumação), plurissubsistente (seu iter criminis e cindível) 
e permanente (sua consumação de protrai no tempo).
7. Observação
Nas figuras do Inciso I, a pena é cumulativa: detenção de um mês a um 
ano, e multa; na figura do inciso II, as penas são as mesmas, mas o 
mínimo, porém, é de três meses. Em todas as hipóteses, são acrescidas 
ainda as penas correspondentes à violência que, de per si, constituírem 
crime. A ação penal é pública incondicionada.
Delito Subsidiário - O preceito secundário prevê antecipadamente que o 
agente responderá, quando utilizar de violência contra a pessoa, não só 
pelo crime do art. 197, mas também pela figura típica correspondente à 
violência utilizada.
8. Jurisprudência
Ementa:Processual penal. Conflito de 
competências. Atentado contra liberdade de trabalho(CP, art . 197
). Competência da justiça comum do estado. I - os indiciados jogavam 
pedras em caminhões de entrega e ameaçavam empregados que se 
dirigiam ao trabalho, incitando-os a aderirem a movimento grevista. 
Foram enquadrados no art . 197, II, do código penal, como se vê, trata-se de 
lesão individual, logo, o ato delitivo não pode ser tachado de "crime 
contra a organização do trabalho", que tem como objeto, direitos 
trabalhistas como um todo. Precedentes da turma. II - competência do 
juízo suscitado (juízo estadual). (STJ - CONFLITO DE COMPETÊNCIA 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10613114/artigo-197-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10613035/inciso-ii-do-artigo-197-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/código-penal-decreto-lei-2848-40
CC 9130 SP 1994/0016412-2 (STJ) 28/11/1994.)
STJ - CONFLITO DE COMPETENCIA CC 13953 SP 1995/0027976-2 
(STJ) +Data de publicação: 30/10/1995 Ementa: PENAL. 
PROCESSUAL. ATENTADO CONTRA A LIBERDADE DO TRABALHO. 
COMPETENCIA. CONFLITO. 1. O CRIME CONTRA A LIBERDADE DO 
TRABALHO (CP, ART. 197) NÃO SE CONFUNDE COM O CRIME 
CONTRA A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO OU DECORRENTES DE 
GREVE (LEI NR. 4330/64), ART. 29. 2. SE O CRIME NÃO OFENDE O 
SISTEMA DESTINADO A PRESERVAR COLETIVAMENTE O 
TRABALHO, A COMPETENCIA E DA JUSTIÇA ESTADUALCOMUM. 3. 
CONFLITO CONHECIDO; COMPETENCIA DO SUSCITADO. 
Encontrado em: - 30/10/1995 CP-40 LEG:FED DEL: 002848, ANO:1940 
ART : 00197CÓDIGOS PENAL CONFLITO DE COMPETENCIA CC 13953 
SP 1995/0027976-2 (STJ) Ministro EDSON VIDIGAL
7. ART. 198, CP: ATENTADO CONTRA A LIBERDADE DE 
CONTRATO DE TRABALHO E BOICOTAGEM VIOLENTA
Atentado contra a liberdade de contrato de trabalho e 
boicotagem violenta
Art. 198 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a 
celebrar contrato de trabalho, ou a não fornecer a outrem ou não 
adquirir de outrem matéria-prima ou produto industrial ou agrícola:
Pena - detenção, de um mês a um ano, e multa, além da pena 
correspondente à violência.
1. Análise do Tipo
Assim como no art. Anterior, o tipo é o constrangimento mediante 
violência ou grave ameaça, nas formas de atentado contra a liberdade de 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/código-penal-decreto-lei-2848-40
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10613114/artigo-197-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/128652/lei-4330-64
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/código-penal-decreto-lei-2848-40
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/código-penal-decreto-lei-2848-40
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10613114/artigo-197-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612997/artigo-198-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/código-penal-decreto-lei-2848-40
contrato e boicotagem violenta.
2. Sujeito Ativo e Sujeito Passivo
O sujeito ativo poderá ser qualquer pessoa que pratique o crime.
O sujeito passivo poderá ser qualquer pessoa cuja liberdade de 
contratação for inibida, ou no caso de boicotagem violenta, todas as 
pessoas naturais e jurídicas cuja atividade for impedida.
3. Objeto Material e Objeto Jurídico
O objeto material é a liberdade de trabalho, tanto do empregado como 
do empregador. Já o objeto jurídico é a conduta praticada pelo agente de 
cercear essa liberdade, sendo um direito constitucional previsto no 
art. 5º, XIII da Constituição Federal.
4. Elemento Subjetivo / Voluntariedade
O elemento subjetivo é o dolo, consistente na vontade livre e consciente 
de constranger.
O tipo penal é exclusivamente doloso, não admite a modalidade culposa.
5. Consumação e Tentativa
Se tratando de crime material, se consuma quando o constrangido faz 
aquilo que a lei não lhe obriga ou deixa de fazer o que está não lhe 
proíbe.
A tentativa é admissível nas duas ocasiões.
6. Classificação
Trata-se de crime comum podendo ser praticado por qualquer pessoa. 
Crime material, pois somente se consuma com a produção do resultado 
representado pela atividade do ofendido que cumpre as exigências do 
sujeito ativo, crime doloso e geralmente instantâneo.
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641516/artigo-5-da-constituição-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10730602/inciso-xiii-do-artigo-5-da-constituição-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constituição-federal-constituição-da-republica-federativa-do-brasil-1988
7. Observação
A pena cominada é de detenção, de um mês a um ano, e multa, além da 
correspondente à violência. A ação penal é pública incondicionada.
A lei penal determina o acúmulo material entre a infração, espécie do 
gênero constrangimento ilegal, e a lesão corporal ou morte, decorrente 
do emprego da vis absoluta (ESTEFAM). Havendo concurso de delitos, 
as penas serão consideradas globalmente, para efeito de se determinar a 
competência do Juízo Especial Criminal.
8. Jurisprudência
RECURSO CRIME EM SENTIDO ESTRITO. - NÃO RECEBIMENTO DA 
QUEIXA-CRIME COM FULCRO NO ARTIGO 43, INCISO III, DO CÓDIGO 
DE PROCESSO PENAL. - POSSIBILIDADE. - ILEGITIMIDADE ATIVA. - 
OCORRÊNCIA. - CRIMES DE AÇÃO PENAL PÚBLICA E NÃO 
PRIVADA. - DECISÃO MANTIDA. -RECURSO NÃO PROVIDO. I. 
"Referindo-se a uma das condições da ação (legitimação para agir), 
prevê a lei a rejeição da inicial quando 'for manifesta a ilegitimidade da 
parte'. Tratando-se de ação pública, a parte legítima é o Ministério 
Público; no caso de se tratar de ação privada, titular é o ofendido ou seu 
representante legal. Não se permite o oferecimento da inicial pelo 
ofendido quando se trata de ação pública; não se permite a oferta dela 
pelo Ministério Público quando a ação penal é privada." (Mirabete, Julio 
Fabbrini. Código de Processo PenalInterpretado. 8ª edição. São Paulo: Ed. 
Atlas S. A., 2001, p. 43).
8. ART. 199, CP: ATENTADO CONTRA A LIBERDADE DE 
ASSOCIAÇÃO
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10675958/artigo-43-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10675864/inciso-iii-do-artigo-43-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028351/código-processo-penal-decreto-lei-3689-41
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028351/código-processo-penal-decreto-lei-3689-41
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028351/código-processo-penal-decreto-lei-3689-41
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612963/artigo-199-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/código-penal-decreto-lei-2848-40
Atentado contra a liberdade de associação
Art. 199 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, a 
participar ou deixar de participar de determinado sindicato ou 
associação profissional:
Pena - detenção, de um mês a um ano, e multa, além da pena 
correspondente à violência.
1. Análise do Tipo
Assim como no art. Anterior, o tipo é o constrangimento mediante 
violência ou grave ameaça, com incidência na liberdade de associação.
2. Sujeito Ativo e Sujeito Passivo
O sujeito ativo poderá ser qualquer pessoa que pratique o crime, sendo 
ela membro ou não de entidade classista ou da associação sindical.
O sujeito passivo poderá ser qualquer pessoa coagida a participar ou 
deixar de participar de entidade classista ou da associação sindical.
3. Objeto Material e Objeto Jurídico
O objeto material é a liberdade de associação ou não associação.
Já o objeto jurídico é a conduta praticada pelo agente de cercear essa 
liberdade, sendo um direito constitucional previsto no 
art. 5º, XIII da Constituição Federal.
4. Elemento Subjetivo / Voluntariedade
O elemento subjetivo é o dolo, constituído pela vontade livre e 
consciente de constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, 
a participar ou deixar de participar de determinado sindicato ou 
associação.http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10641516/artigo-5-da-constituição-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10730602/inciso-xiii-do-artigo-5-da-constituição-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constituição-federal-constituição-da-republica-federativa-do-brasil-1988
O tipo penal é exclusivamente doloso, não admite a modalidade culposa.
5. Consumação e Tentativa
Se tratando de crime material, se consuma somente com a efetiva 
participação da pessoa constrangida a fazer ou não fazer parte de 
determinada associação ou sindicato.
A tentativa é admissível, uma vez que alguém pode ser compelido a 
associar-se, não o fazendo apesar da violência ou ameaça empregados 
por exemplo.
6. Classificação
Trata-se de crime comum podendo ser praticado por qualquer pessoa. 
Crime material, pois somente se consuma com a produção do resultado. 
Crime simples, e instantâneo uma vez que se consuma em certo e 
determinado momento.
7. Observação
A pena cominada é cumulativa: detenção de um mês a um ano, e multa; 
acrescidas ainda as penas correspondentes à violência que, de per si, 
constituírem crime. A ação penal é pública incondicionada.
1 – Vias de Fato – sendo uma contravenção e não crime, não determina 
a cumulação das penas cominadas.
2 – Competência – se a ação do agente atingir e existência de associação 
ou sindicato, que é interesse coletivo de todos os trabalhadores, a 
competência será da Justiça Federal (e a investigação da Policia 
Federal). Não o sendo, será da Justiça e Policia estaduais.
8. Jurisprudência
Ementa: CONSTITUCIONAL. PROCESSO PENAL. INQUÉRITO 
POLICIAL. CRIME DO ARTIGO 199 DO CP. TRAMITAÇÃO INICIAL 
PERANTE A JUSTIÇA ESTADUAL. POSTERIOR DECLARAÇÃO DE 
INCOMPETÊNCIA PELO TJ. SUSCITAÇÃO DE CONFLITO NEGATIVO 
POSTULADA PELO MPF. ACOLHIMENTO. TRF-3 - INQUÉRITO 
POLICIAL IP 15220 SP 0015220-33.2011.4.03.0000 (TRF-3)
9. ART. 200, CP: PARALISAÇÃO DE TRABALHO, SEGUIDA DE 
VIOLÊNCIA OU PERTURBAÇÃO DA ORDEM
Paralisação de trabalho, seguida de violência ou perturbação 
da ordem
Art. 200 - Participar de suspensão ou abandono coletivo de trabalho, 
praticando violência contra pessoa ou contra coisa:
Pena - detenção, de um mês a um ano, e multa, além da pena 
correspondente à violência.
Parágrafo único - Para que se considere coletivo o abandono de 
trabalho é indispensável o concurso de, pelo menos, três 
empregados.
1. Análise do Tipo
Aqui, a conduta incriminadora consiste na participação da suspensão do 
trabalho (o lockout, ou abandono de trabalho pelos empregadores) ou o 
abandono coletivo de trabalho (conhecido como greve), com a pratica de 
violência contra a pessoa ou coisa, e não necessariamente para coagir 
alguém, mas para tornar a "pressão" mais eficiente ou por mero 
vandalismo.
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612963/artigo-199-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/código-penal-decreto-lei-2848-40
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612902/artigo-200-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/código-penal-decreto-lei-2848-40
O concurso de pessoas é indispensável. No lockout, não exige o concurso 
de mais de um empregador, mas é necessário que, desde que um deles 
pratique o fato, seja auxiliado por terceiro, haja visto o 
verbo participar pressupõe pluralidade de pessoas, já para se configurar 
a greve, são necessários pelo menos, 3 empregados.
Se o agente cometer o crime, e no contexto da vis absoluta, pratique 
lesão corporal ou até provocar a morte de alguém, dar-se-á então o 
cúmulo material compulsório.
2. Sujeito Ativo e Sujeito Passivo
O sujeito ativo no caso de greve, serão os empregados que participando 
do movimento, pratiquem ato violento ou concorram para ele, em no 
mínimo 3 empregados e no caso de lockout, os empregadores, neste caso 
não havendo mínimo de pessoas.
O sujeito passivo poderá ser qualquer pessoa natural quando houver 
violência contra a pessoa, ou pessoa jurídica quando houver dano à 
coisa.
3. Objeto Material e Objeto Jurídico
O objeto material é a paralisação do trabalho.
Já o objeto jurídico é a liberdade de trabalho.
4. Elemento Subjetivo / Voluntariedade
O elemento subjetivo é o dolo, consubstanciado na vontade livre e 
consciente de praticar a suspensão ou abandono coletivo de trabalho, 
praticando durante a paralisação violência contra a pessoa ou contra a 
coisa.
O tipo penal é exclusivamente doloso, não admite a modalidade culposa.
5. Consumação e Tentativa
A consumação se efetiva com a pratica violenta praticada por 
empregado ou empregador no transcurso do movimento.
A tentativa é admissível, uma vez que o sujeito ativo inicia determinada 
violência, porém não obtém êxito devido a forças alheias a sua vontade. 
Ex: empregado que lança objeto em direção a vidraça no intuito de 
quebra-la, mas não imprime força suficiente, ou funcionários que se 
dirigem a empresa para destruir patrimônio, sendo obstados pela ação 
da Polícia.
6. Classificação
Trata-se de crime comum podendo ser praticado por qualquer pessoa. 
Crime material, pois somente se consuma com a produção do resultado. 
De concurso necessário, pois exige participação de mais de uma pessoa. 
Instantâneo, pois se consuma no momento da prática violenta contra a 
pessoa ou coisa. E plurissubsistente pois não se aperfeiçoa com ato 
único.
7. Observação
A pena cominada é cumulativa: detenção de um mês a um ano, e multa; 
acrescidas ainda as penas correspondentes à violência que, de per si, 
constituírem crime. A ação penal é pública incondicionada.
Abandono coletivo de trabalho não se trata de delito de concurso 
necessário. Sendo necessário no mínimo três empregados para o 
abandono, Já na suspensão, entende Nucci que pode ser um empregador 
e dois empregados, ou mesmo três patrões.
8. Jurisprudência
CONFLITO DE COMPETÊNCIA Nº 127.374 - SP (2013/0078272-5) 
CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. CRIME CONTRA A 
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO. AÇÕES QUE NÃO ATINGIRAM 
PROPORÇÕES QUE PUDESSEM SER CONSIDERADAS OFENSIVAS Ã 
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO COMO UM TODO, MAS TÃO- 
SOMENTE A UM PEQUENO GRUPO DE TRABALHADORES DE UMA 
ÚNICA EMPRESA. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL. 
PRECEDENTES. PARECER NO SENTIDO DE QUE SEJA DECLARADA 
A COMPETÊNCIA DO JUÍZO DE DIREITO DA 3a VARA DE 
PARAGUAÇU PAULISTA - SP, O SUSCITADO. É o relatório.
(STJ - CC: 127374 SP 2013/0078272-5, Relator: Ministro 
WALTER DE ALMEIDA GUILHERME (DESEMBARGADOR 
CONVOCADO DO TJ/SP), Data de Publicação: DJ 05/12/2014)
10. ART. 201, CP: PARALISAÇÃO DE TRABALHO DE 
INTERESSE COLETIVO
Paralisação de trabalho de interesse coletivo
Art. 201 - Participar de suspensão ou abandono coletivo de trabalho, 
provocando a interrupção de obra pública ou serviço de interesse 
coletivo:
Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa.
1. Análise do Tipo
Consubstancia-se em "praticamente" no mesmo comportamento nuclear 
previsto no artigo anterior, ou seja, a conduta incriminadora consiste na 
participação da suspensão do trabalho (o lockout, ou abandono de 
trabalho pelos empregadores) ou o abandono coletivo de trabalho 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612826/artigo-201-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/código-penal-decreto-lei-2848-40
(conhecido como greve), porém, não havendo necessidade de pratica de 
violência contra a pessoa ou coisa.
O delito refere-se ao lockout ou à greve ilícitos (ou abusivos), em razão 
de meio executivo empregado, consistente na provocação dolosa 
da interrupção total de obras públicas ou serviços de interesse coletivo. 
O conceito de obras públicas ou serviços de interesse coletivo são 
entendidos como aqueles essenciais a população como dispõe o parágrafo 
1º do art. 9º da CF/88.
O concurso de pessoas é indispensável. No lockout, não exige o concurso 
de mais de um empregador,mas é necessário que, desde que um deles 
pratique o fato, seja auxiliado por terceiro, haja vista o 
verbo participar pressupõe pluralidade de pessoas, já para se configurar 
a greve, são necessários pelo menos, 3 empregados.
2. Sujeito Ativo e Sujeito Passivo
O sujeito ativo no caso de greve, serão os empregados que participando 
do movimento, pratiquem ato violento ou concorram para ele, em no 
mínimo 3 empregados e no caso de lockout, os empregadores, neste caso 
não havendo mínimo de pessoas.
O sujeito passivo será a coletividade, titular do interesse violado com a 
paralisação da obra pública ou do serviço coletivo.
3. Objeto Material e Objeto Jurídico
O objeto material é a obra pública ou do serviço coletivo interrompido.
Já o objeto jurídico é o interesse da coletividade.
4. Elemento Subjetivo / Voluntariedade
O elemento subjetivo é o dolo, consubstanciado na vontade livre e 
consciente de praticar a suspensão ou abandono coletivo de trabalho, 
acarretando a interrupção de obra pública ou serviço de interesse 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10640926/parágrafo-1-artigo-9-da-constituição-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10640926/parágrafo-1-artigo-9-da-constituição-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10640964/artigo-9-da-constituição-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constituição-federal-constituição-da-republica-federativa-do-brasil-1988
coletivo.
O tipo penal é exclusivamente doloso, não admite a modalidade culposa.
5. Consumação e Tentativa
A consumação se efetiva com a interrupção de obra pública ou serviço 
de interesse coletivo.
A tentativa é admissível uma vez que o iter criminis é passível de 
fracionamento, a exemplo da intenção frustrada pela não adesão dos 
demais trabalhadores ao movimento, ou mesmo que haja a adesão de 
todos, o Estado assume a sua execução evitando a paralisação da obra ou 
serviço.
6. Classificação
Trata-se de crime comum podendo ser praticado por qualquer pessoa. 
Crime material, pois somente se consuma com a produção do resultado. 
De concurso necessário, pois exige participação de mais de uma pessoa. 
Instantâneo, pois se consuma no momento da prática violenta contra a 
pessoa ou coisa. E plurissubsistente, pois não se aperfeiçoa com ato 
único.
7. Observação
1 - Tem-se como obra pública aquela realizada pelo Estado e serviço de 
interesse coletivo “é todo aquele que afeta as necessidades da população 
em geral (...)” (MIRABETE apud HUNGRIA p. 390)
2 - A CRFB/88, no art. 9º, caput, assegura o direito de greve e em seu 
parágrafo 1º consta que “a lei definirá os serviços ou atividades 
essenciais e disporá sobre o atendimento as necessidades inadiáveis da 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constituição-federal-constituição-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10640964/artigo-9-da-constituição-federal-de-1988
comunidade, mas, como contraponto, a Lei de Greve nº 1.183/89 admite a 
greve em serviços ou entidades essenciais. Portanto, há nesse ínterim as 
diversas deduções doutrinárias: Celso Delmanto, diz que o artigo em 
questão restou inaplicável, já Mirabete sustenta que o art. 201 continua 
em vigor, não bastando tratar-se de obra pública, deve caracterizar 
serviço ou atividade que coloca em perigo a população. (CAPEZ, p. 558-
559)
8. Jurisprudência
HABEAS CORPUS Nº 96.648 - SP (2007/0297347-8) IMPETRANTE: 
ALBERTO ZACHARIAS TORON E OUTRO IMPETRADO: TRIBUNAL 
REGIONAL FEDERAL DA 3A REGIÃO PACIENTE: EDIVALDO 
SANTIAGO DA SILVA PACIENTE: GERALDO DINIZ DA COSTA 
PACIENTE: JOSÉ OTAVIANO DE ALBUQUERQUE PACIENTE e 
outros, pacientes neste habeas corpus, estariam sofrendo coação ilegal 
em seus direitos de locomoção, em decorrência de acórdão proferido 
pelo Tribunal Regional Federal da 3ª Região (Recurso em Sentido 
Estrito n. 2003.61.81.003770-3). Depreende-se dos autos que o 
Ministério Público Federal ofereceu denúncia em desfavor dos pacientes, 
dando-os como incursos nos arts. 201 (paralisação de trabalho de 
interesse coletivo), todos do Código Penal (Processo n. 2003.61.81.003770-
3). À vista do exposto, com fundamento nos artigos 38 da Lei 
n. 8.038/1990 e 34, XI, do RISTJ, julgo prejudicado este habeas corpus. 
Publique-se. Brasília, 02 de fevereiro de 2015. Ministro Rogério Schietti 
Cruz
11. ART. 202, CP: INVASÃO DE ESTABELECIMENTO 
INDUSTRIAL, COMERCIAL OU AGRÍCOLA. SABOTAGEM
Invasão de estabelecimento industrial, comercial ou agrícola. 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/109060/lei-de-greve-lei-7783-89
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612826/artigo-201-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/código-penal-decreto-lei-2848-40
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/11264460/artigo-38-da-lei-n-8038-de-28-de-maio-de-1990
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/103460/lei-dos-recursos-extraordinario-e-especial-lei-8038-90
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612779/artigo-202-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/código-penal-decreto-lei-2848-40
Sabotagem
Art. 202 - Invadir ou ocupar estabelecimento industrial, comercial ou 
agrícola, com o intuito de impedir ou embaraçar o curso normal do 
trabalho, ou com o mesmo fim danificar o estabelecimento ou as coisas 
nele existentes ou delas dispor:
Pena - reclusão, de um a três anos, e multa.
1. Análise do Tipo
É a conduta de invadir, ou seja, ingressar de forma violenta, hostil ou 
clandestinamente, ou ocupar, ou seja, tomar posse indevidamente 
estabelecimento industrial, comercial ou agrícola. Figura ainda a 
sabotagem que consiste em danificar (destruir, danificar) o 
estabelecimento ou as coisas nele existentes o que delas dispor (vender, 
trocar, locar), com o fim de impedir ou embaraçar o curso normal do 
trabalho.
2. Sujeito Ativo e Sujeito Passivo
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa por se tratar de crime comum, 
podendo ser cometida por uma ou mais pessoas em concurso.
O sujeito passivo é o titular do estabelecimento e a coletividade.
3. Objeto Material e Objeto Jurídico
O objeto material é o estabelecimento industrial, comercial ou agrícola.
Já o objeto jurídico é a organização do trabalho.
4. Elemento Subjetivo / Voluntariedade
O elemento subjetivo é o dolo, consubstanciado na vontade livre e 
consciente de ocupar por meio de invasão estabelecimento industrial, 
comercial ou agrícola, ou dispor das coisas nele existentes.
É necessário que o sujeito ativo realize uma das condutas com o fim de 
impedir ou embaraçar o curso normal do trabalho, pois sem essa 
finalidade a conduta será atípica e poderá configurar outro crime.
Damásio de Jesus cita os artigos 150 e 163 como opções de configuração 
de crime da falta das condutas anteriormente citadas.
O tipo penal é exclusivamente doloso, não admite a modalidade culposa.
5. Consumação e Tentativa
Em se tratando de crime formal, a consumação se dá com a ocupação ou 
invasão do estabelecimento ou no momento que o agente danifica, 
destrói ou dispõe das coisas.
A tentativa é admissível uma vez que o iter criminis é passível de 
fracionamento, a exemplo do sujeito na tentativa de ingressar no 
estabelecimento para impedir a consecução do trabalho, é 
contido/impedido por terceiros.
6. Classificação
Trata-se de crime comum podendo ser praticado por qualquer pessoa. 
Monossubjetivo, pois pode ser praticado por somente uma pessoa. 
Formal por que se consuma independente de embaraço ou interrupção 
do trabalho. Plurissubsistente visto que o iter criminis pode ser 
fracionado. Pluriofensivos, pois lesam mais de um bem jurídico tutelado. 
Permanente em caso de ocupação e instantâneo para sabotagem.
7. Observação
A pena cominada é cumulativa: reclusão de um a três anos, e multa. A 
ação penal é pública incondicionada.
Uma vez praticado o dano contra a propriedade particular sem que fique 
demonstradoa intenção do agente em embaraçar o curso normal do 
trabalho, não será atribuição da Justiça Federal seu julgamento, cabendo 
então, mediante queixa, sua avaliação pela Justiça estadual.
8. Jurisprudência
Ementa: CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. JUSTIÇA 
ESTADUAL E JUSTIÇAFEDERAL. ART. 202 DO CP. CRIME CONTRA A 
ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO. INEXISTÊNCIA DE OFENSA À 
ORGANIZAÇÃO GERAL DO TRABALHO OU A DIREITOSDOS 
TRABALHADORES CONSIDERADOS COLETIVAMENTE. 
COMPETÊNCIA DA JUSTIÇAESTADUAL. STJ - CONFLITO DE 
COMPETENCIA CC 123714 MS 2012/0155052-4 (STJ)
12. ART. 203, CP: FRUSTRAÇÃO DE DIREITO ASSEGURADO 
POR LEI TRABALHISTA
Frustração de direito assegurado por lei trabalhista
Art. 203 - Frustrar, mediante fraude ou violência, direito assegurado 
pela legislação do trabalho:
Pena - detenção de um ano a dois anos, e multa, além da pena 
correspondente à violência.
§ 1º Na mesma pena incorre quem:
I - obriga ou coage alguém a usar mercadorias de determinado 
estabelecimento, para impossibilitar o desligamento do serviço 
em virtude de dívida;
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612779/artigo-202-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/código-penal-decreto-lei-2848-40
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612731/artigo-203-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/código-penal-decreto-lei-2848-40
II - impede alguém de se desligar de serviços de qualquer 
natureza, mediante coação ou por meio da retenção de seus 
documentos pessoais ou contratuais.
§ 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço se a vítima é 
menor de dezoito anos, idosa, gestante, indígena ou portadora 
de deficiência física ou mental.
1. Análise do Tipo
O crime se dá com o ato de frustrar alguém, ou seja, privar, direitos 
trabalhistas assegurados. Trata-se de norma penal em branco, pois os 
direitos assegurados estão previsto na Consolidação das Leis Trabalhistas, 
legislação complementar e na própria Constituição Federal.
Para que haja o ilícito penal, a frustração deverá correr mediante 
emprego de fraude - ação e/ou comportamento que, sendo desonesto e 
ardiloso, tem a intenção de enganar ou ludibriar alguém - ou violência.
A exemplo, podemos citar o agente que paga ao empregado salário 
inferior ao mínimo legal, mas o faz assinar recibo de valor 
correspondente ao piso.
2. Sujeito Ativo e Sujeito Passivo
O sujeito ativo pode ser qualquer pessoa, não tendo obrigatoriamente 
relação de emprego entre sujeito ativo e passivo, embora seja mais 
comum realizado por empregador.
O sujeito passivo é o titular dos direitos assegurados na Consolidação das 
Leis Trabalhistas, legislação complementar e na própria Constituição Federal.
3. Objeto Material e Objeto Jurídico
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolidação-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constituição-federal-constituição-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolidação-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolidação-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constituição-federal-constituição-da-republica-federativa-do-brasil-1988
O objeto material é a pessoa que mediante a natureza do fato delitivo, se 
vê frustrada em seus direitos trabalhistas.
Já o objeto jurídico é a proteção da lei trabalhista.
4. Elemento Subjetivo / Voluntariedade
O elemento subjetivo é o dolo, consubstanciado na vontade livre e 
consciente de frustrar, mediante fraude ou violência, direito assegurado 
pela legislação do trabalho.
O tipo penal é exclusivamente doloso, não admite a modalidade culposa.
5. Consumação e Tentativa
Consuma-se no momento em que o titular do direito assegurado pela 
legislação trabalhista vê-se impedido de exercê-lo..
A tentativa é admissível uma vez que o iter criminis é passível de 
fracionamento, como por exemplo o agente iniciando a execução do 
delito, nãoalcança seus consumação por circunstancias alheias a sua 
vontade.
6. Classificação
Delito comum quanto ao sujeito, doloso e material.
7. Observação
A pena cominada aos delitos do caput e do § 1º é de detenção de um a 
dois anos, e multa, além da pena correspondente à violência.
Haverá majoração da pena em um sexto a um terço na incidência do § 
2º, quando a vítima for menor, idoso, gestante, indígena ou portador de 
deficiência. Esta lista é taxativa, não se prevendo outras “minorias” a 
considerar. Segundo BITENCOURT, é inadmissível a analogia. A ação 
penal é pública incondicionada.
Segundo a doutrina, o pagamento de salário inferior ao mínimo tipifica 
este crime. Já seu pagamento com cheques sem fundo, não! Seria apenas 
caso de estelionato, já previsto na legislação.
8. Jurisprudência
Ementa: PROCESSUAL PENAL: DECISÃO QUE REJEITOU A 
DENÚNCIA. ARTIGO203 DO CP. FRAUDE. VIOLAÇÃO DE DIREITO 
TRABALHISTA POR PARTE DO EMPREGADOR. COMPETÊNCIA. 
DECISÃO ANULADA. 1 - COMPETENTE À JUSTIÇA ESTADUAL, E 
NÃO À JUSTIÇA FEDERAL, PROCESSAR E JULGAR DELITO 
COMETIDO POR SUPOSTO EMPREGADOR, QUE VIOLA, EM TESE, 
DIREITO TRABALHISTA DE SEUS ASSALARIADOS. 2 - O QUE 
ESTABELECE A COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL SÃO OS 
CRIMES QUE AFRONTAM O CHAMADO SISTEMA DE ÓRGÃOS E 
INSTITUIÇÕES QUE PRESERVAM COLETIVAMENTE OS DIREITOS 
E DEVERES DOS TRABALHADORES. 3 - ANULADOS, DE OFÍCIO, OS 
ATOS PRATICADOS EM SEDE DE JURISDIÇÃO FEDERAL, COM A 
REMESSA DOS AUTOS AOS JUÍZO DE DIREITO DA COMARCA DE 
PRESIDENTE PRUDENTE - SP. PREJUDICADO O WRIT. TRF-3 - 
HABEAS CORPUS HC 88540 SP 97.03.088540-3 (TRF-3)
13. ART. 204, CP: FRUSTRAÇÃO DE LEI SOBRE A 
NACIONALIZAÇÃO DO TRABALHO
Frustração de lei sobre a nacionalização do trabalho
Art. 204 - Frustrar, mediante fraude ou violência, obrigação legal 
relativa à nacionalização do trabalho:
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/código-penal-decreto-lei-2848-40
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612541/artigo-204-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/código-penal-decreto-lei-2848-40
Pena - detenção, de um mês a um ano, e multa, além da pena 
correspondente à violência.
1. Análise do Tipo
O crime ocorre com o ato de frustrar, direitos trabalhistas assegurados 
mediante fraude ou violência, obrigação legal relativa a nacionalização 
do trabalho. Trata-se de norma penal em branco, pois os direitos 
assegurados estão previsto na Consolidação das Leis Trabalhistas.
2. Sujeito Ativo e Sujeito Passivo
O sujeito ativo de modo geral é o empregar, porém nada impede de que 
outras pessoas como o empregado cometerem o crime.
O sujeito passivo é o Estado.
3. Objeto Material e Objeto Jurídico
O objeto material pode ser os contratos indevidamente celebrados.
Já o objeto jurídico é o interesse na nacionalização do trabalho.
4. Elemento Subjetivo / Voluntariedade
O elemento subjetivo é o dolo, consubstanciado na vontade livre e 
consciente de frustrar obrigação relativa à nacionalização do trabalho.
O tipo penal é exclusivamente doloso, não admite a modalidade culposa.
5. Consumação e Tentativa
A Consumação se efetiva com a frustração de lei que disponha sobre a 
nacionalização do trabalho.
A tentativa é admissível visto que a frustração de lei sobre a 
nacionalização do trabalho é crime cujo iter criminis é passível de 
desdobramento e de fracionamento no tempo.
6. Classificação
Delito comum, pois ode ser praticado por qualquer pessoa. Delito 
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/111983249/consolidação-das-leis-do-trabalho-decreto-lei-5452-43
simples, pois ofende a só uma objetividade jurídica. Material pois o tipo 
faz menção a conduta do agente e ao resultado, sendo imprescindível a 
ocorrência deste para a consumação
7. Observação
As penas cominadas aos delitos do art. 204, CP são, cumulativamente, dedetenção de um mês a um ano, e multa, além da pena correspondente à 
violência. A ação penal é pública incondicionada.
Segundo Heleno Fragoso, citado por BITENCOURT, ' se frustrando, com 
violência ou fraude, obrigação relativa à nacionalização do trabalho, o 
agente violar direito individual assegurado pela lei trabalhista, praticará 
em concurso formal, igualmente, o crime previsto no art. 203, CP".
Ainda, segundo Mirabete, citado por ESTEFAM, haveria 
incompatibilidade entre o principio defendido pelo art. 204, CP (a 
nacionalização do trabalho) com os princípios garantidores da igualdade 
de direitos entre brasileiros e estrangeiros residentes no país. Entende 
assim que o artigo estaria"não recepcionado"pela Carta Magna, 
incompatível com a mesma.
8. Jurisprudência
CRIME CONTRA A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO, CONJUGADO 
COM ESTELIONATO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA FEDERAL. 
NULIDADE DO PROCESSO, INCLUSIVE A DENUNCIA, POR FALTA 
DE LEGITIMIDADE DE SEU FIRMATARIO. APLICAÇÃO DOS 
ARTS. 125, VI, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL, 171 E 204, DO CÓDIGO 
PENAL E 564, II, DO CÓDIGO DE PROCESSO PENAL. RECURSO, 
PARCIALMENTE, PROVIDO.(STF - RHC: 48037 SP, Relator: 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612541/artigo-204-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/código-penal-decreto-lei-2848-40
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612541/artigo-204-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/código-penal-decreto-lei-2848-40
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constituição-federal-constituição-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10679327/artigo-125-da-constituição-federal-de-1988
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/155571402/constituição-federal-constituição-da-republica-federativa-do-brasil-1988
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10617301/artigo-171-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612541/artigo-204-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/código-penal-decreto-lei-2848-40
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/código-penal-decreto-lei-2848-40
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10620716/artigo-564-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10620648/inciso-ii-do-artigo-564-do-decreto-lei-n-3689-de-03-de-outubro-de-1941
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1028351/código-processo-penal-decreto-lei-3689-41
THOMPSON FLORES, Data de Julgamento: 15/06/1970, SEGUNDA 
TURMA, Data de Publicação: DJ 21-08-1970 PP-)
14. ART. 205, CP: EXERCÍCIO DE ATIVIDADE COM INFRAÇÃO 
DE DECISÃO ADMINISTRATIVA
Exercício de atividade com infração de decisão administrativa
Art. 205 - Exercer atividade, de que está impedido por decisão 
administrativa:
Pena - detenção, de três meses a dois anos, ou multa.
1. Análise do Tipo
Busca-se tutelar decisões administrativas, ou seja, ocorre o crime, 
quando o agente exerce atividade que esteja impedido de fazê-la em 
virtude de decisão administrativa.
2. Sujeito Ativo e Sujeito Passivo
O sujeito ativo é a pessoa que se encontra impedida 
administrativamente de exercer sua atividade.
O sujeito passivo é o Estado.
3. Objeto Material e Objeto Jurídico
O objeto material é a atividade desempenhada pelo agente.
Já o objeto jurídico é o interesse estatal na execução das decisões 
administrativas relativas ao exercício das atividades.
4. Elemento Subjetivo / Voluntariedade
O elemento subjetivo é o dolo, consubstanciado na vontade livre e 
consciente de exercer a atividade ciente da existência da proibição.
O tipo penal é exclusivamente doloso, não admite a modalidade culposa.
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612510/artigo-205-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/código-penal-decreto-lei-2848-40
5. Consumação e Tentativa
A consumação se com a reinteração dos atos próprios da conduta ao 
qual o agente está impedido. Um só ato não configura o delito 
necessitando que haja sua repetição.
A tentativa não é admissível.
6. Classificação
Crime próprio, pois só pode ser cometido por pessoa que esteja impedia 
de exercer determinada atividade, doloso e de conduta habitual.
7. Observação
As penas cominadas aos delitos do art. 205, CP são, alternativamente, de 
detenção de três meses a dois anos, ou multa. A ação penal é pública 
incondicionada.
Apesar de estar inserida no Título do CP que trata dos Crimes contra a 
Organização do Trabalho, esta infração não envolve interesse coletivo do 
trabalho, logo a competência não é da Justiça Federal (BITENCOURT, 
NUCCI).
8. Jurisprudência
APELAÇÃO CRIME. EXERCÍCIO DA ATIVIDADE COM INFRAÇÃO DE 
DECISÃO ADMINISTRATIVA. ARTIGO 205 DO CÓDIGO PENAL. 
INCOMPETÊNCIA DA TURMA RECURSAL PARA O EXAME DO 
RECURSO. (TJ-RS - RC: 71003892486 RS, Relator: Madgeli Frantz 
Machado, Data de Julgamento: 01/10/2012, Turma Recursal Criminal, 
Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 02/10/2012)
APELAÇÃO CRIME. EXERCÍCIO DE ATIVIDADE COM INFRAÇÃO DE 
DECISÃO ADMINISTRATIVA. ART. 205 DO CP. INSUFICIÊNCIA 
PROBATÓRIA. SENTENÇA CONDENATÓRIA REFORMADA.(TJ-RS, 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612510/artigo-205-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/código-penal-decreto-lei-2848-40
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/código-penal-decreto-lei-2848-40
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612510/artigo-205-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/código-penal-decreto-lei-2848-40
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612510/artigo-205-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/código-penal-decreto-lei-2848-40
Relator: Volcir Antônio Casal, Data de Julgamento: 30/01/2012, Turma 
Recursal Criminal)
PENAL. EXERCÍCIO DE ATIVIDADE COM INFRAÇÃO DE DECISÃO 
ADMINISTRATIVA. ARTIGO 205 DO CÓDIGO PENAL. TIPICIDADE. 
HABITUALIDADE. A expressão típica"exercer atividade", constante no 
artigo 205 do Caderno Criminal, requer a habitualidade do agente na 
realização de atos inerentes à sua atividade durante o período no qual o 
exercício dos mesmos se encontre obstado por decisão 
administrativa.(TRF-4 - ACR: 8201 RS 2004.71.05.008201-0, Relator: 
LUIZ FERNANDO WOWK PENTEADO, Data de Julgamento: 
29/11/2006, OITAVA TURMA, Data de Publicação: D. E. 10/01/2007)
15. ART. 206, CP: ALICIAMENTO PARA O FIM DE EMIGRAÇÃO
Aliciamento para o fim de emigração
Art. 206 - Recrutar trabalhadores, mediante fraude, com o fim de levá-
los para território estrangeiro.
Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos e multa
1. Análise do Tipo
A conduta típica não é mais “aliciar”, como no artigo anterior, mas 
“recrutar”, que, como sentido semelhante, exige a iniciativa do agente 
para atrair, seduzir ou angariar trabalhadores para fim de emigração. 
Exige a lei, agora, que haja, fraude, ou seja, que o agente induza ou 
mantenha em erro os trabalhadores, por exemplo, com falsas 
informações ou promessas, convencendo-os a levá-los para territórios 
estrangeiro.
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612510/artigo-205-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/código-penal-decreto-lei-2848-40
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612454/artigo-206-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/código-penal-decreto-lei-2848-40
Não há necessidade da ida do trabalhador, basta que esses sejam 
induzidos a ir para território estrangeiro.
2. Sujeito Ativo e Sujeito Passivo
O sujeito ativo é a qualquer pessoa que recrute trabalhadores mediante 
fraude para trabalhar no estrangeiro.
O sujeito passivo é o Estado de forma primária e de forma secundária os 
trabalhadores aliciados e a quem interessar a permanênciado 
trabalhador nacional no país.
3. Objeto Material e Objeto Jurídico
O objeto material são os trabalhadores recrutados.
Já o objeto jurídico é a tutela do Estado em manter seus trabalhadores 
em território nacional.
4. Elemento Subjetivo / Voluntariedade
O dolo do crime de recrutamento de trabalhadores é a vontade de atraí-
los para a sua transferência para outro país. Exige-se, porém, que o 
agente queira iludir os trabalhadores por meio de fraude, para induzi-los 
ou instigá-los a ida para outro país.
O tipo penal é exclusivamente doloso, não admite a modalidade culposa.
5. Consumação e Tentativa
A consumação ocorre com o recrutamento, mesmo sem a efetiva ida ao 
exterior, tratando-se de delito formal ou de consumação antecipada.
A tentativa é admissível nos casos em que o sujeito tente recrutar 
pessoas de forma fraudulenta, porém, sem sucesso.
6. Classificação
O delito é crime doloso, de ação ou forma livre, comum, simples, formal, 
plurissubsistente e de concurso eventual e instantâneo.
7. Observação
Dentre os tipos penais existentes aplicáveis no nosso código 
penal brasileiro, para os casos de tráfico de pessoas e à imigrações ilegais, 
encontramos também Protocolos Adicionais à Convenção das Nações 
Unidas contra o Crime de Organizado Transnacional (Tratado de 
Palermo, em 2000): Protocolo relativo à Prevenção, Repressão e 
Punição do Tráfico de Pessoas, em especial mulheres e crianças, cujos 
índices de incidência são extremamente superiores aos de homens em 
nossa atual conjuntura, e também o Protocolo sobre o tráfico de 
Migrantes por Via terrestre, Marítima e Aérea, promulgados no Brasil, 
respectivamente, pelo Decreto n. 5.017 e 5.016, de 12.03.2004.
A lei pune a emigração fraudulenta, não a espontânea. A exigência da 
elementar"mediante fraude"só foi introduzida em 1993 pela lei 8.683/93. 
Mesmo que o aliciamento de trabalhadores para atuar no exterior possa 
configurar ilícito, não havendo fraude, crime não será.
8. Jurisprudência
QUESTÃO DE ORDEM. ALICIAMENTO PARA FINS DE EMIGRAÇÃO 
(ARTIGO 206 DO CÓDIGO PENAL). CRIME CONTRA A ORGANIZAÇÃO 
DO TRABALHO. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA COMUM QUANDO 
ATINGIDOS BENS DOS TRABALHADORES INDIVIDUALMENTE 
CONSIDERADOS. - Se o crime não ofende o sistema de órgãos e 
instituições que preservam coletivamente os direitos dos trabalhadores, 
cabe à Justiça Estadual Comum o processo e julgamento do feito. 
Precedentes. - Declinação de competência para a Justiça Estadual.(TRF-
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/código-penal-decreto-lei-2848-40
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/código-penal-decreto-lei-2848-40
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/97875/decreto-5017-04
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/97876/decreto-5016-04
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/103296/lei-8683-93
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612454/artigo-206-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/código-penal-decreto-lei-2848-40
4 - QUOACR: 2823 PR 2000.70.03.002823-3, Relator: MARIA DE 
FÁTIMA FREITAS LABARRÈRE, Data de Julgamento: 24/01/2006, 
SÉTIMA TURMA, Data de Publicação: DJ 15/02/2006 PÁGINA: 623)
16. ART. 207, CP: ALICIAMENTO DE TRABALHADORES DE UM 
LOCAL PARA OUTRO DO TERRITÓRIO NACIONAL
Aliciamento de trabalhadores de um local para outro do 
território nacional
Art. 207 - Aliciar trabalhadores, com o fim de levá-los de uma para outra 
localidade do território nacional:
Pena - detenção de um a três anos, e multa.
§ 1º Incorre na mesma pena quem recrutar trabalhadores fora da 
localidade de execução do trabalho, dentro do território nacional, 
mediante fraude ou cobrança de qualquer quantia do trabalhador, ou, 
ainda, não assegurar condições do seu retorno ao local de origem.
§ 2º A pena é aumentada de um sexto a um terço se a vítima é menor de 
dezoito anos, idosa, gestante, indígena ou portadora de deficiência física 
ou mental.
1. Análise do Tipo
A conduta é aliciar, ou seja, seduzir, convencer, atrair, trabalhadores 
para que exerçam labor em outro local do território nacional, de modo a 
desguarnecer o local de origem de sua mão de obra.
Não há necessidade da ida dos trabalhadores, basta que esses sejam 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612402/artigo-207-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/código-penal-decreto-lei-2848-40
aliciados a ir para outro local no território nacional.
2. Sujeito Ativo e Sujeito Passivo
O sujeito ativo é a qualquer pessoa que alicie trabalhadores trabalhar em 
outra localidade do território nacional.
O sujeito passivo é o Estado de forma primária e de forma secundária os 
trabalhadores aliciados.
3. Objeto Material e Objeto Jurídico
O objeto material são os trabalhadores recrutados.
Já o objeto jurídico é a tutela do Estado em manter seus trabalhadores 
em território nacional.
4. Elemento Subjetivo / Voluntariedade
O dolo do crime de recrutamento de trabalhadores é a vontade de atraí-
los para a sua transferência para outro país. Exige-se, porém, que o 
agente queira iludir os trabalhadores por meio de fraude, para induzi-los 
ou instigá-los a ida para outro país.
O tipo penal é exclusivamente doloso, não admite a modalidade culposa.
5. Consumação e Tentativa
A consumação ocorre com o aliciamento, mesmo sem a efetiva ida a 
outra localidade no território nacional, tratando-se de delito formal ou 
de consumação antecipada.
A tentativa é admissível nos casos em que o sujeito tente aliciar pessoas, 
porém, sem sucesso.
6. Classificação
O delito é crime doloso, de ação ou forma livre, comum, simples, formal, 
plurissubsistente e de concurso eventual e instantâneo.
7. Observação
As penas cominadas aos delitos do art. 207, CP são, cumulativamente, de 
detenção de um a três anos, e multa.
Haverá majoração da pena em um sexto a um terço na incidência do § 
2º, quando a vítima for menor, idoso, gestante, indígena ou portador de 
deficiência. Esta lista é taxativa, não se prevendo outras “minorias” a 
considerar. Segundo BITENCOURT, é inadmissível a analogia. A ação 
penal é pública incondicionada.
Segundo BITENCOURT," o tipo descrito no § 1º é um misto de 
infrações... A) mediante fraude; b) cobrança de valores... C) não 
assegurar condições de retorno... A ação típica nuclear será o 
"recrutamento de trabalhadores" ou "a não facilitação do retorno à 
origem"? E se o trabalho no local recrutado durar dez anos? Qual será o 
iter criminis? É de difícil configuração.".
8. Jurisprudência
PENAL. CRIME CONTRA A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO. 
ALICIAMENTO DE TRABALHADORES. ART. 207 DO CP. 
COMPETENCIA. - OS CRIMES CONTRA A ORGANIZAÇÃO DO 
TRABALHO, DE COMPETENCIA DA JUSTIÇA FEDERAL, SÃO 
AQUELES COMO TAIS DEFINIDOS EM LEI. ASSIM, ESTANDO O 
CRIME DE ALICIAMENTO DE TRABALHADORES DE UM LUGAR 
PARA OUTRO DO TERRITORIO NACIONAL INCLUIDO NO TITULO 
IV, DA PARTE ESPECIAL DO CÓDIGO PENAL (ART. 207), QUE DISPÕE 
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612402/artigo-207-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/código-penal-decreto-lei-2848-40
http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10612402/artigo-207-do-decreto-lei-n-2848-de-07-de-dezembro-de-1940
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/código-penal-decreto-lei-2848-40
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1033702/código-penal-decreto-lei-2848-40
ACERCA"DOS CRIMES CONTRA A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO", 
LOGICAMENTE A COMPETENCIA PARA PROCESSAR OS SEUS 
AUTORES E DA JUSTIÇA FEDERAL. - RECURSO PROVIDO, PARA 
DECLARAR COMPETENTE, NO CASO, O JUÍZO FEDERAL DA 
PRIMEIRA VARA DA SEÇÃO JUDICIÁRIA DA PARAIBA.(TRF-5 - 
RES: 3 PB 89.05.08098-7, Relator: Desembargador Federal Orlando 
Rebouças, Data de Julgamento: 23/11/1989, Primeira Turma, Data de 
Publicação: DOE DATA-02/02/1990)
http://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1026629/resolucao-3-2011

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