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GRADUAÇÃO EM SERVIÇO SOCIAL DISCIPLINA: ESTAGIO SUPERVISIONADO III ALUNA: VALDELÚZIA ALMEIDA PINHEIRO RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONA III: Avaliando o Serviço de Convivência e Fortalecimentos de Vínculo do Centro de Referência e Assistência Social – CRAS I, em Jaguaretama. FORTALEZA – CEARÁ 2016 VALDELÚZIA ALMEIDA PINHEIRO RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO SUPERVISIONA III: Avaliando o Serviço de Convivência e Fortalecimentos de Vínculo do Centro de Referência e Assistência Social – CRAS I, em Jaguaretama. Relatório final de estágio apresentado junto ao curso de Graduação em Serviço Social como requisito para a obtenção da nota da disciplina de Estágio Supervisionado III. FORTALEZA – CEARÁ 2016 SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO....................................................................................... 04 2 DESENVOLVIMENTO 2.1 Identificação da Instituição .................................................................... 04 2.2 Área de atuação ...................................................................................... 05 2.3 Atuação do Serviço Social ..................................................................... 06 2.4. Atividades desenvolvidas pelo estagiário ........................................... 07 2.5. Relação da prática com alguns conceitos estudados ........................ 08 2.6 Prática Supervisionada III/Estágio III – Avaliação de Projeto de Intervenção .................................................................................................... 11 3 CONSIDERAÇÃO FINAIS 15 4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................... 16 4 1. APRESENTAÇÃO Mais uma etapa chega ao fim nesta caminhada rumo à profissionalização e aperfeiçoamento e como requisito para aprovação na disciplina de Estágio Supervisionado III é necessário a confecção de um relatório final, que tem como principal objetivo discorrer sobre as atividades realizadas e avaliar um programa desenvolvido pela equipe técnica. O estágio foi realizado no município de Jaguaretama, localizado no Estado do Ceará, mas precisamente no CRAS Maria Aurineide Pinheiro, teve início no dia 08 de agosto de 2016 e foi finalizando no dia 31 de outubro de 2016. A supervisora foi a Srta. Maria Lays Pinheiro Maia, Assistente Social, registrada sob o Nº. 7181, no CRESS - 3ª Região/CE. Por se tratar do terceiro estágio realizado na mesma instituição não houve dificuldade alguma de continuar com as observações e análises que vinham sendo desenvolvidas, pois já havia um entendimento da equipe técnica para comigo, enquanto estagiária, desta maneira o acesso a qualquer documento ou programa desenvolvido era bem mais fácil. Foi o momento de aprimorar os conhecimentos aprendidos e aprofundar os questionamentos sobre o cotidiano do Assistente Social, através de intervenções e análises mais críticas dos serviços prestados no CRAS Maria Aurineide Pinheiro, a atuação foi mais intensificada, pois, o estágio supervisionado III representa a culminância de um trabalho que vinha sendo desenvolvido há dois semestres. Em relação a avaliação de um programa desenvolvido no CRAS, escolhi o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculo – SCFV por se tratar de uma prestação de serviço permanente que merece um diagnóstico crítico sobre seus limites e possibilidades. É necessário que os projetos e programas desenvolvidos sejam avaliados e fiscalizados constantemente para que sejam corrigidos possíveis contratempos. 2. DESENVOLVIMENTO 2.1. Identificação da instituição O estágio foi realizado na Prefeitura Municipal de Jaguaretama, mais especificamente no Centro de Referencia da Assistência Social - CRAS, órgão 5 público municipal que é vinculado a Secretaria de Assistência Social e Cidadania, situado à Avenida Adolfo Bezerra de Menezes, Nº 373 - Centro, Jaguaretama – CE, próximo ao Fórum Desembargador Carlos Facundo. Foi fundado em 31 de dezembro de 2008, na administração do ex-prefeito Sr. Ariosvaldo Saldanha Saraiva. Passou a se chamar CRAS Maria Aurineide Pinheiro, no dia 04 de dezembro do referido ano, através da Lei Municipal Nº. 744, em homenagem a esta senhora idônea que residia no sítio Manoel Lopes, zona rural deste município e se destacava por ser uma pessoa caridosa, era casada com o Sr. José Pinheiro e sua residência era um ponto de apoio onde atendia prontamente aqueles que a procuravam. Atualmente 10 (dez) servidores compõe a equipe de trabalho, incluindo a Coordenadora, a Sra. Maria de Fátima Lima Bernardo, responsável pelo estabelecimento e 02 (dois) Assistentes Sociais, 02 (duas) Pedagogas, 01 (um) Psicólogo, 01 (um) Auxiliar de Serviços Gerais, 02 (dois) Técnicos de Nível Médio e 01 (uma) Orientadora do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV). Desde sua fundação o CRAS Maria Aurineide Pinheiro se destaca por ser um equipamento importante para as políticas sociais em Jaguaretama, já que seu espaço além de atender seu público alvo é utilizado para a realização de eventos como a Semana do Bebê e as reuniões do Conselho Municipal de Assistência Social. Os Assistentes Sociais foram imprescindíveis para a construção desta história, pois estão presentes nesta empreitada desde o início. 2.2 Área de atuação Está vinculado a políticas sociais públicas relacionadas à Política Nacional de Assistência Social, que tem como um dos objetivos atender pessoas que buscam acesso a direitos sociais. Sua fundamentação legal é bastante vasta e está insculpida desde a nossa Carta Magna às leis municipais. Para compreendermos melhor devemos observar o art. 194 da Constituição Federal: caracteriza a seguridade social como um conjunto integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade destinada a assegurar saúde, previdência e a assistência social. 6 Mais a frente e muito relevante os legisladores caracterizaram os objetivos da Assistência Social, vejamos: Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social, e tem por objetivos: I - a proteção à família, à maternidade, à infância, à adolescência e à velhice; II - o amparo às crianças e adolescentes carentes; III - a promoção da integração ao mercado de trabalho; IV - a habilitação e reabilitação das pessoas portadoras de deficiência e a promoção de sua integração à vida comunitária; V - a garantia de um salário mínimo de benefício mensal à pessoa portadora de deficiência e ao idoso que comprovem não possuir meios de prover à própria manutenção ou de tê-la provida por sua família, conforme dispuser a lei. Assim, para garantir a execução de metas tão ousadas é que em 1993, foi promulgada a Lei Federal Nº. 8.742, em 07 de dezembro, que dispõe sobre a organização da Assistência Social e dá outras providências, ficou conhecida como Lei Orgânica de Assistência Social – LOAS. As políticas sociais foram reforçadas e os Centros de Referencia da Assistência Social foram implantados nos municípios em área territorial considerada de risco, onde a vulnerabilidade das famílias é preocupante aos gestores e condizentes com as políticas públicas sociais. É um órgão responsável pelo desenvolvimento de serviços assistenciais e vínculos familiares, visando a Proteção Social Básica. Os serviços oferecidos são diversos, mas, o de maior relevância em caráter de obrigatoriedade é o PAIF - Programa de Atendimento Integral à Família, que é de caráter continuado com função protetiva. Prepara a família para o desenvolvimento e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários, para tanto são realizadas ações de caráterpreventivo, protetivo e proativo. Também é desenvolvido o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos com crianças, adolescentes e idosos, que apresentam baixa renda, que estão em áreas de risco e com vulnerabilidade social. A equipe é sempre solicitada pela justiça local e pelo Conselho Tutelar para atender algumas de suas demandas. 2.3 Atuação do Serviço Social O município de Jaguaretama possui 05 (cinco) Assistentes Sociais, destes, 01 (uma) é concursada e os demais foram escolhidos a partir de uma 7 seleção simplificada. Seus serviços são desenvolvidos na Secretaria de Assistência Social e Cidadania e nos Centros de Referencia da Assistência Social. O CRAS Maria Aurineide Pinheiro conta com diversos recursos para a realização de suas atividades, destacamos os equipamentos eletrônicos: computadores, impressoras, data-show, TV, DVD, além de brinquedos. Ressalta-se o espaço que é adequado para o desempenho das ações do Assistente Social e demais membros da equipe. A Secretaria de Ação Social e Cidadania disponibiliza quando necessário um automóvel com motorista para a realização de visitas e estudos. No geral a prática dos profissionais do CRAS em questão é muito satisfatória já que apresenta como ponto positivo a interação da equipe que tem como consequência a construção de soluções a partir de vários conhecimentos. Os usuários consideram são bem recepcionados e na maioria das vezes tem suas demandas atendidas 2.4 Atividades desenvolvidas pelo estagiário Para a obtenção do título de Bacharel em Serviço Social é necessário que o graduando obtenha êxito em algumas disciplinas de estágio, que são extremamente relevantes para a aquisição de experiência sobre a prática profissional de um Assistente Social. Na disciplina de Estágio Supervisionado III tive a oportunidade de aprofundar meu entendimento sobre a importância da ligação dos conhecimentos teóricos e práticos e pude através das orientações da supervisora realizar as seguintes atividades: Organizar com a supervisora o plano de estudo pretendido para desenvolver durante o Estágio Supervisionado III; Acompanhar a busca ativa por crianças e adolescentes para participarem do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vinculo; Participar do planejamento das atividades que serão realizadas durante o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculo, junto com toda a equipe técnica do CRAS; 8 Analisar com a Assistente Social/supervisora o Estatuto do Idoso e como desenvolver ações para trabalhar com este público no SCFV; Participar do agendamento de usuários para o BPC através do sistema em rede do INSS; Acompanhar a liberação de ordem para a emissão da segunda via de Registro de Nascimento; Participar da realização de cadastros de gestantes para serem acompanhadas pelo Serviço de Proteção e Atendimento à Família – PAIF; Navegar no site do Ministério de Desenvolvimento Social – MDS para a compreensão dos programas e projetos trabalhos no CRAS e sobre os recursos financeiros cabíveis à Assistência; Estudar as normas do BPC juntamente com a Assistente Social/supervisora do Estágio III; Solucionar, com a Coordenadora do CRAS, o problema de locomoção de um usuário para o atendimento no Instituto Nacional de Seguro Social - INSS; Fazer o levantamento dos prontuários das famílias a serem visitadas e acompanhadas, para serem inseridas no Programa de Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculo - SCFV; Conhecer, através do diálogo com a equipe técnica, as origens dos recursos e investimentos executados pela Secretaria de Ação Social, CRAS, bem como os que são destinados aos servidores; Acompanhar a assistente social/supervisora em visita a uma usuária dos benefícios governamentais para confirmar seu atendimento a agência do INSS para Estudo Social; Contribuir com a assistente social e com os técnicos da instituição para o levantamento dos bens permanentes ou não, existentes no CRAS, atendendo a solicitação da Secretaria Municipal de Assistência Social para repassar à próxima gestão. 9 2.5 Relação da prática com alguns conceitos estudados A Disciplina Estágio Supervisionado é um dos pré-requisitos obrigatórios da proposta curricular para a realização e conclusão do curso de Bacharelado em Serviço Social, com inúmeros objetivos para com o concludente do curso, entre eles posso destacar a importância do conhecimento na área de atuação do assistente social, a conduta exigida para a realização da prática do profissional, sendo um dos momentos em que o estudante se apropria dos espaços sócio-ocupacionais, passando a conhecer melhor seu público alvo, a demanda a qual irá desenvolver várias atividades sociais e identificar as necessidades da comunidade para ter conhecimentos das possíveis manifestações das quais poderá realizar intervenções, sendo capaz, o assistente social de desenvolver e otimizar programas, projetos e intervenções. Destacando que a aprendizagem no campo de atuação de um assistente social é continuou e dinâmico. Além dos valores ético-políticos profissionais, outros princípios devem nortear a realização do estágio no Serviço Social, na perspectiva de preservar importantes dimensões do processo formativo. Um desses princípios refere-se à indissociabilidade entre as dimensões teórico- metodológica, ético-política e técnico-operativa, que deve ser garantida na experiência de estágio, evitando a tendência de autonomização da dimensão operativa em detrimento das demais, especialmente quando se trata da vivência no campo ou da supervisão de campo. A garantia da ética como elemento transversal a formação do(a) assistente social deve ser observada com relevância e prioridade no processo do estágio supervisionado. A importância da prática do acadêmico em Serviço Social no estágio é impar, pois é neste momento que se desenvolve um diálogo entre a teoria e a prática, o reconhecimento da interação entre esses dois conceitos e, a concretização das dimensões teórico-metodológicas, ético-político e técnico-operativo, porém, segundo IAMAMOTO (1998, p. 52) os desafios são grandes: Pois, transitar da bagagem teórica acumulada ao enraizamento da profissão na realidade, atribuindo, ao mesmo tempo, uma maior atenção às estratégias, táticas e técnicas do trabalho profissional, em função das particularidades dos temas que são objetos de estudo e ação do assistente social. Outro ponto relevante no decorrer do estágio é o reconhecimento e a análise realizada da instituição como instrumento de estudo de campo e 10 aperfeiçoamento profissional, bem como a área de atuação do assistente social. Partindo desta análise o profissional terá um olhar amplo para possíveis investigações e intervenções a serem feitas e quais os instrumentos subsidiarão e formularão as propostas de ações nas instituições. De acordo com o conteúdo apresentado nas teleaulas vários autores compartilham teorias acerca das objetividades das instituições, como é caso de Yolanda Guerra, que apresenta a dimensão investigativa no exercício profissional para elaboração de conhecimento e defende que o Serviço Social deve ter esse principio como norteador da ação profissional. Baremblitt fala sobre como analisar cada instituição, cada organização e definir o que são as categorias fundamentais para a compreensão da instituição, vejamos: A análise institucional é composta por um corpo teórico bastante diversificado. Segundo Gregório Baremblitt, podemos considerá-la muito mais como um movimento institucionalista do que como uma teoria, já que ela visa “propiciar, apoiar, deflagrar nas comunidades, nos coletivos, nos conjuntos de pessoas, processos de autoanálise e processos de autogestão”. (p. 45) Portanto é notória a relação da análise institucional no ServiçoSocial, pois a observação não parte apenas dos profissionais que lá se inserem mas de toda a comunidade – usuária dos serviços ofertados, denominada por Baremblitt de processos de auto análise e autogestão. Obviamente junto à análise institucional o assistente social deve considerar toda uma conjuntura econômica e política que se insere entre os usuários de uma região ou até mesmo de uma nação, para se interar da situação que envolve a todos. Considerando todos os envolvimentos e as intervenções a serem feitas, temos a necessidade de planejar ações estratégicas relacionando os conhecimentos teóricos e as práticas para a elaboração de intervenções em Serviço Social articulando o processo de fragilidade ou de vulnerabilidade e de fortalecimento do usuário/sujeito. Vicente Faleiro, autor trabalhado na aula 05, traz a ideia da importância e da indissociabilização das estratégias para com a teoria e a prática na execução das ações do assistente social, em seu livro Estratégias em Serviço Social. Destaco aqui 11 uma das ideias do referido autor acerca dos conceitos mencionados. Ele pensa esse tema como softwares, programas e estratégias flexíveis de ação, vejamos: O assistente social precisa coadjuvar a ação dos dominados, fornecendo alternativas concretas, específicas e eficazes para que a dinâmica do conflito e o encaminhamento de soluções sejam favoráveis aos interesses dos dominados. Sem teoria não há alternativas, não há construção do específico, da eficácia e do conflito. (2001, p. 110). Segundo Faleiros (2001), a prática profissional só deixará de ser repetitiva, pragmática, empiricista se os profissionais souberem vincular as intervenções no cotidiano, por meio da relação entre teoria e prática, a um processo de construção e de desconstrução permanente de categorias que permitam a crítica do conhecimento e da intervenção e a autocrítica. Partindo de todos os pressupostos e conceitos colocados durante a Disciplina de Estágio Supervisionado III e a minha vivência prática, me certifico completamente que o conhecimento teórico e o prático podem divergir em algum ponto, mas, jamais poderia executar um sem ter o devido reconhecimento do outro, pois é com o estudo científico que a assistente social planeja suas ações, buscando contribuir para o processo de formulação de projetos de intervenções, para com a demanda existente. 2.6 Prática Supervisionada III/Estágio III – Avaliação de Projeto de Intervenção Os três estágios supervisionados obrigatórios foram efetivados no Centro de Referencia de Assistência Social – CRAS I, que é uma instituição relevante na concretização das políticas de proteção social em áreas de vulnerabilidades e risco, em determinados lugares do município, sendo referencia para os cidadãos buscarem um mínimo de assistência social que é por direito ofertado pelo Estado. Estando, está instituição formada por uma equipe técnica constituída por assistentes sociais, psicólogos, pedagogos e assistentes educacionais, com o intuito de identificar as mais variadas questões, buscando solucionar ou contribuindo para que determinados problemas sejam resolvidos, melhorando assim a vida das pessoas atendidas, materializando o objetivo específico do CRAS, a proteção básica na comunidade. Conforme definição encontrada no sítio do Ministério de Desenvolvimento Social e Agrário. O Centro de Referência de Assistência Social (Cras) é a porta de entrada da Assistência Social. É um local público, localizado prioritariamente em áreas de maior vulnerabilidade social, onde são oferecidos os serviços de 12 Assistência Social, com o objetivo de fortalecer a convivência com a família e com a comunidade. (http://mds.gov.br/assuntos/assistencia- social/unidades-de-atendimento/cras) Acessado em 23 de novembro de 2016. Durante os estágios acompanhei intervenções realizadas pela instituição e equipe técnica, foram ações com famílias, gestantes, idosos, crianças e adolescentes onde pude efetuar observações acerca do trabalho do Assistente Social e em diversos casos, quando permitido, atuei junto a supervisora no desenvolvimento das atividades e no atendimento ao publico, como por exemplo na busca ativa, que é feita a partir das famílias atendidas pelo CRAS, no planejamento das atividades a serem praticadas com as crianças, adolescentes ou idosos e na execução das mesmas, mas, em especial com as crianças. Partindo das observações realizadas no Estágio Supervisionado III e das orientações sobre a confecção do relatório final, decidi analisar e avaliar o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculo - SCFV com as crianças atendidas no CRAS I. Este serviço é um programa que complementa o Serviço de Proteção e Atendimento Integral às Famílias (PAIF), com atividades lúdicas, artísticas e culturais, entre crianças de 0 a 6 anos, crianças e adolescentes de 6 à 15 anos e com idosos, tem o intuito de proporcionar uma melhor relação familiar e comunitária. De acordo com o caderno de perguntas e respostas sobre o SCFV do Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário (MDS), Secretaria Nacional de Assistência Social (SNAS), Departamento de Proteção Social Básica (DPSB) O SCFV possui um caráter preventivo e proativo, pautado na defesa e afirmação de direitos e no desenvolvimento de capacidades e potencialidades dos usuários, com vistas ao alcance de alternativas emancipatórias para o enfrentamento das vulnerabilidades sociais. Deve ser ofertado de modo a garantir as seguranças de acolhida e de convívio familiar e comunitário, além de estimular o desenvolvimento da autonomia dos usuários. (http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/ assistencia_social/perguntas_e_respostas/PerguntasFrequentesSCFV_030 22016.pdf) Acessado em 23 de novembro de 2016. A materialização do SCFV no CRAS I em Jaguaretama acontece em média com 300 (trezentos) participantes, sendo 170 (cento e setenta) usuários prioritários, que são cadastrados no Programa Bolsa Família e que estão em situação de vulnerabilidade e riscos sociais, como sofrendo negligencia familiar, onde os parentes não se responsabilizam em acompanhar a situação escolar ou http://mds.gov.br/assuntos/assistencia-social/unidades-de-atendimento/cras http://mds.gov.br/assuntos/assistencia-social/unidades-de-atendimento/cras http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/%20assistencia_social/perguntas_e_respostas/PerguntasFrequentesSCFV_03022016.pdf http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/%20assistencia_social/perguntas_e_respostas/PerguntasFrequentesSCFV_03022016.pdf http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/%20assistencia_social/perguntas_e_respostas/PerguntasFrequentesSCFV_03022016.pdf 13 aqueles que passaram por violência sexual, de acordo com os pré-requisitos estabelecidos no art. 3°, Cap. I, da RESOLUÇÃO Nº 01, DE 21 DE FEVEREIRO DE 2013, do Ministério de Desenvolvimento Social e Agrário e Conselho Nacional de Assistência Social. Considera-se em situação prioritária para inclusão no SCFV, as crianças, adolescentes e pessoas idosas: I - em situação de isolamento; II - trabalho infantil; III - vivência de violência e, ou negligência; IV - fora da escola ou com defasagem escolar superior a 2 (dois) anos; V - em situação de acolhimento; VI - em cumprimento de medida socioeducativa em meio aberto; VII - egressos de medidas socioeducativas; VIII - situação de abuso e/ ou exploração sexual; IX - com medidas de proteção do Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA; X - crianças e adolescentes em situação de rua; XI - vulnerabilidade que diz respeito às pessoas com deficiência; Para acontecer o Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculo a Assistente Social e a Psicóloga inicialmente realizam uma busca ativa entre as famílias cadastradas nos programas governamentais de assistência, com prioridade para aquelas que se enquadram em alguns dositens supramencionados. Em seguida são destinados aos usuários selecionados dois dias semanais de atendimento com profissionais qualificados e capacitados como: pedagoga e orientadores de estudos sociais, além disso, a equipe técnica que compõe a instituição realiza diversas atividades como, ensinamento dos Direitos Humanos, respeito mútuo, valores culturais sociais e étnicos. Ao concretizar todos os passos de implantação e execução do SCFV a instituição alcança os objetivos desejados pelo programa e exerce sua função dentro das políticas sociais. Para o Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário - MDS, Secretaria Nacional de Assistência Social - SNAS e Departamento de Proteção Social Básica – DPSB estão incluídos nos objetivos almejados pelo Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculo: Prevenir a institucionalização e a segregação de crianças, adolescentes, jovens e idosos, em especial, das pessoas com deficiência, assegurando o direito à convivência familiar e comunitária; Promover acessos a benefícios e serviços socioassistenciais, fortalecendo a rede de proteção social de assistência social nos territórios; 14 A partir das observações feitas ficou claro que o planejamento das atividades a serem desenvolvidas era realizado de maneira satisfatória e ocorria a cada dois meses, momento onde toda a equipe deliberava sobre as ações que seriam executadas e estabeleciam os objetivos almejados. A execução do programa é feita a contento, da seguinte maneira: cada turma de usuários é atendida duas vezes por semana durante, somente no turno da tarde, por duas horas. Inicialmente são acolhidos em um local adequado, climatizado e espaçoso, suficiente para realizar as atividades de maneira satisfatória, em seguida para finalizar é distribuído um lanche. Devido a importância do programa em questão e do publico que não pode se beneficiar com o mesmo, seria por bem ampliar a oferta do serviço para os dois turnos. A infraestrutura é adequada para os serviços prestados pelo CRAS I, porém, sua localização deixa a desejar pois foi construído em um bairro onde a demanda é reduzida, a maioria dos usuários reside na periferia, em um local mais distante, essa situação dificulta o acesso da população mais vulnerável para o atendimento e a participação nos serviços. A solução mais adequada seria a construção de um CRAS no bairro onde a demanda é significante. Com base na minha vivência acerca do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculo promovido no Centro de Referência de Assistência Social I – CRAS I no município de Jaguaretama, posso destacar a relevância que este programa tem para aquelas famílias atendidas e como as crianças gostam de estarem inclusas às atividades efetuadas, porém, na última semana de estágio, devido a grave crise financeira que assola nossa nação, o programa foi suspenso. Os profissionais foram gradativamente dispensados, seus contratos foram rescindidos e aqueles que permaneceram estão empenhados em organizar os setores para a transição de governo. Inevitavelmente esta situação gerou uma vasta perca para todos aqueles que eram atendidos e beneficiados com as ações do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculo. 15 3 CONSIDERAÇÕES FINAIS Conhecimentos adquiridos Principais posicionamentos éticos políticos aprendidos Balanço Final da experiência de estágio. Chego ao fim desta etapa tão importante do Curso de Serviço Social com a sensação de dever cumprido, ao todo foram três semestres de dedicação às disciplinas de Estagio Supervisionado, onde pude adquirir e ampliar inúmeros conhecimentos voltados para a área da Assistência. Até então possuía somente conhecimento teórico sobre as desigualdades e as dificuldades de parte da população e com a execução destas disciplinas passei a conviver e a identificar na prática toda a vulnerabilidade existente na sociedade brasileira. Nesse período passei por diversos momentos de satisfação por saber que existem políticas públicas que nem imaginava e que beneficiam vários setores carentes da sociedade, mas, também experimentei da amargura de saber que ainda existe um sistema político populista que interfere nas ações sociais. Conheci programas de cadastros, estudei leis, participei de planejamentos e eventos, fui a reuniões e compreendi o funcionamento burocrático das instituições públicas destinadas ao público mais necessitado. Enfim, foi uma experiência que ficará registrada em minha memória para sempre e contribuirá para a execução da minha futura profissão. Após essa caminhada sei que fiz a escolha certa, concluo esta etapa com a certeza que não será fácil, pois o estágio me revelou quão complexa é nosso ofício, mas dedicarei os meus esforços na redução das desigualdades e na melhoria da qualidade de vida das pessoas. 16 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS - Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social, Política Nacional De Estágio Da Associação Brasileira De Ensino E Pesquisa Em Serviço Social - ABEPSS. Disponivel em: http://www.cfess.org.br/arquivos/pneabepss_maio2010_corrigida.pdf. Acessado em 14 de Novembro de 2016. - Baremblitt, Gregorio F. (2002) Compêndio de análise institucional e outras correntes: teoria e Prática. Disponível em https://praticasautogestionarias. files.wordpress.com/2013/11/textos-selecionados-analise-institucional-e- autogestc3a3o.pdf . Acessado em 15 de Novembro. - BRASIL. Presidência da República. Lei Nº. 11.788, de 25 de setembro de 2008. Dispõe sobre o estágio de estudantes; altera a redação do art. 428 da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT e dá outras providências. Disponível em: < http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2007-2010/2008/lei/l11788.htm>. Acesso em: 27 de novembro de 2016. - BRASIL. Presidência da República. Lei Nº. 8.742, de 07 de dezembro de 1993. Dispõe sobre a organização da Assistência Social e dá outras providências e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L8742.htm>. Acesso em: 27 de novembro de 2016. - BRASIL. Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Secretaria Nacional de Assistência Social. Orientação aos municípios sobre regulamentação da Política Municipal de Assistência Social. Brasília, 2016. 36 p. - Diário Oficial da União, Ministério do Desenvolvimento Social e Agrário e Conselho Nacional de Assistência Social. Disponível em, Resolução Nº 01, De 21 De Fevereiro De 2013: http://www.mds.gov.br/cnas/legislacao/ resolucoes/arquivos- 2013/legislacao/resolucoes/arquivos-2013/cnas-2013-001-21-02-2013.pdf. Acessado em 26 de Novembro de 2016. - Estácio, 2016.3 Ead - Estágio Supervisionado Do Serviço Social Iii (Sde0660/2251346) 9003. Disponível em: http://estacio.webaula.com.br/salaframe.asp?curso=2206&turma=634713&topico=8 20659. Acessado em 14 de Novembro. - Estácio, 2016.3 Ead - Estágio Supervisionado Do Serviço Social Iii (Sde0660/2251346) 9003. Disponível em: <http://estacio.webaula.com.br/salaframe.asp?curso=2206&turma=634713&topico=8 20665>. Acessado em 15 de Novembro de 2016. - JAGUARETAMA. Prefeitura Municipal. Lei Nº. 744, de 04 de dezembro de 2008. Estabelece a denominação do CRAS – Centro de Referência da Assistência Social no município de Jaguaretama, na forma que indica e dá outras providências. Jaguaretama, 2008. http://www.cfess.org.br/arquivos/pneabepss_maio2010_corrigida.pdf https://praticasautogestionarias.files.wordpress.com/2013/11/textos-selecionados-analise-institucional-e-autogestc3a3o.pdf https://praticasautogestionarias.files.wordpress.com/2013/11/textos-selecionados-analise-institucional-e-autogestc3a3o.pdf https://praticasautogestionarias.files.wordpress.com/2013/11/textos-selecionados-analise-institucional-e-autogestc3a3o.pdf http://www.mds.gov.br/cnas/legislacao/resolucoes/arquivos-2013/legislacao/resolucoes/arquivos-2013/cnas-2013-001-21-02-2013.pdfhttp://www.mds.gov.br/cnas/legislacao/resolucoes/arquivos-2013/legislacao/resolucoes/arquivos-2013/cnas-2013-001-21-02-2013.pdf http://estacio.webaula.com.br/salaframe.asp?curso=2206&turma=634713&topico=820659 http://estacio.webaula.com.br/salaframe.asp?curso=2206&turma=634713&topico=820659 http://estacio.webaula.com.br/salaframe.asp?curso=2206&turma=634713&topico=820665 http://estacio.webaula.com.br/salaframe.asp?curso=2206&turma=634713&topico=820665 17 - Ministério De Desenvolvimento Social E Agrário, Centro de Referencia de Assistência Social, http://mds.gov.br/assuntos/assistencia-social/unidades-de- atendimento/cras. Acessado em 23 de novembro de 2016. - Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Secretaria Nacional de Assistência Social (SNAS), Departamento de Proteção Social Básica (DPSB), Sistema Único de Assistência Social- SUAS - Perguntas Frequentes - Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos. Disponível em: http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/ perguntas_e_respostas/PerguntasFrequentesSCFV_03022016.pdf. Acessado em Novembro de 2016. http://mds.gov.br/assuntos/assistencia-social/unidades-de-atendimento/cras http://mds.gov.br/assuntos/assistencia-social/unidades-de-atendimento/cras http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/perguntas_e_respostas/PerguntasFrequentesSCFV_03022016.pdf http://www.mds.gov.br/webarquivos/publicacao/assistencia_social/perguntas_e_respostas/PerguntasFrequentesSCFV_03022016.pdf
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