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Aula 11

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MAGISTRATURA E MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAIS 
Renato Brasileiro de Lima 
Direito Processual Penal 
Aula 11 
 
 
ROTEIRO DE AULA 
 
 
MEDIDAS CAUTELARES DE NATUREZA PESSOAL II 
 
 
3. PRISÃO. 
3.1. Conceito. 
Trata-se da privação da liberdade de locomoção com recolhimento da pessoa ao cárcere, seja em virtude de 
flagrante delito, ordem escrita e fundamentada da autoridade judiciária competente, seja em face de transgressão 
militar ou crime propriamente militar. 
 
4. Prisão Penal (carcer ad poenam). 
É aquela que resulta de sentença condenatória transitada em julgado - doutrina majoritária -. À luz do princípio 
constitucional da presunção de inocência, deve o acusado ser presumido inocente e tratado como tal até o trânsito 
em julgado de sentença condenatória. 
Não obstante, o STF (HC 126.292 e demais decisões já citadas em aulas anteriores) passou a entender que não mais 
se faz necessário o trânsito em julgado da decisão condenatória. Prisão penal, portanto, é aquela que resulta do 
esgotamento dos recursos junto aos tribunais de apelação - TJ e TRF -. 
 
5. Prisão Cautelar (carcer ad custodiam). 
Conceito: decretada antes do trânsito em julgado de sentença condenatória com objetivo de assegurar a eficácia 
do processo. - doutrina majoritária - 
De acordo com o novo entendimento do STF, prisão cautelar é aquela decretada antes do esgotamento da via 
recursal nos tribunais de apelação, com objetivo de assegurar a eficácia do processo. 
Compatibilidade da prisão cautelar com o princípio da presunção de inocência. A prisão cautelar é plenamente 
compatível com o princípio da presunção de inocência, desde que adotada a título excepcional - ultima ratio -, quando 
efetivamente necessária - princípio da necessidade para alguns -, e mediante autorização fundamentada do juiz 
competente - princípio tácito da individualização da prisão cautelar -. 
 
 
 
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Alguns doutrinadores usam a terminologia prisão provisória ou processual.
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A prisão cautelar não pode ser decretada para atender aos anseios da mídia, da população ou tão somente por conta da gravidade em abstrato do delito. Só pode ser decretada quando se mostrar efetivamente necessária para resguardar a eficácia do processo. Ex.: cidadão está praticando testemunhas; cidadão voltou a praticar crimes; cidadão acaba de comprar passaporte falso, etc.
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É compatível pq tanto o princípio da presunção de inocência como a prisão cautelar estão na mesma Constituição. Só há requisitos:
 
 
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5.1. Espécies de Prisão Cautelar. 
a) Prisão em flagrante;* Alguns doutrinadores entendem que a prisão em flagrante é espécie de prisão cautelar; outros, uma 
medida pré-cautelar. 
b) Prisão preventiva; 
c) Prisão temporária. 
 
Obs.: Prisão resultante de pronúncia e prisão resultante de sentença condenatória recorrível não mais existem como 
espécies de prisão cautelar. Isto é, não é mais aceitável o recolhimento à prisão como efeito automático dessas 
decisões, apenas porque o acusado não tem bons antecedentes ou é reincidente. Se necessária, a decretação deve 
ocorrer como modalidade de prisão preventiva. 
CPP 
Art. 283. Ninguém poderá ser preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada da 
autoridade judiciária competente, em decorrência de sentença condenatória transitada em julgado - doutrina 
majoritária - ou, no curso da investigação ou do processo, em virtude de prisão temporária ou prisão preventiva 
(redação dada pela Lei n. 12.403/11). 
 
Nas ADC’s 43 e 44, o STF entendeu que esse artigo 283 teria sido tacitamente revogado pelo novo CPC - norma 
posterior -, o qual não prevê efeito suspensivo aos recursos extraordinários, como regra. Logo, basta um acórdão 
condenatório de segunda instância para que o acusado seja submetido a uma prisão penal. 
 
6. PRISÃO EM FLAGRANTE. 
6.1. Conceito. 
É uma medida de autodefesa - autotutela - da sociedade, caracterizada pela privação da liberdade de locomoção 
daquele que é surpreendido em situação de flagrância - artigo 302 do CPP -, a ser executada independentemente de 
prévia autorização judicial. 
 
Previsão legal: 
CF/88 
Art. 5º (...) 
LXI - ninguém será preso senão em flagrante delito ou por ordem escrita e fundamentada de autoridade judiciária 
competente, salvo nos casos de transgressão militar ou crime propriamente militar, definidos em lei; 
 
6.2. Espécies de Prisão em Flagrante. 
a) Flagrante obrigatório/coercitivo: 
Esta espécie de flagrante aplica-se às autoridades policiais e a seus agentes, em função do dever de agir que lhes é 
atribuído. Apesar da divergência existente, prevalece que esse dever perdura em período integral, não se 
restringindo ao horário de trabalho. 
No caso concreto, deve ser analisado o dever de agir e também o poder de agir. 
Observe-se que a autoridade policial, no momento da prisão em flagrante, está acobertada pela excludente da 
ilicitude do estrito cumprimento do dever legal. 
 
b) Flagrante facultativo: 
É o flagrante realizado por qualquer do povo, para o qual incide a excludente da ilicitude do exercício regular de 
direito. 
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Bancas mais tradicionais como MP/SP e TJ/DF entendem ainda como espécie de cautelar. Já bancas mais modernas como 
MP/MG ou MP/DF tem a flagrante como medida pré-cautelar.
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 Flagrante significa que está queimando, que está ardendo. É preciso conhecer o art. 302 do CPP 
que vai dizer quando a pessoa estará em situação de flagrância. Diversamente da preventiva e da temporária a flagrante pode ser executada sem prévia autorização judicial. Lembre-se do que foi dito: o controle jurisdicional da prisão em flagrante se dá a posteriori. 
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Ex.: policial num posto com a esposa e filho e chegaram 4 indivíduos para assaltar. Ele tem o dever de agir, mas não tinha como fazê-lo. 
 
 
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CPP 
Art. 301. Qualquer do povo poderá e as autoridades policiais e seus agentes deverão prender quem quer que seja 
encontrado em flagrante delito. 
 
CPP 
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: 
I. está cometendo a infração penal; 
II. acaba de cometê-la; 
III. é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação que faça 
presumir ser autor da infração; 
IV. é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da 
infração. 
 
c) Flagrante próprio/perfeito/real/verdadeiro: - artigo 302, incisos I e II, do CPP -. 
No inciso I deve ser verificado se o indivíduo está praticando atos executórios, pois, nas fases de cogitação e 
preparação, seus atos não são puníveis, ao menos em regra. 
 
d) Flagrante impróprio/ irreal/ imperfeito/quase flagrante: - artigo 302, inciso III, do CPP -. 
Logo após é o lapso temporal entre o acionamento da polícia, seu comparecimento ao local e a colheita de 
informações quanto à vítima. 
 
CPP 
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: 
(...) 
III - é perseguido - sem interrupção -, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em situação 
que faça presumir ser autor da infração; 
 
CPP 
Art. 290. Se o réu, sendo perseguido, passar ao território de outro município ou comarca, o executor poderá 
efetuar-lhe a prisão no lugar onde o alcançar, apresentando-o imediatamente à autoridade local, que, depois de 
lavrado, se for o caso, o auto de flagrante, providenciará para a remoção do preso. 
(...) 
§ 1º. Entender-se-á que o executor vai em perseguição do réu, quando: 
a) tendo-o avistado, for perseguindo-o sem interrupção, embora depois o tenha perdido de vista; 
b) sabendo, por indícios ou informações fidedignas, que o réu tenha passado, há pouco tempo, em tal ou qual 
direção,pelo lugar em que o procure, for no seu encalço. 
 
e) Flagrante ficto/assimilado: - artigo 302, inciso IV, do CPP -. 
Nessa espécie de flagrante não há necessidade de perseguição. Exige a lei que o indivíduo seja encontrado com os 
objetos respectivos, podendo inclusive ser fortuito/casual. 
Note-se que logo após em nada se difere do logo depois, sendo expressões sinônimas para o Professor Renato 
Brasileiro de Lima. 
 
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“Está cometendo” é o que é mais cobrado. Dois corintianos, após o time perder estão embaixo de uma árvore
 em frente a um posto de gasolina prestes a assaltar. Lembrar do conceito de iter criminis 
e das fases de cogitação, preparação, execução e consumação. A cogitação não é punível. A preparação 
 também não é punível, salvo se houver alguma figura típica específica, como, por exemplo, pretextos 
para falsificação de moeda ou associação criminosa. Deve ser analisado é se o indivíduo entrou em atos executórios. No exemplo, ninguém tem dúvidas que vão assaltar, mas eles ainda não entraram nos atos executórios.
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Vamos entender melhor essa perseguição no próprio código, artigo 290.
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 O mais importante é que a perseguição se dê sem interrupção. Até para tirar de cena aquele censo comum e errado de que o flagrante dura 24 horas, qdo pode durar mais que isso. E isso não é só em filme americano. No Brasil isso tem acontecido muito: assaltos no interior do país. Em alguns casos a polícia tem dado início a perseguições que duram horas e horas, quiçá, até mesmo, dias. Pode haver a prisão em flagrante desde que a perseguição seja ininterrupta. 
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Essa perseguição deve ter início quando? Logo após. A lei não conceitua, mas você pode entender como o lapso temporal entre o acionamento da polícia, seu comparecimento ao local e colheita de informações quanto à vítima. 
 
 
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CPP 
Art. 302 (...) 
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam presumir ser ele autor da 
infração. 
 
f) Flagrante preparado/provocado: - crime de ensaio ou delito putativo por obra do agente provocador - 
Dois são os requisitos necessários a sua configuração: i. indução à prática do delito pelo agente provocador, que 
pode ser um particular ou um policial; ii. adoção de precauções para que o delito não atinja a consumação. E, 
segundo a doutrina, há na hipótese a ocorrência de crime impossível, em função da ineficácia absoluta dos meios. 
Logo, a prisão dele resultante é ilegal, devendo ser relaxada. 
 
Súmula n. 145 do STF: “Não há crime quando a preparação do flagrante pela polícia - ou particular - torna impossível 
a sua consumação”. 
 
g) Flagrante esperado: 
Inexiste aqui a figura do agente provocador. Na verdade, há ciência antecipada pela autoridade policial de que um 
delito será cometido. A prisão, portanto, é legal. 
 
- Venda simulada de drogas: 
Quanto ao verbo vender, há flagrante preparado, diante da indução à venda no mesmo instante em que precauções 
foram tomadas para que a venda não se consumasse. Não obstante, o tráfico de drogas é crime de ação múltipla, de 
conteúdo variado, podendo o acusado ser preso pelas condutas anteriores de trazer consigo, guardar, ter em 
depósito etc. 
 
h) Flagrante retardado/diferido/ação controlada: 
É o retardamento da intervenção policial para que ocorra no momento mais oportuno sob o ponto de vista da 
colheita de provas 
 
Lei n. 9.613/98 
Art. 4º-B. A ordem de prisão de pessoas ou as medidas assecuratórias de bens, direitos ou valores poderão ser 
suspensas pelo juiz, ouvido o Ministério Público, quando a sua execução imediata puder comprometer as 
investigações. (artigo acrescentado pela Lei n.12.683/12). 
 
Lei n. 11.343/06 
Art. 53. Em qualquer fase da persecução criminal relativa aos crimes previstos nesta Lei, são permitidos, além dos 
previstos em lei, mediante autorização judicial e ouvido o Ministério Público, os seguintes procedimentos 
investigatórios: 
(...) 
(...) 
II - a não-atuação policial sobre os portadores de drogas, seus precursores químicos ou outros produtos utilizados 
em sua produção, que se encontrem no território brasileiro, com a finalidade de identificar e responsabilizar maior 
número de integrantes de operações de tráfico e distribuição, sem prejuízo da ação penal cabível. 
Parágrafo único. Na hipótese do inciso II deste artigo, a autorização será concedida desde que sejam conhecidos o 
itinerário provável e a identificação dos agentes do delito ou de colaboradores. 
 
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Principal exemplo desse flagrante é a polícia fazer uma blitz e encontrar o indivíduo com os objetos do crime.
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Exemplo de agente provocador sendo particular.: filmar escondido babá e pegar ela roubando dinheiro que ele deixou à vista.
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 Policial que finge ser alguém interessado e pede para comprar maconha. Na hora que o agente abre a mochila o policial o 
prende em flagrante. Quanto ao verbo vender, é flagrante preparado, porque houve a indução à venda ao mesmo tempo em que precauções foram adotadas para que a ação não se consumasse. Porém o tráfico é crime de ação múltipla. Ele não será preso e denunciado pelo verbo vender. Será denunciado pelos demais verbos que praticou.
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Esse tema será melhor estudado na parte do curso de legislação especial (Lei 12.850/13 - Lei das organizações 
criminosas). O flagrante preparado está presente em 3 leis especiais:
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 Aqui a ação controlada vale não apenas sobre prisão, mas também sob medidas assecuratórias como sequestro, apreensão e assim por diante. Poderão ser suspensas pelo juiz. Cuidado porque na lei de lavagem de 
capitais a ação controlada pressupõe prévia autorização judicial.
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À semelhança da Lei de lavagem de capitais, percebam que a ação controlada na lei de drogas também prevê autorização judicial.
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Lei de lavagem de capitais
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Lei de drogas
 
 
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Lei n. 12.850/13 
Art. 8º. Consiste a ação controlada em retardar a intervenção policial ou administrativa - Ex.: investigação conduzida 
pelo Ministério Público - relativa à ação praticada por organização criminosa ou a ela vinculada, desde que mantida 
sob observação e acompanhamento para que a medida legal se concretize no momento mais eficaz à formação de 
provas e obtenção de informações. 
§ 1º. O retardamento da intervenção policial ou administrativa será previamente comunicado ao juiz competente 
que, se for o caso, estabelecerá os seus limites e comunicará ao Ministério Público. 
(...) 
§ 2º. A comunicação será sigilosamente distribuída de forma a não conter informações que possam indicar a 
operação a ser efetuada. 
§ 3º. Até o encerramento da diligência, o acesso aos autos será restrito ao juiz, ao Ministério Público e ao 
delegado de polícia, como forma de garantir o êxito das investigações. 
§ 4º. Ao término da diligência, elaborar-se-á auto circunstanciado acerca da ação controlada. 
 
Atenção: Segundo grande parte da doutrina, na Lei n. 12.850/13, ao contrário das duas leis anteriormente citadas, 
não há necessidade de prévia autorização judicial, bastando mera comunicação. 
 
- Entrega vigiada: 
É a técnica que permite que remessas ilícitas ou suspeitas de drogas, ou de outros produtos ilícitos, saiam do 
território de um país com o conhecimento e sob o controle das autoridades competentes, com a finalidadede 
investigar infrações e identificar os demais coautores e participes (Convenção de Palermo). 
Apontada por alguns doutrinadores como espécie de ação controlada. 
 
6.3. Flagrante nas Várias Espécies de Crimes. 
a) Crimes permanentes: 
De acordo com Francisco de Assis Toledo, crime permanente é aquele cuja consumação se prolonga no tempo e, 
durante todo esse período, o agente detém o poder de fazer cessar a execução do delito. Ex.: artigo 159 do CP, artigo 
33 da Lei de Drogas quanto aos verbos guardar, trazer consigo etc. 
 
CPP 
Art. 303. Nas infrações permanentes, entende-se o agente em flagrante delito enquanto não cessar a 
permanência. 
 
Logo, é permitida a violação do domicílio enquanto não cessada a permanência. E, segundo o STF e o STJ, para que 
isso ocorra se faz necessária a existência de uma causa provável, isto é, demonstração de elementos indicando que 
no interior daquele domicílio havia um crime permanente em curso. Caso contrário, configurado está o crime de 
abuso de autoridade. 
 
Crimes habituais: 
Habituais são aqueles delitos cuja tipificação requer a prática reiterada de determinados atos. De acordo com a 
maioria da doutrina, não é possível a prisão em flagrante, pois, enquanto o crime demanda a reiteração da conduta, 
a prisão em flagrante ocorre em um momento isolado, não sendo possível demonstrar nesse momento único que a 
conduta vinha sendo praticada de forma reiterada. 
Para o Professor Renato Brasileiro de Lima, cada caso deve ser analisado em concreto. Ex.: consultório médico lotado 
de pacientes, com agenda demonstrando que as consultas vêm ocorrendo há vários meses etc. MARCIO LIMA DA CUNHA - 05308192790
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Lei das organizações criminosas
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Ao contrário das leis anteriores a lei das organizações prevê o retardamento não apenas da intervenção policial, mas também administrativa. O melhor exemplo disso é uma investigação conduzida pelo MP.
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Quem comunica, não está 
pedindo autorização judicial.
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(extorão mediante sequestro)
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Ex: exercício ilegal da medicina.
 
 
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CP 
Art. 282 - Exercer, ainda que a título gratuito, a profissão de médico, dentista ou farmacêutico, sem autorização 
legal ou excedendo-lhe os limites: 
Pena - detenção, de seis meses a dois anos. 
Parágrafo único - Se o crime é praticado com o fim de lucro, aplica-se também multa. 
 
b) crimes de ação penal privada - ex.: crimes contra a honra - /ação penal pública condicionada a representação - ex.: 
crime de estupro -; 
É cabível prisão em flagrante nesses delitos, devendo ser colhida manifestação da vítima acerca de seu interesse na 
persecução penal. 
A doutrina assevera que a vítima pode se manifestar no prazo de até 24 horas após a captura, prazo para que a 
autoridade policial lavre o auto de prisão em flagrante. 
 
6.4. Uso de algemas. 
Em obediência à Súmula vinculante n. 11, o uso de algemas é medida excepcional somente permitida quando da 
existência de risco de fuga ou risco de agressão contra os presos, contra policiais ou contra si mesmo. Mais, quando 
algemado, a excepcionalidade deve ser justificada por escrito. 
 
Súmula vinculante 11: “Só é lícito o uso de algemas em caso de resistência e de fundado receio de fuga ou de 
perigo à integridade física própria ou alheia, por parte do preso ou de terceiros, justificada a excepcionalidade por 
escrito, sob pena de responsabilidade disciplinar civil e penal do agente ou da autoridade e de nulidade da prisão 
ou do ato processual a que se refere, sem prejuízo da responsabilidade civil do Estado”. 
 
- atenção para a Lei n. 13.434/17: acrescentou um parágrafo único ao art. 292 do CPP para vedar o uso de algemas 
em mulheres grávidas durante o parto e em mulheres durante a fase do puerpério imediato; 
“Art. 292. ................................................................... 
Parágrafo único. É vedado o uso de algemas em mulheres grávidas durante os atos 
médico-hospitalares preparatórios para a realização do parto e durante o trabalho de parto, 
bem como em mulheres durante o período de puerpério imediato.” (NR) 
 
6.5. Convalidação Judicial da prisão em flagrante. 
Corresponde ao procedimento a ser adotado pelo juiz quando do recebimento de cópia do auto de prisão em 
flagrante, o que geralmente ocorre por ocasião da realização da audiência de custódia. 
 
CPP 
Art. 310. Ao receber o auto de prisão em flagrante, o juiz deverá fundamentadamente: 
I. relaxar a prisão ilegal; ou 
II. converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art. 312 deste 
Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; ou 
Art. 310. (...) 
(...) 
III. conceder liberdade provisória, com ou sem fiança. MARCIO LIMA DA CUNHA - 05308192790
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Se observar os exemplos, é óbvio que cabe flagrante. Vc não faria flagrante de um crime de estupro?!
 
 
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CPP 
Art. 310. (...) 
Parágrafo único. Se o juiz verificar, pelo auto de prisão em flagrante, que o agente praticou o fato nas condições 
constantes dos incisos I a III do caput do art. 23 do Código Penal, poderá, fundamentadamente, conceder ao 
acusado liberdade provisória, mediante termo de comparecimento a todos os atos processuais, sob pena de 
revogação. 
 
a) Relaxamento da prisão em flagrante ilegal: 
A prisão em flagrante será considerada ilegal e consequentemente relaxada em duas situações diversas: inexistência 
de situação de flagrância e inobservância das formalidades constitucionais e/ou legais. 
 
CF/88 
Art. 5º (…) 
LXV - a prisão ilegal será imediatamente relaxada pela autoridade judiciária; 
 
- Hipóteses em que deve ser reconhecida a ilegalidade da prisão em flagrante: 
a) Inexistência de situação de flagrância: 
Ex.: flagrante preparado/crime impossível. 
b) Inobservância das formalidades constitucionais e/ou legais: 
A prisão em flagrante é executada sem prévia autorização judicial, motivo pelo qual a CRFB/88 a cerca de 
inúmeras formalidades essenciais a sua regularidade. 
 
CF/88 
Art. 5º (...) 
LXII. a prisão de qualquer pessoa e o local onde se encontre serão comunicados imediatamente ao juiz 
competente e à família do preso ou à pessoa por ele indicada; 
LXIII. o preso será informado de seus direitos, entre os quais o de permanecer calado, sendo-lhe assegurada a 
assistência da família e de advogado; 
LXIV. o preso tem direito à identificação dos responsáveis por sua prisão ou por seu interrogatório policial; 
 
b) Conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva: 
A conversão da prisão em flagrante pode se dar não apenas em prisão preventiva, mas também em prisão 
temporária, observados os requisitos autorizadores da Lei n. 7.960/1989. 
 
Questiona-se: Pode a conversão ser realizada de ofício pelo juiz ou há necessidade de provocação pelo delegado de 
polícia ou pelo membro do Ministério Público? 
Segundo a doutrina, essa conversão não pode ser feita ex officio, sob pena de violação da imparcialidade e do 
próprio sistema acusatório. Já os tribunais superiores vêm entendendo que essa conversão pode ser realizada de 
ofício, sob o argumento de que o recebimento do auto de prisão em flagrante pelo juiz constitui uma provocação. 
 
CPP 
Art. 310 (...) MARCIO LIMA DA CUNHA - 05308192790
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Não são todos os crimes que admitem prisão temporária. Há um rol taxativo de delitos. Como a convalidação se dá na hora da prisão em flagrante (leia-se
durante as investigações) é muito mais comum e melhor, vc converter em prisão temporária, principalmente qdo se tratar de crimes hediondos e equiparados, já q na vdd nesses crimes a temporária tem o prazo de 30 prorrogados por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade.
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Máquina de escreverVer o julgado 281.756 mais abaixo sobre o assunto. (final da proxima pagina)
 
 
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II - converter a prisão em flagrante em preventiva, quando presentes os requisitos constantes do art. 312 deste 
Código, e se revelarem inadequadas ou insuficientes as medidas cautelares diversas da prisão; ou (Incluído pela Lei n. 
12.403, de 2011). 
 
CPP 
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por 
conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência 
do crime e indício suficiente de autoria. 
Parágrafo único. A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de descumprimento de qualquer das 
obrigações impostas por força de outras medidas cautelares (art. 282, § 4º). 
 
- (Des)necessidade de observância do art. 313 do CPP para fins de conversão em preventiva: 
Quando o artigo 310 do CPP trata da conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva, aponta a necessidade 
de preenchimento dos requisitos do artigo 312 do CPP. Não obstante, o inciso II do artigo 310 só faz menção ao 
artigo 312, motivo pelo qual a doutrina questiona se o artigo 313 do CPP também deve ser observado para a 
conversão - prevê os delitos que admitem a prisão preventiva -. 
Alguns doutrinadores fazem interpretação literal do artigo 312 do CPP, dispensando a aplicação do artigo 313 do CPP 
- não é a melhor orientação -. 
Em verdade, a inobservância do artigo 313 do CPP determina a adoção de tratamento desigual e não desejado. Por 
exemplo, preso o indivíduo em flagrante, a preventiva poderia ser decretada sem observância do artigo 313 do CPP, 
em contrapartida, se o indivíduo está solto a preventiva pressupõe a observância do artigo 313 do CPP. 
Assim, a maioria da doutrina entende que, para a conversão da prisão em flagrante em preventiva, devem ser 
observados os artigos 312 e 313 do CPP, sob pena de ilegalidade dessa conversão. 
 
Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão preventiva: 
I. nos crimes dolosos punidos com pena privativa de liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos; 
II. se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto 
no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal; 
III. se o crime envolver violência doméstica e familiar contra a mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou 
pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas protetivas de urgência; 
Parágrafo único. Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a identidade civil da 
pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado 
imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da medida. 
(Incluído pela Lei n. 12.403, de 2011). 
 
CPP 
Art. 311. Em qualquer fase da investigação policial ou do processo penal, caberá a prisão preventiva decretada 
pelo juiz, de ofício, se no curso da ação penal, ou a requerimento do Ministério Público, do querelante ou do 
assistente, ou por representação da autoridade policial. (Redação dada pela Lei n. 12.403, de 2011). 
 
STJ: “(...) Não é nula a decisão do Juízo singular que, de ofício, converte a prisão em flagrante em preventiva, 
quando presentes os requisitos e fundamentos para a medida extrema, mesmo sem prévia 
provocação/manifestação do Ministério Público ou da autoridade policial. Exegese do art. 310, II, do CPP. 
Precedentes deste STJ. Habeas corpus não conhecido”. (STJ, 5ª Turma, HC 281.756/PA, Rel. Min. Jorge Mussi, j. 
15/05/2014, Dje 22/05/2014). 
 
STJ: “(...) ROUBO QUALIFICADO. PRISÃO EM FLAGRANTE CONVERTIDA EM PREVENTIVA. GARANTIA DA ORDEM 
PÚBLICA. FUNDAMENTAÇÃO SUFICIENTE. CONDIÇÕES PESSOAIS FAVORÁVEIS. IRRELEVÂNCIA. REPRESENTAÇÃO 
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DA AUTORIDADE POLICIAL OU DO MINISTÉRIO PÚBLICO. DESNECESSIDADE. (...) Independentemente de 
representação do Ministério Público ou da Autoridade Policial, sempre que presentes os requisitos constantes do 
art. 312 do Código Penal, ao receber o auto de prisão em flagrante, o Juiz deverá converter a custódia em prisão 
preventiva. Ausência de ilegalidade flagrante apta a ensejar a eventual concessão da ordem de ofício. Habeas 
corpus não conhecido. (STJ, 5ª Turma, HC 280.980/MG, Rel. Min. Laurita Vaz, Dje 07/03/2014). 
 
- conversão em prisão temporária: 
 
c) Concessão de liberdade provisória com ou sem fiança: 
Esta liberdade provisória, com ou sem fiança, também pode ser cumulada ou não com as cautelares diversas da 
prisão. 
Ademais, não há que se falar em liberdade provisória proibida. Ver STF, HC 104.339/SP - desde a prolação desse julgado, 
vem o STF entendendo cabível a liberdade provisória para todo e qualquer delito -. 
A manutenção do indivíduo preso deve ser fundamentada, de acordo com o caso concreto, seja a prisão temporária 
ou preventiva. Pode a liberdade provisória ser concedida inclusive em relação ao crime de tráfico de drogas, aos 
equiparados e aos próprios crimes hediondos, ao menos em tese, e sem fiança - pois inafiançáveis, de acordo com a própria 
CRFB/88 -. 
Entretanto, a liberdade provisória sem fiança aplicável aos crimes hediondos e equiparados é muito mais benéfica do 
que aquela concedida ao autor de um simples crime de furto afiançável. Este, além do pagamento da fiança, quando 
solto, deve se sujeitar aos ditames dos artigos 327 e 328 do CPP. 
Com muita propriedade, o Ministro Rogerio Schietti Cruz assevera que, embora a liberdade provisória seja cabível 
em tese para todo e qualquer delito, não é permitido conceder ao autor de um crime hediondo liberdade menos 
gravosa do que aquela concedida ao autor de um crime afiançável. Logo, deve a liberdade provisória para crimes 
hediondos e equiparados obrigatoriamente ser cumulada com as cautelares diversas da prisão. 
 
STF: “(...) Paciente preso em flagrante por infração ao art. 33, caput, c/c 40, III, da Lei n. 11.343/2006. Liberdade 
provisória. Vedação expressa (Lei n. 11.343/2006, art. 44). Constrição cautelar mantida somente com base na 
proibição legal. Necessidade de análise dos requisitos do art. 312 do CPP. Fundamentação inidônea. Ordem 
concedida, parcialmente, nos termos da liminar anteriormente deferida”. (STF, Pleno, HC 104.339/SP, Rel. Min. 
Gilmar Mendes, j. 10/05/2012). 
 
- Natureza Jurídica da Prisão em Flagrante. 
Para as provas mais tradicionais como MP e Magistratura de São Paulo, asseverar que se trata de prisão cautelar. 
Entretanto, grande parte da doutrina atual vem dizendo que se trata de medida pré-cautelar, pois não mantém a 
pessoa presa por si só. 
Segundo o professor Aury Lopes Júnior, quando a pessoa é presa em flagrante, legalmente, em função da nova 
redação do artigo 310 do CPP, haverá conversão em preventiva ou temporária ou será beneficiada com liberdade 
provisória, com ou sem fiança, cumulada ou não com as cautelares diversas da prisão. 
Note que prisão preventiva e liberdade provisória são espécies de medida cautelar, logo, o flagrante por si só não 
mais justifica que a pessoa permaneça presa. Isto é, a permanência da pessoa presa não ocorre por conta do 
flagrante, mas pela sua conversão em prisão preventiva ou temporária. 
 
7. Audiência de custódia - audiência de apresentação -. 
a. Conceito. 
Consiste na realização de uma audiência sem demora após a prisão em flagrante, permitindo o contato imediato 
do flagranteado com o juiz, com um Defensor (público, dativo ou constituído) e com o Ministério Público. 
Também deve ser observada nas hipóteses de prisão preventiva e prisão temporária, nos termos da Resolução do 
CNJ n. 213/2015. 
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 Ex: auditor da receita foi preso em flagrante sendo corrompido. Preciso manter preso? Não. Douliberdade provisória. Com ou sem fiança? Com, pois é auditor, tem $$. Só q agora você pode aplicar uma das cautelares. Nesse exemplo a melhor cautelar é a suspensão do exercício da função.
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Vimos isso na aula passada qdo falamos da vedação da prisão cautelar ex legis. Dei ex da lei de drogas do artigo 44. 
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b. Finalidades. 
Na prisão em flagrante, prisão preventiva e prisão temporária têm a audiência de custódia por finalidade a 
verificação de maus-tratos e a observância dos direitos fundamentais. 
Em relação à prisão em flagrante apenas, a audiência de custódia tem ainda por finalidade permitir ao juiz fazer uma 
convalidação judicial diante do preso, com a obtenção de mais elementos para a formação do seu convencimento. 
 
c. Fundamento convencional. 
 
 
Convenção Americana sobre Direitos Humanos (Dec. 678/92) 
Art. 7º (...) 
§ 5º. Toda pessoa detida ou retida deve ser conduzida, sem demora, à presença de um juiz ou outra autoridade 
autorizada pela lei a exercer funções judiciais e tem direito a ser julgada dentro de um prazo razoável ou a ser 
posta em liberdade, sem prejuízo de que prossiga o processo. Sua liberdade pode ser condicionada a garantias que 
assegurem o seu comparecimento em juízo. 
 
Questiona-se: A quem cabe presidir a audiência de custódia? 
Embora a Convenção Americana faça referência a outra autoridade, não é o melhor entendimento atribuir ao 
delegado de polícia competência para a sua realização. Isto porque a própria Convenção assevera que essa outra 
autoridade deve ser autorizada por lei a exercer funções judiciais. 
No Brasil, a única autoridade que pode presidir uma audiência de custódia é o juiz. 
 
d. Projeto de Lei n. 554/2011 do Senado. 
 
e. Resoluções e provimentos dos Tribunais de Justiça (Tribunais Regionais Federais). 
Resolução n. 213/2015 do CNJ. A partir da edição desta Resolução, foi o STF questionado se o Direito Processual 
Penal poderia ser regulado por esta via. E o entendimento foi de que a Convenção Americana é autoaplicável. Mais, 
do próprio CPP poderíamos extrair o fundamento para a sua aplicação, uma vez que ao tratar do HC, há previsão da 
possibilidade de o juiz exigir a apresentação do preso. 
 
Provimento conjunto n. 03/2015 Presidência do TJ/SP e Corregedoria Geral da Justiça 
Art. 1º. Determinar, em cumprimento ao disposto no art. 7º, item 5, da Convenção Americana sobre Direitos 
Humanos (Pacto de San José da Costa Rica), a apresentação de pessoa detida em flagrante delito, até 24 horas 
após a sua prisão, para participar de audiência de custódia. 
 
f. Legalidade dos Provimentos e Resoluções acerca da audiência de Custódia. 
 
STF: ADI 5.240/SP (20/08/2015) 
O Supremo julgou improcedente pedido formulado em Ação direta ajuizada pela Associação dos Delegados de 
Polícia do Brasil (ADEPOL) em face do Provimento Conjunto n. 03/2015 do TJ/SP. Para o Supremo, os princípios da 
legalidade (CF, art. 5º, II) e da reserva de lei federal em matéria processual penal (CF, art. 22, I) teriam sido 
observados pelo ato normativo impugnado, que não extrapolou aquilo que já consta do Pacto de São José da 
Costa Rica, dotado de status normativo supralegal, e do próprio CPP, numa interpretação teleológica dos seus 
dispositivos (ex.: art. 656). 
 
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Está prevista na Convenção Americana sobre Direitos Humanos.
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Projeto de lei q trata da audiência de custódia, mas ainda não foi aprovado. Vem sendo
realizada por conta de resoluções e provimentos dos tribunais e do TRF. Principalmente 
pela Resolução 213 do CNJ. Aí o tema foi parar no STF questionando-se se o Direito 
Processual Penal poderia ser previsto só em Resolução.
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STF: ADPF 347 (09/09/2015) 
O Supremo concedeu parcialmente cautelar solicitada em ADPF ajuizada pelo PSOL, que pede providências para a 
crise prisional do país, a fim de determinar aos juízes e tribunais que passem a realizar audiências de custódia, no 
prazo máximo de 90 dias, de modo a viabilizar o comparecimento do preso perante a autoridade judiciária em até 
24 horas contadas do momento da prisão. 
 
g. Prazo para a realização da audiência de custódia. 
De acordo com a Resolução n. 213/2015 do CNJ, o prazo é de 24 horas contadas do momento da prisão. 
 
 
h. Oitiva do flagranteado durante a audiência de custódia. 
Não pode o flagranteado ser perguntado sobre o mérito da acusação, não sendo a audiência de custódia o momento 
adequado para o interrogatório judicial, mas sim sobre as circunstâncias de sua prisão, maus-tratos, tortura, 
garantias. 
 
8. DISTINÇÃO ENTRE A PRISÃO TEMPORÁRIA E A PRISÃO PREVENTIVA. 
 
TEMPORÁRIA PREVENTIVA 
Prisão Cautelar Prisão Cautelar 
Previsão Legal: Lei n. 7.960/89. Surgiu com o advento 
da Medida Provisória 111/89. 
Previsão Legal: artigos 311 a 316 do CPP, alterados 
pela Lei n. 12.403/11. 
 
Obs.: A exemplo do Desembargador Paulo Rangel, alguns doutrinadores sustentam a inconstitucionalidade da Lei da 
Prisão Temporária, eis que originada a partir de Medida Provisória. Provocado o STF, por meio da ADI 162, foi 
declarada a constitucionalidade da referida lei, pois não teria resultado da conversão pura e simples da medida 
provisória. 
 
TEMPORÁRIA PREVENTIVA 
Momento: fase investigatória. Não se admite prisão 
temporária durante a fase processual. Por fase 
investigatória podemos entender tanto o inquérito 
policial como outros procedimentos investigatórios. 
Momento: tanto na fase investigatória (será cabível 
apenas em relação aos crimes que não admitem prisão 
temporária - tese sustentada por apenas parte da doutrina -) ou 
processual. 
 
Obs.: A prisão temporária foi criada exclusivamente para auxiliar nas investigações, não se admitindo a manutenção 
na fase processual. Assim, se no curso da prisão temporária for oferecida a denúncia, deve haver a conversão, se 
presentes os requisitos da preventiva. 
 
TEMPORÁRIA PREVENTIVA 
Decretação ex officio: como se trata de prisão cautelar 
passível de decretação exclusivamente durante a fase 
investigatória, a prisão temporária não pode ser 
decretada de ofício pelo juiz. 
Decretação ex officio: na fase investigatória, a prisão 
preventiva não pode ser decretada de ofício. Durante 
o curso do processo judicial, a preventiva pode ser 
decretada ex officio (CPP, art. 311). MARCIO LIMA DA CUNHA - 05308192790
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Professor que esse prazo é inexequível.
 
 
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Depende de provocação da autoridade policial ou do 
Ministério Público (Lei n. 7.960/89, art. 2º); 
 
TEMPORÁRIA PREVENTIVA 
Hipóteses de admissibilidade: art. 1º, III, da Lei n. 
7.960/89 (rol taxativo), conjugado com o artigo 2º, § 
4º da Lei n. 8.072/90 (crimes hediondos e 
equiparados). 
Hipóteses de admissibilidade: Devem ser observados os 
pressupostos alternativos dos incisos e parágrafo único 
do art. 313 do CPP. 
 
 
 
TEMPORÁRIA PREVENTIVA 
Pressupostos: fumus comissi delicti (art. 1º, III, da Lei 
n. 7.960/89) E periculum libertatis (art. 1º, I ou II, da 
Lei n. 7.960/89). 
 
 
Pressupostos: fumus comissi delicti (prova da existência 
do crime + indícios de autoria) e periculum libertatis 
(garantia da ordem pública ou econômica, garantia da 
aplicação da lei penal ou conveniência da instrução 
criminal). 
 
TEMPORÁRIA PREVENTIVA 
Prazo: 5 dias, prorrogáveis por igual período. 
Crimes hediondos: 30 dias prorrogáveis por mais 30. 
 
 
 
 
 
Prazo: pelo menos em regra, não há prazo 
determinado. Não obstante, devem ser observados os 
prazos previstos em lei para a prática dos atos 
processuais, sob pena de excesso de prazo na formação 
de culpa e consequente relaxamento da prisão 
preventiva. Obs: atenção para o art. 22, parágrafo 
único, da Lei n. 12.850/13). 
 
CPP 
Art. 311. Em qualquerfase da investigação ou do processo penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, 
de ofício, se no curso da ação penal, ou a requerimento do Ministério Público, do querelante ou do assistente, ou 
por representação da autoridade policial. 
 
Art. 313. Nos termos do art. 312 deste Código, será admitida a decretação da prisão preventiva: 
I. nos crimes dolosos - não cabe em contravenção ou para os crimes culposos, portanto - punidos com pena privativa de 
liberdade máxima superior a 4 (quatro) anos; 
II. se tiver sido condenado por outro crime doloso, em sentença transitada em julgado, ressalvado o disposto 
no inciso I do caput do art. 64 do Decreto-Lei n. 2.848, de 7 de dezembro de 1940 - Código Penal; 
III. se o crime - não cabe em contravenção, devendo o crime ser doloso - envolver violência doméstica e familiar contra a 
mulher, criança, adolescente, idoso, enfermo ou pessoa com deficiência, para garantir a execução das medidas 
protetivas de urgência; MARCIO LIMA DA CUNHA - 05308192790
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O art. 22 fala em 120 dias prorrogáveis por igual período.
 
 
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Parágrafo único. Também será admitida a prisão preventiva quando houver dúvida sobre a identidade civil da 
pessoa ou quando esta não fornecer elementos suficientes para esclarecê-la, devendo o preso ser colocado 
imediatamente em liberdade após a identificação, salvo se outra hipótese recomendar a manutenção da medida. 
(Incluído pela Lei n. 12.403, de 2011). 
 
Obs. 1: Sendo a pena privativa de liberdade cominada igual ou inferior a 4 (quatro) anos, em tese é aplicável a 
substituição por restritivas de direitos, motivo pelo qual não se justifica a prisão preventiva se ao final também não 
será encarcerado. 
 
Obs. 2: No inciso II deve o sujeito ser reincidente específico em crimes dolosos, pouco importando o montante de 
pena cominada, ao contrário do inciso I. 
Note-se que o STF declarou constitucional o instituto da reincidência, afastando a alegada ocorrência de bis in idem. 
Logo, pode ser usada como agravante e para a valoração de outras circunstâncias, como no caso aqui tratado. 
 
Obs. 3: Segundo a Professora Maria Berenice Dias, a violência doméstica e familiar resulta da conjugação dos artigos 
5º e 7º da Lei n. 11.340/06. 
Toda violência de gênero deve ser dolosa, não se aplicando às condutas culposas. 
Aqui também pouco importa o quantum de pena. 
E, para a jurisprudência, o descumprimento das medidas protetivas por si só não autoriza a decretação da prisão 
preventiva, sendo necessária a demonstração dos pressupostos constantes do artigo 312 do CPP. 
 
Obs. 4: No parágrafo único tecnicamente há condução coercitiva para fins de identificação civil, não prisão 
preventiva. 
 
STJ: “(...) Muito embora o art. 313, IV, do Código de Processo Penal, com a redação dada pela Lei n. 11.340/2006, 
admita a decretação da prisão preventiva nos crimes dolosos que envolvam violência doméstica e familiar contra a 
mulher, para garantir a execução de medidas protetivas de urgência, a adoção dessa providência é condicionada 
ao preenchimento dos requisitos previstos no art. 312 daquele diploma. É imprescindível que se demonstre, com 
explícita e concreta fundamentação, a necessidade da imposição da custódia para garantia da ordem pública, da 
ordem econômica, por conveniência da instrução criminal ou para assegurar a aplicação da lei penal, sem o que 
não se mostra razoável a privação da liberdade, ainda que haja descumprimento de medida protetiva de urgência, 
notadamente em se tratando de delitos punidos com pena de detenção. Ordem concedida”. (STJ, 6ª Turma, HC 
100.512/MT, Rel. Min. Paulo Gallotti, Dje 23/06/2008). 
 
CPP 
Art. 312. A prisão preventiva poderá ser decretada como garantia da ordem pública, da ordem econômica, por 
conveniência da instrução criminal, ou para assegurar a aplicação da lei penal, quando houver prova da existência 
do crime e indício suficiente de autoria. (Redação dada pela Lei n. 12.403, de 2011). 
Parágrafo único. A prisão preventiva também poderá ser decretada em caso de descumprimento de qualquer das 
obrigações impostas por força de outras medidas cautelares (art. 282, § 4º). (Incluído pela Lei n. 12.403, de 2011). 
 
Lei n. 12.850/13 
Art. 22. Os crimes previstos nesta Lei e as infrações penais conexas serão apurados mediante procedimento 
ordinário previsto no Código de Processo Penal, observado o disposto no parágrafo único deste artigo. 
Parágrafo único. A instrução criminal deverá ser encerrada em prazo razoável, o qual não poderá exceder a 120 
dias quando o réu estiver preso, prorrogáveis por igual período, por decisão fundamentada, devidamente 
motivada pela complexidade da causa ou por fato procrastinatório atribuível ao réu. MARCIO LIMA DA CUNHA - 05308192790
 
 
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Lei n. 7.960/89 
Art. 1º Caberá prisão temporária: 
I - quando imprescindível para as investigações do 
inquérito policial; 
II - quando o indicado não tiver residência fixa ou não fornecer elementos necessários ao 
esclarecimento de sua identidade; 
III - quando houver fundadas razões, de acordo com qualquer prova admitida na legislação penal, de autoria 
ou participação do indiciado nos seguintes crimes: 
a) homicídio doloso (art. 121, caput, e seu § 2º); 
b) sequestro ou cárcere privado (art. 148, caput, e seus §§ 1º e 2º); 
c) roubo (art. 157, caput, e seus §§ 1º, 2º e 3º); 
d) extorsão (art. 158, caput, e seus §§ 1º e 2º) 
e) extorsão mediante sequestro (art. 159, caput, e seus §§ 1º, 2º e 3º); 
f) estupro (art. 213, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único); 
g) atentado violento ao pudor (art. 214, caput, e sua combinação com o art. 223, caput, e parágrafo único); 
h) rapto violento (art. 219, e sua combinação com o art. 223 caput, e parágrafo único); 
i) epidemia com resultado de morte (art. 267, § 1º); 
j) envenenamento de água potável ou substância alimentícia ou medicinal qualificado pela morte (art. 270, 
caput, combinado com art. 285); 
l) quadrilha ou bando associação criminosa (art. 288), todos do Código Penal; 
m) genocídio (arts. 1º, 2º e 3º da Lei n. 2.889, de 1º de outubro de 1956), em qualquer de suas formas típicas; 
n) tráfico de drogas (art. 12 da Lei n. 6.368, de 21 de outubro de 1976); 
o) crimes contra o sistema financeiro (Lei n. 7.492, de 16 de junho de 1986); 
p) Crimes previstos na Lei de Terrorismo; (Incluído pela Lei n. 13.260/16) 
 
Lei n. 8.072/90 
Art. 2º (...) 
§ 4º. A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei n. 7.960, de 21 de dezembro de 1989, nos crimes previstos 
neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada 
necessidade. (Incluído pela Lei n. 11.464, de 2007) 
 
Lei n. 8.072/90 
Art. 1º. São considerados hediondos os seguintes crimes, todos tipificados no Código Penal, consumados ou 
tentados: 
I. homicídio (art. 121), quando praticado em atividade típica de grupo de extermínio, ainda que cometido por 
um só agente, e homicídio qualificado (art. 121, § 2º, incisos I, II, III, IV, V, VI e VII); (Redação dada pela Lei n. 13.142, com vigência em 
07/07/2015) 
(...) 
(...) 
I-A. lesão corporal dolosa de natureza gravíssima (art. 129, § 2º) e lesão corporal seguida de morte (art. 129, § 
3º), quando praticadas contra autoridade ou agente descrito nos arts. 142 e 144 da Constituição Federal, 
integrantes do sistema prisional e da Força Nacional de Segurança Pública, no exercício da função ou em MARCIO LIMA DA CUNHA - 05308192790
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não existem mais como crime autônomo. Migraram (o 214 para o 213 e o 219 para 148)
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Hediondos e equiparados.
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decorrência dela, ou contra seu cônjuge, companheiro ou parente consanguíneo até terceiro grau,em razão dessa 
condição; (Incluído pela Lei n. 13.142/15) 
II. latrocínio (art. 157, § 3º, in fine); 
III. extorsão qualificada pela morte (art. 158, § 2º); 
IV. extorsão mediante sequestro e na forma qualificada (art. 159, caput, e §§ 1º, 2º e 3º); 
(...) 
V. estupro (art. 213, caput e §§ 1º e 2º); (Redação dada pela Lei n. 12.015/09) 
VI. estupro de vulnerável (art. 217-A, caput e §§ 1º, 2º, 3º e 4º); (Redação dada pela Lei n. 12.015/09) 
VII. epidemia com resultado morte (art. 267, § 1º). 
VII. (VETADO) 
VII-A. falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais 
(art. 273, caput e § 1º, § 1º-A e § 1º-B, com redação dada pela Lei n. 9.677/98). 
VIII. favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de 
vulnerável (art. 218-B, caput, e §§ 1º e 2º). (Incluído pela Lei n. 12.978/14) 
Parágrafo único. Considera-se também hediondo o crime de genocídio previsto nos arts. 1º, 2º e 3º da Lei n. 
2.889/56, tentado ou consumado. 
 
9. PRISÃO DOMICILIAR. 
a) De natureza penal (LEP); 
b) De natureza cautelar (CPP, arts. 317 e 318). 
 
Lei n. 7.210/84 
Art. 117. Somente se admitirá o recolhimento do beneficiário de regime aberto em residência particular quando se 
tratar de: 
I - condenado maior de 70 (setenta) anos; 
II - condenado acometido de doença grave; 
III - condenada com filho menor ou deficiente físico ou mental; 
IV - condenada gestante. 
 
CPP 
Art. 317. A prisão domiciliar consiste no recolhimento do indiciado ou acusado em sua residência, só podendo dela 
ausentar-se com autorização judicial. (Redação dada pela Lei n. 12.403, de 2011). 
 
CPP 
Art. 318. Poderá o juiz substituir a prisão preventiva pela domiciliar quando o agente for: (Redação dada pela Lei n. 12.403, de 
2011). 
I. maior de 80 (oitenta) anos; (Incluído pela Lei n. 12.403, de 2011). 
II. extremamente debilitado por motivo de doença grave; (Incluído pela Lei n. 12.403, de 2011). 
III. imprescindível aos cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência; (Incluído 
pela Lei n. 12.403, de 2011). 
IV. gestante a partir do 7º (sétimo) mês de gravidez ou sendo esta de alto risco. (Incluído pela Lei n. 12.403, de 2011). 
IV. gestante; (redação dada pela Lei n. 13.257/16) 
(...) 
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STJ: “(...) A prisão preventiva poderá ser substituída pela domiciliar quando a agente for gestante a partir do 7º 
mês de gravidez ou quando a gestação for de alto risco ou ainda quando for comprovadamente imprescindível aos 
cuidados especiais de pessoa menor de 6 (seis) anos de idade ou com deficiência (art. 318, III e IV, do CPP). 
Não há ilegalidade na negativa de substituição da preventiva por prisão domiciliar quando não comprovada a 
inadequação do estabelecimento prisional à condição de gestante ou lactante da condenada, visto que 
asseguradas todas as garantias para que tivesse a assistência médica devida e condições de amamentar o recém-
nascido. Habeas corpus não conhecido”. (STJ, 5ª Turma, HC 328.813/SP, Rel. Min. Leopoldo de Arruda Raposo, j. 
01/10/2015, Dje 08/10/2015). 
 
STF: “(...) Tráfico ilícito de entorpecentes. Paciente em estágio avançado de gravidez. Pedido de substituição da 
prisão preventiva por domiciliar. Ausência de prévia manifestação das instâncias precedentes. Dupla supressão de 
instância. Superação. Preenchimento dos requisitos do art. 318 do CPP. Concessão da ordem, confirmando a 
liminar deferida”. (STF, 2ª Turma, HC 128.381/SP, Rel. Min. Gilmar Mendes, j. 09/06/2015, Dje 128 30/06/2015). 
(...) 
V. mulher com filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos; (incluído pela Lei n. 13.257/16) 
VI. homem, caso seja o único responsável pelos cuidados do filho de até 12 (doze) anos de idade incompletos. 
(incluído pela Lei n. 13.257/16). 
Parágrafo único. Para a substituição, o juiz exigirá prova idônea dos requisitos estabelecidos neste artigo. (Incluído pela 
Lei n. 12.403, de 2011). 
 
PRISÃO DOMICILIAR NA LEP PRISÃO DOMICILIAR NO CPP 
Natureza: prisão penal. Natureza: prisão cautelar. 
Previsão legal: art. 117 da LEP. Previsão legal: arts. 317 e 318 do CPP. 
Substitutiva de prisão penal em regime aberto. Substitutiva da prisão preventiva. 
 
PRISÃO DOMICILIAR NA LEP PRISÃO DOMICILIAR NO CPP 
 Condenado maior de 70 anos; 
 Condenado acometido de doença grave; 
 Condenada com filho menor ou deficiente; 
 Gestante. 
 
 Acusado maior de 80 anos; 
 Acusado debilitado por doença grave; 
 Imprescindível aos cuidados de pessoa menor de 6 anos 
ou pessoa deficiente; 
 Gestante; 
 Mulher com filho de até 12 anos de idade incompletos; 
 Homem, caso seja o único responsável pelos cuidados 
do filho de até 12 anos de idade incompletos; 
 
MARCIO LIMA DA CUNHA - 05308192790

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