Buscar

Ação penal

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 44 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 44 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 44 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

21/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/5
 01 – CONCEITO DE INQUÉRITO POLICIAL
É o conjunto de diligencias realizadas pela policia judiciária para apuração de uma
infração penal e de sua autoria, a fim de que o titular da ação penal possa
ingressar em juízo (artigo 4º, CPP).
Trata-se de procedimento persecutório de caráter administrativo instaurado pela
autoridade policial. Tem como destinatários imediatos o Ministério Público, titular
exclusivo da ação penal pública (artigo 129, I, da CF), e o ofendido titular da ação
penal privada (CPP, art. 30); como destinatário mediato tem o juiz, que se
utilizará dos elementos de informação nele constantes, para o recebimento da
peça inicial e para a formação do seu convencimento quanto à necessidade de
decretação de medidas cautelares
02 – POLICIA JUDICIÁRIA
A policia é uma instituição de direito público destinada a manter a paz pública e a
segurança individual.
A doutrina apresenta a seguinte classificação para polícia:
a) quanto ao lugar de atividade: terrestre, marítima ou aérea;
b) quanto à exteriorização: ostensiva e secreta;
c) quanto à organização: leiga ou de carreira;
d) quanto ao objeto:
- administrativa (ou de segurança): caráter preventivo, objetiva impedir a prática
de atos lesivos a bens individuais e coletivos; atua com grande discricionariedade,
independente de autorização judicial;
- judiciária: função auxiliar à justiça (daí a designação), atua quando os atos que
a polícia administrativa pretendia impedir que não foram evitados.
Possui a finalidade de apurar as infrações penais e suas respectivas autorias, a fim
de fornecer ao titular da ação penal elementos para propô-la. Cabe a ela o
primeiro momento de atividade repressiva do Estado. Atribuída no âmbito
estadual às polícias civis, dirigidas por delegados de policia de carreira, sem
prejuízo de outras autoridades (art. 144, parágrafo 4º, CF); na esfera federal, as
atividades da polícia judiciária cabem, com exclusividade, à polícia federal (CF,
artigo 144, parágrafo 1º, IV)
03 - FINALIDADE
A finalidade do inquérito policial é a apuração de fato que configure infração penal
e a respectiva autoria para servir de base à ação penal ou às outras providencias
cautelares.
04 – INQUÉRITOS EXTRAPOLICIAIS
O artigo 4º, parágrafo único, do Código de Processo Penal deixa claro que o
inquérito realizado pela polícia judiciária não é a única forma de investigação
criminal.
21/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/5
Há outras, como, por exemplo, o inquérito realizado pelas autoridades militares
para apuração de infrações de competência da Justiça Militar (IPM); as
investigações efetuados pelas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPI), as
quais terão poderes de investigação próprios das autoridades judiciais, além de
outros previstos nos regimentos das respectivas Casas, e serão criadas pela
Câmara dos Deputados e pelos Senado Federal, em conjunto ou separadamente,
mediante 1/3 de seus membros, para apuração de fato determinado, com duração
limitada no tempo (CF, art. 58, parágrafo 3º) ; o inquérito civil público, instaurado
pelo Ministério Público para proteção do patrimônio público e social, do meio
ambiente e de outros interesses difusos e coletivos (CF, art. 129, III), e que,
eventualmente, poderá apurar também a existência de crime conexo ao objeto da
investigação; o inquérito em caso de infração penal cometida na sede ou na
dependência do Supremo Tribunal Federal; o inquérito instaurado pela Câmara dos
Deputados ou Senado Federal.
A Lei n º 11.101/05 revogou o inquérito judicial presidido por juiz de direito
visando à apuração de infrações falimentares. Atualmente, os juizes em qualquer
fase processual, em casos de indícios de crime falimentar, cientificará o Ministério
Público para providências.
05 – CARACTERISTICAS DO INQUERITO POLICIAL
As Características do Inquérito Policial, em resumo, seguem abaixo:
a) Procedimento escrito – com fulcro no artigo 9º. do CPP não se concebe a
existência de uma investigação verbal, sendo que as peças devem ser reduzidas a
termo e rubricadas pelas autoridades competentes.
b) Oficialidade – atividade investigatória deverá ser feita por órgãos oficiais, não
podendo ficar a cargo do particular, ainda que a titularidade da ação penal seja
atribuída pelo ofendido.
c) Oficiosidade – Independente de provocação existe a atividade das autoridades,
e diante da noticia de uma infração penal a Instauração do Inquérito Policial é
obrigatória.
d) Sigiloso – Nos termos do artigo 20 do CPP, o Inquérito Policial é sigiloso,
ressalvada a atuação do Ministério Publico, bem como, o acesso dos advogados,
nos termos do artigo 7º. , XIII, Lei nº 8.906/94, nesse caso, somente haverá
impedimento diante da decretação judicial do Sigilo.
e) Autoritariedade – trata-se de característica prevista no texto constitucional,
artigo 144º. § 4º., CF. De sorte que o Inquérito Policial, necessariamente, é
presidido por autoridade pública .
f) Indisponibilidade – O Inquérito Policial, nos termos do artigo 17º, CPP, não
poderá ser arquivado por decisão d autoridade policial. Os casos de arquivamento
do Inquérito Policial serão tratados nas aulas subseqüentes.
g) Inquisitivo – Trata-se de procedimento investigativo, de forma que é secreto e
escrito, não se aplicando os princípios do contraditório e da ampla defesa. O s
únicos Inquéritos que admitem o contraditório e a ampla defesa são: Inquérito
instaurado pela Policial Federal, a pedido do Ministro da Justiça, visando a
expulsão de estrangeiro ( Lei nº 6.815/80, artigo 70º.)
21/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/5
Exercício 1:
"Trata-se de procedimento persecutório de caráter administrativo instaurado pela
autoridade policial. Tem como destinatários imediatos o Ministério Público, titular
exclusivo da ação penal pública (artigo 129, I, da CF), e o ofendido titular da ação
penal privada (CPP, art. 30); como destinatário mediato tem o juiz, que se
utilizará dos elementos de informação nele constantes, para o recebimento da
peça inicial e para a formação do seu convencimento quanto à necessidade de
decretação de medidas cautelares"
A assertiva acima está fazendo referência: 
 
A)
à ação penal privada
B)
à ação penal pública 
C)
à sentença
D)
ao devido processo legal
E)
ao inquérito policial
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 2:
Considerando as afirmações abaixo:
I- o inquérito policial é imprescindível para a propositura da ação penal
II- o inquérito policial é presidido pelo Juiz de Direito
III- o inquérito policial não é processo
É correto afirmar:
A)
Somente a I está correta
B)
Somente a II está correta
C)
Somente a III está correta
D)
Todas estão corretas
21/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/5
E)
Nenhuma está correta
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 3:
"O Inquérito Policial, nos termos do artigo 17º, CPP, não poderá ser arquivado por
decisão da Autoridade Policial"
A afirmação acima:
A)
é verdadeira, ante a indisponibilidade
B)
é verdadeira, tendo em vista o sigilo
C)
é verdadeira, diante da oficialidade
D)
é falsa, pois o Delegado, como presidente do inquérito, pode arquivá-lo
E)
é falsa, tendo em vista que o inquérito policial é atividade da polícia judiciária e,
portanto, seu arquivamento está dentro da esfera de disponibilidade da
Autoridade Policial, conforme converniência e oportunidade
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 4:
Não é uma característica do inquérito policial:
A)
A oficialidadeB)
O contraditório
C)
A oficiosidade
D)
A forma escrita
21/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 5/5
E)
A indisponibilidade
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
21/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/4
 
1 – VALOR PROBATÓRIO DO INQUERITO POLICIAL
O Inquérito Policial tem conteúdo informativo, tendo por finalidade fornecer ao
Ministério Público o Ofendido elementos necessários para propositura da ação
penal. No entanto, se o valor probatório é relativo, na medida em que as
informações não são colhidas sob a égide do contraditório e ampla defesa. Em
razão disso a confissão extra judicial, por exemplo, terá validade apenas como
elemento de convicção do juízo.
2 – VICIOS DO INQUÉRITO POLICIAL
Considerando que o Inquérito Policial possui características meramente
informativas destinado a formação da opnio delicti, seus vícios não acarretam
nulidades processuais. No entanto, no que se refere as irregularidades tais como:
auto de prisão em flagrante ou auto de busca e apreensão irregular, teremos que
as referidas irregularidades poderão gerar a invalidade e a ineficácia dos atos
inquinados.
3 – PROCEDIMENTO INVESTIGATIVO – JUIZADO ESPECIAL – LEI
9.099/95.
Em se tratando de crime de menor potencial ofensivo, conforme a definição
atribuída pela Lei 9099/95, o Inquérito Policial é substituído por simples boletim
de ocorrência circunstanciado, lavrado pela autoridade policial, denominado
“termo circunstanciado” no qual constará uma narração sucinta dos fatos, bem
como, a indicação da vitima, do autor e das testemunhas, no máximo no número
de 3 (Três).
Lavrado o Termo, este será imediatamente encaminhado ao juizado de pequenas
causas criminais.
4 – DISPENSABILIDADE DO INQUÉRITO POLICIAL
O Inquérito Policial não é fase obrigatória a persecução penal, podendo ser
dispensado caso o Ministério Público ou o ofendido já disponha de suficientes
elementos para propositura da ação penal, conforme dispõe os artigos 12º., 27º.,
39º., e 46º. do CPP.
5- INCOMUNICABILIDADE NO INQUÉRITO POLICIAL
Trata-se de aspecto que visa impedir a comunicação do preso com terceiros que
venham prejudicar á apuração dos fatos, podendo ser imposta quando o interesse
da sociedade ou a conveniência da investigação o exigir. O artigo 21º. do CPP,
prevê que incomunicabilidade do preso não excederá de 3 (três) dias e será
decretada por despacho fundamentado do juiz, a requerimento a autoridade
policial ou do órgão do Ministério Público, respeitadas as prerrogativas dos
advogados.
Em contra partida, para muitos doutrinadores, a incomunicabilidade do preso é
constitucionalmente vedada (artigo 136º § 3º., IV). De qualquer sorte, é
importante ressaltar que a incomunicabilidade não se estende jamais ao
advogado, nos termos do artigo 7º. III, do EOAB.
21/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/4
Exercício 1:
"O Inquérito Policial não é fase obrigatória da persecução penal, podendo ser
dispensado caso o Ministério Público ou o ofendido já disponha de suficientes
elementos para propositura da ação penal"
A colocação acima aponta para a seguinte conclusão:
A)
A ação penal pública sempre depende da existência de inquérito policial
B)
A falta de inquérito policial, por si só, não impede a propositura de ação penal,
seja pública ou privada
C)
O inquérito policial é condição de procedibilidade para a propositura de ação penal
privada
D)
O inquérito policial somente pode ser instaurado objetivando uma ação penal
pública
E)
O inquérito policial não pode ser instaurado visando a apuração de fato criminoso
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 2:
Considerando as afirmações abaixo:
I- existe ampla defesa no curso do inquérito policial
II- o Advogado do investigado, diante do sigilo, não pode tomar conhecimento do
que está sendo apurado no inquérito policial
III- as provas colhidas no inquérito policial têm presunção absoluta de veracidade,
e não podem ser contestadas
É certo afirmar:
A)
Todas as afirmações estão erradas
B)
Todas as afirmações estão certas
C)
Apenas a afirmação I está certa
D)
21/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/4
Apenas a afirmação II está certa
E)
Apenas a afirmação III está certa
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 3:
Analise as afirmações abaixo:
 
1. As provas colhidas no curso do inquéirito policial têm validade relativa
porque
2. Nâo existe contraditório assegurado no curso do inquérito policial
 
Considerando as duas afirmações, é correto afirmar:
A)
As duas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira
B)
As duas são verdadeira, mas a segunda não justifica a primeira
C)
As duas são falsas
D)
Somente a primeira é verdadeira
E)
Somente a segunda é verdadeira
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 4:
Considerando as duas afirmações abaixo: 
1.Os vícios do inquérito policial não acarretam nulidades processuais
porque
2.As provas colhidas no curso do inquérito policial são sempre inválidas
É certo dizer:
A)
As duas são verdadeiras e a segunda justifica a primeira
B)
As duas são verdadeiras, mas a segunda não justifica a primeira
21/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/4
C)
As duas são falsas
D)
Somente a primeira é verdadeira
E)
Somente a segunda é verdadeira
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
21/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/5
1 – Notitia Criminis
É com base na notitia criminis (Noticia do Crime) que se dá o inicio das
investigações. Da´-se o nome de notitia criminis ao conhecimento espontâneo
ou provocada por parte da autoridade policial de um fato aparentemente
criminoso. A notitia criminis pode ocorrer de três maneiras:
a) Notitia Criminis de cognição direta, imediata, espontânea ou
inqualificada – a autoridade toma conhecimento do fato através de sua atividade
rotineira, de jornais, investigações pela descoberta ocasional, denuncias anônimas
(delação apocrífa).
b) Notitia Criminis de cognição indireta ou mediata, provocada ou
qualificada – a autoridade toam conhecimento através de um ato formal, qual
seja, a delatio criminis (artigo 5º, II, CPP e §§ 1º. e 5º.), requisição de
autoridade judiciária do Ministério Público (artigo 5º, II ,CPP) e requisição do
Ministro da Justiça (artigo 7º. § 3º., “b”, CP e artigo 141º. , I c/c . § único do
artigo 145) e representação do ofendido (artigo 5º, § 4º. do CPP).
c) Notitia Criminis de cognição coercitiva – trata-se dos casos de prisão em
flagrante (artigo 322º. CPP), em que a noticia do crime se dá com a apresentação
do autor. Importante frisar que se o modo de Instauração é comum a qualquer
espécie de infração seja qual for o tipo de ação, pública incondicionada, pública
condicionada a representação ou, até mesmo, privada.
2- INÍCIO DO INQUÉRITO POLICIAL
Neste tópico, vamos tratar a respeito do início do Inquérito Policial considerando
as peculiaridades presentes em cada espécie de ação penal, ou seja, ação penal
publica incondicionada, pública condicionada a representação e privada.
a) Crime de Ação Penal Pública Incondicionada
O Inquérito Policial poderá ser instaurado de duas formas:
- De Ofício – A Autoridade tem obrigação de instaurar o Inquérito policial,
independente de provocação, sempre que tomar conhecimento imediato e direto,o mesmo, nos casos de prisão em flagrante. O ato de instauração, que é a
portaria deverá conter o esclarecimento das circunstâncias conhecidas, local, dia,
hora, autor, vitima, testemunhas e a capitulação da infração penal. Cumpre
anotar, por fim, que a autoridade policial não poderá instaurar o Inquérito senão
houver justa causa, por exemplo, o fato não configurar, nem em tese, ilícito penal,
quando estiver extinta a punibilidade ou quando não houver sinais de existência
do fato.
- Por requisição da autoridade Judiciária ou do Ministério Público – Ocorre
nas hipóteses apresentadas na redação do artigo 40º., CPP. Tanto Ministério
Público como o Poder Judiciário poderão conhecer diretamente de autos ou papéis
que evidenciem a pratica de ilícito penal e requisitar a autoridade policial a
Instauração do Inquérito. Nesses casos, a Autoridade Policial não pode se recusar
a instaurar o Inquérito, pois a requisição tem natureza de determinação, de
ordem, muito embora inexista subordinação hierárquica.
21/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/5
Ainda a respeito do assunto temos a delatio criminis, que consiste na
comunicação de um crime feita pela vitima a qualquer do povo. A doutrina
distingue a “delação simples” da “delação postulatória” em que se dá a notícia do
fato com todas as circunstâncias, individualização do suspeito, a indicação de seus
sinais característicos, a indicação de testemunhas e outros meios de prova
(artigo5º. II, § 1º. e alíneas do CPP).
Caso autoridade policial indefira a instauração caberá recurso ao Secretário de
Negócios da Segurança Pública ou ao Delegado de Policia Geral (artigo5º §2º,
CPP). Se for policia federal, caberá recurso para Superintendência deste órgão.
Em relação a delação anônima, a entendimentos que a consideram valida desde
que tomadas as cautelas. Em contrapartida, a entendimentos que opinam como
sendo invalida diante da redação apresentada pelo artigo 5º, CPP que veda o
anonimato.
b) Crime de Ação Penal Pública Condicionada
O Inquérito Policial será instaurado mediante duas espécies de representação:
- Representação do Ofendido ou de seu representante legal – Se o crime
for de ação penal pública condicionada a representação, o inquérito policial
somente poderá ser instaurado diante do oferecimento desta. Trata-se do principio
da oportunidade, ou seja, a manifestação do ofendido informa a ação penal
pública condicionada até o momento do oferecimento da denuncia.
A representação consiste em simples manifestação de vontade da vitima ou de
quem legalmente a representa no sentido de autorizar a persecução.
- Requisição do Ministro da Justiça – no caso de crime cometido por
estrangeiro contra brasileiro, fora do Brasil; no caso de crimes contra honra,
pouco importando se cometidos publicamente ou não, contra chefe de governo
estrangeiro; no caso de crime contra honra em que o presidente da República for
ofendido; em algumas hipóteses previstas na Lei de Imprensa, no código penal
militar. A requisição deve ser encaminhada ao chefe do Ministério Público, o qual
poderá, desde logo, oferecer a denuncia ou requisitar diligências a polícia.
c) Crime de Ação Penal Privada
Em se tratando de crime de ação penal privada nem autoridade judiciária, nem o
Ministério Público podem requisitar a instauração de Inquérito Policial, sendo que
esta depende de requisição do Ofendido, seja verbal ou escrita.
O Inquérito Policial deve ser instaurado num prazo que possibilite sua conclusão e
o oferecimento da denuncia ou queixa, respeitado o prazo decadencial de seis
meses a contar da data do fato. Se o requerimento de instauração for indeferido
nada impede a interposição de Recuso para o Secretário de Segurança Pública.
 
 
Exercício 1:
21/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/5
O inquérito policial possui como destinatário imediato:
A)
Somente o Ministério Público. 
B)
O Ministério Público e o ofendido quando titular da ação penal
C)
O Ministério Público e o Juiz
D)
Somente o Juiz
E)
O Juiz e o ofendido, quando titular da ação penal
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 2:
A finalidade do inquérito policial consiste:
A)
na apuração de fato que configure infração penal e respectiva autoria para servir
de base à ação penal.
B)
Probatória, sob crivo do contraditório e da ampla defesa, princípios, que mesmo,
durante esta fase, são assegurados ao réu.
C)
Jurisdicional, já que atinge a Jurisdição para efeitos de concessão da condenação
do autor da infração penal.
 
D)
Processual, já que essencial à ação penal.
21/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/5
E)
Instrumental, já que o meio adequado para fins de provação da jurisdição e
obtenção da respectiva pretensão.
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 3:
A respeito do inquérito policial, podemos afirmar que:
A)
É a única forma de investigação criminal.
B)
Não é a única forma de investigação criminal, já que, atualmente, os próprios
Juizes podem presidir qualquer sorte de inquérito.
C)
Não é a única forma de investigação criminal, já que, atualmente, os Juízes
podem presidir inquéritos falimentares conjuntamente com o representante do
Ministério Público.
D)
Não é a única forma de investigação criminal, na medida em que podemos
considerar, na legislação, a existência dos inquéritos militares, CPIs e inquéritos
civis.
E)
É a única forma de investigação criminal, já que ao Juiz, atualmente, é vedada a
presidência de inquéritos falimentares.
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 4:
A respeito da sigilosidade do inquérito policial, podemos afirmar que:
21/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 5/5
A)
É vedado acesso aos autos de inquérito policial, inclusive, aos advogados que não
estejam formalmente constituídos, isto é munidos de procuração.
B)
Os autos de inquérito policial podem ser manuseados e vistos, somente pelas
Autoridades Oficiais, sem qualquer exceção.
C)
O acesso aos autos de inquérito policial é permitido aos advogados, mesmo que
sem procuração, quando não esteja decretado o sigilo oficial pela Autoridade
competente.
D)
Presta-se a fornecer a maior quantidade de dados possíveis à toda sociedade, por
isso, é vedada aos autos de inquérito policial.
E)
É inconstitucional, uma vez que o objeto do inquérito policial é matéria de ordem
pública.
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
21/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/5
1- PEÇAS INAUGURAIS DO INQUÉRITO POLICIAL
O Inquérito Policial pode ser instaurado através de:
a) Portaria – Quando instaurado ex-officio.
b) Auto de prisão em flagrante – qualquer espécie de infração penal (cognição
coercitiva)
c) Requerimento do Ofendido ou de seu representante - ação penal privada
ou pública incondicionada. Quando for pública condicionada, o requerimento será
recebido como representação.
d) Requisição do MP ou da Autoridade Judiciária – Nos casos de ação penal
pública incondicionada ou condicionada a representação.
e) Representação do Ofendido ou de seu representante legal – Nos casos
de ação penal pública condicionada.
2 – INDICIAMENTO
Trata-se da imputação da pratica de um ato ilícito penal sempre que houver
razoáveis indícios de sua autoria e materialidade. Declara-se o mero suspeito
como sendo o provável autor da infração penal.
O indiciado deverá ser interrogado pela Autoridade Policial, que poderá,para
tanto, conduzi-lo coercitivamente a sua presença no caso de descumprimento
injustiçado de intimação. O indiciado não está obrigado a responder as perguntas
e o delegado não é obrigado a nomear advogado na oportunidade do
interrogatório, mas somente permitir ao preso para que, querendo, entre em
contato com seu advogado. O interrogatório não precisa ser presenciado por
testemunha, mas seu termo deve conter a assinatura de duas testemunhas, do
delegado e do indiciado.
Se o interrogado não quiser, não puder ou não souber assinar tal circunstância
deverá ser consignada no termo (artigo 195º, CPP)
3 – ENCERRAMENTO
No encerramento não se coloca opiniões, nem julgamentos, porém, indica
testemunhas e diligências não realizadas. Justificando as razões da classificação
sem que o Ministério Público se vincule a esta, tão pouco ficará adstrito a
classificação criminal realizada.
4- PRAZO DO INQUÉRITO POLICIAL
Nos termos do artigo 10º, do CPP, quando o indiciado estiver em liberdade, a
autoridade policial deverá concluir as investigações no prazo de 30 (trinta) dias,
contados do recebimento da notitia criminis. O § 3º. do mesmo artigo permite a
prorrogação do prazo, desde que, o fato seja de difícil elucidação.
Mesmo que finalizado o Inquérito Policial, o Ministério Público poderá devolvê-lo
para novas diligências (artigo16º, CPP), o que deve ser aplicado em analogia ao
ofendido em ação de sua iniciativa.
21/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/5
Caso o juiz entenda que as diligências complementares são desnecessárias, não
pode indeferir a volta dos autos a polícia e ficaria sujeito ao Recurso de Correição
Parcial. o Procedimento correto, nesse caso, é o previsto no artigo 28º do CPP, ou
seja, o juiz deverá remeter os autos ao Procurador Geral de Justiça para que este
insista na diligência ou nomeie, desde logo, outro Promotor para oferecer a
denuncia. Obviamente, esta regra não se estende ao titular da Ação Privada, já
que não há qualquer motivo para que o juiz indefira o pedido de retorno dos autos
a delegacia de origem para novas diligências. Assim, em se tratando de Ação
Penal Pública, o juiz exerce uma função anormal: a de fiscal do Principio da
Obrigatoriedade da Ação Penal, o qual, não informa a Ação Penal Privada.
Se o indiciado estiver preso, o prazo para conclusão do Inquérito é de 10 (dez)
dias, contados da efetivação da prisão. tal prazo em regra, é improrrogável. Mas,
não configura constrangimento ilegal a demora razoável do procedimento, em
casos de diligências imprescindíveis ou presença de muitos réus.
Se for decretada a prisão temporária, o tempo de prisão será acrescido do prazo
para encerramento do Inquérito Policial (10 dias) para conclusão das
investigações.
Tratando-se de Inquérito instaurado a requerimento do ofendido para apuração de
crime de Ação Privada, uma vez concluídas as investigações, os autos serão
remetidos ao juízo competente, onde aguardarão o impulso de quem de direito.
Não há disposição legal sobre a necessidade de intimação do ofendido. Assim, é
conveniente que acompanhe o desenrolar das investigações a fim de observar o
prazo estabelecido no artigo 38 do CPP.
5 – ARQUIVAMENTO DO INQUÉRITO POLICIAL
O arquivamento do Inquérito Policial somente cabe ao juiz, a requerimento do
Ministério Público (artigo 28º. do CPP), que é o exclusivo titular da Ação Penal
Pública. O juiz não pode determinar, sem o requerimento do Ministério Público, o
arquivamento do Inquérito Policial, se o fizer, da decisão caberá recurso de
Correição Parcial.
O despacho de arquivamento é irrecorrível. Cabe ressalvar os crimes contra
economia popular (Lei nº1.571/51) nesses casos, da decisão cabe Recurso Oficial.
E, também, no caso das contravenções previstas nos artigos 58 e 60 do DEC Lei
nº 6.259/44, nesses casos, da decisão caberá Recurso em Sentido Estrito. 
A decisão de arquivamento com fundamento na ausência de provas não faz coisa
julgada, já que o procedimento poderá ser reaberto. No entanto, a decisão de
arquivamento que decidir no mérito, como por exemplo, reconhecer a atipicidade
do fato, não permite a reabertura do Inquérito Policial.
Nos casos de Ação Penal Privada, não há necessidade do ofendido solicitar o
arquivamento do Inquérito, se, porventura, entender que não há elementos para
dar inicio ao processo, basta deixar que o prazo decadencial transcorra sem o
oferecimento da Queixa-Crime.
Exercício 1:
21/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/5
 O requerimento do ofendido para fins de instauração do inquérito policial será
recebido como representação, nos seguintes casos:
A)
Ação penal pública incondicionada.
.
B)
Ação penal privada.
C)
Ação penal pública condicionada à representação.
D)
Ação penal Pública movida pelo Ministro da Justiça.
E)
Ação penal pública, quando a vítima for menor de 14 anos
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 2:
A declaração do mero suspeito como sendo provável autor da infração penal é
feita, mediante:
A)
Interrogatório.
B)
Ação penal.
C)
Sentença
D)
21/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/5
Sentença de pronúncia
E)
Indiciamento.
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 3:
O termo de encerramento do inquérito policial deverá conter:
A)
a tipificação correta do crime apurado, sob pena de nulidade do procedimento.
B)
a indicação de diligencias realizadas ou não e as testemunhas ouvidas.
C)
a transcrição do inteiro teor do interrogatório prestado pelo acusado.
D)
a tipificação do crime, ficando o Ministério Público limitado à mesma.
E)
relatório, detalhado, de todos os fatos ocorridos e tipificação correta do delito a
ser discutido na ação penal.
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 4:
O termo de encerramento do inquérito policial deverá conter:
A)
a tipificação correta do crime apurado, sob pena de nulidade do procedimento.
21/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 5/5
B)
a indicação de diligencias realizadas ou não e as testemunhas ouvidas.
C)
a transcrição do inteiro teor do interrogatório prestado pelo acusado.
D)
a tipificação do crime, ficando o Ministério Público limitado à mesma.
E)
relatório, detalhado, de todos os fatos ocorridos e tipificação correta do delito a
ser discutido na ação penal.
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
21/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/7
01 – DIREITO DE AÇÃO
O instituto da ação, na teoria geral do processo, deve ser estruturado no que lhe é básico e essencial, na
teoria geral do processo. A ação é um direito subjetivo processual que surge em razão da existência de
um litígio, seja civil ou penal.
Ante a pretensão insatisfeita de que o litígio provém, aquele cuja exigência ficou desatendida propõe a
ação, a fim de que o Estado, no exercício da Jurisdição, faça justiça, compondo, segundo o direito
objetivo, o conflito intersubjetivo de interesses em que a lide se consubstancia.
Abolida a autodefesa, ou seja, a resolução privada dos conflitos de interesses, cabe ao Estado a função
jurisdicional de dar a cada um o que é seu, aplicando o direito objetivo à situação conflituosa.
Para poder exercer a função de administrar a justiça, um dos fins do Estado, este põe a disposição de
todos os órgãos promovê-la, uma vez que o Estado proibiu aos particulares a realização da justiça com
as próprias mãos.
O particular, ou seja, qualquerpessoa, tem o direito de invocar a prestação jurisdicional do Estado já
que a este cabe administrar a justiça.
Destaca-se, assim, diante do inciso XXXV, do artigo 5º, da Constituição Federal, a função jurisdicional
do Estado, na medida em que visa aplicar a lei a uma hipótese controvertida mediante processo regular,
produzindo, afinal, coisa julgada, com o que substitui, definitivamente a vontade das partes.
Esse direito à prestação jurisdicional estende-se também ao Estado- Administração quando a este não é
permitido a auto-execução de determinados atos e funções, como ocorre, por exemplo, com o direito de
punir.
O direito de punir, jus puniendi, que é de natureza administrativa, mas de coação indireta diante da
limitação da autodefesa estatal, obriga o Estado Administração a comparecer perante o Estado Juiz para
propor a ação penal para que seja ele realizado. A ação é, assim, um direito de natureza pública, que
pertence ao indivíduo, como pessoa, e ao próprio Estado, enquanto administração, perante os órgãos
destinados para tal fim.
02- TEORIA SOBRE O DIREITO DE AÇÃO
Há várias teorias para fins de definição da natureza jurídica do direito de ação.
Numa concepção tradicional, advinda do direito romano, Coutoure afirmava que a ação seria o próprio
direito material, substancial, reagindo contra ação ou violação, seria o próprio direito em movimento.
Savigny afirmava que a ação e direito material constituíam uma só e mesma coisa; o direito de agir,
além de não ser autônomo, se constituiria em um direito de ordem privada, uma relação entre as partes
em razão de um negócio jurídico.
Esse conceito privativista da ação passou porém a ser veementemente combatido com a polêmica de
Windscheid e Muther. Windscheid passou a afirmar que a ação não é um direito exigido em juízo, mas o
poder de exigir algo de outrem, o poder de pretender alguma coisa de alguém, criando assim o conceito
de pretensão.
De outro lado, Muther mostrou a distinção entre o direito lesado e o direito de agir. Segundo ele, a ação,
mesmo no direito romano não consistia um direito do autor contra o réu, mas um verdadeiro direito
21/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/7
contra o Estado. É o direito de reclamar, de exigir do Estado-Juiz para que este torne respeitado o direito
violado. O Estado, iniciada a ação, é quem tem direito contra o réu.
Chiovenda trouxe, então, a teoria de que a ação é um direito potestativo, ou seja, o poder jurídico de
realizar as condições para atuação da lei, ou seja, de influir, com a própria manifestação de vontade,
sobre a situação de outro sujeito, sem o concurso de vontade deste. A ação seria, assim, um direito
potestativo, exercido em relação ao adversário, que nada pode fazer para impedi-lo, visando à produção
de efeitos jurídicos.
Por fim, Degenkolb e Plóz estruturaram a teoria da ação como direito abstrato, ou seja, um poder
jurídico independente do fundamento ou da falta de fundamento da pretensão. Nesse sentido, não
importa a existência ou não do direito material, o réu não pode impedir que o autor ingresse em juízo
com ação, o direito de ação é independente do direito material, que pode existir ou não quando proposta
a ação.
Atualmente, esta é a doutrina mais aceita, em que pesem as críticas quanto ao termo “abstrato” para
designar poder jurídico, independente de fundamento ou falta de fundamento da pretensão.
03 – CARACTERÍSTICAS E CONCEITO
O direito de ação é autônomo, porque não se confunde com o direito subjetivo material que ampararia a
pretensão deduzida em juízo, pois, se fosse assim, não se poderia compreender como sendo direito de
ação o que foi, ao final, julgado improcedente.
A ação tem um conteúdo próprio e totalmente diverso do direito material a que esta ligado. Entende-se
como sendo o destinatário da ação não o sujeito passivo, mas sim, o Estado, representado pelo órgão
judiciário, a quem se endereça o pedido sobre a pretensão.
O direito de ação é abstrato, na medida em que independe do resultado final do processo, de que o autor
tenha ou não razão, ou de que obtenha ou não êxito no que pretende.
O direito de ação é instrumental, na medida em que possui por finalidade atingir a jurisdição por meio
do processo para composição da lide. Esse direito instrumental, porém, só existe porque é conexo ao
caso concreto, pois ingressa-se em juízo pretendendo algo específico.
A ação é um direito subjetivo, pois seu titular pode exigir do Estado-Juiz a prestação jurisdicional e é
um direito público, pois serve para a aplicação do direito público que é o de provocar a atuação
jurisdicional.
04 – CONDIÇÕES DA AÇÃO
Considerando que o direito agir é conexo a uma pretensão e, portanto, ligado a uma situação jurídica
concreta, subordina-se ele a condições. As condições da ação se relacionam com a pretensão a ser
julgada e devem ser apreciadas antes do julgamento sobre procedência ou improcedência, são elas:
- possibilidade jurídica do pedido;
- interesse de agir (legítimo interesse);
- legitimidade de parte (legitimação para agir)
A possibilidade jurídica do pedido se refere à providencia admitida pelo direito objetivo. Somente
quando o direito objetivo material admitir o pedido é que alguém poderá ser titular do direito de ação.
Temos que o artigo 295, parágrafo único, III, do Código de Processo Civil, considera inepta a petição
inicial quando o pedido for juridicamente impossível.
21/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/7
O interesse de agir consiste na formulação de uma pretensão necessária e adequada à satisfação do
interesse contido no direito subjetivo de que se diz titular. Por isso, se diz que são os requisitos para
existência do interesse de agir: necessidade e adequação.
A necessidade se refere à utilização das vias jurisdicionais e a adequação do provimento e do
procedimento.
A legitimidade de parte (legitimação para agir ou legitimatio ad causam) possui fundamento no artigo
6º, do Código de Processo Civil, o qual determina que ninguém poderá pleitear em nome próprio direito
alheio, salvo quando autorizado por lei.
05 – CONCEITO
Considerando os conceitos, características e condições da ação, temos, agora, que conceituar “ação
penal”. Considerando que o direito de punir é aplicado pelo Estado, a ação penal consiste na atuação
correspondente ao direito à jurisdição, que se exercita perante os órgãos da Justiça Criminal, ou seja, é o
direito de invocar o Poder Judiciário para aplicar o direito penal objetivo.
A natureza jurídica da ação penal não se diferencia em qualquer aspecto da natureza jurídica da ação
civil, sendo que seu pressuposto é o litígio, ou a pretensão insatisfeita surgida com a prática de um
ilícito penal.
06- CONDIÇÕES
O artigo 43, III, do Código de Processo Penal, exige, para o recebimento da denúncia ou queixa, a
presença das condições exigidas pela lei, ou seja, condições genéricas e específicas para o exercício
desse direito, inclusive, no campo penal.
As condições gerais, de admissibilidade do julgamento da lide, denominadas condições da ação, são as
mesmas do direito de ação civil, quais sejam, possibilidade jurídica do pedido, interesse de agir e
legitimação ad causam. As condições especiais são exisgidas pelas peculiaridades que apresenta o
funcionamento da justiça penal, conforme a espécie da ação penal. Ambas, gerais e especiais, compõem
as chamadas condições de procedibilidade.
Em primeiro lugar, exige-se a possibilidade jurídica do pedido, ou seja, é necessário que seja
admissível, em tese, o direito objetivo-material reclamado no pedido de prestação jurisdicional penal. O
pedido é impossível quando não se pode instaurar ação penal se o fato narrado na denúncia não
constituir crime – artigo 43, I, CPP – no mesmo sentido, não se pode pedir a imposição de pena a caso
que não possui correspondência legalcomo sendo crime.
Há legitimação para agir quando a parte é titular de um dos interesses do litígio. Na ação penal, a parte
legítima, como sujeito ativo, é apenas o Estado- Administração, único titular do direito de punir.
No entanto, a lei, em algumas situações, outorga o direito de exercer a ação ao ofendido na ação
privada. Nesses casos, ocorre legitimação extraordinário ou substituição processual, em que a lei
autoriza alguém a propor a ação em nome próprio na defesa de interesse alheio, no caso do Estado.
Outrossim, deve-se observar a legitimidade passiva para configurar no pólo da ação, sendo que esta
deve ser proposta em face do autor do fato. Evidentemente, que falta legitimação quando a denúncia
imputa crime à testemunha, à menor, à parlamentar em gozo das imunidades.
Há parte da doutrina que menciona as condições negativas da ação, tais como, coisa julgada, decadência
e renuncia, porém, essas condições podem ser consideradas como pressupostos processuais.
07- CONDIÇÕES OBJETIVAS DE PUNIBILIDADE
21/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/7
Não há disposição expressa na lei brasileira a respeito das chamadas condições objetivas de
punibilidade. Há casos, porém, em que a punibilidade, por razões de política criminal, esta na
dependência do aperfeiçoamento de elementos ou circunstancias não encontradas na descrição típica do
crime e exteriores à conduta.
Tratam-se das chamadas condições objetivas porque independem, para serem considerados como
condições para a punibilidade, de estarem cobertadas pelo agente. Deve-se entender que, constituindo-
se a condição objetiva de punbilidade de acontecimento futuro e incerto, não coberto pelo dolo do
agente, é ela exterior ao tipo e, em conseqüência, ao crime.
São exemplos de condições objetivas de punibilidade: sentença declaratória de falência nos crimes
falimentares, nas quais a ação é anterior à decisão, desde que a conduta típica não tenha sido causa da
quebra; a circunstancia do fato ser punível no país em que foi praticado e estar incluído entre aqueles
pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição nos crimes praticados fora do território nacional (artigo
7º, p. 2º, b e c, do CP).
A inexistência de condição objetiva de punibilidade impede a instauração da ação penal mas, proposta
esta, há decisão de mérito.
Não se confundem as chamadas escusas absolutórias, em que não se impõe a pena em casos especiais
por circunstancias especiais do agente ou em decorrência de seu comportamento posterior, tal como é
previsto nos artigos 181, incisos I e II, e 348, p. 2º, imunidades referentes aos crimes contra o
patrimônio e favorecimento pessoal, respectivamente.
08 – CONDIÇÕES DE PROCEDIBILIDADE
As condições de procedibilidade são as que condicionam o exercício da ação penal, possuem caráter
processual e atêm somente à admissibilidade da persecução penal.
São condições de procedibilidade: a entrada do agente no território nacional no caso de crime praticado
no exterior – artigo 7º, p. 2º, a, do CP – requisição do Ministro da Justiça nos crimes contra honra
previstos no Código Penal contra o Presidente da República ou contra chefe de governo estrangeiro –
artigo 145, parágrafo único, do CP – a representação do ofendido em determinados crimes – artigos
130, 140, c.c. 141, II, 147, 151, do CP – o transito em julgado da sentença em que ocorreu falso
testemunho ou falsa perícia para se instaurar inquérito policial e ação penal contra o autor desse delito.
As condições de procedibilidade podem atuar sobre o mérito, sobre a ação ou sobre o processo, tudo
dependendo dos efeitos que a lei lhes der, o momento em que são reconhecidas pelo juiz ou em razão de
outras circunstancias. A falta de representação do ofendido, por exemplo, dá causa à absolvição na
ocasião do recebimento da denúncia ou na ocasião do prolatação da sentença de mérito e, na ausência
desta, declarar extinta a punibilidade.
09- PRESSUPOSTOS PROCESSUAIS
Os pressupostos processuais dizem a respeito da existência do processo e à validade da relação
processual.
Ou seja, para que exista, juridicamente, um processo penal, se faz necessária uma demanda onde se
exteriorize uma pretensão punitiva ou de liberdade, um órgão investido de jurisdição e partes que
tenham personalidade jurídica processual válida são: correta propositura da ação, feita perante
autoridade jurisdicional, por uma entidade capaz de ser parte em juízo.
De outro lado, mencionam-se os pressupostos de validade do processo que inexistem quando há vício
ou defeito de atos processuais. Refere-se à doutrina, como exemplos: falta de pressuposto de validade,
21/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 5/7
litispendência, coisa julgada, perempção, ausência de tentativa de conciliação.
10- CLASSIFICAÇÃO
Diante de seu conteúdo e, seguindo a Teoria Geral do Processo, as ações distinguem-se em:
conhecimento – declaratória, constitutiva e condenatória – cautelares e ações executivas.
A ação penal de conhecimento é aquela em que a prestação jurisdicional consiste numa decisão sobre
situação jurídica disciplinada no Direito Penal.
São exemplos de ação penal declaratória: hábeas corpus preventivo, em que o pedido é de declarar a
existência de uma ameaça à liberdade de locomoção.
Trata-se de ação penal constitutiva aquela destinada a criar, extinguir ou modificar uma situação jurídica
sob a regulamentação do direito penal ou formal, apontam-se como exemplos as referentes ao pedido de
homologação de sentença penal estrangeira e o de revisão criminal (que é uma rescisória no campo
penal)
No que se refere à ação penal condenatória, destacadamente a mais relevante no campo penal, é a que
tem por objetivo o reconhecimento de uma pretensão punitiva ou aplicação de medida de segurança,
para que seja imposto ao réu o preceito sancionador da norma incriminadora.
A ação penal executiva ocorre quando há execução de pena de multa (164 e 170, da LEP). Prevalece o
entendimento doutrinário de que a execução das demais penas é feita de oficio, sem citação e, portanto,
não há que se falar, nessas hipóteses, em ação executiva, mas de prolongamento da ação penal
condenatória.
A ação cautelar, em que há a antecipação provisória das prováveis conseqüências de uma decisão de
ação principal em que se procura afastar o periculum in mora assegurando-se a eficácia futura desse
processo, possui, como exemplos: perícia complementar – artigo 168, CPP – prisão preventiva – artigo
311, CPP.
Outra classificação empregada à ação penal leva em consideração o titular do direito de agir, tendo
assim, a seguinte classificação: ação penal pública e ação penal privada. A primeira é, também,
classificada em pública condicionada à representação e incondicionada. Essa classificação será tratada
nas aulas seguintes.
 
 
Exercício 1:
O direito de ação é instrumental, pois:
A)
Seu conteúdo é totalmente diverso do direito material a que esta ligado.
B)
independe do resultado final do processo.
21/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 6/7
C)
possui por finalidade atingir a jurisdição por meio do processo.
D)
seu titula pode exigir do Estado Juiz a prestação jurisdicional.
E)
independe do interesse das partes
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 2:
O direito de ação é abstrato, pois:
A)
Seu conteúdo é totalmente diverso do direito material a que esta ligado.
B)
independe do resultado final do processo.
C)
possui por finalidade atingir a jurisdição por meio do processo.
D)
seu titular pode exigir do Estado Juiz a prestação jurisdicional.
E)
independe do interesse das partes
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 3:
21/10/2020UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 7/7
Supondo que o fato descrito na denúncia não constitua crime, poderemos dizer
que:
A)
Inexiste possibilidade jurídica do pedido.
B)
Inexiste interesse de agir.
C)
Inexiste legitimação ad causam
D)
Os elementos da ação serão, necessariamente, todos, nulos, de pleno direito.
E)
O mérito da demanda será, necessariamente, apreciado pelo Poder Judiciário
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
21/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/7
 
AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA
 
Conceito
 
É aquela cujo exercício se subordina a uma condição.
 
Essa condição pode ser a manifestação da vontade do ofendido, do representante
legal ou do Ministro da Justiça.
 
Mesmo nesses casos a ação penal continua sendo pública, exclusiva do Ministério
Público, cuja atividade fica apenas dependendo de uma dessas condições (art. 24,
CPP, art. 100, §1º, CP)
 
Os casos sujeitos à representação e à requisição estão expressos na lei.
 
Ação Penal Pública condicionada à representação
 
O Ministério Público só pode dar inicio a esta ação se a vítima ou o representante
legal o autorizarem por meio da manifestação de vontade. Em virtude disse, tratam-
se de crimes que afetam profundamente a esfera íntima do individuo. Inexistindo
permissão da vítima, nem sequer será possível a instauração do inquérito policial
(art. 5º, §4º, CR/88)
 
Todavia, uma vez iniciada a ação penal, o Ministério Público a assume
incondicionalmente, a qual passa a observar o principio da indisponibilidade da ação
penal.
 
 
 
Natureza Jurídica da representação
 
21/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/7
Trata-se de condição objetiva de procedibilidade. Sem a representação do ofendido
ou, quando for o caso, sem a requisição do Ministro da Justiça, não se pode dar
inicio à persecução penal. São requisitos especiais, exigidos por lei ao lado daqueles
gerais a todas as ações para que se possa exigir a prestação jurisdicional.
 
O não exercício do direito de representação acarreta a extinção da punibilidade (art.
107, IV, CP)
 
 
 
Titular do direito de representação
 
Se o ofendido tiver menos de 18 anos ou for mentalmente enfermo, o direito de
representação cabe exclusivamente a quem tenha qualidade para representa-lo.
 
Pode também ser exercido por procurador com poderes especiais (art. 39, CPP).
 
No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, o
direito de representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão
(art. 24, §1º, CPP).
 
Se o ofendido for incapaz e não possuir representante legal, o juiz, de ofício ou a
requerimento do Ministério Público, nomeará um curador especial para analisar a
conveniência de oferecer representação. Esse mesmo procedimento será aplicado
caso o interesse do representante colidirem com o interesse do incapaz (art. 33,
CPP)
 
 
 
Prazo
 
O prazo para o exercício da representação esta previsto no art. 38, CPP. Isto é seis
meses, contados do dia em que vier a saber quem é o autor do crime ou, em caso
de ação penal subsidiária, do dia em que se esgotar o prazo para oferecimento da
denúncia.
 
21/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/7
É prazo decadencial, por isso não se suspende nem se prorroga.
 
Em se tratando do menor de 18 anos ou, se maior possuidor de doença mental, o
prazo não fluirá para ele enquanto não cessar a incapacidade, assim, não se pode
falar em decadência de um direito que não se pode exercer. Contudo, o prazo flui
para o representante legal, desde que ele saiba quem é o autor do delito.
 
A doutrina defende que existem dois prazos: o do representante legal, que se inicia
a partir do conhecimento da autoria e do menor, que só começa correr a partir do
dia que completar 18 anos.
 
No caso de morte ou ausência judicialmente declarada do ofendido, o prazo, caso a
decadência ainda não tenha se operado, começa a correr da data em que o cônjuge,
ascendente, descendente ou irmão tomarem conhecimento da autoria (art. 38,
parágrafo único, CPP).
 
Vale observar que a representação não possui forma especial.
 
 
 
Destinatários
 
Pode ser dirigida ao juiz, ao representante do Ministério Público ou à autoridade
policial. Se presentes todos requisitos indispensáveis à propositura da ação penal, o
Ministério Público poderá oferecer denúncia, inclusive, dispensando o inquérito
policial.
 
 
Irretratabilidade
 
Após o oferecimento da denúncia a representação é irretratável.
 
A retratação só pode ser feita antes de oferecida a denúncia e pela mesma pessoa
que representou.
21/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/7
 
Em pese posições contrárias na doutrina, a jurisprudência entende possível a
retratação da retratação, isto é o desejo do ofendido abrir mão da retratação.
 
 
 
Não vinculação
 
A representação não obriga o Ministério Público a oferecer a denúncia, devendo este
analisar se é ou não o caso de propor a ação penal, podendo concluir tanto pela
instauração, arquivamento ou retorno para diligências do inquérito policial. Além do
que não esta vinculado à definição jurídica do fato constante na representação.
 
 
 
Ação Penal Pública condicionada à requisição do Ministro da Justiça
 
A requisição é um ato político, tendo em vista que há certos crimes em que a
conveniência da persecução penal esta subordinada a essa conveniência política.
 
 
 
- Hipóteses de requisição: crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do
Brasil (art. 7, §3º, CP); crimes contra honra cometidos contra chefe de governo
estrangeiro (art. 141, I, c/c art. 145, CP); crimes praticados contra Presidente da
República (art. 141, I, c/c art. 145, CP).
 
- Prazo para oferecimento da requisição: A lei é omissa. Entende-se que pode ser
oferecida a qualquer tempo.
 
- Retratação da requisição: Não deve ser admitida.
 
- Vinculação da requisição: não obriga o Ministério Público a oferecer denúncia. A
requisição é uma autorização política para o Ministério Público desempenhar este
papel.
21/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 5/7
- Destinatário da requisição: é o Ministério Público.
Exercício 1:
"Toda Ação Penal é pública, em princípio, pois é ela um direito subjetivo perante o
Estado-Juiz. A distinção que se faz de ação pública e ação privada se estabelece
em razão da legitimidade para agir: se é promovida pelo próprio Estado-
Administração, por intermédio do Ministério Público, é ela ação penal pública; se
a lei defere o direito de agir à vítima, é ação penal privada."
 
Considerando a explicação acima, é correto afirmar:
A)
toda ação penal é pública, mesmo que a lei estabeleça a iniciativa do
particular 
B)
ação penal será pública ou privada conforme a vontade da vítima
C)
a lei estabelece sobre a iniciativa da ação penal, podendo ser pública ou privada.
D)
cabe ao Ministério Público decidir sobre a legitimidade para a propositura de ação
penal
E)
a ação penal será pública ou privada a critério do Juiz
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 2:
O artigo 24 do CPP, dispõe que: “Nos crimes de ação pública, esta será promovida
por denúncia ao Ministério Público, mas dependerá, quando a lei o exigir, de
requisição do Ministro da Justiça ou de representação do ofendido ou de quem
tiver qualidade para representá-lo”Ante a regra em pauta, é correto dizer:
A)
O Ministério Público não será titular da ação penal pública na hipótese de
representação do ofendido;
B)
O Ministério Público não será titular da ação penal pública na hipótese de
requisição do Ministro da Justiça;
21/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 6/7
C)
O Ministério Público é sempre o titular da ação penal pública
D)
O titular da ação penal pública é o Delegado de Polícia;
E)
O titualr da ação penal pública sempre será o Juiz de Direito.
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 3:
 A titularidade da ação penal pública é atribuída ao Ministério Público. Esta
afirmação possui amparo no principio:
A)
 da obrigatoriedade
B)
 da oficialidade
C)
 da indisponibilidade
D)
 da divisibilidade
E)
 do inquisitivo
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 4:
 Após instaurada ação penal, o Ministério Público não poderá desistir, conforme
previsto no artigo 42, do Código de Processo Penal. Essa assertiva possui
21/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 7/7
fundamento no principio.
A)
 da obrigatoriedade
B)
 da oficialidade
C)
 da indisponibilidade
D)
 da divisibilidade
E)
 da indivisibilidade
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
21/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/6
AÇÃO PENAL PÚBLICA CONDICIONADA
· Conceito
É aquela cujo exercício se subordina a uma condição.
Essa condição pode ser a manifestação da vontade do ofendido, do representante lega
ou do Ministro da Justiça.
Mesmo nesses casos a ação penal continua sendo pública, exclusiva do Ministér
Público, cuja atividade fica apenas dependendo de uma dessas condições (art. 24, CPP
art. 100, §1º, CP)
Os casos sujeitos à representação e à requisição estão expressos na lei.
· Ação Penal Pública condicionada à representação
O Ministério Público só pode dar inicio a esta ação se a vítima ou o representante legal 
autorizarem por meio da manifestação de vontade. Em virtude disse, tratam-se de crime
que afetam profundamente a esfera íntima do individuo. Inexistindo permissão da vítima
nem sequer será possível a instauração do inquérito policial (art. 5º, §4º, CR/88)
Todavia, uma vez iniciada a ação penal, o Ministério Público a assum
incondicionalmente, a qual passa a observar o principio da indisponibilidade da açã
penal.
 
· Natureza Jurídica da representação
Trata-se de condição objetiva de procedibilidade. Sem a representação do ofendido ou
quando for o caso, sem a requisição do Ministro da Justiça, não se pode dar inicio 
persecução penal. São requisitos especiais, exigidos por lei ao lado daqueles gerais 
todas as ações para que se possa exigir a prestação jurisdicional.
O não exercício do direito de representação acarreta a extinção da punibilidade (art. 107
IV, CP)
 
· Titular do direito de representação
Se o ofendido tiver menos de 18 anos ou for mentalmente enfermo, o direito d
representação cabe exclusivamente a quem tenha qualidade para representa-lo.
Pode também ser exercido por procurador com poderes especiais (art. 39, CPP).
No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão judicial, 
direito de representação passará ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão (ar
24, §1º, CPP).
21/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/6
Se o ofendido for incapaz e não possuir representante legal, o juiz, de ofício ou 
requerimento do Ministério Público, nomeará um curador especial para analisar 
conveniência de oferecer representação. Esse mesmo procedimento será aplicado cas
o interesse do representante colidirem com o interesse do incapaz (art. 33, CPP)
 
· Prazo
O prazo para o exercício da representação esta previsto no art. 38, CPP. Isto é se
meses, contados do dia em que vier a saber quem é o autor do crime ou, em caso d
ação penal subsidiária, do dia em que se esgotar o prazo para oferecimento d
denúncia.
É prazo decadencial, por isso não se suspende nem se prorroga.
Em se tratando do menor de 18 anos ou, se maior possuidor de doença mental, o praz
não fluirá para ele enquanto não cessar a incapacidade, assim, não se pode falar em
decadência de um direito que não se pode exercer. Contudo, o prazo flui para 
representante legal, desde que ele saiba quem é o autor do delito.
A doutrina defende que existem dois prazos: o do representante legal, que se inicia 
partir do conhecimento da autoria e do menor, que só começa correr a partir do dia qu
completar 18 anos.
No caso de morte ou ausência judicialmente declarada do ofendido, o prazo, caso 
decadência ainda não tenha se operado, começa a correr da data em que o cônjuge
ascendente, descendente ou irmão tomarem conhecimento da autoria (art. 38, parágraf
único, CPP).
Vale observar que a representação não possui forma especial.
 
· Destinatários
Pode ser dirigida ao juiz, ao representante do Ministério Público ou à autoridade policia
Se presentes todos requisitos indispensáveis à propositura da ação penal, o Ministér
Público poderá oferecer denúncia, inclusive, dispensando o inquérito policial.
 
· Irretratabilidade
Após o oferecimento da denúncia a representação é irretratável.
A retratação só pode ser feita antes de oferecida a denúncia e pela mesma pessoa qu
representou.
Em pese posições contrárias na doutrina, a jurisprudência entende possível a retrataçã
da retratação, isto é o desejo do ofendido abrir mão da retratação.
 
21/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/6
· Não vinculação
A representação não obriga o Ministério Público a oferecer a denúncia, devendo est
analisar se é ou não o caso de propor a ação penal, podendo concluir tanto pel
instauração, arquivamento ou retorno para diligências do inquérito policial. Além do qu
não esta vinculado à definição jurídica do fato constante na representação.
 
· Ação Penal Pública condicionada à requisição do Ministro da Justiça
A requisição é um ato político, tendo em vista que há certos crimes em que 
conveniência da persecução penal esta subordinada a essa conveniência política.
 
- Hipóteses de requisição: crime cometido por estrangeiro contra brasileiro fora do Bras
(art. 7, §3º, CP); crimes contra honra cometidos contra chefe de governo estrangeiro (ar
141, I, c/c art. 145, CP); crimes praticados contra Presidente da República (art. 141, I, c/
art. 145, CP).
- Prazo para oferecimento da requisição: A lei é omissa. Entende-se que pode se
oferecida a qualquer tempo.
- Retratação da requisição: Não deve ser admitida.
- Vinculação da requisição: não obriga o Ministério Público a oferecer denúncia. 
requisição é uma autorização política para o Ministério Público desempenhar este papel
- Destinatário da requisição: é o Ministério Público.
Exercício 1:
 Os princípios da ação penal pública são:
A)
obrigatoriedade, indisponibilidade, oficialidade, indivisibilidade e intranscedência
B)
obrigatoriedade, disponibilidade, oficialidade, indivisibilidade e intranscedência
C)
oportunidade, disponibilidade, oficialidade, indivisibilidade e transcedência
D)
21/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/6
oportunidade, disponibilidade, iniciativa da parte, indivisibilidade e transcendência
E)
oportunidade, indisponibilidade, iniciativa da parte, individualidade e
intranscendência.Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 2:
 Analise as proposições seguintes:
I- A lei processual penal tem aplicação imediata, alcançando, inclusive, os
processos em andamento.
II- A lei processual penal admite interpretação extensiva e aplicação analógica, bem
como o suplemento dos princípios gerais do direito
III- Na ação penal pública condicionada a representação do ofendido pode ser
retratada até o recebimento da denúncia.
IV- Na ação penal privada subsidária da pública, o Ministério Público pode aditar a
queixa, intervir em todos os termos do processo e interpor recurso.
V- No caso de morte do ofendido, somente o cônjuge tem direito de oferecer queixa
ou prosseguir na ação penal pública condicionada à representação.
As proposições corretas são apenas:
A)
I, II e III
B)
III, IV e V
C)
II, III e IV
D)
 I, IV e V
E)
21/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 5/6
I, II e IV
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 3:
 Assinale a alternativa que completa corretamente a lacuna da frase:
O principio da oportunidade _________________
A)
somente tem aplicação às ações penais públicas incondicionadas
B)
somente tem aplicação às ações penais de iniciativa privada ou públicas
condicionadas à representação
C)
somente tem aplicação às ações penais públicas condicionadas à representação.
D)
não se aplica ao processo penal
E)
é aplicado somente na fase de inquérito policial.
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 4:
 Se o órgão do Ministério Público, ao invés de apresentar denúncia, requerer o
arquivamento do inquérito policial ou quaisquer peças de informação, o juiz, no
caso de considerar improcedentes as razões invocadas,
A)
21/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 6/6
insistirá, junto ao Tribunal de Justiça do respectivo estado, no pedido de não
arquivamento.
B)
fará remessa do inquérito ou peças de informação ao Presidente do Tribunal de
Justiça do respectivo estado para apreciação deste.
 
C)
fará remessa ao Procurador Geral para o que a este aprouver em termos legais
D)
insistirá, junto ao Ministério Público do Estado, no pedido de arquivamento.
E)
remeterá para outro promotor de justiça
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
21/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 1/5
AÇÃO PENAL PRIVADA
· Conceito
É aquela em que o Estado, titular exclusivo do direito de punir transfere a legitimidad
para propositura da ação penal à vítima ou ao seu representante legal.
A principal distinção entre ação penal privada é pública reside justamente n
legitimidade. Mesmo na ação penal privada, o Estado continua sendo o único titular d
direito de punir e, portanto, da pretensão punitiva. Apenas por razões de política crimina
é que ele outorga ao particular o direito de ação. Portanto, trata-se de legitimaçã
extraordinária, ou substituição processual, pois o ofendido, ao exercer a queixa, defend
um interesse alheio (do Estado) em nome próprio.
· Titular
É o ofendido ou o seu representante legal (art. 100, §2º, CP; art. 30, CPP).
A denominação atribuída pela legislação consiste em querelante, para o ofendido 
querelado, para o réu.
Se o ofendido for menor de 18 anos, ou mentalmente enfermo, ou apresentar retard
mental, e não tiver representante legal, ou seu interesse colidir com o interesse d
representante legal, o direito de queixa poderá ser exercido por curado especial nomead
para o ato (art. 33, CPP).
No caso de morte do ofendido ou declaração de ausência, o direito de queixa, ou de da
prosseguimento à acusação, passa ao cônjuge, ascendente, descendente ou irmão (ar
31, CPP)
As fundações, associações e sociedades legalmente constituídas podem promover açã
penal privada, devendo, entretanto, ser representadas por seus diretores ou pessoa
ndicadas em seu estatuto.
O Ministério Público não tem legitimidade para propositura da ação penal privada, pois 
ei legitimou a própria vítima.
· Princípios da Ação Penal Privada
a) Principio da oportunidade ou conveniência
O ofendido tem faculdade de propor ou não a ação penal de acordo com su
conveniência, ao contrário da ação penal pública. Diante disso, se a autoridade policial s
deparar com uma situação de flagrante delito de ação privada, ela só poderá prender 
agente se houver expressa autorização do particular (art. 5º, §5º, CPP).
b) Principio da disponibilidade
21/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 2/5
A decisão de prosseguir ou não até o final é do ofendido. É possível dispor do conteúd
do processo até o transito em julgado da sentença condenatória por meio do perdão o
da perempção (arts. 51 e 60, CPP).
c) Principio da indivisibilidade
Esta previsto no art. 48, CPP.
O ofendido pode escolher propor ou não a ação. Não pode, todavia, optar dentre o
ofensores que irá processar. Isto é, processa todos ou nenhum.
Do contrário restará configurada a renúncia tácita, com a consequente extinção d
punibilidade de todos demandados.
· Prazo da ação penal privada
Esta previsto no art. 38, CPP.
Será de seis meses, contados do dia em que souberem a autoria do crime.
Há exceções a esta regra:
a) Crime de induzimento a erro essencial e ocultação de impedimento: seis meses
contados a partir do transito em julgado da sentença que, por erro ou impedimento
anule o casamento (art. 236, parágrafo único, CP)
b) Nos crimes de ação privada contra a propriedade imaterial: trinta dias, contados d
homologação do laudo pericial (art. 529, CPP)
 prazo é decadencial, conforme art. 10, CP, computa-se o dia do começo e exclui-se o d
nal, não se prorroga em face do domingo, feriado ou férias.
o caso do ofendido menor de 18 anos, o prazo decadencial só se inicia no dia em qu
ompletar 18 anos e não no dia em que tomou conhecimento da autoria.
ratando-se de ação penal privada subsidiária, o prazo será de seis meses a contar d
ncerramento do prazo para o Ministério Público (art. 29, CPP)
a hipótese de crime continuado, o prazo incidirá isoladamente sobre cada crime
iciando-se a partir do conhecimento da respectiva autoria (despreza-se a continuidad
elitiva para esse fim).
o crime permanente, o prazo começa a partir do primeiro instante em que a vítima tomo
onhecimento da autoria, e não a partir do momento em que cessou a permanência (nã
e aplica, portanto, a regra do prazo prescricional).
os crimes habituais inicia-se a partir do último ato.
ale enfatizar que a instauração do inquérito policial não interrompe o prazo decadencia
or isso o ofendido deverá atentar-se ao prazo que possibilite a conclusão do inquérito e 
ferecimento da queixa no prazo legal.
21/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 3/5
Exercício 1:
 Assinale a opção correta acerca da ação penal:
A)
Se, em qualquer fase do processo, o juiz reconhecer extinta a punibilidade, deverá
aguardar o requerimento do MP, do querelante ou do réu, apontando a causa de
extinção da punibilidade para poder declara-la.
B)
A renúncia ao exercício do direito de queixa, em relação a um dos autores do crime,
não se estende aos demais.
C)
A queixa contra qualquer dos autores do crime obrigará ao processo de todos, e o
Ministério Público velará pela sua indivisibilidade
D)
O perdão concedido a um dos querelados aproveitará a todos, inclusive o querelado
que o recusar.
E)
A lei não admite a possibilidade do exercício do direito de representaçãopelo
representante legal nos casos de ação penal pública condicionada.
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 2:
 Nos crimes de ação penal privada, se comparecer mais de uma pessoa com direito
de queixa, terá preferência, numa ordem legal estabelecida pelo art. 31, CPP:
A)
o parente mais próximo na ordem de vocação sucessória.
B)
21/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 4/5
o cônjuge, que poderá prosseguir na ação.
C)
a figura do ascendente, em face dos vínculos fraternos
D)
 a figura do descendente, com o direito de apenas prosseguir.
E)
 o representante legalmente constituído para tal fim.
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 3:
 Assinale a alternativa correta, considerando a hipótese de ter havido falecimento
do querelante durante o andamento da ação penal privada, antes da sentença.
A)
A companheira, embora vivesse em união estável com o falecido, não tem
legitimidade ativa para prosseguir na ação
B)
A companheira, que vivia em união estável com o falecido, tem legitimidade ativa
para prosseguir na ação.
C)
O falecimento do querelante acarreta, necessariamente, o trancamento da ação
penal privada.
D)
O falecimento do querelante só acarreta o trancamento da ação penal privada se o
querelado assim o requerer.
E) 
Comentários:
21/10/2020 UNIP - Universidade Paulista : DisciplinaOnline - Sistemas de conteúdo online para Alunos.
https://online.unip.br/imprimir/imprimirconteudo 5/5
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários 
Exercício 4:
 Airton ajuíza contra Roberto uma queixa-crime. Designada audiência, e intimado
pessoalmente para depoimento pessoal, o querelante, imotivadamente, deixa de
comparecer, sequer tendo comunicado a ausência a seu advogado, também
ausente. Para a extinção da punibilidade de Roberto, o juiz considerará:
 
A)
houve renúncia de Airton
B)
ocorreu perdão judicial
C)
houve perempção
D)
configurou-se preclusão consumativa
E)
houve prescrição
Comentários:
Essa disciplina não é ED ou você não o fez comentários

Continue navegando