Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Patologia do Sistema Respiratório Pamela Barbieri – T23 – FMBM Profª Dra. Cristiane Tefé Grupo heterogêneo de distúrbios caracterizados por inflamação do tecido conjuntivo pulmonar → interstício periférico nas paredes alveolares. Compreende 15% das doenças pulmonares não infecciosas distais. Sintomatologia: dispneia, taquipneia, ruídos respiratórios. *granulomatosas não caseosas. Doenças fibrosantes: Fibrose pulmonar idiopática, pneumonia intersticial inespecífica, pneumonia organizada - BOOP e pneumoconioses. - PADRÃO Pneumonia intersticial usual (PIU). Ciclos repetidos de ativação/lesão epitelial por agente não identificado. Inflamação é mediada por Th2, TGF-beta1. Característica da fibrose em favo de mel. Áreas mais claras correspondente a fibrose, aumentando rigidez do parênquima. Na microscopia vê-se muita deposição de colágeno e destruição do parênquima pulmonar: Patologia do Sistema Respiratório Pamela Barbieri – T23 – FMBM Profª Dra. Cristiane Tefé Depósito de colágeno no interstício. Formação de faveolamento, devido a lesão de P1 pelos macrófagos e P2 se prolifera. ▪ Pneumonia intersticial inespecífica: Doença pulmonar intersticial difusa e etiologia desconhecida. (Não tem características que se observa da fibrose pulmonar idiopática). Padrões celulares e fibrosantes. Inflamação leve: linfócitos, plasmócitos. Interstício com área de fibrose, sem característica de aspecto de mel. Processo geralmente irregular, mas pode ter áreas uniformes. Acomete pacientes mais jovens, está associada a doenças de colágenos, resposta mais eficiente a corticoterapia. A patogênese ainda está em discussão. ▪ Pneumonia organizada criptogênica – Bronquiolite obliterante com pneumonia em organização (BOOP): Etiologia desconhecida com aspectos de pneumonia. As lesões histopatológicas apresentam-se por proliferações de tecido conjuntivo solto (corpos de Masson) dentro de ductos alveolares, associada a inflamação crônica dos alvéolos e indícios de obstrução das vias aéreas. Patologia do Sistema Respiratório Pamela Barbieri – T23 – FMBM Profª Dra. Cristiane Tefé Áreas de fibrose corpos de Masson. Espaço alveolar substituído por bolas de fibroblastos e colágeno. Corpos de Masson. ▪Pneumoconioses: Reação pulmonar não neoplásica à inalação de poeiras minerais em local de trabalho. → Poeiras mineiras: de carvão, sílica, asbestos, berílio, óxido de ferro. estânio... Aspectos a serem levados em consideração: quantidade de poeiras minerais, tamanho, forma das partículas, solubilidade da partícula e se paciente é tabagista. As partículas maiores se instalam nos brônquios e bronquíolos e as menores chegam no espaço alveolar, induzindo a respostas diferentes. Antracoese: lesão pulmonar induzida por carvão. Mineradores de carvão, zonas urbanas e tabagistas. Patologia do Sistema Respiratório Pamela Barbieri – T23 – FMBM Profª Dra. Cristiane Tefé Pneumoconose dos mineradores de carvão: antracose assintomática; PMC simples: pouca disfunção pulmonar. PMC complicada: função pulmonar comprometida devido a fibrose maciça e progressiva. Além da antracose, ocorre fibrose. Pigmento dentro macrófagos. Devido a grande quantidade, fica também depositado no parênquima. Silicose: Doença crônica do pulmão caracterizada pelo desenvolvimento de nódulos pulmonares progressivos e fibrose pulmonares progressivos e fibrose pulmonar após inalação de sílica na forma livre. É a doença ocupacional crônica mias prevalente no mundo. Pode estar associada a muitas profissões: mineradores, trabalhos com vidro, cerâmica, areia, pedreiras, abrasivos, etc). A forma mais abundante de sílica na forma cristalina é o quartzo. Patologia do Sistema Respiratório Pamela Barbieri – T23 – FMBM Profª Dra. Cristiane Tefé Patogenia: Sílica no interior dos macrófagos → IL-1, TNF, EROs, fibronectina → fibrose. Nódulos silicóticos. Microscopia: Formação de coalescência de colágeno – nódulo silicótico. Luz polarizada: grande quantidade de partículas (áreas claras). Asbestos: São uma família de silicatos cristalinos: formam fibras. 2 formas: serpentina (indústria) e anfíbolo (tumores). Patologia do Sistema Respiratório Pamela Barbieri – T23 – FMBM Profª Dra. Cristiane Tefé Interação dos macrófagos com as fibras: resposta inflamatória intersticial e fibrose. Podem agir como iniciadores ou promotores de tumores. Sinergia com tabagismo: carcinoma de pulmão. Seta: corpos de asbestos dentro dos macrófagos. Corpo de asbesto associado a antracose. Patologias decorrentes dos asbestos: 1) placas pleurais localizadas; 2) derrames pleurais; 3) fibrose parenquimatosa (asbestose) 4) carcinoma pulmonar; 5) mesoteliomas; 6) outras neoplasias, como cólon e laringe. Patologia do Sistema Respiratório Pamela Barbieri – T23 – FMBM Profª Dra. Cristiane Tefé Placas pleurais associadas a asbestos. Geralmente são as manifestações mais comuns. Processo inflamatório tem papel importante no desenvolvimento de neoplasias. EROs pode levar a desenvolvimento de protoncogenes, que levam a sinalização da célula para sofrer proliferação. Os genes que inibem essa proliferação também estão mutados. • Doenças granulomatosas → Não caseosos. Sarcoidose Pneumonite por hipersensibilidade Sarcoidose: Caraterizada pela presença de granulomas não necrosantes em trajeto de linfáticos. Doença granulomatosa sistêmica de causa desconhecida. Patogênese: resposta celular a antígeno desconhecido. Fatores genéticos: HLA. Fatores ambientais: suspeita de microrganismos. Pode regredir ou evoluir para fibrose pulmonar. LTCD4+ Th1: IL-2, IFN, IL-8, TNF são os principais mediadores que levam ao granuloma. Patologia do Sistema Respiratório Pamela Barbieri – T23 – FMBM Profª Dra. Cristiane Tefé Áreas de granulomas. Apenas colágeno e céls. inflamatórias, não há necrose caseosa. Há presença de céls gigantes. Pneumonite por hipersensibilidade: Reação imunologicamente mediada, predominantemente intersticial, causada pela exposição prolongada a antígenos (poeiras orgânicas ou ocupacionais. Sinônimo de alveolite alérgica extrínseca: alvéolos. Inação de esporos de bactérias, fungos, proteínas animais, produtos bacterianos. Pulmão do fazendeiro: poeira do feno. Pulmão do criador de pombos: escretas, penas. Por inalação frequente de ar condicionado: bactérias. É uma doença imunologicamente mediada. Patogenia: MIP-1. Ativação de LT CD4 e CD8, hipersensibilidade tipo III; formação de granulomas, hipersensibilidade IV. Fibrose alveolar, presença de granulomas. Patologia do Sistema Respiratório Pamela Barbieri – T23 – FMBM Profª Dra. Cristiane Tefé Granuloma, presença de linfócitos, ao centro célula gigante multinucleada. Eosinofilia pulmonar: Infiltração de eosinófilos recrutados pela IL-5 (estimulada a partir da IL-4). Geralmente ocorre devido a ativação de uma resposta de padrão Th2. Processo de degranulação – atuam em diferentes locais, levando a aumento de liberação de muco, aumento de musculatura lisa... -Pneumonia eosinofílica com IR: febre, dispneia. -Eosinofilia pulmonar – Síndrome de Loeffler – céls. fifantes. -Eosinofilia tropical. -Eosinofilia secundária (parasitas, fungos e bactérias, alergias medicamentosas, asma, aspergilose. -Pneumonia eosinofílica crônica idiopática: LT nos espaços alveolares. Granulomas confluídos (caso mais grave). Patologia do Sistema Respiratório Pamela Barbieri – T23 – FMBM Profª Dra. Cristiane Tefé Proteinase alveolar: Doença rara caracterizada radiologicamente por opacificações pulmonares assimétricas e irregulares e histologicamente por acúmulo de surfactante nos espaços intra-alveolares e bronquiolares.
Compartilhar