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ESTUDO DIRIGIDO DE DOENÃ_AS CARDIOVASCULARES

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ESTUDO DIRIGIDO – DOENÇAS CARDIOVASCULARES
Profª Jamille Costa
DATA DE ENTREGA: 01/04/2020
Alunos : Élica Ferreira Santos
 Hugo Santana Nunes
 Monaliza de Oliveira Nascimento
· Qual a recomendação quando ao consumo de gordura saturada, mono e poli-insaturada nas enfermidades cardiovasculares? Exemplifique alimentos fontes e seus benefícios. 
 Indivíduos adultos que apresentam fatores de risco associados a doença cardiovascular como: hipertensão arterial sistêmica, diabetes, sobrepeso ou obesidade, circunferência da cintura aumentada*, hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia, síndrome metabólica*, intolerância a glicose ou aterosclerose significativa o consumo deve ser < 7% (VET). 
A substituição de SFA por Ácidos Graxos Monoinsaturados (MUFA) é recomendada por ocasionar melhora no perfil lipídico.
Estimular o consumo de ácidos graxos poli-insaturados Ômega-3 de origem vegetal, como parte de uma dieta saudável, pode ser recomendado para reduzir o risco cardiovascular, embora o real benefício dessa recomendação seja discutível e as evidências não sejam conclusivas.
A gordura saturada aumenta um pouquinho a fração do colesterol HDL, que passa pelos vasos realizando uma limpeza na área. Além disso, participa da produção de hormônios e do transporte de vitaminas lipossolúveis, como A, D, E e K. 
Gordura Saturada: Carnes vermelhas e brancas (principalmente gordura da carne e pele das aves), leite e derivados integrais (manteiga, creme de leite, iogurte, nata) e azeite de dendê.
Gordura Monoinsaturada: azeite de oliva, abacate, amendoim, nozes e óleo de canola. 
Gordura Polinsaturada: óleo de soja, girassol, canola, milho; em peixes como o atum, sardinha e em frutos do mar; nozes; sementes de abóbora e linha, dentre outros.
· Qual o ácido graxo que está associado ao risco de desenvolver DCV? Explique de que forma ele pode atuar.
O consumo de ácidos graxos saturados além do recomendado está relacionado com aumento de eventos cardiovasculares. A formação da placa de ateroma na parede dos vasos sanguíneos, bem como suas consequências clínicas (infarto do miocárdio e Acidente Vascular Encefálico [AVE]) associam-se intimamente com determinados fatores de risco cardiovascular, como hipercolesterolemia, hipertrigliceridemia, diminuição do HDL-c, hipertensão arterial sistêmica, diabetes mellitus e obesidade. Além disso, a aterosclerose caracteriza-se por um processo inflamatório crônico da parede vascular, e a elevação de marcadores inflamatórios séricos, como a proteína C-reativa, tem se associado a maior risco de eventos cardiovasculares. 
· Qual a posição da I Diretriz sobre o Consumo de Gorduras e Saúde Cardiovascular (2013) quando ao consumo de óleo de coco, manteiga, margarina e doenças cardiovasculares? 
O consumo de ácidos graxos trans proveniente de produtos industrializados deve ser mínimo possível, não ultrapassando 1% do VCT.
Em respeito à dislipidemia, sabe-se que gorduras sólidas saturadas ricas em ácido láurico resultam em perfil lipídico mais favorável do que uma gordura sólida rica em ácidos graxos trans. Não se recomenda coco e óleo de coco para tratamento de hipercolesterolemia, sendo necessários estudos adicionais para orientar seu uso em demais alterações metabólicas.
A relação do consumo de manteiga e colesterolemia é controverso; porém, de for moderado e dentro das recomendações de gordura saturada, poderá fazer parte da dieta.
O consumo de gordura interesterificada pode alterar lípides plasmáticos, e mais estudos são necessários para conclusões da ação dessa gordura sobre metabolismo dos humanos.
· Qual o papel das gorduras trans nas doenças cardiovasculares?
Gorduras trans não é recomendada em nenhuma quantidade.
Os ácidos graxos trans relacionam-se fortemente com o risco cardiovascular, especialmente em razão de aumentarem a concentração plasmática de colesterol e de LDL-c53,229-232, bem como possuem efeito adverso adicional, em razão de reduzirem a concentração plasmática de HDL-c, lipoproteína inversamente relacionada a eventos cardiovasculares. 
O consumo de ácidos graxos trans está relacionado com alteração no perfil lípico (aumento de colesterol total e LDL e diminuição de HDL).
· Qual a diferença entre gordura trans e interesterificada? Diante da sua resposta, você recomendaria manteiga ou margarina em casos de dislipidemia?
As gorduras interesterificadas podem ser produzidas industrialmente a partir de método enzimático ou químico, sendo este último o preponderante. A Interesterificação química é utilizada para modificar óleos e gorduras, aumentado o seu ponto de fusão, possibilitando a formação de uma gordura mais dura. Esse processo modifica as propriedades físicas de óleos por meio do rearranjo aleatório da distribuição de ácidos graxos no glicerol sem alterar a composição química do óleo utilizado inicialmente. Dessa forma, ocorre a introdução de ácidos graxos saturados na posição sn-2 do glicerol, e essa posição normalmente é ocupada por ácidos graxos insaturados em óleos vegetais. Porém suas ações não são totalmente elucidados, necessitando de mais estudos para uma melhor análise. 
A gordura trans normalmente produzida pelo processo industrial de hidrogenação de óleos vegetais, com o objetivo de torná-los sólidos mesmo em temperatura ambiente. Graças a suas características, ela pode ser utilizada na produção de diversos tipos alimentos industrializados (bolachas, sorvetes, pastéis, bolos, pães etc). O problema: evidências científicas e epidemiológicas comprovam que a gordura trans é muito prejudicial à saúde. Quando está presente nos alimentos, essa substância é absorvida pelo organismo, interferindo no seu metabolismo normal. Isso está diretamente relacionado com diversos tipos de doenças, como as cardiovasculares, obesidade, diabetes tipo 2 .
Não recomendaria nem manteiga nem margarina no tratamento de dislipidemia, evitaria gorduras industriais, que tenham processos e composição rica em sódio, conservantes, e fontes de gordura saturada, para que não agravasse o quadro, podendo evoluir para uma aterosclerose.
· Qual a recomendação de Trans pela IV Diretriz sobre dislipidemia e prevenção de aterosclerose?
Não há consenso em relação à quantidade máxima permitida na dieta, no entanto, recomenda-se que a ingestão de gordura trans deva ser menor que 1% das calorias totais da dieta.
· Qual a recomendação de ômega 3 pela Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemia e prevenção de aterosclerose (2017).
Em um estudo inicial, a suplementação com omega-3 foi relacionada com benefício clínico, mas recentes reanálises não confirmam o benefício dessa terapia na redução de eventos cardiovasculares, coronarianos, cerebrovasculares, arritmias ou mortalidade global. Assim, sua indicação na terapia de prevenção cardiovascular não está recomendada.
· Qual a recomendação de colesterol diária de acordo com a Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemia e prevenção de aterosclerose (2017)? 
O consumo alimentar de colesterol alimentar deve ser <300 mg/dia para auxiliar controle de colesterolemia.
· Em relação ao ovo, descreva o a recomendação da I Diretriz sobre o Consumo de Gorduras e Saúde Cardiovascular. 
O consumo do ovo deve ser moderado (até 1 por dia) para população em geral e restrito para diabéticos.
· O que são Fitoesterois, qual a recomendação e de que forma eles agem reduzindo os níveis de colesterol?
São substâncias gordurosas semelhantes ao colesterol, produzidas pelas plantas e presentes em óleos vegetais, sementes, grãos, frutas e hortaliças. Os fitoesteróis competem com o colesterol consumido na dieta e diminuem a absorção intestinal do colesterol ruim, o LDL. Os fitoesteróis também aumentam a excreção desse colesterol pelas fezes. tem-se recomendado o consumo diário de 1,3 a 2,0g de fitoesteróis por dia. 
· Descreva o efeito do psyllium, aveia e proteína de soja no perfil lipídico.
O consumo deles com uma alimentação saudável são fatores de prevenção para controle do colesterol. Eles são eficazes na redução das concentraçõesde LDL no sangue.
· De que forma os antioxidantes atuam na prevenção da aterosclerose? É recomendado a suplementação?
Antioxidantes presentes na dieta, podem potencialmente estar envolvidos na prevenção da aterosclerose por inibirem a oxidação das LDL, diminuindo sua aterogenicidade e, consequentemente , o risco de doenças arterial coronária.
· Qual o efeito do elevado consumo de frutose?
Estudos demonstram que o alto consumo de frutose, pela grande utilização de produtos industrializados ultraprocessados, pode estar relacionado ao aparecimento de doenças como obesidade, diabetes tipo 2, resistência à insulina, hipertensão, dislipidemias, cardiopatias, elevação dos triglicerídeos e esteatose hepática. O risco não está ligado à frutose de frutas ou sucos, mas no consumo excessivo de produtos industrializados
· De que maneira os flavanoides podem reduzir o aparecimento das DAC?
Os flavonóides são substâncias de grande importância para a saúde, principalmente no que diz respeito às suas propriedades antioxidantes. Vários estudos demonstram o efeito cardioprotetor dessas sustâncias fenólicas, refletido principalmente na redução da LDL-c e da peroxidação lipídica das lipoproteínas. No entanto, a quantidade e o tempo necessários de consumo de fontes de flavonóides para a obtenção dos efeitos benéficos desses compostos ainda são incertos, havendo necessidade de mais estudos para verificar-se o efeito do consumo regular, de uma possível suplementação e das fontes de flavonóides mais disponíveis ao consumo dos brasileiros, já que as principais fontes citadas na literatura (uva e chá) não fazem parte do nosso hábito alimentar.
· Porque a ingestão de bebida alcoólica não é recomendada em caso de hipertrigliceridemia? 
Porque a combinação de consumo excessivo de etanol e ácidos graxos saturados demonstra potencializar o aumento da concentração plasmática de triglicérides.

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