EDUCAÇÃO INFANTIL

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FACINTER - FACULDADE INTERNACIONAL DE CURITIBA
CURSO DE PEDAGOGIA
VAMBERTO DOS SANTOS BEZERRA - 200501877
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO – EDUCAÇÃO INFNTIL 
DE 0 A 3 ANOS
BAYEUX – PB
2010
VAMBERTO DOS SANTOS BEZERRA - 200501877
RELATÓRIO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO – EDUCAÇÃO INFANTIL
DE 0 A 3 ANOS
Relatório das atividades desenvolvidas na Creche Vó Genésia, como requisito parcial exigido pela Profa. MS. Ana Maria Macedo Lopes de Estágio Supervisionado da Educação Infantil de 0 a 3 anos, do Curso de Pedagogia da FACINTER.
BAYEUX – PB
2010
SUMÁRIO
	1. INTRODUÇÃO .......................................................................................
	03
	2. IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA .............................................................
	06
	3. CARACTERIZAÇÃO DAS ATIVIDADES ..............................................
	07
	4. ANÁLISE REFLEXIVA ...........................................................................
	10
	5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................
	11
	6. ANEXOS ................................................................................................
	12
1. 
INTRODUÇÃO
	O estágio supervisionado contribui para o desenvolvimento do professor permitindo que ele vivencie experiências do cotidiano escolar. A prática lhe permitirá uma nova visão da problemática, principalmente das escolas públicas. Sob essa ótica podemos dizer que o professor possivelmente poderá contribuir na mudança podendo fazer diferença na transformação da educação escolar. Por mais técnicas que sejam as disciplinas, somente se consegue simular a experiência prática, pois é função principal do ensino de sala de aula capacitar teoricamente o aluno, com o conhecimento necessário ao desempenho da sua profissão.
	A Constituição de 1980 doutrina a criança como sujeito de direito, legaliza e define que os pais, a sociedade e o poder público têm que respeitar e garantir os direitos das crianças definidos no artigo 227 que diz:
É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança e ao adolescente, com absoluta prioridade, o direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda a forma de negligência, discriminação, exploração, violência e opressão.
	
	
De acordo com Piaget (1978), as primeiras reconstituições linguísticas de ações surgem junto à reprodução de situações ausentes, através da brincadeira simbólica e da imitação. A criança começa a verbalizar o que só realizava motoramente. Dessa forma, entendemos que o “faz de conta”, o imaginário nesta fase é importantíssimo, logo a criança precisa escutar histórias, ouvir músicas, ser estimulada a falar, para que possa ter um ótimo desenvolvimento. A criança está se desenvolvendo ativamente e isso lhe dá possibilidades de se utilizar da inteligência prática decorrente dos esquemas sensoriais motores, por exemplo, a criança nesta fase cria situações nesta fase, imagina que está conversando com outra pessoa do outro lado do telefone, estas ações promovem o desenvolvimento da inteligência da criança.
É importante, que nesta fase a instituição oportunize subsídios às crianças para que desenvolvam, construam e adquiram conhecimentos, tornando-se autônomas e cooperativas, além de promover práticas de educação e cuidado, a integração de todos os aspectos das crianças, reconhecendo a identidade de cada aluno, professor e família. 
Na fase de zero a três anos, a criança possui como característica principal o egocentrismo. Ela é o centro das atenções, consegue brincar com outras crianças, mas não divide brinquedos nem suas idéias. É inadmissível, para ela, que outra criança tome seu lugar de líder numa brincadeira ou divirja do que está pensando. Por isso, o profissional deve fazer brincadeiras que estimulem a socialização, para que assim ela desenvolva mais e mais suas habilidades de comunicação, passa a ouvir melhor o que os outros têm a dizer e torna-se capaz de emprestar o que é seu, aceitar o outro e se ver como membro de um grupo.
Os jogos e brincadeiras realmente contribuem para a construção da inteligência, desde que sejam usados em atividade lúdica prazerosa e com questionamentos do professor, respeitando as etapas de desenvolvimento intelectual da criança. Os benefícios de uma infância bem vivida em termos lúdicos fazem-se sentir ao longo da existência do indivíduo.
Hoje, as escolas infantis são vistas como uma complementação da ação da família, elas são consideradas como realizadoras dos direitos das famílias, das mulheres e das próprias crianças, sendo consideradas como uma exigência da vida social. Quando os pais decidem colocar seus filhos numa creche para poderem trabalhar, significam que eles estão procurando um segundo lar provisório para seus filhos, onde eles estejam em segurança, com pessoas que cuidem bem dos seus filhos, que brinquem com eles, dêem atenção e os ensine não só a falar ou andar, mas a partilhar, a viver em sociedade com outras crianças. Esta fase é importantíssima na vida do indivíduo, pois é nela que formamos conceitos, adquirimos valores. Logo, o professor será mais que um guia, será alguém fundamental na sua formação. Almeida (1987) diz que:
"A esperança de uma criança, ao caminhar para a escola é encontrar um amigo, um guia, um animador, um líder - alguém muito consciente e que se preocupe com ela e que a faça pensar, tomar consciência de si de do mundo e que seja capaz de dar-lhe as mãos para construir com ela uma nova história e uma sociedade melhor". (ALMEIDA, 1987, p.195)
	
A Educação Infantil – primeira etapa da Educação Básica – tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança até os seus três anos de idade, em seus aspectos físicos, psicológicos, intelectual e social. A Instituição de Educação Infantil deve tornar acessível a todas as crianças que a frequentam, indiscriminadamente, elementos da cultura que enriquecem o seu desenvolvimento e inserção social. As crianças com idade de zero a três anos têm características e necessidades diferenciadas das demais idades e é neste sentido que temos que nos preocupar.
Nesta perspectiva, foram realizadas atividades na CRECHE VO GENESIA, a fim de desenvolver as habilidades necessárias, na Educação Infantil, e assim, aperfeiçoar técnicas e competências, para que eu possa desempenhar um trabalho de qualidade. Pois, a educação infantil é uma área que merece toda atenção e a presença de profissionais qualificados, para que não venha colocar a vida de nenhuma criança em perigo. 
2. IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA
A CRECHE VÓ GENÉSIA está localizada na Rua José Joaquim de Melo, Alto da Boa Vista na cidade de Bayeux, estado da Paraíba. 
A escola foi fundada há 10 anos às necessidades da comunidade com qualidade e segurança, com profissionais altamente qualificados, além de oferecer um atendimento de alto nível para aproximadamente cem crianças.
Na Creche Vó Genésia, as crianças realizam diariamente diversas atividades nas salas ambientes. Respeitando o tempo de concentração de cada faixa etária, ao mesmo tempo em que propiciam situações de desafios para que elas possam ampliar e avançar na construção do conhecimento. Respeitando as diferenças e o desenvolvimento individuais, fazem parte da rotina da creche a Expressão Corporal, Artes, os Movimentos e Brincadeiras, assim como o Teatro, o Faz-de-conta, os Jogos, a Culinária, os Projetos Pedagógicos e as aulas de Música com a professora especialista. Além disso, incorporam procedimentos e atitudes para o convívio e a sociabilização, sob uma proposta sócio-construtivista.
O Berçário conta com profissionais experientes e especializadas na área de saúde e da educação. As primeiras relações sociais, a afetividade e massagens durante o banho são momentos que fazem parte do dia-a-diados bebês. Assim eles descobrem o mundo sob outro ângulo, onde o importante é o prazer com que realizam todos esses movimentos para um crescimento harmônico e tranqüilo.
2.1 Aspectos Físicos: São duas salas com 20 crianças cada de seis meses a doze meses, duas salas com 25 crianças de um a dois anos e uma sala com 20 crianças de dois a três anos de idade.
2.2 Corpo Administrativo: Na creche há uma Secretária Geral e um Sub Secretária, responsável pela documentação do corpo docente e discente, como também de todos os processos documentais (declarações, ofícios) existentes na creche. Há uma Diretora Geral e uma Vice-Diretora.
2.3 Corpo Docente: A Creche Vo Genésia dispõe de profissionais qualificados e com experiência na área no berçário há quatro pessoas responsáveis, na sala de um a dois anos existem duas professoras e uma ajudante e na sala de dois a três anos há duas professoras e uma ajudante. 
2.4 Equipe Multidisciplinar: Nestas salas há uma enfermeira e uma psicóloga, a fim de atender todas as necessidades existentes das crianças. Há uma nutricionista responsável pelo cardápio da merenda.
2.5 Auxiliares de Serviço: duas auxiliares de serviço que fazem a comida. Há ainda duas auxiliares de serviço, responsáveis pela organização e limpeza das salas e da creche. 
3. CARACTERIZAÇÃO DAS ATIVIDADES
O berçário recebe crianças a partir dos (06) seis meses de idade, são realizadas atividades planejadas e direcionadas que estimulam a linguagem, a motricidade, a socialização, a percepção e o cognitivo da criança. A escola conta com o apoio dos profissionais da Equipe Multidisciplinar na avaliação do desenvolvimento de nossas crianças (Psicólogo e Nutricionista). A rotina da criança é estabelecida gradualmente com muita satisfação e compromisso. 
Os principais objetivos da CRECHE VÓ GENÉSIA são:
· Propiciar a criança ambiente rico em experiências necessárias ao desenvolvimento físico, psicológico, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade;
· Promover a ampliação das experiências e conhecimentos da criança, estimulando seu interesse pelo processo de transformação da natureza e pela convivência em sociedade;
· Estimular a criatividade como elemento de auto expressão; a construção do conhecimento que inclui necessariamente as idéias de descobrir, de inventar, de redescobrir e de criar.
	Minhas primeiras atividades foram de familiarização com o ambiente e com as crianças de cada faixa etária. O processo foi gradativo, no primeiro contato brinquei com as crianças, para estabelecer uma relação de confiança, depois fui me aproximando, sem pressionar a criança, para que elas não me estranhassem
	Seis a doze meses: No berçário de seis a doze meses realizei várias tarefas, entre elas: cantei, me caracterizei, brinquei com as crianças, ouvi músicas, contei histórias, alimentei as crianças, cuidei de seu bem estar e dei atenção a cada uma de maneira diferente, pois entendi a singularidade de cada uma. É nesta fase que ocorrem mudanças significativas como: o sentar, o engatinhar, desmame a dentição, a introdução de novos alimentos a sua dieta...
	A aprendizagem no berçário é totalmente lúdica, as crianças têm acesso a materiais de diferentes pesos, texturas, cores, formas e tamanhos. E exploram livremente através dos seus sentidos: o chupar, morder, olhar, manipular os brinquedos que lhe são oferecidos em seu ambiente diário. Realizamos várias brincadeiras com as crianças para que elas pudessem conhecer mais seu corpo, veículo de expressão e prazer através de massagens corporais.
a) Um a dois anos: nesta fase desenvolvi brincadeiras que estimulassem a criança a falar e no processo de sociabilização, a fim de que elas aprendessem a viver em grupos. Contei histórias para as crianças, depois coloquei um DVD referente à história lida e dancei junto com as crianças a música do DVD. As crianças tentavam chamar atenção de alguma forma, para ficar no colo ou ganhar mais atenção que às outras. Eram constante as reclamações “tio, ela estirou língua”, “tio, ela tá dando em mim”, enfim, eu tinha que me desdobrar para atender as necessidades das crianças sem esquecer de dar atenção a nenhuma.
b) Dois a três anos: nesta fase apliquei exercícios de pintura e de coordenação motora, para as crianças. Elas já estavam na fase de aprender as vogais e foi muito interessante, fiz cartazes com desenhos que começavam com a letra ‘a’, ‘e’ e ‘i’, e elas iam tentando identificar cada uma das vogais, depois desenhei e elas diziam o que era o desenho. Dessa forma também fiz para elas aprenderem o nome dos animais. Depois brincamos com bonecas e carrinhos, fiz uma aula com fantoches e as crianças riram e se divertiram bastante.
4. ANÁLISE REFLEXIVA
O Estágio Supervisionado realizado na CRECHE VO GENÉSIA foi essencial para a minha formação pedagógica, pois pude identificar quais pontos merecem atenção na nossa área profissional e a desenvolver todas as minhas habilidades. Aprendo na prática a cuidar, brincar e ensinar as crianças na primeira fase da Educação Infantil – de zero a três anos, entendi que esta fase é primordial para que a criança possa ter um bom desenvolvimento ao longo da sua vida, pois é quando ela começa a aprender a dividir, a viver em grupo, a respeitar os coleguinhas.
É primordial a qualidade na formação dos professores, principalmente nesta fase, pois o profissional precisa estar preparado para as diversas situações que será submetido ao longo de sua profissão e precisa atender às precisões de cada criança, sabendo que cada uma é diferente da outra e merece tratamento diferenciado.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, A. M. O. O lúdico e a construção do conhecimento: uma proposta pedagógica construtivista. Prefeitura Municipal de Monte Mor, Departamento de Educação, 1992.
ALMEIDA, Paulo Nunes de. Educação Lúdica - técnicas e jogos pedagógicos. São Paulo: Edições Loyola, 1987.
BRASIL. ______. Estatuto da Criança e do Adolescente: Brasília: 1990.
BRASIL. ______. Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional. Brasília, 1996.
PIAGET, Jean. A construção do real na criança. 2 ed. Rio de Janeiro, Zahar. 1974.
PIAGET, J. A formação do símbolo na criança. 3ª ed. Rio de Janeiro: Zahar, 1978.
ANEXOS