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DÉFICITS DE ATENÇÃO

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14
FACULDADE QUIRINÓPOLIS
GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA
ALCIENE DA SILVEIRA TELLES JUSTINO
ALTAIR ALVES
MARIA CLARA MELLO
MARIA FERNANDA BORGES TORNICH
SUELEN MENDES DE OLIVEIRA
DÉFICITS DE ATENÇÃO: 
Distúrbio de Déficit de Atenção, Transtorno de Déficit de Atenção e Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade
Quirinópolis
2020
ALCIENE DA SILVEIRA TELLES JUSTINO
ALTAIR ALVES
MARIA CLARA MELLO
MARIA FERNANDA BORGES TORNICH
SUELEN MENDES DE OLIVEIRA
DÉFICITS DE ATENÇÃO: 
Distúrbio de Déficit de Atenção (DDA), Transtorno de Déficit de Atenção (TDA) e Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH)
Artigo apresentado como requisito de nota parcial para N2, do curso de Psicologia 2020/2.
Orientadora: Prof.ª Lilian Cristina Cravo Campos
Quirinópolis
2020
Resumo
Este artigo apresenta uma pesquisa desenvolvida para fins de nota parcial para N2, sobre temática Déficits de Atenção. Ele discorre sobre os Déficits de Atenção como o DDA – Distúrbio de Déficit de Atenção, o TDA – Transtorno de Déficit de Atenção e o TDAH – Transtorno de Distúrbio de Atenção com Hiperatividade. Trata-se de uma pesquisa de cunho bibliográfico, traz a análise do processo de construção do conceito de TDA/H em suas diversas vertentes teóricas a partir do estudo da produção científica sobre o tema publicada entre os anos de 2015 e 2020. O transtorno de déficit de atenção/hiperatividade tem sido cada vez mais reconhecido em nosso meio. Apesar desse conhecimento, o diagnóstico da condição se baseia em dados clínicos. Associa-se com comorbidades importantes e determina um significativo prejuízo no funcionamento acadêmico e social de crianças e adolescentes afetados. As associações mórbidas ocorrem em cerca de metade dos indivíduos, sendo as principais comorbidades de natureza psiquiátrica. O presente estudo busca uma revisão atual sobre o que se tem de evolução para o referido tema levando em consideração a diferenciação entre o que é distúrbio, o que é transtorno.
Palavra-chave: Atenção. Déficit. Distúrbio. Hiperatividade. Transtorno. 
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO............................................................................................................ 5
2 DESENVOLVIMENTO...............................................................................................6
2.1 A HISTÓRIA DO TDA/H..............................................................................................7
2.2 ETIOLOGIA E DIAGNÓSTICO...................................................................................8
2.3 O ALUNO TDA/H.........................................................................................................9
2.4 O ADULTO COM TDA/H...........................................................................................10
2.4.1 Grupo 1 Instabilidade da atenção...............................................................................10
2.4.2 Grupo 2 Hiperatividade física e/ou mental................................................................11
2.4.3 Grupo 3 Impulsividade ..............................................................................................12
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................14
4 REFERÊNCIAS.............................................................................................................16
1. INTRODUÇÃO
O presente trabalho estuda sobre os Déficits de Atenção, apresenta o questionário SNAP-IV como uma ferramenta utilizada por profissionais da educação a fim de desenvolver o diagnóstico do indivíduo portador de TDAH o mais rápido possível. Tem como principal foco de interesse a contribuição dessa análise para ampliar os conhecimentos através de pesquisas de artigos científicos e bibliográficos nos últimos cinco anos sobre a fenomenologia dos déficits que afeta criança e adultos sobre a ótica da psicologia. Para que ocorra uma maior compreensão do assunto primeiramente precisamos diferenciar o que é distúrbio de transtorno. 
Baseado na Organização Mundial de Saúde – OMS o distúrbio é uma alteração nas condições físicas ou mentais do indivíduo que afeta o funcionamento de algo em sua rotina, e geralmente tem origem de fácil identificação, essa perturbação pode interromper ou afetar o desenvolvimento neurológico, dentre outras complicações.
Os distúrbios que causam problemas ou atrasam a maturação as funções do Sistema Nervoso Central (SNC), geralmente são identificados na infância e persistem na vida adulta comprometendo a habilidade intelectual.
Já a definição de transtorno parte do significado do verbo de origem, “transtornar”, que refere se a inversão da ordem regular ou natural das coisas, com relação a saúde psiquiátrica, o transtorno pode ser conceituado como a perturbação da ordem mental devido a falha na estimulação da parte frontal do cérebro. Os transtornos afetam as relações interpessoais do indivíduo causando como sofrimento, confusão de personalidade e sentimento de incapacidade.
Ainda segundo a OMS Déficit de Atenção é um distúrbio que atinge crianças e adultos, caracterizados primariamente pela falta de concentração em atividades rotineiras e pela impulsividade. Pode se manifestar de duas formas: Com ou sem hiperatividade. No primeiro caso, denomina-se Distúrbio de Déficit de Atenção (DDA), e no segundo, Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).
Para determinar o que o TDAH pode causar a uma pessoa é um pouco complexo, pois em cada pessoa a intensidade e o nível podem variar bastante, sem falar que existem atualmente três principais tipos de TDAH e presentes vários graus, onde no transcorrer do artigo abordaremos sobre os tais.
Ao longo do texto foram buscadas obras de profissionais da saúde, principalmente psiquiatras, assim como profissionais da educação, principalmente pedagogos, com o intuito de verificar as diversas opiniões sobre as características, sintomas, diagnósticos e tratamento do TDAH. Considerando que o diagnóstico do TDAH só é válido se realizado por um profissional da saúde, ao adotar o questionário SNAP-IV, busca-se juntar profissionais da saúde, da educação e a família, a fim de oferecer um resultado clínico e psicopedagógico mais eficiente.
Trataremos das definições especificas do TDAH no decorrer do artigo, a história do TDAH e relata os déficits de atenção com o seu conceito, suas causas, características, tratamento, como é viver com um transtorno de atenção.
2. DESENVOLVIMENTO
Segundo Bordini (2010), o déficit de atenção em si é um dos transtornos psiquiátricos infantis mais comuns e mais bem estudados pela medicina. Trata-se de "uma condição neurobiológica causadora de importante prejuízo, caracterizada por desatenção, distração, inquietação e agitação, impulsividade e déficits nas funções executivas, com prejuízo no planejamento e na execução" (BORDINI et al., 2010, p.314).
De acordo com Leal e Nogueira (2012), embora o TDAH não seja um transtorno específico da aprendizagem, ele poderá causar sérios problemas no processo de aprendizagem, se não for identificado a tempo. Este é também um dos transtornos mais recorrentes nas conversas entre profissionais que atuam na área educacional, especialmente professores e pedagogos, além do âmbito familiar e demais espaços sociais nos quais as crianças interagem e onde seu comportamento hiperativo pode ser melhor observado (LEAL e NOGUEIRA, 2012).
Na tentativa de desmistificar esse assunto cada vez mais e esclarecer o que se deve e pode ser para melhorar a vida de quem é portador desse transtorno, vem sendo realizados cada vez mais pesquisas de caráter exploratório dentre outras. Isso sem dúvida nenhuma é de suma importância para que se chegue cada vez mais perto de um tratamento eficaz, gratuito e acessível para todos, visto que atualmente menos de 10% das pessoas que tem TDAH no Brasil realizam o tratamento adequado, dentre os motivos desse dado podemos citar que os medicamentos são extremamente caros, o acompanhamento comprofissionais preparados também requer um bom investimento.
Para Vygotsky (1998 p. 117-118) “o aprendizado desperta vários processos internos de desenvolvimento, que são capazes de operar somente quando a criança interage com pessoas em seu ambiente e quando em cooperação com seus companheiros”.
A criança precisa ser compreendida, sendo direcionada a colaborar para que a mesma tenha condições de desenvolvimento, realizando o que estará ao seu nível.
2.1 A HISTÓRIA DO TDA/H
Segundo Leal e Nogueira (2012, p. 115), "de acordo com a literatura médica, o termo transtorno de déficit de atenção surgiu em 1980, no DSM-III (Manual Diagnóstico e Estatístico dos Distúrbios Mentais, 3ª edição)". Esse documento nomeou e classificou o transtorno de déficit de atenção (TDA) em dois tipos: o TDA com hiperatividade (mais comum em meninos) e o TDA sem hiperatividade (mais comum em meninas) (LEAL e NOGUEIRA, 2012).
O DSM-III foi revisto em 1987, quando deu origem ao DSM-III-R, que passou a chamar o TDA de transtorno de déficit de atenção e hiperatividade (TDAH), o que gerou uma confusão nomenclatura (TAD ou TDAH), a qual só foi resolvida com a publicação do DSM-IV-TR (LEAL e NOGUEIRA, 2012). Nessa nova edição do manual, ficou reconhecido que tanto a inquietação como a desatenção podiam estar envolvidas no distúrbio e, por isso, a nomenclatura mais correta a ser dada seria "transtorno de déficit de atenção/hiperatividade", ou TDAH (LEAL e NOGUEIRA, 2012).
Atualmente classificam-se três principais tipos de TDAH: O primeiro tipo sendo como desatento que é quando a pessoa se distrai com muita facilidade e tem sérias dificuldades na hora de se concentrar por muito tempo em determinado assunto, um dos sintomas principais é o esquecimento do que se ia dizer, deixando assim a pessoa confusa do que havia planejado dizer. 
O segundo tipo de TDAH é o tipo hiperativo/ impulsivo que é aquele em que a pessoa não consegue se manter parado ou relativamente quieto por muito tempo, pois há uma imensa necessidade de movimento devido a hiperatividade, gerando assim aqueles batuques nas mãos nos pés, e dependendo da pessoa até alguns movimentos na cabeça na tentativa de se contorcer em cadeiras para se manterem distraídos de alguma forma. Nesses casos o paciente necessita de uma observação mais delicada, pois devido ao transtorno ele tem tendências a não lidar bem com suas frustrações podendo gerar assim um temperamento mais forte e “descalibrado” fazendo com que o paciente perca a cabeça por coisas relativamente fúteis, costumam também ter tendência a mudar de planos de uma hora pra outra, sem muita resistência ou apego qualquer, e também sente dificuldades de se expressar, pois sua fala não acompanha o seu processamento cognitivo muitas vezes. 
O terceiro tipo de TDAH é o tipo combinado ou misto, esse tipo para ser diagnosticado precisa que o paciente mostre sintomas dos dois outros tipos de TDAH para que seja relacionado e diagnosticado com o tipo misto. No geral o TDAH pode ser facilmente notado pelas pessoas ao redor por conta de uma baixa produtividade do seu portador no campo social, profissional ou até acadêmico, dessa forma pode se obter o diagnóstico precoce e de forma correta para atenuar essas dificuldades. 
É muito importante que o profissional que esteja avaliando o paciente tenha bastante cautela para não confundir os sintomas do TDAH com o de outros transtornos como o de bipolaridade, de personalidade, de autismo e o de dislexia. 
Segundo os graus, pode-se classificar o TDAH como: Leve: poucos sintomas presentes e pequenos prejuízos sociais, profissionais ou acadêmicos. Moderado: os sintomas e alguns prejuízos de grau leve e grave presentes. Grave: muita expressão dos sintomas com real prejuízo funcional, social, acadêmico e profissional.
2.2 ETIOLOGIA E DIAGNÓSTICO
A hereditariedade não seria a única explicação para todos os casos de TDAH, pois segundo Phelan (2004), algumas explicações podem estar relacionadas com riscos biológicos como álcool, fumo, baixo peso ao nascer e prematuridade. 
Segundo os autores, as associações ambientais podem ser decorrentes de alimentos, aditivos, alterações na glândula tireoide, intoxicação por metais pesados (chumbo), uso de anticonvulsivantes, estresse perinatal, baixo peso ao nascer, lesão cerebral traumática, tabagismo materno e privações graves (BORDINI et al., 2010). 
Rizzutti (2009), por sua vez, alerta que, embora a influência de fatores genéticos e ambientais no desenvolvimento do transtorno seja amplamente aceita, e apesar dos inúmeros estudos e avanços nas pesquisas sobre o TDA/H, as causas precisas do transtorno ainda são desconhecidas.
Considera-se no mundo todo hoje, que a causa do TDA/H apesar de ainda não ter sido totalmente esclarecida, são uma combinação de fatores genéticos e de fatores ambientais, ou seja, uma mistura de genótipos com fenótipos. De acordo com o Dr. Keith Conners* não existe exame para diagnosticar TDA/H, por isso o diagnóstico é um processo de múltiplas facetas e de avaliação ampla. É preciso estar atento à presença de sintomas que são concomitantes a outros transtornos (comorbidades). Ansiedade, depressão e certos tipos de problemas de aprendizagem causam sintomas semelhantes aos provocados pelo TDA/H.
Sobre a cura do TDA/H podemos afirmar que ela não tem cura, porém é comprovado que os tratamentos sendo feitos de modo adequados e se o paciente adaptar rotina para um melhor rendimento sua produtividade pode aumentar consideravelmente, vale lembrar também que apenas a medicação isolada não irá gerar grandes mudanças no tratamento da pessoa portadora do TDAH, os medicamentos precisam ser conciliados com a terapia, e temos vários outros fatores que associados à medicação e terapia regularmente, pode promover grandes mudanças na rotina dos pacientes. 
Outro fator que devemos chamar atenção é que o acompanhamento psicológico não deve ser restrito apenas ao portador do transtorno, pelo contrário, os amigos, parentes e todo o círculo social dele é recomendável passar por uma consulta para ser orientado em como tratar as pessoas com TDAH para gerar uma melhor convivência, e conscientização nas pessoas à sua volta, já que no cenário atual, não há muitos fontes de informações nas escolas sobre esses transtornos, pelo contrário, em muitas escolas, pode se haver até uma complicação do caso devido a comentários maldosos a exemplo do bullying em algumas regiões que não há alguém responsável por fiscalizar e prestar o devido apoio aos portadores de TDAH, fazendo com que possa ocorrer complicações e desencadear até alguns outros transtornos, como por exemplo, quando a pessoa se sente incapaz de aprender algum conteúdo novo e de alguma forma complexo ela tende a se sentir insuficiente, burra ou inválida, e isso abre caminho para possíveis indícios de depressão, bipolaridade de humor, portanto precisamos nos atentar em como podemos facilitar e melhorar as condições de vida tanto de quem possui o transtorno, quando de pessoas que tem convivência com elas, pois a cada dia que se passa, elas se sentem mais sozinhas. 
Segundo Bordini (2010), alguns sintomas associados ao TDAH podem não ser uma comorbidade como, por exemplo, disforia, labilidade, baixa autoestima, comportamento opositor, uma vez que melhoram com o tratamento.
A principal característica observada no TDAH com predomínio de desatenção reside no fato que a pessoa acometida por esse transtorno não presta atenção nas atividades que realiza e muito menos no que os outros lhe falam, podendo chegar a ser rotulada como preguiçosa, o que desencadeará um sentimento de baixa autoestima (LEAL e NOGUEIRA, 2012).
2.3 O ALUNO TDA/H
De acordo com Leal e Nogueira (2012), embora o TDAH não seja um transtorno específico da aprendizagem, ele poderá causar sérios problemas no processo de aprendizagem, se não for identificado a tempo. Este é também um dos transtornos mais recorrentes nas conversas entre profissionais que atuam na área educacional, especialmente professores e pedagogos, além do âmbito familiar e demais espaçossociais nos quais as crianças interagem e onde seu comportamento hiperativo pode ser melhor observado (LEAL e NOGUEIRA, 2012).
A criança com o TDAH, não consegue cumprir o que a escola exige dela, ficando com algumas pendências em certos conhecimentos, o que a leva a ter sérios problemas quanto à aprendizagem. O professor deve se atentar às necessidades do aluno, observar e informar seu comportamento aos pais para que estes tomem as decisões necessárias, porém se conscientizar que em primeiro lugar, a família pode não aceitar o assunto. Se faz necessário que os pais busquem a melhor opção para compreender a criança. Desse modo, a assistência de um especialista é necessária para o diagnóstico correto.
Tanto na família quanto na escola , assim como na comunidade em que ela se insere é preciso buscar meios de conviver com aquela criança, na escola o professor deve usar meios de ensinar que chame e prenda a atenção da criança para que ela não perca seu desejo por aprender. A criança precisa ser compreendida, sendo direcionada a colaborar para que a mesma tenha condições de desenvolvimento, realizando o que estará ao seu nível.
Alguns exercícios de atenção disponíveis por professores ajudam muito uma criança com TDA/H, assim como os demais alunos da sala, pois todos tem um melhor ensino aprendizagem. É importante que os professores em ambiente escolar se atentem aos problemas na sala de aula e aos que podem surgir.
Também devemos desmistificar esse preconceito de que pessoas com TDA/H são inferiores as outras, por exemplo, algumas pessoas mundialmente conhecidas são portadores de déficit de atenção, e conquistaram um tremendo sucesso em suas respectivas carreiras, são eles: Sabrina Sato, Jim Carrey, Bill Gates, Michael Phelps, dentre outros. 
2.4 O ADULTO COM TDA/H
Pesquisas mostram que duas entre cada três crianças com TDA/H continuam com o transtorno quando se tornam adultos. Ou seja, de 4% a 5% de todos os adultos apresentam déficit de atenção com hiperatividade.
Considerando os sinais evidenciados pelo adulto, podemos destacar cinquenta características que um adulto com TDA/H podem apresentar, divididas em três grupos conforme a intensificação. 
2.4.1 Grupo 1: Instabilidade da Atenção
Esse grupo se caracteriza por ter uma maior dificuldade de atenção, dificuldade em resistir às distrações, esquecimentos, desorganização mental e também das coisas ao redor. Há dificuldade com a percepção da passagem do tempo, o que causa atrasos e adiamentos.
Algumas características marcantes são:
· Desvia facilmente sua atenção do que está fazendo quando recebe um pequeno estímulo. Um assobio do vizinho é suficiente para interromper uma leitura. Em muitos casos essa dificuldade em manter atenção em locais com muito estimulo (barulho) é prejudicada devido a falta de controle inibitório, que refere-se à habilidade de inibir respostas competitivas. Frequentemente se encontra prejudicado no Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDA/H);
· Tem dificuldade em prestar atenção na fala dos outros. Numa conversa com outra pessoa, tende a captar apenas pedaços soltos do assunto;
· Desorganização cotidiana. Tende a perder objetos (chaves, celular, canetas, papéis), atrasar-se ou faltar a compromissos, esquecer o dia de pagamento das contas (luz, gás, telefone, seguro);
· Frequentemente apresentam “brancos” durante uma conversa. A pessoa está explicando um assunto e, no meio da fala, esquece o que ia dizer;
· Presença de Hiperfoco: concentração intensa em um único assunto num determinado período. Um TDAH pode ficar horas a fio ao computador sem se dar conta do que acontece ao seu redor. Isso acontece devido ser uma característica marcante na vida de um TDA/H, criatividade e o hiperfoco em atividades que lhe interessam;
· Dificuldade em permanecer em atividades obrigatórias de longa duração participar como ouvinte de uma palestra em que o tema não seja motivo de grande interesse e não o faça entrar em hiperfoco, por exemplo.
2.4.2 Grupo 2: Hiperatividade física e/ou mental
· Tem dificuldade em permanecer sentado por muito tempo. Durante uma palestra ou sessão de cinema, costuma se mexer o tempo todo na tentativa de permanecer em seu lugar;
· Está sempre mexendo com os pés e as mãos. São os indivíduos que têm os pés “nervosos”, girando sua cadeira de trabalho, ou estão sempre com as mãos ocupadas, pegando objetos, desenhando em papéis ou ainda ajeitando a roupa ou os cabelos;
· Apresenta constante sensação de inquietação ou ansiedade. Um TDAH sempre tem a sensação de que tem algo a fazer ou pensar, de que alguma coisa está faltando;
· Envolve-se em vários projetos ao mesmo tempo. Um exemplo é a pessoa que tem diversas ideias simultaneamente e acaba por não levar a cabo nenhuma delas em função dessa dispersão;
· Às vezes se envolve em situações de grande risco em busca de estímulos fortes, como dirigir em alta velocidade;
· Frequentemente fala sem parar, monopolizando as conversas em grupo. É a pessoa que fala sem perceber que as outras estão tentando emitir opiniões. Além disso, não se dá conta do impacto que o conteúdo do seu discurso pode estar causando a outras pessoas.
2.4.3 Grupo 3: Impulsividade
· Baixa tolerância à frustração. Quando quer algo, não consegue esperar: lança-se impulsivamente numa tarefa, mas, como tudo na vida requer tempo, tende a se frustrar e a desanimar facilmente. O TDAH também se irrita com facilidade quando alguma coisa não sai da forma esperada ou quando é contrariado;
· Costuma responder a alguém antes que este complete a pergunta. Não consegue conter o impulso de responder ao primeiro estímulo criado pelo início de uma pergunta;
· Costuma provocar situações constrangedoras, por falar o que vem à mente sem filtrar o que vai ser dito. Durante uma discussão, um TDAH pode deixar escapar ofensas impulsivas;
· Impaciência marcante no ato de esperar ou aguardar algo. Filas, telefonemas, atendimento em lojas ou restaurantes podem ser uma tortura;
· Impulsividade para comprar, sair de empregos, romper relacionamentos, praticar esportes radicais, comer, jogar etc. É aquela pessoa que rompe um relacionamento várias vezes e volta logo depois, arrependida;
· Reagem irrefletidamente a provocações, críticas ou rejeição. É o tipo de pessoa que explode de raiva ao sentir-se rejeitada. Tendência a não seguir regras ou normas preestabelecidas. Um exemplo seria o trabalhador que teima em não usar equipamento de segurança, apesar de saber da importância disso;
· Compulsividade, na realidade, a compulsão ocorre pela repetição constante de impulsos, os quais, com o tempo, passam a fazer parte da vida dessas pessoas, como as compulsões por compras, jogos, alimentação, dentre outras;
· Ações contraditórias. Um TDAH é capaz de ter uma explosão de raiva por causa de um pequeno detalhe (por mexerem em sua mesa de trabalho, por exemplo) numa hora e, poucos momentos mais tarde, oferecer uma grande demonstração de afeto, por meio de um belo cartão, flores ou um carinho explícito. Ou ainda ser um homem arrojado e moderno no trabalho e, ao mesmo tempo, tradicional e conservador no âmbito familiar e afetivo;
· Hipersensibilidade. O TDAH costuma melindrar-se facilmente. Uma simples observação desfavorável sobre a cor de seus sapatos é suficiente para deixá-lo internamente arrasado, sentindo-se inadequado;
· Hiper-reatividade. Está é uma característica que faz com que o TDAH se contagie facilmente com os sentimentos dos outros. Pode ficar profundamente triste ao ver alguém chorar, mesmo sem saber o motivo, ao mesmo tempo em que pode ficar muito agitado ou irritado em ambientes barulhentos ou em presença de multidão. Mudanças bruscas e repentinas de humor (instabilidade de humor). O TDAH costuma mudar de humor rapidamente e várias vezes no mesmo dia. Isso depende dos acontecimentos externos ou ainda de seu estado cerebral, uma vez que o cérebro do TDAH pode entrar em exaustão, prejudicando a modulação do seu estado de humor;
· Tendência a ser muito criativo e intuitivo. O impulso criativo do TDAH é talvez a maior dasvirtudes. Pode se manifestar nas mais diversas áreas do conhecimento humano;
· Baixa tolerância ao estresse. Toda situação de estresse leva a um desgaste intenso da atividade cerebral. No caso de um cérebro TDAH, esse desgaste se apresenta de maneira mais marcante.
Por mais difícil que seja lidar com o TDAH na vida adulta, algumas estratégias podem ser úteis e, bem utilizadas, fazem com que o TDAH não seja o fim do mundo, como muitas pessoas pensam.
Essas estratégias podem ser utilizadas tanto no trabalho quanto na vida pessoal do adulto com TDAH. Estas pessoas costumam esquecer-se de pagar as contas, perdem as chaves com facilidade, não se lembram de reuniões e outros compromissos, ou, quando lembram, geralmente alguma coisa fica pendente ou sem finalização. Isto não quer dizer que uma pessoa com TDAH seja ineficiente ou incapaz de realizar um trabalho com competência. Se ela estiver consciente dos seus pontos fracos, seus pontos fortes, seguindo o seu tratamento de maneira correta (medicação/psicoterapia), as estratégias podem ajudá-la no dia-a-dia, fazendo com que o adulto com TDAH possa ter uma vida de sucesso, tanto na sua vida pessoal quanto profissional.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O TDAH é um transtorno cujo diagnóstico apresenta dificuldades relativas, tanto em relação aos sintomas, os quais podem estar associados ou confundirem-se com uma série de comorbidades, quanto ao contexto no qual tais sintomas se manifestam geralmente no núcleo familiar ou escolar, sendo, portanto, difícil obter uma avaliação precisa do mesmo apenas em visitas ao consultório, onde o problema tende a ficar latente. 
Uma vez que o diagnóstico psicopedagógico envolve a investigação de distúrbios, transtornos ou patologias referentes à aprendizagem humana, a fim de descobrir o que pode estar influenciando e prejudicando o bom desenvolvimento da criança ou jovem a utilização do questionário SNAP-IV constituiu-se numa excelente ferramenta auxiliar ao diagnóstico de TDA/H, a criança com TDAH (Transtorno e Déficit de Atenção e Hiperatividade) tem a monitoração defasada, não controlam seus sentimentos, é agressiva e não suportam frustrações, perdem o controle com muita facilidade.
É muito importante que os pais se convençam de que o filho passa por momentos difíceis, apresentando sintomas de alteração no comportamento, algo está fora de controle, e isso está prejudicando seu aprendizado.
É necessário muito apoio e compreensão da parte dos pais quanto à criança após o diagnóstico, para que o tratamento seja mais efetivo e beneficie a ela e quem a cerca.
O núcleo familiar é o mais próximo da criança hiperativa e quem consegue ter controle sobre ela de alguma forma, pois é na família que estão os valores culturais, a organização que contribuirá para a formação da personalidade e no ensino aprendizado do mesmo, influenciando na compreensão das outras pessoas em relação a essa criança.
Com todo embasamento teórico conseguimos constatar que a pessoa que apresenta o déficit de atenção sendo ele com ou sem hiperatividade não impede que elas alcancem seu melhor desempenho na área dos seus sonhos, apenas precisam encontrar um estilo de vida que tornem essa rotina o mais produtiva possível, e alinhem com o seu real sonho.
4 REFERÊNCIAS

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