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TÉCNICAS DE ANESTESIA MAXILAR O local de infiltração do fármaco em relação à área de intervenção operatória determina o tipo de injeção administrada. Há três tipos principais de injeção de anestésico local: infiltração local, bloqueio do campo e bloqueio do nervo. INFILTRAÇÃO LOCAL Pequenas terminações nervosas na área do tratamento odontológico são infiltradas com solução de anestésico local. A incisão é realizada na mesma área na qual o anestésico foi depositado. O termo infiltração é utilizado para definir a injeção na qual a solução é depositada no ápice do dentes a ser tratado ou acima dele. Essa técnica é um bloqueio de campo. BLOQUEIO DE CAMPO O anestésico é infiltrado próximo aos ramos nervosos e terminais maiores, de modo que a área anestesiada será circunscrita, impedindo a passagem de impulsos dos dentes para o sistema nervoso central (SNC). A incisão é realizada na área distante do local da injeção do anestésico. Injeções maxilares administradas acima do ápice do dente a ser tratado são propriamente denominadas de bloqueio de campo (embora o uso comum identifique como infiltração ou supraperiosteais. BLOQUEIO DE NERVO O anestésico é depositado próximo a um tronco nervoso principal, geralmente distante do local de intervenção operatória. Como exemplo as injeções dos nervos alveolar superior posterior, alveolar inferior e nasopalatino. Obs: tecnicamente, a injeção comumente designada como infiltração local é um bloqueio de campo. Pois a solução anestésica é depositada no ápice ou acima do dente a ser tratado. Os ramos nervosos terminais para os tecidos pulpares e os tecidos moles distais ao local de injeção são anestesiados. - O bloqueio de campo e o bloqueio de nervo podem ser distinguidos pela extensão da anestesia obtida. - Os bloqueios de campo são mais circunscritos, envolvendo os tecidos em ou ao redor de um ou dois dentes. - Os bloqueios de nervo afetam uma área maior (p. ex., bloqueio do nervo alveolar inferior). O tipo de injeção administrada para um dado tratamento será determinado pela extensão da área operatória. A anestesia por infiltração pode ser suficiente para o tratamento de pequenas áreas isoladas, como na provisão da hemostasia para procedimentos nos tecidos moles. O bloqueio de campo é indicado quando dois ou três dentes estão sendo restaurados. Enquanto a anestesia por bloqueio regional (bloqueio de nervo) é indicada para o controle da dor em um quadrante. TÉCNICAS DE INJEÇÃO MAXILAR Existem várias técnicas de injeção disponíveis para se obter anestesia clinicamente adequada dos dentes e tecidos duros e moles da maxila. A escolha da técnica especificamente a ser utilizada é determinada, em grande parte, pela natureza do tratamento a ser realizado: SUPRAPERIÓSTICA:(infiltração) recomenda- da para um número limitado de protocolos de tratamento. INJEÇÃO NO LIGAMENTO PERIODONTAL: (LPD, intraligamentar), recomendada como adjuvante às outras técnicas ou para um numero limitado de protocolos de tratamento. INJEÇÃO INTRASEPTAL: Recomendada basicamente para técnicas cirúrgicas periodontais. INJEÇÃO INTRACRISTA e INJEÇÃO INTRAÓSSEA (IO): tratamento de dentes isolados (molares mandibulares) quando outras técnicas forem malsucedidas. BLOQUEIO DO NERVO ALVEOLAR SUPERIOR POSTERIOR (ASP): para tratamento de vários dentes molares em um quadrante. BLOQUEIO DO NERVO ALVEOLAR SUPERIOR MÉDIO (ASM): pré-molares em um quadrante. BLOQUEIO DO NERVO ALVEOLAR SUPERIOR ANTERIOR (ASA): dentes anteriores em um quadrante. BLOQUEIO DO NERVO MAXILAR (V2, segunda divisão): Tratamento vestibular, palatino e pulpar extensos em um quadrante. BLOQUEIO DO NERVO PALATINO MAIOR (anterior): tecidos moles e ósseos palatinos distais ao canino em um quadrante. BLOQUEIO DO NERVO NASOPALATINO: tecidos moles e ósseos palatinos de canino a canino bilateralmente. BLOQUEIO DO NERVO ALVEOLAR SUPERIOR MÉDIO ANTERIOR (ASMA): tratamento extenso de dentes anteriores, tecidos moles e ósseos palatinos e vestibulares. BLOQUEIO DO NERVO ALVEOLAR SUPERIOR ANTERIOR – ABORDAGEM PALATINA (P-ASA): Dentes anteriores superiores, tecidos palatinos moles e ósseos. INJEÇÃO SUPRAPERIÓSTICA Também chamada de infiltração local, é a técnica usada com mais freqüência para a obtenção da anestesia pulpar para dentes superiores. Sempre que mais de dois ou três dentes estiverem envolvidos no tratamento, pode-se haver necessidade de utilizar outras técnicas, como por ex. bloqueios regionais do nervo. O emprego de injeções supraperiósticas para anestesia pulpar em múltiplos dentes leva à administração de um maior volume de solução do anestésico local, com um conseqüente aumento do risco. É indicada sempre que os procedimentos são confinados a uma área relativamente circunscrita, seja na região dos incisivos maxilares ou mandibulares. NERVOS ANESTESIADOS: Grandes ramos terminais do plexo; ÁREAS ANESTESIADAS: Toda região inervada pelos grandes ramos terminais desse plexo: polpa e área da raiz do dente, periósteo vestibular, tecido conjuntivo e mucosa. INDICAÇÕES Anestesia pulpar dos dentes superiores, quando o tratamento é limitado a um ou dois dentes; Anestesia dos tecidos moles, quando indicada para procedimentos cirúrgicos em área circunscrita. CONTRAINDICAÇÕES Infecção ou inflamação aguda na área da injeção; Osso denso recobrindo os ápices dentários (só pode ser determinado por tentativa e erro; mais provável sobre o primeiro molar superior permanente em crianças, pois seu ápice pode estar localizado por sob o osso zigomático, que é relativamente denso). O ápice do incisivo central de um adulto também pode estar localizado sob um osso mais denso, aumentando assim a frequência de insucesso. TÉCNICA É recomendada agulha de calibre 27; Área de introdução: altura da prega mucovestibular acima do ápice do dente a ser anestesiado; Procedimento: 1. Preparar o tecido no local de injeção (limpar com gaze seca estéril; aplicar anestésico tópico por, no mínimo, 1 minuto). 2. Orientar a agulha de modo que o bisel esteja voltado para o osso. 3. Levantar o lábio e tensionar o tecido. 4. Segurar a seringa paralela ao longo eixo do dente; introduzir a agulha na altura da prega mucovestibular. 5. Introduzir a agulha até que o bisel esteja na região apical do dente ou acima. Na maioria dos casos, a profundidade da penetração será de apenas alguns milímetros. Como a agulha está no tecido mole (não tocando o osso), não deve haver qualquer desconforto para o paciente com esta injeção. 6. Aspirar duas vezes: Caso a aspiração seja negativa, injetar aproximadamente 0,6 ml (um terço do tubete) lentamente em 20 segundos. Não deixar os tecidos inflar como um balão. 7. Retirar a seringa lentamente. Proteger a agulha; Aguardar de 3 a 5 minutos antes de começar o procedimento. SINAIS E SINTOMAS Subjetivos: sensação de dormência na área administrada; Objetivos: uso do teste elétrico pulpar (TEP) sem nenhuma resposta do dente à estimulação máxima. Ausência de dor durante o tratamento. PRECAUÇÕES: Não é recomendada para procedimentos em áreas extensas. Um maior número de penetrações no tecido aumenta a possibilidade de dor durante e após a injeção, e o maior volume de solução administrado aumenta a possibilidade de superdosagem (em pacientes de menor peso). *Não recomendada para grandes áreas devido à necessidade de múltiplas introduções da agulha e de administração de volumes totais maiores.
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