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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE
Produções Didático-Pedagógicas
Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7
Cadernos PDE
II
Título: Gestão Escolar Democrática: Instâncias Colegiadas 
Autor: Josiane Marques 
Disciplina/Área: Gestão Escolar 
Escola de 
Implementação: 
Colégio Estadual Liane Marta da Costa – Ensino 
Fundamental e Médio 
Município da escola: Guarapuava 
Núcleo Regional de 
Educação: 
Guarapuava 
Professora 
Orientadora: 
Clarice Linhares 
Instituição de Ensino 
Superior: 
UNICENTRO – PR. 
Relação 
Interdisciplinar: 
Língua Portuguesa, Artes, Informática 
Resumo: Muito se tem falado e escrito sobre a Gestão Escolar 
Democrática - GED, mas a maioria não participa nas 
decisões da escola porque desconhecem o que seja, e 
outros têm noções erradas sobre GED, inviabilizando 
ainda mais a participação. 
O presente artigo tem como objetivo “Avaliar as 
concepções de elementos da comunidade escolar no 
que se refere a gestão escolar democrática e seus 
desmembramentos, a fim de esclarecer as dúvidas 
existentes, contribuindo assim para democratização da 
escola pública.” Após reuniões com os líderes de turma, 
estes aplicarão um questionário para verificar o que a 
comunidade escolar entende sobre GED. A partir dos 
resultados, os alunos elaborarão materiais esclarecendo 
tópicos como: gestão democrática, instâncias 
colegiadas, projeto político-pedagógico e funções do 
gestor escolar. 
Palavras-Chave: Gestão democrática – instâncias colegiadas – Projeto 
Político Pedagógico 
Formato do Material: Unidade Didática 
Público: Representantes de Turma do Ensino Fundamental e 
Médio 
 
 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 Ultimamente, se tem falado e escrito sobre a Gestão Democrática Escolar, 
mas muitos discentes, e até mesmo docentes, acabam não participando nas 
decisões da escola justamente por desconhecerem o que significa essa modalidade 
de gestão da escola. Mais grave do que desconhecer o tema, entretanto, é ter ideias 
ou noções erradas sobre o mesmo, inviabilizando ainda mais a participação. 
 Segundo Silva (2008, p. 72): 
 
A gestão deve propiciar um ambiente de formação e aprimoramento da 
educação, sem discriminação de espécie alguma para que a escola cumpra 
sua função social que é formar cidadãos com valores, com opiniões que 
saibam viver em sociedade, respeitando a natureza na qual vivem e 
contribuindo para o desenvolvimento sustentável. 
 
 Portanto, na literatura consultada, cada educador apresenta o seu 
entendimento de Gestão Escolar Democrática. De modo geral, todos os significados 
do termo não deixam de estar corretos, embora muitas vezes não sejam condizentes 
com a realidade. De acordo com Libâneo (2004, p. 217 apud SILVA, 2009) houve 
muita crítica aos dirigentes de escola que mantinham o antigo sistema de gestão 
autocrática ou autoritária, cujas ações eram caracterizadas por intensa burocracia, 
conservadorismo, autoritarismo e centralização do poder. 
Sobre esse assunto, à algum tempo atrás, 
 
[...] a estrutura da escola brasileira até então se apresentava hierarquizada 
e extremamente burocratizada, refletindo a organização do sistema de 
ensino. Centralizava o poder e a autoridade e fazia do diretor o único 
responsável pela tomada de decisões, exercendo o papel de preposto do 
Estado e da comunidade (PARO, 1992, p. 43 apud TEIXEIRA, 2010, p. 4). 
 
 Esses dirigentes excessivamente burocráticos e autoritários ainda não são 
uma espécie em extinção. Estudos de Teixeira (2010) revelaram que, em 379 
escolas de Minas Gerais, 13% dos gestores escolares apresentavam tendência 
predominantemente conservadora, ao passo que apenas 10% das escolas 
demonstraram tendência predominantemente democrática. 
Felizmente, atualmente observa-se que são mais comuns as práticas de 
gestão e liderança participativa, atitudes menos rígidas e comprometimento com as 
mudanças que precisam ser feitas na educação. (LIBÂNEO, 2004, p. 217 apud 
SILVA, 2009) 
Foi a partir do século passado que tudo começou a mudar, sendo que, nessa 
época, segundo La Taille (1999), os “ventos democráticos” começaram a soprar na 
escola. A partir de então os alunos passaram a serem criadores; tornaram-se 
também responsáveis pelas decisões da gestão escolar, ganhando voz e espaço; os 
professores deixaram de lado aquela ‘autoridade abrangente’, incontestável, ou até 
mesmo despótica. 
 Para o educador Paro (2012 apud BALMANTE, 2012), o objetivo da educação 
deve ser o de “formar indivíduos e cidadãos”. Esse é realmente um objetivo 
democrático. Para cumprir essa finalidade, o diretor de escola deve organizar 
estratégias que sejam condizentes com tal objetivo. Para se realmente um gestor 
democrático, ele deve entender que precisa acabar com as hierarquias, deixando de 
trabalhar num sistema de relação vertical. Ele não pode estar sozinho no topo da 
pirâmide do poder. Ser gestor não significa mandar nos outros. Dentro de uma 
gestão realmente democrática, as decisões e as responsabilidades não ficam só nas 
mãos da diretoria, mas sim de um coletivo, pois não é só uma pessoa que centraliza 
o poder de decisão. 
 De acordo com Paro (2012 apud BALMANTE, 2012), a direção da escola 
deve estar disposta a ouvir os seus componentes, valorizar profissionalmente, 
respeitar e tratar os outros como sujeitos. Portanto, na escola democrática, o diretor 
deve arranjar tempo para ouvir opiniões, e não apenas para falar. 
 Assim sendo, como diretora de escola pública, a pesquisadora costumava 
escutar seus colaboradores. Agora, como ex-diretora de escola pública, a 
pesquisadora se dispõe a questionar a comunidade escolar sobre o tema do 
presente estudo, que partiu do seguinte problema de pesquisa: 
 “Existe, na escola pública, por parte dos alunos e até mesmo de todos os 
professores, a conscientização quanto ao que seja realmente uma gestão escolar 
democrática? Em caso afirmativo, qual a percepção de docentes e discentes de 
gestão democrática e de instâncias colegiadas, em uma escola pública do município 
de Guarapuava – PR.?” 
 Respondendo a esse problema de pesquisa, procura-se alcançar o objetivo 
do presente estudo, que consiste em “Avaliar as concepções de elementos da 
comunidade escolar no que se refere a gestão escolar democrática e seus 
desmembramentos, a fim de esclarecer as dúvidas existentes, contribuindo assim 
para democratização da escola pública.” 
Como Objetivos Específicos foram propostos os seguintes: 
 - Compilar as percepções da comunidade escolar quanto a conceitos como: 
gestão democrática, instâncias colegiadas, Projeto Político-Pedagógico e confrontar 
com as teorias vigentes; 
 - Produzir cartazes, com a participação de representantes de turma do 
Colégio, esclarecendo os temas supracitados; 
 - Construir outros materiais didáticos, tais como folders, ressaltando a 
importância da gestão escolar democrática e das instâncias colegiadas nesse 
processo. 
 A pesquisa será desenvolvida no Colégio Estadual Liane Marta da Costa – 
Ensino Fundamental e Médio, localizado no município de Guarapuava – PR. Através 
da aplicação de um questionário com perguntas abertas e fechadas (Anexo), será 
feito o levantamento do que a comunidade escolar (professores, alunos, pais, 
funcionários e outros) entende sobre Gestão Escolar Democrática. A partir dos 
resultados obtidos, serão elaborados cartazes e folders esclarecedores sobre os 
tópicos mais necessários, tais como: o que é gestão democrática, que são e quais 
são as instâncias colegiadas, que é o projeto político-pedagógico, quais são as 
funções do gestor escolar, existe diferença entre administração e gestão. Essa 
elaboração contará com a participação dos alunos que são líderes de turma e dos 
componentes das instâncias colegiadas. 
Então, esses alunos serão sujeitos da pesquisa, fazendo parte da mesma 
como forma de amostragem, uma vez que não é possívelo envolvimento de todos. 
Concomitantemente, estes alunos serão pesquisadores-colaboradores, 
entrevistando professores e funcionários da Escola, bem como pais que participam 
das instâncias colegiadas. Este será o Pré-Teste. 
Após a coleta de dados, será feita uma tabulação, e, com ajuda de alunos e 
outros voluntários, serão confeccionadas as cartilhas, para distribuição nas turmas e 
nas instâncias colegiadas. Depois de lidas pelos professores e/ou pelos 
alunos/pais/professores das instâncias colegiadas, será feito novo levantamento, 
com aplicação do mesmo questionário, para se avaliar os resultados. Portanto, este 
será o Pós-Teste. 
A metodologia utilizada será a Pesquisa Quanti-Qualitativa pois, segundo 
Portela (2004, p. 3-4): 
 
[...] a melhor forma de se pesquisar é através da integração entre os 
métodos quantitativo e qualitativo, pois para analisar-se com fidedignidade 
uma situação dada é necessário o uso de dados estatísticos e outros dados 
quantitativos, e também da análise qualitativa dos dados obtidos por meio 
de instrumentos quantitativos. 
 
 
A fundamentação teórica do presente estudo está embasada sobretudo em 
autores como Paro; Libâneo; Padilha e Wolf; Santinelo e Wolf; Silva, como 
demonstrado a seguir. 
 
 
2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 
 
2.1 Gestão Democrática e o Papel do Gestor Escolar 
 
O diretor escolar é o administrador, o gestor de um bem público, no caso das 
escolas públicas. Todos os profissionais que atuam na escola podem candidatar-se 
a esse cargo, mas a função administrativa requer algumas qualidades essenciais à 
construção de uma gestão emancipatória. Por exemplo: autoridade, 
responsabilidade, decisão, disciplina e iniciativa. (SILVA, 2009) 
Lück (2008 apud SANTINELO e WOLF, 2010, p. 24) aponta as seguintes 
características que considera essenciais ao gestor: “Pensar positivo; ser educado; 
ser organizado; ser cauteloso; respeitar as coisas alheias; ser atencioso; respeitar a 
saúde; cumprir o combinado; ter paciência; falar a verdade; e sobretudo Amar a 
família e os amigos.” 
A essa relação, Padilha e Wolf (2009, p. 124) ainda acrescentam: 
 
Confiança no próprio potencial, disposição ao risco, independência de 
pensamento e ação, persistência [...]. A iniciativa e a autoconfiança [...] a 
automotivação que impele o profissional a fazer por prazer e não 
simplesmente por obrigação, bem como o raciocínio crítico e analítico que 
caracterizam o pensamento divergente. 
 
 
Para Moran (2000, p.1 apud SANTINELO e WOLF, 2010, p. 27), “uma boa 
escola começa com um bom gestor”. Segundo o autor, a pessoa do gestor é 
necessária à vida escolar, especialmente do bom gestor, pois ele é imprescindível 
para tornar a escola mais ativa, procurar soluções e motivar o quadro funcional. Sua 
importância será cada vez maior, como animador, pessoa de visão e dinamizador 
das relações entre pais, professores e alunos. 
Gestão da educação é um processo político-administrativo contextualizado. É 
esse processo que organiza, orienta e torna possível a prática social da educação. 
(BORDIGNON & GRACINDO, 2001 apud DOURADO, 2008) 
A gestão escolar deve ser democrática, em dose dupla, ao menos, como 
afirma Paro ( 2001, p. 52 apud CORREA & GARCIA , 2007, p. 4) 
 
[...] para dar conta de seu papel, ela [a gestão escolar] precisa ser, pelo 
menos, duplamente democrática. Por um lado, porque ela se situa no 
campo das relações sociais onde, [...] torna-se ilegítimo o tipo de relação 
que não seja de cooperação entre os envolvidos. Por outro, porque [...] a 
característica essencial da gestão é a mediação para a concretização de 
fins; sendo seu fim a educação e tendo esta um necessário componente 
democrático, é preciso que exista a coerência entre o objetivo e a mediação 
que lhe possibilita a realização, posto que fins democráticos não podem ser 
alcançados de forma autoritária. 
 
Ainda de acordo com Paro (1993 apud CORREA & GARCIA, 2007), a 
educação escolar está ligada aos interesses e forças sociais, em uma determinada 
época. A administração da escola encontra-se muito ligada à sociedade porque é no 
meio social que a administração escolar se realiza e exerce sua ação. 
Concomitantemente, é aí que ela também encontra as origens de seus 
condicionantes. O autor prossegue, afirmando: 
 
Para um tratamento objetivo da atividade administrativa escolar é preciso, 
portanto, que a análise dos elementos mais especificamente relacionados à 
administração e à escola seja feita em íntima relação com o exame da 
maneira como está a sociedade organizada e das forças econômicas, 
políticas e sociais aí presentes. (PARO, 1993, p. 13 apud CORREA & 
GARCIA, 2007, p. 2). 
 
A escola precisa preparar o aluno para uma sociedade democrática. Segundo 
Padilha e Wolf (2009, p. 112): 
 
Assim, a gestão participativa da escola se põe como condição de afirmação 
da cidadania na medida em que estabelece relações horizontais, impulsiona 
a autonomia, sedimenta formas de poder pautadas pelo compromisso com 
os interesses da maioria, contribuindo assim, para a instauração de um 
ambiente educativo, guiado pelos princípios democráticos, dinâmico, critico 
e, consequentemente, criativo. 
 
 
Conforme as autoras, a gestão escolar assume características diversas da 
gestão de uma empresa. A gestão da escola deve ser meio para a realização do 
processo ensino-aprendizagem. Se ela assemelhar-se à gestão empresarial, 
passará a ser apenas um feixe de normas sem conteúdo particular, genéricas. Isso 
favorecerá a burocracia, prejudicando a criatividade, a crítica e a autonomia do 
pensamento e da prática política. (PADILHA & WOLF, 2009) 
O gestor não pode ser apenas um chefe ou um burocrata, porque a escola 
não precisa de chefe burocrata: “[...] à escola faz falta um colaborador, alguém que, 
embora tenha atribuições, compromissos e responsabilidades diante do Estado, não 
esteja apenas atrelado ao seu poder e colocado acima dos demais”.(PARO, 1997, p. 
112 apud CORREA & GARCIA, 2007, p. 3). 
 
 
Complementando, Silva (2009, p. 68) afirma que os tempos atuais requerem 
um gestor “aberto a novas idéias e de valorização aos saberes de cada membro da 
equipe para contar com a participarão de todos e construir uma gestão 
emancipatória, fundamental na formação de jovens cidadãos”. 
Assim como a gestão democrática exige novo perfil do gestor, também requer 
novos docentes, mais participativos. 
 
 
2.2 Os Docentes e o Projeto Político-Pedagógico 
 
Registrando as propostas educativas a serem realizadas numa instituição de 
ensino, o Projeto Político Pedagógico – PPP, assemelha-se a um manual: “Assim, o 
PPP é o guia orientador das ações educativas e se vincula a um projeto histórico 
social, já que traz em seu bojo o modo de a escola compreender o seu papel na 
sociedade.” (PADILHA & WOLF, 2009, p. 105) 
Como explicam as autoras, esse documento traz os significados que 
assumem, para a escola, de palavras-chave como: homem, mundo, sociedade, 
escola e, principalmente, educação. Contém concepções, objetivos, fundamentação 
teórica, que norteiam a prática escolar, considerando seus aspectos políticos e 
pedagógicos. É algo inconcluso, estando em construção cotidianamente. 
O Projeto Político Pedagógico é uma exigência da legislação de ensino - a Lei 
de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN n. 9.394, de 20 de dezembro 
de 1996, que lhe dedica atenção especial, nos artigos 12 a 14. 
O artigo 12, inciso I, da determina que os estabelecimentos de ensino 
precisam “elaborar e executar sua proposta pedagógica”. (BRASIL, 1996) No Inciso 
VII desse artigo consta que é “incumbência da escola informar os pais e 
responsáveis sobre a frequência e o rendimento dos alunos, bem como sobre a 
execução de sua proposta pedagógica”. (BRASIL, 1996) 
Com relação aos professores, o artigo 13, Inciso I, preconiza que o corpo 
docente deve contribuir na construção da proposta pedagógica da escola, e“elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do 
estabelecimento de ensino” (art. 13, Inciso II). (BRASIL, 1996) 
Em seu artigo 14, a LDBEN determina: 
Os sistemas definirão as formas de gestão democrática de acesso público na 
educação básica, de acordo com suas peculiaridades e conforme os seguintes 
princípios: 
I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto 
pedagógico da escola; 
II – participação das comunidades escolar e local ou conselhos escolares ou 
equivalentes”. (BRASIL, 1996) 
 
 
 Segundo Veiga (2002) um projeto não é feito para ser arquivado ou para 
provar às autoridades educacionais que a escola exerce suas funções burocráticas. 
Ele deve ser posto em prática diariamente, sendo vivenciado por todos que 
participam do processo educativo da escola. 
Para Martins e Czernisz (2014), o projeto político-pedagógico deve conter 
novos paradigmas de gestão e de práticas pedagógicas, para que a escola 
corresponda às necessidades e aos anseios dos alunos, professores, pais, enfim, de 
todos os envolvidos na escola. 
A não participação, de acordo com Paro (2005), muitas vezes é explicada 
como sendo um comodismo não justificado, que integra a tradição cultural brasileira. 
Existem muitos exemplos, na própria história oficial, que contribuem para enraizar 
essa crença, pois muitas vezes não revela atividades de movimentos populares e 
do papel histórico das lutas das classes “inferiores” no Brasil, apresentando 
apenas a história dos heróis e dos movimentos comandados por elementos das 
elites dominantes. Esse mito, ao afimar que a comunidade deixa de participar por 
tradição cultural, todavia, não tem fundamento. Segundo o autor, essa explicação 
para a não-participação cai por terra, pois os movimentos populares se 
organizam nas periferias das metrópoles, reivindicando creches, assistência 
médica, escolas, melhorias na infraestrutura urbana e outras. 
De acordo com Padilha e Wolf (2009, p. 115), “a gestão educacional deve ser 
autônoma, crítica e transformadora. Ela articula-se ao Projeto Político Pedagógico, 
instrumento legitimo, fruto de discussões abertas, cujo cerne necessita ser um 
projeto de sociedade mais democrática”. 
Valorizando a identidade da escola, o PPP deve contar com a participação 
dos professores e especialistas da educação, pois assim o diretor não centraliza as 
decisões. Ao invés disso, surge um processo fortalecedor da função social da 
escola, que é o trabalho coletivo entre todos os componentes da escola e destes 
com a comunidade. (NEVES, 2007) 
 Conforme alerta Paro (2001), não se pode reduzir a gestão escolar a 
soluções tecnicistas próprias da administração empresarial capitalista. De acordo 
com essa tendência, os problemas educacionais resolvem-se com a adoção de 
técnicas gerenciais da empresa comercial, acompanhadas de treinamentos 
intensivos dos gestores, dos professores e demais funcionários das escolas. 
Como se sabe, uma escola é diferente de uma organização capitalista.
 O gestor precisa encontrar um horário para conversar com os professores, 
ouvir suas angústias, esclarecendo as dúvidas que puder, pois o referido autor 
complementa que a direção deve ser líder tanto no aspecto técnico quanto no 
aspecto político. Paro (2012 apud BALMANTE, 2012) sugere que o gestor escolar 
incentive a leitura de textos críticos entre os docentes, e posteriormente dialogue 
com eles a respeito. Também propõe que o gestor incentive um professor a assistir 
a aula de um colega, e vice-versa, ensejando a avaliação do Plano de Trabalho 
Docente e a troca de sugestões entre os docentes. Essas sugestões são válidas, 
pois é importante que os educadores troquem experiências e até mesmo 
compartilhem materiais didáticos e metodologias de ensino. Acredita-se que assim, 
em colaboração, todos poderão trabalhar melhor. 
Portanto, participando da elaboração do Projeto Político-Pedagógico de sua 
escola, os professores estarão contribuindo para a concretização da gestão escolar 
democrática, num clima de igualdade e liberdade, lutando em prol da qualidade da 
educação, que é um direito de todos os alunos. 
 
 
2.3 As Instâncias Colegiadas 
 
Assim como os professores participam na construção do Projeto Político-
Pedagógico, também podem participar das Instâncias Colegiadas, juntamente com 
os alunos. De acordo com Paro (2007), para que os alunos participem ativamente na 
vida pública, hoje e futuramente, e possam criar os seus próprios direitos, a 
educação deve muni-los com capacidades políticas e culturais. Imprescindíveis para 
o cumprimento dessas atribuições. 
 Portanto, justiça-se a existência das Instâncias Colegiadas, que devem ser 
implementadas com a colaboração do pedagogo. Segundo Libâneo (2007,p.33), 
visto que: 
 
A pedagogia ocupa-se da educação intencional. Como tal, investiga os 
fatores que contribuem para a construção do ser humano como membro de 
uma determinada sociedade, e os processos e meios dessa formação. Os 
resultados obtidos dessa investigação servem de orientação da ação 
educativa, determinam princípios e formas de atuação, ou seja, dão uma 
direção de sentido à atividade de educar. 
 
Os mecanismos de participação compreendem: o Conselho Escolar, o 
Conselho de Classe, a Associação de Pais e Mestres e o Grêmio Estudantil. No 
entanto, como adverte Paro (2001, p.67), entrar para um grêmio, por exemplo, não 
garante que o aluno cumpra suas obrigações enquanto membro: 
 
O envolvimento das pessoas como sujeitos na condução das ações é 
apenas uma possibilidade, não uma garantia. Especialmente em 
sociedades com fortes marcas tradicionalistas, sem uma cultura 
desenvolvida de participação social, é muito difícil conseguir que os 
indivíduos não deleguem a outros aquilo que faz parte de sua obrigação 
como sujeito partícipe da ação coletiva. 
 
 
A verdadeira participação de todos, pais, educadores, alunos e funcionários 
da escola, muitas vezes parece ser um sonho impossível. A proposta de uma gestão 
democrática da escola de ensino Fundamental e Médio torna-se “uma coisa utópica” 
(PARO, 2005). Mas ela é possível. 
2.3.1 Conselho de Classe 
 
Um mecanismo de participação da comunidade escolar no funcionamento da 
instituição de ensino é o Conselho de Classe, que contribui para a formação cidadã. 
Conforme Paro (2007), a construção da democracia é feita na própria prática social. 
A partir do momento em que o fazer político passa a ser considerado como uma 
atribuição humano-social, torna-se possível a convivência entre grupos e pessoas. O 
autor acrescenta que “faz-se necessário um processo educativo que envolva a 
interação entre sujeitos livres, como o que pode (e deve) ser desenvolvido na 
escola”. (PARO, 2007, p. 24) 
Brasil (2004) salienta que o conselho, desde suas raízes, quer fossem 
colegiado de anciãos, de notáveis ou de representação popular, eram formas de 
deliberação coletiva. Eram constituídos por indivíduos que eram porta-vozes de um 
grupo social, a princípio nas assembleias legitimadas pela tradição e costumes; 
posteriormente surgem normas escritas sobre assuntos de interesse estatal. 
Oliveira (2014, p. 1) assim o define: 
 
O Conselho de Classe é um órgão colegiado, presente na organização da 
escola, em que os vários professores das diversas disciplinas, juntam-se a 
equipe pedagógica, ou mesmo os supervisores e orientadores educacionais 
para refletir e avaliar o desempenho pedagógico dos alunos das diversas 
turmas, séries a cada bimestre. 
 
Os conselhos de educação “inserem-se na estrutura dos sistemas de ensino 
como mecanismos de gestão colegiada, para tornar presente a expressão da 
vontade da sociedade na formulação das políticas e das normas educacionais e nas 
decisões dos dirigentes”. (BRASIL, 2004, p. 24) 
Com a participação nos conselhos, há um consenso. De modo geral, 
predomina o bom senso. 
 
 
2.3.2 Conselho EscolarComo os demais, este mecanismo de participação na gestão democrática 
apresenta características próprias. Para Veiga (1998), o Conselho Escolar 
caracteriza-se como um órgão máximo de decisão na escola. Sua função é 
aproximar os atores dos centros de decisão, acabando com as relações verticais, 
burocráticas e formais. Com isso, as comunicações melhoram, sendo possível a 
comunicação vertical e também a horizontal. Outra característica do Conselho 
Escolar é que há delegação de responsabilidades, possibilitando o envolvimento de 
vários participantes. Com isso, gera descentralização. 
Segundo Paro (2001), após a inserção do Conselho em uma política mais 
ampla da gestão escolar, tornar-se necessário definir com precisão as suas funções. 
Cada elemento que o compõe deve ter atribuições e competências, tornando-se 
também responsável pela direção da escola, sem causar conflito de competências 
com o responsável. O autor sugere que o Conselho de escola exerça funções 
diretivas, similares às do diretor. Assim, o responsável último pela escola não será 
mais o diretor, e sim o próprio conselho, em corresponsabilidade com o diretor, que 
será um dos seus membros. A vantagem disso será que o Conselho, como entidade 
coletiva, torna-se mais forte, e pode tomar decisões mais ousadas, sem que apenas 
uma pessoa, sozinha, possa ser punida administrativamente. Complementa Paro 
(2001, p. 82): 
 
Supõe-se que, assim, o dirigente da escola (o conselho) detenha maior 
legitimidade e maior força política, posto que representa todos os setores da 
escola. Seu poder de barganha e sua capacidade de pressão, para 
reivindicar benefícios para a escola, seriam, também, superiores ao do 
diretor isolado. 
 
Segundo Paro (1998, p. 46), a participação democrática não vem por acaso, 
de repente, sozinha. Sendo ela “um processo histórico em construção coletiva”, é 
necessário prever mecanismos institucionais que tornem possíveis e instiguem 
práticas participativas na escola pública. Portanto, o Conselho Escolar é um 
mecanismo de participação democrática que deve ser criado, pois propicia a união 
de seus membros, representantes da escola, dando mais força ao coletivo. 
 
 
2.3.3 Associação de Pais e Mestres 
 
A APM ou APMF reúne pessoas diretamente ligadas ao aluno, como seus 
pais, professores e funcionários da escola que frequenta. Explicando melhor, trata-
se de uma pessoa jurídica de direito privado, que representa Pais, Mestres e 
Funcionários do Estabelecimento de Ensino, por um determinado período. Não 
possui cunho político-partidário, religioso ou racial. (BRASIL, 2003, apud SECO, 
2012) 
A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 5.692, de 11 de agosto 
de 1971, enfatizou a importância da Associação de Pais, Mestres e Funcionários – 
APMF, ou apenas Associação de Pais e Mestres – APM, em vários artigos. 
O seu artigo 41 reza que: “A educação constitui dever da União, dos Estados 
do Distrito Federal, dos Territórios, dos Municípios, das empresas da família e da 
comunidade em geral, que entrosarão recursos e esforços para promovê-la e 
incentivá-la” (BRASIL, 1971). 
De acordo com seu artigo 62, a APM é obrigatória nas escolas: 
 
Cada sistema de ensino compreenderá obrigatoriamente, além de serviços 
de assistência educacional que assegurem aos alunos necessitados 
condições de eficiência escolar, entidades que congreguem professores e 
pais de alunos, com o objetivo de colaborar para o eficiente funcionamento 
dos estabelecimentos de ensino. (BRASIL, 1971) 
 
 
Os parágrafos 1º e 2º do referido artigo preconizam que os serviços de 
assistência supra citados visam principalmente a assegurar que todas as crianças 
em idade escolar frequentem a escola. Essa assistência pode ser material 
(financeira), traduzindo-se em ajuda econômica para que o aluno carente possa 
comprar material escolar, vestuário ou alimentos, utilizar transporte, dispor de 
tratamento médico e dentário, bem como de outras formas de assistência familiar. 
Cabe ao Poder Público fomentar a criação dessas entidades de assistência 
educacional. (BRASIL, 1971) 
De acordo com Dourado (2008), a Associação de Pais e Mestres, como 
instância de participação, é outro mecanismo de participação da comunidade na 
escola. Possibilita o contato entre os pais e a instituição, levando a educação 
escolarizada para além dos muros da escola e favorecendo a democratização da 
gestão escolar. 
Padilha e Wolf (2009, p. 112) complementam: 
 
A gestão escolar, encaminhada de forma participativa, sedimenta a 
concepção da relação entre escola e comunidade como via de mão dupla, 
isto é, explicita a compreensão de que a comunidade necessita se 
pronunciar no tocante à condução da escola. 
 
 Portanto, os pais e alunos participando, sabem o que se passa lá dentro, e a 
escola conhece mais o aluno e sua família. Há participação e diálogo. 
 
 
2.3.4 Grêmio Estudantil 
 
Outro mecanismo de participação no funcionamento escolar é o Grêmio 
Estudantil, reflexo da democracia na escola. De acordo com Paro (2007), 
democracia formal é a atividade de políticos profissionais. Contudo, na escola, este 
tipo de democracia está muito ligado a eleições e representação, tanto que quase se 
esgota nesses elementos. Por seu turno, a democracia na escola seria a utilização 
desses mecanismos de participação na gestão escolar: conselho de escola, 
associação de pais e mestres, grêmio estudantil e, às vezes, eleição de dirigentes. 
De acordo com o Estado do Paraná (1995, p. 8), ao longo de sua história, os 
Grêmios Estudantis sempre desempenharam “importante papel na formação e no 
desenvolvimento educacional, cultural e esportivo da nossa juventude, organizando 
debates, apresentações teatrais, festivais de música, torneios esportivos e outras 
festividades”. 
A constituição de um Grêmio Estudantil é recomendada e regulamentada por 
leis. Em 1985, com a Lei Federal n. 7398, de 04 de novembro de 1985, que trata da 
organização de entidades representativas dos alunos de 1.º e 2.º graus e dá outras 
providências, o Poder Legislativo garantiu o funcionamento dos Grêmios Estudantis, 
considerados “entidades autônomas de representação dos alunos”. (PARANÁ, 2012) 
 
Aos alunos dos Estabelecimentos de Ensino de 1.º e 2.º graus fica 
assegurada a organização de Alunos como entidades autônomas 
representativas dos interesses dos alunos secundaristas com finalidades 
educacionais, culturais, cívicas esportivas e sociais. 
 
A Lei n. 8.069, de 13 de Julho de 1990, mais conhecida como Estatuto da 
Criança e do Adolescente – ECA, em seu artigo 53, inciso IV, assegura aos 
estudantes o direito de se organizarem e participar de entidades estudantis. Outro 
respaldo é a Lei n. 7.844, de 13 de Maio de 1992, que dá direito aos estudantes de 
pagarem meio entrada, em eventos culturais. 
De acordo com a Lei estadual n. 11.057, de 17 de janeiro de 1995, aos 
estabelecimentos de ensino de 1º. e 2.º graus, públicos ou privados, no Estado de 
Paraná, é permitida a livre organização de Grêmios estudantis. Esse é o teor do seu 
artigo 1.º, conforme segue: 
“Art. 1.º É assegurada nos Estabelecimentos de Ensino de 1º e 2º graus, públicos ou 
privados no Estado do Paraná, a livre organização de Grêmios Estudantis, para 
representar os interesses e expressar os pleitos dos alunos”. (PARANÁ, 1995) 
 Segundo o Estado do Paraná (1995), o incentivo à representação estudantil 
sinaliza para “um caminho de democratização da escola”. Assim sendo, os gestores 
das escolas públicas deve incentivar a criação de um Grêmio, pois esse mecanismo 
de participação “é um apoio à Direção numa gestão colegiada”. 
 No mesmo sentido, Libâneo (2004, p. 131) salienta que esta instância 
colegiada contribui para a Gestão Democrática da Escola. Para ter validade, precisa 
constar no Regimento Escolar, e também deve ser uma instituição autônoma: “[...] é 
recomendável que tenham autonomia de organizaçãoe funcionamento, evitando-se 
qualquer tutelamento por parte da Secretaria de Educação ou da direção da Escola”. 
 Além disso, a atuação em Grêmios Estudantis é importante, porque 
“representam para muitos jovens os primeiros passos na vida social, cultural e 
política. Assim, os Grêmios contribuem, decisivamente, para a formação e o 
enriquecimento educacional de grande parcela da nossa juventude.” (PARANÁ, 
1995) 
 Assim, segundo Paro (2005, p. 12), “a escola só poderá desempenhar um 
papel transformador se estiver junto com os interessados, se organizar para atender 
aos interesses [...] das camadas às quais essa transformação favorece, ou seja, das 
camadas trabalhadoras”. Vale ressaltar, como já foi citado, que há diferentes 
maneiras de unir forças: nos Grêmios, nas APMFs, nos Conselhos... 
 
 
3 ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS 
 
3.1 Sequência 1 
 
 
 
 
 
Apresentação Pessoal 
e do PDE 
 
 
 
 
 
No primeiro encontro com os alunos, serão expostos os objetivos do Projeto 
de Intervenção a ser desenvolvido na Escola. Após a apresentação pessoal da 
Professora PDE, serão feitas as apresentações dos alunos. Para esta apresentação, 
serão distribuídos novelos de fio de tricô nas filas, sendo que cada aluno deve pegar 
para si um pedaço de fio e passar o novelo para o colega seguinte proceder de igual 
modo, à vontade. De acordo com o comprimento do fio retirado, cada aluno, por fila, 
deve ir enrolando-o num dedo e ir falando sobre si mesmo. 
 
 
 
Exemplo: Meu nome é Josiane, sou Professora de Física, graduada em 
Matemática e Física. Leciono no Colégio desde ... Gosto de .... Não gosto de.... 
Após a aplicação desta técnica, serão amarradas grandes colheres de pau na 
mão direita de cada aluno, e o braço esquerdo será imobilizado. Serve-se um 
lanche, e todos são convidados a lanchar. Contudo, ninguém poderá comer, porque 
a colher não alcançará a própria boca. A seguir, caso nenhum aluno tenha percebido 
como é possível comer, procede-se à leitura ou distribui-se o texto seguinte: 
 
 
 
 
Oi, meu nome é 
Josiane. Tudo 
bem? 
Muito prazer em 
conhecê-la, 
Professora! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Certo dia, um homem foi enviado a 
conhecer o Céu e o Inferno. Primeiro 
visitou o Inferno, e ao lá chegar ficou 
impressionado com as almas em redor 
de uma mesa repleta de comida. Tanta 
comida que duraria uma eternidade a ser 
consumida. Mas todas as almas estavam 
famintas, pois as colheres, que estavam 
atadas às suas mãos, eram demasiado 
longas, e era-lhes impossível levar a 
comida à boca. A frustração e desespero 
por não conseguirem comer, era a sua 
tortura eterna. Depois foi visitar o Céu, e 
ao lá chegar, deparou-se com situação 
idêntica. Uma mesa repleta de comida e 
almas com colheres igualmente longas 
presas às mãos. Porém, aqui, todas as 
almas estavam felizes e satisfeitas, pois 
alimentavam-se uns aos outros, 
estendendo as suas colheres até à boca 
dos outros.” 
 
 
Após o lanche, distribui-se esta mensagem como lembrancinha do encontro. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Com carinho, 
Professora Josiane Marques 
 
 
 
3.2 Sequência 2 
 
 
 
 
 
 
 
apresentação do 
projeto político 
pedagógico 
 No segundo encontro com os alunos, será apresentado um slide para que 
entendam melhor o que significa o PPP de uma Escola. Serão destacados os 
tópicos importantes de um Projeto Político-Pedagógico, utilizando-se o PPP do 
Colégio como modelo. 
 - Conceito de Projeto: 
 
 
 
 
 
 
 - Conceito de PPP, segundo Neves (1995): 
 
 
 
 
 
 
 
- Definição de PPP do Colégio Liane Marta da Costa (2013): 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Projeto do latim projectu) = “lançar para diante”. 
 Pode significar “plano, intento, desígnio, empresa, empreendimento, 
redação provisória de lei, plano geral de edificação”. 
 
Instrumento de trabalho que mostra o que vai 
ser feito, quando, de que maneira, por quem, 
para chegar a que resultados. 
 
 “O PPP é a própria organização do trabalho pedagógico escolar como um todo, em suas especificidades, níveis e 
modalidades. Exige e articula a participação de todos os sujeitos do processo educativo: Professores, Agentes 
Educacionais, Pais, Alunos e comunidade em geral para construir uma visão global da realidade e dos compromissos 
coletivos.” 
 
 
“o PPP do CELMC visa uma educação de qualidade, 
organizada, compromissada, embasada pelo conhecimento científico, 
em prol da concretização da função social da escola, 
 buscando a transformação da realidade social, econômica e política.” 
No total, serão 20 slides, aproximadamente, sendo que a maioria apresenta 
apenas imagens. Com isso, objetiva-se já ir incentivando, ir motivando os alunos 
para a produção de folders e cartazes sobre o PPP, numa próxima atividade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.3 Sequencia 3 
 
 
 
 
 
 
 
 Nesse terceiro encontro com os alunos, será apresentado o questionário 
abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
Questionário 
 
 
Prezados pais, educadores, funcionários e colegas, 
Solicitamos sua colaboração com a pesquisa da Professora PDE Josiane Marques, 
respondendo com suas palavras as questões a seguir. 
 Antecipadamente agradecemos. 
 Representantes de Turma do Colégio Liane 
 
QUESTIONÁRIO: Idade: _________________ 
 
Situação/função na escola: 
 ( ) Professor (a) ( ) Aluno (a) 
 ( ) Agente Educacional I ( ) Agente Educacional II 
 ( ) Pai / Responsável ( ) Outra (o) 
 
 
 1. Que você entende por Gestão Escolar Democrática? 
________________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________________ 
 
2. Acredita que existe uma Gestão Democrática na sua escola? 
 ( ) Sim ( ) Não 
 
Por quê? 
________________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________________ 
 
3. Pelo que você observa no teu cotidiano escolar, qual é a principal função da Direção da escola? 
________________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________________ 
 
4. Se você fosse Diretor(a) desta escola, quais seriam tuas primeiras providências? 
________________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________________ 
 
5. Já participou de uma instância colegiada? 
 ( ) Sim ( ) Não 
 
 Qual? 
 ( ) APMF ( ) Grêmio Estudantil 
 ( ) Conselho Escolar ( ) Conselho de Classe 
 
6. Gostaria de participar futuramente? 
 ( ) Sim ( ) Não 
 
 Por quê? (Para quê?) 
________________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________________ 
 
7. Na tua opinião, qual é a principal função da APMF na escola? 
________________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________________8. Qual é, no teu entendimento, o objetivo do Conselho Escolar? 
________________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________________ 
 
9. Acha importante a existência de um Grêmio Estudantil na escola? Por quê? Para quê? 
________________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________________ 
 
10. Para você, qual é a principal função do Conselho de Classe? 
________________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________________ 
 
11. Que entende por Projeto Político-Pedagógico? 
________________________________________________________________________________________________________ 
________________________________________________________________________________________________________ 
 
12. Já participou da elaboração/reconstrução do Projeto Político-Pedagógico da escola? 
 ( ) Sim ( ) Não 
 
 De que forma? 
________________________________________________________________________________________________________
________________________________________________________________________________________________________ 
 
 
 Após leitura do Questionário, será feita a explicação de como aplicar o 
mesmo aos pais, alunos, professores, Agentes 1 e 2 do Colégio Liane. 
 
 
3.4 Sequência 4 
 
 
 
 
 
 
Após a aplicação dos questionários, os alunos assistirão a um vídeo sobre 
Colaboração. Agradecendo a participação de todos, serão entregues cartõezinhos 
com pirulitos a cada aluno. Nesta sequencia passa-se à separação dos 
questionários, pelos alunos. Também serão esclarecidas as dúvidas que surgiram 
nos questionários a partir do Projeto Político Pedagógico. 
 
COLABORAÇÃO 
 
 
 
 
3.5 Sequencia 5 
 
 
 
 
 
 
 
 No Laboratório de Informática do Colégio, os alunos aprenderão como criar 
um folder. Após a criação do folder, será feita a impressão do mesmo, para 
distribuição no Colégio, esclarecendo a comunidade escolar sobre Gestão 
Democrática. 
 
 
3.6 Sequencia 6 
 
 
 
 
 
 
FOLDER 
 
Cartaz 
VALEU!!!!!!! 
 Abraços da Professora PDE/2014 Josiane Marques 
 A partir das dúvidas demonstradas nas respostas ao questionário, os alunos 
aprenderão a fazer cartaz e confeccionarão vários, sanando essas dúvidas. Após, 
será feita a montagem de uma exposição no ambiente escolar. Os textos e/ou 
imagens dos cartazes serão explanados para os pais, funcionários e professores. 
Em data posterior, serão apresentados às 12 turmas do Colégio. 
 
3.7 Sequencia 7 
 
 
 
 
 
 Como última atividade, será feito o recolhimento e registro do material 
utilizado durante as atividades do PDE. 
 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 O estudo realizado possibilitou a compreensão de que a gestão 
democrática não é uma nova “moda”, pois foi implementada a partir da Constituição 
Federal de 1988, mas sim uma antiga necessidade dos estabelecimentos de ensino 
da rede pública. 
Ao contrário da rede particular, na escola pública não há um 
“proprietário” ou um “gerente administrativo” com alçada para solucionar todas as 
questões sozinho e com recursos próprios. O diretor da escola pública está à frente 
da instituição pública, mas, sob a égide da democracia, deve tomar decisões 
consultando o coletivo, ou seja, as instâncias colegiadas. Uma delas é o Conselho 
Escolar, o órgão máximo dentro de uma escola pública. 
 Na pesquisa realizada na Escola X, constatou-se que a gestão escolar 
democrática ainda não está totalmente implantada, pois os alunos e até mesmo 
alguns professores não sabem ou não demonstram interesse em saber, qual a sua 
função e importância dentro do colegiado. 
Para que esse colégio cumpra a contento as suas atribuições, 
inicialmente é necessário deixá-las bem especificadas, através do regimento próprio, 
um fato que já ocorre, porém nem todos tem interesse em se inteirar do mesmo. 
REGISTRO 
Outra necessidade constatada foi a realização de mais reuniões, e a maior 
participação dos membros, para que todos venham a se inteirar do regimento e do 
Projeto Politico Pedagógico. E também no sentido de ações profiláticas, e não 
apenas para solucionar problemas já ocorridos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Educação da USP. Gestao Escolar. n. 18, Fevereiro/Março 2012. Disponível em: 
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faculdade-educacao-usp-680062.shtml?page=1> Acesso em: 02.out.2014. 
 
BRASIL 
 
CORREA, Bianca Cristina e GARCIA Teise de Oliveira Guaranha. Estágio 
supervisionado como experiência formativa para a democratização da gestão 
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<http://www.anpae.org.br/congressos_antigos/simposio2007/54.pdf> Acesso em 
22/03/14. 
 
FERREIRA, Naura Syria C. (Org.). Políticas Públicas e Gestão da Educação: 
polêmicas, fundamentos e análises. Brasília: Líber Livro, 2006. Disponível em: 
<http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conte
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LA TAILLE, Y. de. Autoridade na escola. In: AQUINO, Julio Groppa. (Org.). 
Autoridade e autonomia na escola: alternativas teóricas e práticas. São Paulo: 
 
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência da Educação. 
Diretoria de Políticas e Programas Educacionais. Coordenação de Gestão Escolar. 
Gestão democrática nos sistemas e na escola. Curitiba: SEED – PR, 2007. 
Disponível em: 
http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/profuncionario/11gestao_de
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PARO, Vitor Henrique. Gestão democrática da escola pública. São Paulo: Atica, 
2004. 
 
PORTELA, Girlene Lima. Pesquisa quantitativa ou qualitativa? Eis a questão. 
Universidade Estadual de Feira de Santana. Disponível em: 
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SANTINELO, Jamile e WOLF, Rosangela Abreu do Prado. Aplicação tecnológica e 
ambiental em gestão. Guarapuava: Ed. da UNICENTRO, 2010. 
 
SILVA, Eliane Pereira da. A importância do gestor educacional na instituição 
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TEIXEIRA, Lúcia Helena G. Gestão democrática da escola pública: um objeto de 
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