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OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Produções Didático-Pedagógicas Versão Online ISBN 978-85-8015-079-7 Cadernos PDE II Título: Gestão Escolar Democrática: Instâncias Colegiadas Autor: Josiane Marques Disciplina/Área: Gestão Escolar Escola de Implementação: Colégio Estadual Liane Marta da Costa – Ensino Fundamental e Médio Município da escola: Guarapuava Núcleo Regional de Educação: Guarapuava Professora Orientadora: Clarice Linhares Instituição de Ensino Superior: UNICENTRO – PR. Relação Interdisciplinar: Língua Portuguesa, Artes, Informática Resumo: Muito se tem falado e escrito sobre a Gestão Escolar Democrática - GED, mas a maioria não participa nas decisões da escola porque desconhecem o que seja, e outros têm noções erradas sobre GED, inviabilizando ainda mais a participação. O presente artigo tem como objetivo “Avaliar as concepções de elementos da comunidade escolar no que se refere a gestão escolar democrática e seus desmembramentos, a fim de esclarecer as dúvidas existentes, contribuindo assim para democratização da escola pública.” Após reuniões com os líderes de turma, estes aplicarão um questionário para verificar o que a comunidade escolar entende sobre GED. A partir dos resultados, os alunos elaborarão materiais esclarecendo tópicos como: gestão democrática, instâncias colegiadas, projeto político-pedagógico e funções do gestor escolar. Palavras-Chave: Gestão democrática – instâncias colegiadas – Projeto Político Pedagógico Formato do Material: Unidade Didática Público: Representantes de Turma do Ensino Fundamental e Médio 1 INTRODUÇÃO Ultimamente, se tem falado e escrito sobre a Gestão Democrática Escolar, mas muitos discentes, e até mesmo docentes, acabam não participando nas decisões da escola justamente por desconhecerem o que significa essa modalidade de gestão da escola. Mais grave do que desconhecer o tema, entretanto, é ter ideias ou noções erradas sobre o mesmo, inviabilizando ainda mais a participação. Segundo Silva (2008, p. 72): A gestão deve propiciar um ambiente de formação e aprimoramento da educação, sem discriminação de espécie alguma para que a escola cumpra sua função social que é formar cidadãos com valores, com opiniões que saibam viver em sociedade, respeitando a natureza na qual vivem e contribuindo para o desenvolvimento sustentável. Portanto, na literatura consultada, cada educador apresenta o seu entendimento de Gestão Escolar Democrática. De modo geral, todos os significados do termo não deixam de estar corretos, embora muitas vezes não sejam condizentes com a realidade. De acordo com Libâneo (2004, p. 217 apud SILVA, 2009) houve muita crítica aos dirigentes de escola que mantinham o antigo sistema de gestão autocrática ou autoritária, cujas ações eram caracterizadas por intensa burocracia, conservadorismo, autoritarismo e centralização do poder. Sobre esse assunto, à algum tempo atrás, [...] a estrutura da escola brasileira até então se apresentava hierarquizada e extremamente burocratizada, refletindo a organização do sistema de ensino. Centralizava o poder e a autoridade e fazia do diretor o único responsável pela tomada de decisões, exercendo o papel de preposto do Estado e da comunidade (PARO, 1992, p. 43 apud TEIXEIRA, 2010, p. 4). Esses dirigentes excessivamente burocráticos e autoritários ainda não são uma espécie em extinção. Estudos de Teixeira (2010) revelaram que, em 379 escolas de Minas Gerais, 13% dos gestores escolares apresentavam tendência predominantemente conservadora, ao passo que apenas 10% das escolas demonstraram tendência predominantemente democrática. Felizmente, atualmente observa-se que são mais comuns as práticas de gestão e liderança participativa, atitudes menos rígidas e comprometimento com as mudanças que precisam ser feitas na educação. (LIBÂNEO, 2004, p. 217 apud SILVA, 2009) Foi a partir do século passado que tudo começou a mudar, sendo que, nessa época, segundo La Taille (1999), os “ventos democráticos” começaram a soprar na escola. A partir de então os alunos passaram a serem criadores; tornaram-se também responsáveis pelas decisões da gestão escolar, ganhando voz e espaço; os professores deixaram de lado aquela ‘autoridade abrangente’, incontestável, ou até mesmo despótica. Para o educador Paro (2012 apud BALMANTE, 2012), o objetivo da educação deve ser o de “formar indivíduos e cidadãos”. Esse é realmente um objetivo democrático. Para cumprir essa finalidade, o diretor de escola deve organizar estratégias que sejam condizentes com tal objetivo. Para se realmente um gestor democrático, ele deve entender que precisa acabar com as hierarquias, deixando de trabalhar num sistema de relação vertical. Ele não pode estar sozinho no topo da pirâmide do poder. Ser gestor não significa mandar nos outros. Dentro de uma gestão realmente democrática, as decisões e as responsabilidades não ficam só nas mãos da diretoria, mas sim de um coletivo, pois não é só uma pessoa que centraliza o poder de decisão. De acordo com Paro (2012 apud BALMANTE, 2012), a direção da escola deve estar disposta a ouvir os seus componentes, valorizar profissionalmente, respeitar e tratar os outros como sujeitos. Portanto, na escola democrática, o diretor deve arranjar tempo para ouvir opiniões, e não apenas para falar. Assim sendo, como diretora de escola pública, a pesquisadora costumava escutar seus colaboradores. Agora, como ex-diretora de escola pública, a pesquisadora se dispõe a questionar a comunidade escolar sobre o tema do presente estudo, que partiu do seguinte problema de pesquisa: “Existe, na escola pública, por parte dos alunos e até mesmo de todos os professores, a conscientização quanto ao que seja realmente uma gestão escolar democrática? Em caso afirmativo, qual a percepção de docentes e discentes de gestão democrática e de instâncias colegiadas, em uma escola pública do município de Guarapuava – PR.?” Respondendo a esse problema de pesquisa, procura-se alcançar o objetivo do presente estudo, que consiste em “Avaliar as concepções de elementos da comunidade escolar no que se refere a gestão escolar democrática e seus desmembramentos, a fim de esclarecer as dúvidas existentes, contribuindo assim para democratização da escola pública.” Como Objetivos Específicos foram propostos os seguintes: - Compilar as percepções da comunidade escolar quanto a conceitos como: gestão democrática, instâncias colegiadas, Projeto Político-Pedagógico e confrontar com as teorias vigentes; - Produzir cartazes, com a participação de representantes de turma do Colégio, esclarecendo os temas supracitados; - Construir outros materiais didáticos, tais como folders, ressaltando a importância da gestão escolar democrática e das instâncias colegiadas nesse processo. A pesquisa será desenvolvida no Colégio Estadual Liane Marta da Costa – Ensino Fundamental e Médio, localizado no município de Guarapuava – PR. Através da aplicação de um questionário com perguntas abertas e fechadas (Anexo), será feito o levantamento do que a comunidade escolar (professores, alunos, pais, funcionários e outros) entende sobre Gestão Escolar Democrática. A partir dos resultados obtidos, serão elaborados cartazes e folders esclarecedores sobre os tópicos mais necessários, tais como: o que é gestão democrática, que são e quais são as instâncias colegiadas, que é o projeto político-pedagógico, quais são as funções do gestor escolar, existe diferença entre administração e gestão. Essa elaboração contará com a participação dos alunos que são líderes de turma e dos componentes das instâncias colegiadas. Então, esses alunos serão sujeitos da pesquisa, fazendo parte da mesma como forma de amostragem, uma vez que não é possívelo envolvimento de todos. Concomitantemente, estes alunos serão pesquisadores-colaboradores, entrevistando professores e funcionários da Escola, bem como pais que participam das instâncias colegiadas. Este será o Pré-Teste. Após a coleta de dados, será feita uma tabulação, e, com ajuda de alunos e outros voluntários, serão confeccionadas as cartilhas, para distribuição nas turmas e nas instâncias colegiadas. Depois de lidas pelos professores e/ou pelos alunos/pais/professores das instâncias colegiadas, será feito novo levantamento, com aplicação do mesmo questionário, para se avaliar os resultados. Portanto, este será o Pós-Teste. A metodologia utilizada será a Pesquisa Quanti-Qualitativa pois, segundo Portela (2004, p. 3-4): [...] a melhor forma de se pesquisar é através da integração entre os métodos quantitativo e qualitativo, pois para analisar-se com fidedignidade uma situação dada é necessário o uso de dados estatísticos e outros dados quantitativos, e também da análise qualitativa dos dados obtidos por meio de instrumentos quantitativos. A fundamentação teórica do presente estudo está embasada sobretudo em autores como Paro; Libâneo; Padilha e Wolf; Santinelo e Wolf; Silva, como demonstrado a seguir. 2 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 2.1 Gestão Democrática e o Papel do Gestor Escolar O diretor escolar é o administrador, o gestor de um bem público, no caso das escolas públicas. Todos os profissionais que atuam na escola podem candidatar-se a esse cargo, mas a função administrativa requer algumas qualidades essenciais à construção de uma gestão emancipatória. Por exemplo: autoridade, responsabilidade, decisão, disciplina e iniciativa. (SILVA, 2009) Lück (2008 apud SANTINELO e WOLF, 2010, p. 24) aponta as seguintes características que considera essenciais ao gestor: “Pensar positivo; ser educado; ser organizado; ser cauteloso; respeitar as coisas alheias; ser atencioso; respeitar a saúde; cumprir o combinado; ter paciência; falar a verdade; e sobretudo Amar a família e os amigos.” A essa relação, Padilha e Wolf (2009, p. 124) ainda acrescentam: Confiança no próprio potencial, disposição ao risco, independência de pensamento e ação, persistência [...]. A iniciativa e a autoconfiança [...] a automotivação que impele o profissional a fazer por prazer e não simplesmente por obrigação, bem como o raciocínio crítico e analítico que caracterizam o pensamento divergente. Para Moran (2000, p.1 apud SANTINELO e WOLF, 2010, p. 27), “uma boa escola começa com um bom gestor”. Segundo o autor, a pessoa do gestor é necessária à vida escolar, especialmente do bom gestor, pois ele é imprescindível para tornar a escola mais ativa, procurar soluções e motivar o quadro funcional. Sua importância será cada vez maior, como animador, pessoa de visão e dinamizador das relações entre pais, professores e alunos. Gestão da educação é um processo político-administrativo contextualizado. É esse processo que organiza, orienta e torna possível a prática social da educação. (BORDIGNON & GRACINDO, 2001 apud DOURADO, 2008) A gestão escolar deve ser democrática, em dose dupla, ao menos, como afirma Paro ( 2001, p. 52 apud CORREA & GARCIA , 2007, p. 4) [...] para dar conta de seu papel, ela [a gestão escolar] precisa ser, pelo menos, duplamente democrática. Por um lado, porque ela se situa no campo das relações sociais onde, [...] torna-se ilegítimo o tipo de relação que não seja de cooperação entre os envolvidos. Por outro, porque [...] a característica essencial da gestão é a mediação para a concretização de fins; sendo seu fim a educação e tendo esta um necessário componente democrático, é preciso que exista a coerência entre o objetivo e a mediação que lhe possibilita a realização, posto que fins democráticos não podem ser alcançados de forma autoritária. Ainda de acordo com Paro (1993 apud CORREA & GARCIA, 2007), a educação escolar está ligada aos interesses e forças sociais, em uma determinada época. A administração da escola encontra-se muito ligada à sociedade porque é no meio social que a administração escolar se realiza e exerce sua ação. Concomitantemente, é aí que ela também encontra as origens de seus condicionantes. O autor prossegue, afirmando: Para um tratamento objetivo da atividade administrativa escolar é preciso, portanto, que a análise dos elementos mais especificamente relacionados à administração e à escola seja feita em íntima relação com o exame da maneira como está a sociedade organizada e das forças econômicas, políticas e sociais aí presentes. (PARO, 1993, p. 13 apud CORREA & GARCIA, 2007, p. 2). A escola precisa preparar o aluno para uma sociedade democrática. Segundo Padilha e Wolf (2009, p. 112): Assim, a gestão participativa da escola se põe como condição de afirmação da cidadania na medida em que estabelece relações horizontais, impulsiona a autonomia, sedimenta formas de poder pautadas pelo compromisso com os interesses da maioria, contribuindo assim, para a instauração de um ambiente educativo, guiado pelos princípios democráticos, dinâmico, critico e, consequentemente, criativo. Conforme as autoras, a gestão escolar assume características diversas da gestão de uma empresa. A gestão da escola deve ser meio para a realização do processo ensino-aprendizagem. Se ela assemelhar-se à gestão empresarial, passará a ser apenas um feixe de normas sem conteúdo particular, genéricas. Isso favorecerá a burocracia, prejudicando a criatividade, a crítica e a autonomia do pensamento e da prática política. (PADILHA & WOLF, 2009) O gestor não pode ser apenas um chefe ou um burocrata, porque a escola não precisa de chefe burocrata: “[...] à escola faz falta um colaborador, alguém que, embora tenha atribuições, compromissos e responsabilidades diante do Estado, não esteja apenas atrelado ao seu poder e colocado acima dos demais”.(PARO, 1997, p. 112 apud CORREA & GARCIA, 2007, p. 3). Complementando, Silva (2009, p. 68) afirma que os tempos atuais requerem um gestor “aberto a novas idéias e de valorização aos saberes de cada membro da equipe para contar com a participarão de todos e construir uma gestão emancipatória, fundamental na formação de jovens cidadãos”. Assim como a gestão democrática exige novo perfil do gestor, também requer novos docentes, mais participativos. 2.2 Os Docentes e o Projeto Político-Pedagógico Registrando as propostas educativas a serem realizadas numa instituição de ensino, o Projeto Político Pedagógico – PPP, assemelha-se a um manual: “Assim, o PPP é o guia orientador das ações educativas e se vincula a um projeto histórico social, já que traz em seu bojo o modo de a escola compreender o seu papel na sociedade.” (PADILHA & WOLF, 2009, p. 105) Como explicam as autoras, esse documento traz os significados que assumem, para a escola, de palavras-chave como: homem, mundo, sociedade, escola e, principalmente, educação. Contém concepções, objetivos, fundamentação teórica, que norteiam a prática escolar, considerando seus aspectos políticos e pedagógicos. É algo inconcluso, estando em construção cotidianamente. O Projeto Político Pedagógico é uma exigência da legislação de ensino - a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN n. 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que lhe dedica atenção especial, nos artigos 12 a 14. O artigo 12, inciso I, da determina que os estabelecimentos de ensino precisam “elaborar e executar sua proposta pedagógica”. (BRASIL, 1996) No Inciso VII desse artigo consta que é “incumbência da escola informar os pais e responsáveis sobre a frequência e o rendimento dos alunos, bem como sobre a execução de sua proposta pedagógica”. (BRASIL, 1996) Com relação aos professores, o artigo 13, Inciso I, preconiza que o corpo docente deve contribuir na construção da proposta pedagógica da escola, e“elaborar e cumprir plano de trabalho, segundo a proposta pedagógica do estabelecimento de ensino” (art. 13, Inciso II). (BRASIL, 1996) Em seu artigo 14, a LDBEN determina: Os sistemas definirão as formas de gestão democrática de acesso público na educação básica, de acordo com suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: I - participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto pedagógico da escola; II – participação das comunidades escolar e local ou conselhos escolares ou equivalentes”. (BRASIL, 1996) Segundo Veiga (2002) um projeto não é feito para ser arquivado ou para provar às autoridades educacionais que a escola exerce suas funções burocráticas. Ele deve ser posto em prática diariamente, sendo vivenciado por todos que participam do processo educativo da escola. Para Martins e Czernisz (2014), o projeto político-pedagógico deve conter novos paradigmas de gestão e de práticas pedagógicas, para que a escola corresponda às necessidades e aos anseios dos alunos, professores, pais, enfim, de todos os envolvidos na escola. A não participação, de acordo com Paro (2005), muitas vezes é explicada como sendo um comodismo não justificado, que integra a tradição cultural brasileira. Existem muitos exemplos, na própria história oficial, que contribuem para enraizar essa crença, pois muitas vezes não revela atividades de movimentos populares e do papel histórico das lutas das classes “inferiores” no Brasil, apresentando apenas a história dos heróis e dos movimentos comandados por elementos das elites dominantes. Esse mito, ao afimar que a comunidade deixa de participar por tradição cultural, todavia, não tem fundamento. Segundo o autor, essa explicação para a não-participação cai por terra, pois os movimentos populares se organizam nas periferias das metrópoles, reivindicando creches, assistência médica, escolas, melhorias na infraestrutura urbana e outras. De acordo com Padilha e Wolf (2009, p. 115), “a gestão educacional deve ser autônoma, crítica e transformadora. Ela articula-se ao Projeto Político Pedagógico, instrumento legitimo, fruto de discussões abertas, cujo cerne necessita ser um projeto de sociedade mais democrática”. Valorizando a identidade da escola, o PPP deve contar com a participação dos professores e especialistas da educação, pois assim o diretor não centraliza as decisões. Ao invés disso, surge um processo fortalecedor da função social da escola, que é o trabalho coletivo entre todos os componentes da escola e destes com a comunidade. (NEVES, 2007) Conforme alerta Paro (2001), não se pode reduzir a gestão escolar a soluções tecnicistas próprias da administração empresarial capitalista. De acordo com essa tendência, os problemas educacionais resolvem-se com a adoção de técnicas gerenciais da empresa comercial, acompanhadas de treinamentos intensivos dos gestores, dos professores e demais funcionários das escolas. Como se sabe, uma escola é diferente de uma organização capitalista. O gestor precisa encontrar um horário para conversar com os professores, ouvir suas angústias, esclarecendo as dúvidas que puder, pois o referido autor complementa que a direção deve ser líder tanto no aspecto técnico quanto no aspecto político. Paro (2012 apud BALMANTE, 2012) sugere que o gestor escolar incentive a leitura de textos críticos entre os docentes, e posteriormente dialogue com eles a respeito. Também propõe que o gestor incentive um professor a assistir a aula de um colega, e vice-versa, ensejando a avaliação do Plano de Trabalho Docente e a troca de sugestões entre os docentes. Essas sugestões são válidas, pois é importante que os educadores troquem experiências e até mesmo compartilhem materiais didáticos e metodologias de ensino. Acredita-se que assim, em colaboração, todos poderão trabalhar melhor. Portanto, participando da elaboração do Projeto Político-Pedagógico de sua escola, os professores estarão contribuindo para a concretização da gestão escolar democrática, num clima de igualdade e liberdade, lutando em prol da qualidade da educação, que é um direito de todos os alunos. 2.3 As Instâncias Colegiadas Assim como os professores participam na construção do Projeto Político- Pedagógico, também podem participar das Instâncias Colegiadas, juntamente com os alunos. De acordo com Paro (2007), para que os alunos participem ativamente na vida pública, hoje e futuramente, e possam criar os seus próprios direitos, a educação deve muni-los com capacidades políticas e culturais. Imprescindíveis para o cumprimento dessas atribuições. Portanto, justiça-se a existência das Instâncias Colegiadas, que devem ser implementadas com a colaboração do pedagogo. Segundo Libâneo (2007,p.33), visto que: A pedagogia ocupa-se da educação intencional. Como tal, investiga os fatores que contribuem para a construção do ser humano como membro de uma determinada sociedade, e os processos e meios dessa formação. Os resultados obtidos dessa investigação servem de orientação da ação educativa, determinam princípios e formas de atuação, ou seja, dão uma direção de sentido à atividade de educar. Os mecanismos de participação compreendem: o Conselho Escolar, o Conselho de Classe, a Associação de Pais e Mestres e o Grêmio Estudantil. No entanto, como adverte Paro (2001, p.67), entrar para um grêmio, por exemplo, não garante que o aluno cumpra suas obrigações enquanto membro: O envolvimento das pessoas como sujeitos na condução das ações é apenas uma possibilidade, não uma garantia. Especialmente em sociedades com fortes marcas tradicionalistas, sem uma cultura desenvolvida de participação social, é muito difícil conseguir que os indivíduos não deleguem a outros aquilo que faz parte de sua obrigação como sujeito partícipe da ação coletiva. A verdadeira participação de todos, pais, educadores, alunos e funcionários da escola, muitas vezes parece ser um sonho impossível. A proposta de uma gestão democrática da escola de ensino Fundamental e Médio torna-se “uma coisa utópica” (PARO, 2005). Mas ela é possível. 2.3.1 Conselho de Classe Um mecanismo de participação da comunidade escolar no funcionamento da instituição de ensino é o Conselho de Classe, que contribui para a formação cidadã. Conforme Paro (2007), a construção da democracia é feita na própria prática social. A partir do momento em que o fazer político passa a ser considerado como uma atribuição humano-social, torna-se possível a convivência entre grupos e pessoas. O autor acrescenta que “faz-se necessário um processo educativo que envolva a interação entre sujeitos livres, como o que pode (e deve) ser desenvolvido na escola”. (PARO, 2007, p. 24) Brasil (2004) salienta que o conselho, desde suas raízes, quer fossem colegiado de anciãos, de notáveis ou de representação popular, eram formas de deliberação coletiva. Eram constituídos por indivíduos que eram porta-vozes de um grupo social, a princípio nas assembleias legitimadas pela tradição e costumes; posteriormente surgem normas escritas sobre assuntos de interesse estatal. Oliveira (2014, p. 1) assim o define: O Conselho de Classe é um órgão colegiado, presente na organização da escola, em que os vários professores das diversas disciplinas, juntam-se a equipe pedagógica, ou mesmo os supervisores e orientadores educacionais para refletir e avaliar o desempenho pedagógico dos alunos das diversas turmas, séries a cada bimestre. Os conselhos de educação “inserem-se na estrutura dos sistemas de ensino como mecanismos de gestão colegiada, para tornar presente a expressão da vontade da sociedade na formulação das políticas e das normas educacionais e nas decisões dos dirigentes”. (BRASIL, 2004, p. 24) Com a participação nos conselhos, há um consenso. De modo geral, predomina o bom senso. 2.3.2 Conselho EscolarComo os demais, este mecanismo de participação na gestão democrática apresenta características próprias. Para Veiga (1998), o Conselho Escolar caracteriza-se como um órgão máximo de decisão na escola. Sua função é aproximar os atores dos centros de decisão, acabando com as relações verticais, burocráticas e formais. Com isso, as comunicações melhoram, sendo possível a comunicação vertical e também a horizontal. Outra característica do Conselho Escolar é que há delegação de responsabilidades, possibilitando o envolvimento de vários participantes. Com isso, gera descentralização. Segundo Paro (2001), após a inserção do Conselho em uma política mais ampla da gestão escolar, tornar-se necessário definir com precisão as suas funções. Cada elemento que o compõe deve ter atribuições e competências, tornando-se também responsável pela direção da escola, sem causar conflito de competências com o responsável. O autor sugere que o Conselho de escola exerça funções diretivas, similares às do diretor. Assim, o responsável último pela escola não será mais o diretor, e sim o próprio conselho, em corresponsabilidade com o diretor, que será um dos seus membros. A vantagem disso será que o Conselho, como entidade coletiva, torna-se mais forte, e pode tomar decisões mais ousadas, sem que apenas uma pessoa, sozinha, possa ser punida administrativamente. Complementa Paro (2001, p. 82): Supõe-se que, assim, o dirigente da escola (o conselho) detenha maior legitimidade e maior força política, posto que representa todos os setores da escola. Seu poder de barganha e sua capacidade de pressão, para reivindicar benefícios para a escola, seriam, também, superiores ao do diretor isolado. Segundo Paro (1998, p. 46), a participação democrática não vem por acaso, de repente, sozinha. Sendo ela “um processo histórico em construção coletiva”, é necessário prever mecanismos institucionais que tornem possíveis e instiguem práticas participativas na escola pública. Portanto, o Conselho Escolar é um mecanismo de participação democrática que deve ser criado, pois propicia a união de seus membros, representantes da escola, dando mais força ao coletivo. 2.3.3 Associação de Pais e Mestres A APM ou APMF reúne pessoas diretamente ligadas ao aluno, como seus pais, professores e funcionários da escola que frequenta. Explicando melhor, trata- se de uma pessoa jurídica de direito privado, que representa Pais, Mestres e Funcionários do Estabelecimento de Ensino, por um determinado período. Não possui cunho político-partidário, religioso ou racial. (BRASIL, 2003, apud SECO, 2012) A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional n. 5.692, de 11 de agosto de 1971, enfatizou a importância da Associação de Pais, Mestres e Funcionários – APMF, ou apenas Associação de Pais e Mestres – APM, em vários artigos. O seu artigo 41 reza que: “A educação constitui dever da União, dos Estados do Distrito Federal, dos Territórios, dos Municípios, das empresas da família e da comunidade em geral, que entrosarão recursos e esforços para promovê-la e incentivá-la” (BRASIL, 1971). De acordo com seu artigo 62, a APM é obrigatória nas escolas: Cada sistema de ensino compreenderá obrigatoriamente, além de serviços de assistência educacional que assegurem aos alunos necessitados condições de eficiência escolar, entidades que congreguem professores e pais de alunos, com o objetivo de colaborar para o eficiente funcionamento dos estabelecimentos de ensino. (BRASIL, 1971) Os parágrafos 1º e 2º do referido artigo preconizam que os serviços de assistência supra citados visam principalmente a assegurar que todas as crianças em idade escolar frequentem a escola. Essa assistência pode ser material (financeira), traduzindo-se em ajuda econômica para que o aluno carente possa comprar material escolar, vestuário ou alimentos, utilizar transporte, dispor de tratamento médico e dentário, bem como de outras formas de assistência familiar. Cabe ao Poder Público fomentar a criação dessas entidades de assistência educacional. (BRASIL, 1971) De acordo com Dourado (2008), a Associação de Pais e Mestres, como instância de participação, é outro mecanismo de participação da comunidade na escola. Possibilita o contato entre os pais e a instituição, levando a educação escolarizada para além dos muros da escola e favorecendo a democratização da gestão escolar. Padilha e Wolf (2009, p. 112) complementam: A gestão escolar, encaminhada de forma participativa, sedimenta a concepção da relação entre escola e comunidade como via de mão dupla, isto é, explicita a compreensão de que a comunidade necessita se pronunciar no tocante à condução da escola. Portanto, os pais e alunos participando, sabem o que se passa lá dentro, e a escola conhece mais o aluno e sua família. Há participação e diálogo. 2.3.4 Grêmio Estudantil Outro mecanismo de participação no funcionamento escolar é o Grêmio Estudantil, reflexo da democracia na escola. De acordo com Paro (2007), democracia formal é a atividade de políticos profissionais. Contudo, na escola, este tipo de democracia está muito ligado a eleições e representação, tanto que quase se esgota nesses elementos. Por seu turno, a democracia na escola seria a utilização desses mecanismos de participação na gestão escolar: conselho de escola, associação de pais e mestres, grêmio estudantil e, às vezes, eleição de dirigentes. De acordo com o Estado do Paraná (1995, p. 8), ao longo de sua história, os Grêmios Estudantis sempre desempenharam “importante papel na formação e no desenvolvimento educacional, cultural e esportivo da nossa juventude, organizando debates, apresentações teatrais, festivais de música, torneios esportivos e outras festividades”. A constituição de um Grêmio Estudantil é recomendada e regulamentada por leis. Em 1985, com a Lei Federal n. 7398, de 04 de novembro de 1985, que trata da organização de entidades representativas dos alunos de 1.º e 2.º graus e dá outras providências, o Poder Legislativo garantiu o funcionamento dos Grêmios Estudantis, considerados “entidades autônomas de representação dos alunos”. (PARANÁ, 2012) Aos alunos dos Estabelecimentos de Ensino de 1.º e 2.º graus fica assegurada a organização de Alunos como entidades autônomas representativas dos interesses dos alunos secundaristas com finalidades educacionais, culturais, cívicas esportivas e sociais. A Lei n. 8.069, de 13 de Julho de 1990, mais conhecida como Estatuto da Criança e do Adolescente – ECA, em seu artigo 53, inciso IV, assegura aos estudantes o direito de se organizarem e participar de entidades estudantis. Outro respaldo é a Lei n. 7.844, de 13 de Maio de 1992, que dá direito aos estudantes de pagarem meio entrada, em eventos culturais. De acordo com a Lei estadual n. 11.057, de 17 de janeiro de 1995, aos estabelecimentos de ensino de 1º. e 2.º graus, públicos ou privados, no Estado de Paraná, é permitida a livre organização de Grêmios estudantis. Esse é o teor do seu artigo 1.º, conforme segue: “Art. 1.º É assegurada nos Estabelecimentos de Ensino de 1º e 2º graus, públicos ou privados no Estado do Paraná, a livre organização de Grêmios Estudantis, para representar os interesses e expressar os pleitos dos alunos”. (PARANÁ, 1995) Segundo o Estado do Paraná (1995), o incentivo à representação estudantil sinaliza para “um caminho de democratização da escola”. Assim sendo, os gestores das escolas públicas deve incentivar a criação de um Grêmio, pois esse mecanismo de participação “é um apoio à Direção numa gestão colegiada”. No mesmo sentido, Libâneo (2004, p. 131) salienta que esta instância colegiada contribui para a Gestão Democrática da Escola. Para ter validade, precisa constar no Regimento Escolar, e também deve ser uma instituição autônoma: “[...] é recomendável que tenham autonomia de organizaçãoe funcionamento, evitando-se qualquer tutelamento por parte da Secretaria de Educação ou da direção da Escola”. Além disso, a atuação em Grêmios Estudantis é importante, porque “representam para muitos jovens os primeiros passos na vida social, cultural e política. Assim, os Grêmios contribuem, decisivamente, para a formação e o enriquecimento educacional de grande parcela da nossa juventude.” (PARANÁ, 1995) Assim, segundo Paro (2005, p. 12), “a escola só poderá desempenhar um papel transformador se estiver junto com os interessados, se organizar para atender aos interesses [...] das camadas às quais essa transformação favorece, ou seja, das camadas trabalhadoras”. Vale ressaltar, como já foi citado, que há diferentes maneiras de unir forças: nos Grêmios, nas APMFs, nos Conselhos... 3 ATIVIDADES A SEREM DESENVOLVIDAS 3.1 Sequência 1 Apresentação Pessoal e do PDE No primeiro encontro com os alunos, serão expostos os objetivos do Projeto de Intervenção a ser desenvolvido na Escola. Após a apresentação pessoal da Professora PDE, serão feitas as apresentações dos alunos. Para esta apresentação, serão distribuídos novelos de fio de tricô nas filas, sendo que cada aluno deve pegar para si um pedaço de fio e passar o novelo para o colega seguinte proceder de igual modo, à vontade. De acordo com o comprimento do fio retirado, cada aluno, por fila, deve ir enrolando-o num dedo e ir falando sobre si mesmo. Exemplo: Meu nome é Josiane, sou Professora de Física, graduada em Matemática e Física. Leciono no Colégio desde ... Gosto de .... Não gosto de.... Após a aplicação desta técnica, serão amarradas grandes colheres de pau na mão direita de cada aluno, e o braço esquerdo será imobilizado. Serve-se um lanche, e todos são convidados a lanchar. Contudo, ninguém poderá comer, porque a colher não alcançará a própria boca. A seguir, caso nenhum aluno tenha percebido como é possível comer, procede-se à leitura ou distribui-se o texto seguinte: Oi, meu nome é Josiane. Tudo bem? Muito prazer em conhecê-la, Professora! “Certo dia, um homem foi enviado a conhecer o Céu e o Inferno. Primeiro visitou o Inferno, e ao lá chegar ficou impressionado com as almas em redor de uma mesa repleta de comida. Tanta comida que duraria uma eternidade a ser consumida. Mas todas as almas estavam famintas, pois as colheres, que estavam atadas às suas mãos, eram demasiado longas, e era-lhes impossível levar a comida à boca. A frustração e desespero por não conseguirem comer, era a sua tortura eterna. Depois foi visitar o Céu, e ao lá chegar, deparou-se com situação idêntica. Uma mesa repleta de comida e almas com colheres igualmente longas presas às mãos. Porém, aqui, todas as almas estavam felizes e satisfeitas, pois alimentavam-se uns aos outros, estendendo as suas colheres até à boca dos outros.” Após o lanche, distribui-se esta mensagem como lembrancinha do encontro. Com carinho, Professora Josiane Marques 3.2 Sequência 2 apresentação do projeto político pedagógico No segundo encontro com os alunos, será apresentado um slide para que entendam melhor o que significa o PPP de uma Escola. Serão destacados os tópicos importantes de um Projeto Político-Pedagógico, utilizando-se o PPP do Colégio como modelo. - Conceito de Projeto: - Conceito de PPP, segundo Neves (1995): - Definição de PPP do Colégio Liane Marta da Costa (2013): Projeto do latim projectu) = “lançar para diante”. Pode significar “plano, intento, desígnio, empresa, empreendimento, redação provisória de lei, plano geral de edificação”. Instrumento de trabalho que mostra o que vai ser feito, quando, de que maneira, por quem, para chegar a que resultados. “O PPP é a própria organização do trabalho pedagógico escolar como um todo, em suas especificidades, níveis e modalidades. Exige e articula a participação de todos os sujeitos do processo educativo: Professores, Agentes Educacionais, Pais, Alunos e comunidade em geral para construir uma visão global da realidade e dos compromissos coletivos.” “o PPP do CELMC visa uma educação de qualidade, organizada, compromissada, embasada pelo conhecimento científico, em prol da concretização da função social da escola, buscando a transformação da realidade social, econômica e política.” No total, serão 20 slides, aproximadamente, sendo que a maioria apresenta apenas imagens. Com isso, objetiva-se já ir incentivando, ir motivando os alunos para a produção de folders e cartazes sobre o PPP, numa próxima atividade. 3.3 Sequencia 3 Nesse terceiro encontro com os alunos, será apresentado o questionário abaixo: Questionário Prezados pais, educadores, funcionários e colegas, Solicitamos sua colaboração com a pesquisa da Professora PDE Josiane Marques, respondendo com suas palavras as questões a seguir. Antecipadamente agradecemos. Representantes de Turma do Colégio Liane QUESTIONÁRIO: Idade: _________________ Situação/função na escola: ( ) Professor (a) ( ) Aluno (a) ( ) Agente Educacional I ( ) Agente Educacional II ( ) Pai / Responsável ( ) Outra (o) 1. Que você entende por Gestão Escolar Democrática? ________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________ 2. Acredita que existe uma Gestão Democrática na sua escola? ( ) Sim ( ) Não Por quê? ________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________ 3. Pelo que você observa no teu cotidiano escolar, qual é a principal função da Direção da escola? ________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________ 4. Se você fosse Diretor(a) desta escola, quais seriam tuas primeiras providências? ________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________ 5. Já participou de uma instância colegiada? ( ) Sim ( ) Não Qual? ( ) APMF ( ) Grêmio Estudantil ( ) Conselho Escolar ( ) Conselho de Classe 6. Gostaria de participar futuramente? ( ) Sim ( ) Não Por quê? (Para quê?) ________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________ 7. Na tua opinião, qual é a principal função da APMF na escola? ________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________8. Qual é, no teu entendimento, o objetivo do Conselho Escolar? ________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________ 9. Acha importante a existência de um Grêmio Estudantil na escola? Por quê? Para quê? ________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________ 10. Para você, qual é a principal função do Conselho de Classe? ________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________ 11. Que entende por Projeto Político-Pedagógico? ________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________ 12. Já participou da elaboração/reconstrução do Projeto Político-Pedagógico da escola? ( ) Sim ( ) Não De que forma? ________________________________________________________________________________________________________ ________________________________________________________________________________________________________ Após leitura do Questionário, será feita a explicação de como aplicar o mesmo aos pais, alunos, professores, Agentes 1 e 2 do Colégio Liane. 3.4 Sequência 4 Após a aplicação dos questionários, os alunos assistirão a um vídeo sobre Colaboração. Agradecendo a participação de todos, serão entregues cartõezinhos com pirulitos a cada aluno. Nesta sequencia passa-se à separação dos questionários, pelos alunos. Também serão esclarecidas as dúvidas que surgiram nos questionários a partir do Projeto Político Pedagógico. COLABORAÇÃO 3.5 Sequencia 5 No Laboratório de Informática do Colégio, os alunos aprenderão como criar um folder. Após a criação do folder, será feita a impressão do mesmo, para distribuição no Colégio, esclarecendo a comunidade escolar sobre Gestão Democrática. 3.6 Sequencia 6 FOLDER Cartaz VALEU!!!!!!! Abraços da Professora PDE/2014 Josiane Marques A partir das dúvidas demonstradas nas respostas ao questionário, os alunos aprenderão a fazer cartaz e confeccionarão vários, sanando essas dúvidas. Após, será feita a montagem de uma exposição no ambiente escolar. Os textos e/ou imagens dos cartazes serão explanados para os pais, funcionários e professores. Em data posterior, serão apresentados às 12 turmas do Colégio. 3.7 Sequencia 7 Como última atividade, será feito o recolhimento e registro do material utilizado durante as atividades do PDE. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS O estudo realizado possibilitou a compreensão de que a gestão democrática não é uma nova “moda”, pois foi implementada a partir da Constituição Federal de 1988, mas sim uma antiga necessidade dos estabelecimentos de ensino da rede pública. Ao contrário da rede particular, na escola pública não há um “proprietário” ou um “gerente administrativo” com alçada para solucionar todas as questões sozinho e com recursos próprios. O diretor da escola pública está à frente da instituição pública, mas, sob a égide da democracia, deve tomar decisões consultando o coletivo, ou seja, as instâncias colegiadas. Uma delas é o Conselho Escolar, o órgão máximo dentro de uma escola pública. Na pesquisa realizada na Escola X, constatou-se que a gestão escolar democrática ainda não está totalmente implantada, pois os alunos e até mesmo alguns professores não sabem ou não demonstram interesse em saber, qual a sua função e importância dentro do colegiado. Para que esse colégio cumpra a contento as suas atribuições, inicialmente é necessário deixá-las bem especificadas, através do regimento próprio, um fato que já ocorre, porém nem todos tem interesse em se inteirar do mesmo. REGISTRO Outra necessidade constatada foi a realização de mais reuniões, e a maior participação dos membros, para que todos venham a se inteirar do regimento e do Projeto Politico Pedagógico. E também no sentido de ações profiláticas, e não apenas para solucionar problemas já ocorridos. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BALMANTE, Ocimara. Entrevista com Vitor Paro, professor da Faculdade de Educação da USP. Gestao Escolar. n. 18, Fevereiro/Março 2012. 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Gestão democrática nos sistemas e na escola. Curitiba: SEED – PR, 2007. Disponível em: http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/profuncionario/11gestao_de mocratica_sistema_escola.pdf> Acesso em: 27/07/2015. PARO, Vitor Henrique. Gestão democrática da escola pública. São Paulo: Atica, 2004. PORTELA, Girlene Lima. Pesquisa quantitativa ou qualitativa? Eis a questão. Universidade Estadual de Feira de Santana. Disponível em: <www.uefs.br/disciplinas/let318/abordagens_metodologicas.rtf> Acesso em 22/03/14. SANTINELO, Jamile e WOLF, Rosangela Abreu do Prado. Aplicação tecnológica e ambiental em gestão. Guarapuava: Ed. da UNICENTRO, 2010. SILVA, Eliane Pereira da. A importância do gestor educacional na instituição escolar. Revista Conteúdo. Capivari, v. 1, n. 2, jul/dez.2009. TEIXEIRA, Lúcia Helena G. Gestão democrática da escola pública: um objeto de estudo. 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