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Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Método de projetos para interiores 1 Disciplina: Método de Projetos para Interiores ==================================================================== Apostila destinada ao Curso Técnico de Nível Médio em Design de Interiores das Escolas Estaduais de Educação Profissional – EEEP Material elaborado pela professora Jéssika Ricarte S. Ferreira Albuquerque - 2018 ==================================================================== Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Método de projetos para interiores 2 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................................................ 6 1.1- PROGRAMA CURRICULAR ....................................................................................................... 6 2. O DESIGN DE INTERIORES .................................................................................................................. 7 2.1- O PROJETO DE INTERIORES ...................................................................................................... 10 3. ETAPAS DO PROJETO ......................................................................................................................... 11 5.1- BRIEFING ....................................................................................................................................... 11 5.2- ESTUDO PRELIMINAR ................................................................................................................ 12 5.3- ANTEPROJETO .............................................................................................................................. 12 5.4- PRÉ-EXECUTIVO .......................................................................................................................... 14 5.5- EXECUTIVO ................................................................................................................................... 14 5.6 – MEMORIAL DESCRITIVO / CADERNO DE ESPECIFICAÇÕES ........................................... 18 5.7 - CRONOGRAMA DE OBRAS ....................................................................................................... 20 4. OS HONORÁRIOS E ALTERNATIVAS DE REMUNERAÇÃO ....................................................... 21 4.1- HONORÁRIOS POR PROJETO COMPLETO .............................................................................. 21 4.2- HONORÁRIOS POR PREÇO FECHADO ..................................................................................... 21 4.3- HONORÁRIOS POR CONSULTA TÉCNICA .............................................................................. 22 4.4- HONORÁRIOS POR HORA TÉCNICA ESPECIFICAÇÃO E/OU HORA TÉCNICA EXECUÇÃO DE PROJETO ................................................................................................................... 22 4.5- HONORÁRIOS POR HORA TÉCNICA - DESENHO .................................................................. 22 4.6- HONORÁRIOS POR FIXO ............................................................................................................ 22 3.7- TIPOS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS ..................................................................................... 27 3.7.1 - CONSULTORIA ......................................................................................................................... 27 3.7.2 - PROJETO .................................................................................................................................... 27 3.7.3 - DECORAÇÃO ............................................................................................................................. 28 5. PROPOSTA E CONTRATO .................................................................................................................. 28 5.1- MODELO DE PROPOSTA ............................................................................................................. 28 6. OS AMBIENTES E SUAS FUNÇÕES .................................................................................................. 32 6.1- HALL DE ENTRADA .................................................................................................................... 32 6.2- SALA DE ESTAR / LIVING .......................................................................................................... 35 6.3- SALA DE TV / HOME THEATER ................................................................................................ 37 6.4- SALA DE JANTAR ........................................................................................................................ 40 6.5- COZINHA ....................................................................................................................................... 44 6.6- DESPENSA ..................................................................................................................................... 48 6.7- DORMITÓRIOS .............................................................................................................................. 50 6.7.1- Do O aos 3 anos ............................................................................................................................ 52 6.7.2- Do 4 aos 6 anos ............................................................................................................................. 53 6.7.3- Do 7 aos 10 anos ........................................................................................................................... 53 6.7.4- Do 11 aos 13 anos ......................................................................................................................... 55 6.7.5- Acima dos 13 anos ........................................................................................................................ 55 Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Método de projetos para interiores 3 6.8- CLOSETS E ARMÁRIOS ............................................................................................................... 57 6.9- WC’S ............................................................................................................................................... 59 6.10- LAVANDERIA OU ÁREA DE SERVIÇO .................................................................................. 60 6.11- HOME OFFICE ............................................................................................................................. 61 7. INICIANDO O PROJETO ...................................................................................................................... 63 8. O PROCESSO CRIATIVO E SEUS COMPONENTES ........................................................................ 64 8.1- ELEMENTOS DE DESIGN ............................................................................................................ 64 8.2.1- ESPAÇO ....................................................................................................................................... 64 8.1.2- FORMA & CONTORNO ............................................................................................................. 64 8.1.3- TEXTURAS E PADRONAGENS ............................................................................................... 66 8.1.4- LUZ ...............................................................................................................................................67 8.1.5 - COR ............................................................................................................................................. 75 8.2- PRINCIPIOS DE DESIGN .............................................................................................................. 78 8.2.1 - EQUILIBRIO ............................................................................................................................... 78 8.2.2 - HARMONIA ............................................................................................................................... 80 8.2.3 – UNIDADE E VARIEDADE ....................................................................................................... 80 8.2.4 - RITMO ......................................................................................................................................... 81 8.2.5 - CONTRASTE .............................................................................................................................. 81 8.2.6 – ESCALA E PROPORÇÃO ......................................................................................................... 82 8.2.7 – ÊNFASE E CENTRO DE INTERESSE ..................................................................................... 83 8.2.8 – ANALISE DE AMBIENTES ..................................................................................................... 84 8.3 – TÉCNICAS VISUAIS APLICADAS ............................................................................................ 85 8.3.1 – CLAREZA .................................................................................................................................. 85 8.3.2 – SIMPLICIDADE ......................................................................................................................... 86 8.3.3 – COMPLEXIDADE ..................................................................................................................... 86 8.3.4 – MINIMIDADE ............................................................................................................................ 87 8.3.5 – PROFUSÃO ................................................................................................................................ 87 8.3.6 – INCOERÊNCIA .......................................................................................................................... 88 8.3.7 – COERÊNCIA .............................................................................................................................. 88 8.3.8 – EXAGERAÇÃO ......................................................................................................................... 89 8.3.9 – ARREDONDAMENTO ............................................................................................................. 89 8.3.10 – TRANSPARÊNCIA FISICA .................................................................................................... 90 8.3.11 – TRANSPARÊNCIA SENSORIAL ........................................................................................... 90 8.3.12 – OPACIDADE ............................................................................................................................ 91 8.3.13 – REDUNDÂNCIA ..................................................................................................................... 91 8.3.14 – AMBIGUIDADE ...................................................................................................................... 92 8.3.15 – ESPONTANEIDADE ............................................................................................................... 93 8.3.16 – ALEATORIEDADE ................................................................................................................. 93 8.3.17 – FRAGMENTAÇÃO ................................................................................................................. 94 8.3.18 – SUTILEZA ................................................................................................................................ 95 Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Método de projetos para interiores 4 8.3.19 – DIFUSIDADE ........................................................................................................................... 95 8.3.20 – DISTORÇÃO ............................................................................................................................ 96 8.3.21 – PROFUNDIDADE .................................................................................................................... 96 8.3.22 – SUPERFICIALIDADE ............................................................................................................. 97 8.3.23 – SEQUENCIALIDADE ............................................................................................................. 97 8.3.24 – SOBREPOSIÇÃO ..................................................................................................................... 98 8.3.25 – CORREÇÃO OPTICA .............................................................................................................. 98 8.3.26 – RUÍDO VISUAL ...................................................................................................................... 99 9. BIBLIOGRAFIA ................................................................................................................................... 100 Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Método de projetos para interiores 5 Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Método de projetos para interiores 6 1. INTRODUÇÃO 1.1- PROGRAMA CURRICULAR Disciplina: Método de projeto para interiores 2° SEMESTRE 2°ANO Curso: Técnico de Nível Médio em Design de Interiores Carga Horária: 80 horas/aula Ementa: Estudo e aplicação prática da metodologia de elaboração de projetos, orientada para área de design de interiores, explorando processos criativos, técnicas de elaboração e representação e etapas de projetos. Desenvolvimento de conceitos aplicados ao Design, relativos à definição, finalidade e classificação de projetos. Apresentação de materiais e recursos para elaboração de projetos. Conteúdo Programático: 1° BIMESTRE UNIDADE I: O Projeto de Interiores: Consultoria, Projeto e Decoração; Etapas do projeto; UNIDADE II: Analise dos espaços; Caracterização dos espaços; 2° BIMESTRE UNIDADE III: Especificação no projeto de interiores; UNIDADE IV: Gestão de projetos: Execução e afinação do projeto de interiores; Prática profissional. Análise e produção de contratos. Objetivo: Capacitar o aluno para o conhecimento e a prática de elaboração de projetos e suas etapas: contato com o cliente, organização, levantamento de dados, orçamento, contrato, estudo preliminar, anteprojeto, projeto executivo e acompanhamento da execução. Especificações para cada tipo de projeto. Pesquisas temáticas e de materiais. Metodologia: A disciplina será ministrada em aulas teóricas e práticas, podendo se utilizar de outras metodologias, como trabalhos em equipes, exercícios programados, seminários, exposições dialogadas, onde os conteúdos poderão ser ministrados de acordo com as especificidades do grupo de alunos e da disciplina, além das visitas técnicas e aulas de campo. Bibliografia Básica: MANCUSO, C. Guia Prático do Design de Interiores. Porto Alegre: Ed. Sulina, 2010. GURGEL, M. Projetando Espaços: Guia de Arquitetura de Interiores para Áreas Comerciais. São Paulo: SENAC, 2005. GURGEL, M. Projetando Espaços. Design de Interiores. São Paulo: SENAC, 2007. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Método de projetos para interiores 7 PANERO, Julius. Dimensionamento Humano para Interiores. 2° Ed. GG BRASIL,2016. KARLEN, Mark. 3°Ed. Planejamento de Espaços Internos com Exercícios. Bookman,2010. Bibliografia complementar: HIGGINS, IAN. Ilustrador: SALVATERRA, ALEXANDRE. Planejar espaços para o Design de Interiores. 1°Ed. GG Brasil, 2015. CHING, FRANCIS D. K.Autor: BINGGELLI, CORKY. Arquitetura de interiores. 2°Ed. Bookman Companhia ED, 2006. NEUFERT, ERNST Tradutor: FRANCO, BENELISA. Arte de Projetar em Arquitetura. 18°Ed. GG Brasil,2013. GIBBS, JENNY Tradutor: ESPASSADIN, CLAUDIA ARDIONS; Design de Interiores: Guia útil para estudantes e profissionais. 1° Ed.(5° tirada). GG Brasil, 2010. 224 páginas. STEEL, Clare. Tradutor: QUIRINO, Anna. Casa: Design e Decoração. 2°Ed. Publifolha Editora, 2013. NEUFERT, Ernest. A arte de projetar em arquitetura. São Paulo: Gustavo Gili do Brasil, 1987. OBERG. L. Desenho Arquitetônico. Rio de Janeiro: Ed. Ao livro Técnico, 1981. 2. O DESIGN DE INTERIORES Como sabemos, o design de interiores é um ramo do Design que tem como objeto de estudo o espaço e tudo que o compõe, levando em consideração os usuários e seus anseios e necessidades. O profissional que atua nesta área, somos nós os Designers de Interiores, que utiliza os dados coletados com os clientes através de conversas e levantamento métrico, para então podermos projetarmos e organizarmos espaços, escolhendo e/ou combinando os diversos elementos de um ambiente estabelecendo relações estéticas e funcionais, em relação ao que se pretender produzir. Além disso, nós administramos o projeto, estabelecendo cronogramas, fixando prazos, definindo orçamentos e coordenando o trabalho de marceneiros, pintores, eletricistas e outros profissionais. A Associação Brasileira de Normas Técnicas lançou em dezembro de 2017, a Norma Brasileira 16585:2017 – Serviços de design – Diretrizes para boas práticas, onde foi reunido e apresentado as boas práticas para prestação de serviço de design. Auxiliando na redução de erros e inconsistências no resultado do projeto, aumentando sua assertividade e melhorando a organização das informações, contribuindo assim para o seu sucesso. Nesta disciplina, usaremos alguns dos conceitos apresentados na NBR 16585 para apresentarmos as etapas do projeto e o que os engloba e norteá-los para o desenvolvimento de projetos de interiores criativos e funcionais. Mas antes, é bom relembrarmos algumas das competências e habilidades necessárias ao Designer de Interiores, definidos pela CBO – Classificação Brasileira de Ocupações: Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Método de projetos para interiores 8 Utilizar material de desenho adequado ao tipo de projeto; Identificar as necessidades do cliente; Elabora proposta de projeto; Elabora contrato de projeto; Realiza levantamentos arquitetônicos; Realizar análise de dados levantados; Define conceitos e partido de projetos e produtos; Desenha croquis; Aplica normas e legislação referente a projetos; Realiza transferência de dados arquitetônico para o programa 2D; Realiza transferência de dados arquitetônico para o programa 3D; Realiza interpretação de plantas baixas; Realiza interpretação de vistas ortográficas; Realiza interpretação de layouts; Realiza interpretação de projeto de iluminação; Realiza interpretação de projeto elétrico; Realiza interpretação de arquitetônico; Realiza desenhos de planta baixa; Realiza desenhos de layouts; Realiza desenhos de perspectiva; Realiza desenhos de projeto de iluminação; Realiza desenhos de remanejamento elétrico; Realiza desenhos de mobiliários; Realiza desenhos de adornos; Realiza desenhos de luminárias; Desenvolve maquetes físicas e digitais de projetos de interiores; Realiza a especificação de materiais; Realiza a especificação de revestimentos; Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Método de projetos para interiores 9 Realiza a especificação de luminárias; Realiza a especificação de adornos; Realiza a especificação e projetos de paisagismos para interiores; Realiza a definição de cores; Elabora projetos de interiores em software 2D; Elabora projetos de interiores em software 3D; Elabora projetos de mobiliários em software 2D e 3D; Cria, desenvolve, texturas e superfícies utilizando programas de vetorização e manipulação de imagens; Desenvolve projetos de interiores comerciais e coorporativos; Desenvolve projetos de interiores residenciais; Desenvolve projetos de eventos, em espaços internos; Desenvolve projetos de vitrines; Desenvolve projetos de exposições; Realiza modificações em projetos de interiores; Coordena diferentes equipes de trabalho; Gerencia obras e projetos; Realiza vendas especializadas de mobiliários; Realiza vendas especializadas de peças de adornos; Realiza vendas especializadas de peças de acessórios; Realiza vendas especializadas de luminárias; Realiza vendas especializadas de materiais e revestimentos; Realiza o acompanhamento de compras com cliente de mobiliários; Realiza o acompanhamento de compras com cliente de materiais; Realiza o acompanhamento de compras com cliente de adornos; Realiza o acompanhamento de compras com cliente de luminárias; Realiza o acompanhamento de compras com cliente de acessórios; Elabora cronograma de obra de interiores; Comunica-se de maneira clara e persuasiva; Demonstra competência pessoais; Presta consultoria de interiores; Presta consultoria de decoração; Aplica regras de segurança no trabalho; Avalia tecnicamente projetos de interiores; Avalia tecnicamente projetos de mobiliários; Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Método de projetos para interiores 10 Avalia tecnicamente projetos de luminárias; Avalia tecnicamente projetos de adornos. 2.1- O PROJETO DE INTERIORES Mas o que se entende por “Projeto de Interiores”? Etimologicamente “Projeto” vem do latim projectus, trata-se da ação de lançar para frente, de se estender. 1. Desejo, intenção de fazer ou realizar (algo) no futuro, plano; 2. Descrição escrita e detalhada de um empreendimento a ser realizado; plano, delineamento; 3. Esboço ou desenho de trabalho a ser realizado, plano. Para a área da arquitetura, “Projeto” é: 4. Plano geral para a construção de qualquer obra, com plantas, cálculos, descrições, orçamentos, etc. Logo para o design de interiores, projeto é um planejamento de um espaço interno para resolver tantos problemas técnicos, quanto estéticos, abrangendo uma série de necessidades para melhorar a qualidade cotidiana. Sempre considerando os fatores objetivos e subjetivos. Os fatores objetivos são definidos pelas normas técnicas, medidas ergométricas, pela topografia e clima. Enquanto os fatores subjetivos estão vinculados as particularidades, socioculturais, preferências pessoais e quais serão as atividades e como se dará a utilização do espaço. Este planejamento“engloba o estuda da circulação e distribuição do mobiliário, projeto de iluminação, escolha adequada de acabamentos e revestimentos, detalhamento de teto e piso, escolha de tecidos, objetos e acessórios, desenho de mobiliário e peças especiais além do projeto paisagístico. (NASCIMENTO, Lucia Moreira do. Pági.4) Veremos o detalhamento das etapas do projeto de interiores vamos estudar as etapas do projeto de interiores: . Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Método de projetos para interiores 11 3. ETAPAS DO PROJETO Nesta apostila iremos utilizar como base o modelo descrito no livro Design de Interiores, da Jenny Gibbs. “Um projeto de design de interiores possui quatro fases principais. Na primeira são realizadas a elaboração do programa de necessidades, a proposta de trabalho e a aprovação por parte do cliente. A segunda fase envolve a reunião de informações que servirão de base para as soluções de projeto e a apresentação do projeto ao cliente. Após a aprovação do cliente e a assinatura das plantas e desenhos, é desenvolvido o detalhamento do projeto na terceira fase, além de todas as revisões necessárias. A quarta fase é constituída pela execução da obra e, após sua finalização, a entrega formal ao cliente. ” (GIBBS, p.146) Neste link você pode ver um exemplo de prancha de apresentação: http://marinaaraujo.arq.br/vamos-falar-sobre-projeto-de-interiores/ https://www.aarquiteta.com.br/blog/design-de-interiores/etapas-de-uma-reforma-de- apartamento/ 5.1- BRIEFING Trata-se da etapa para saber as necessidades do cliente, engloba a reunião para o entendimento de todas as necessidades e anseios do cliente. Está informação ajudará a definir o escopo do projeto, você deve se ater ao todos os detalhes que seu cliente expor, porque caso esqueça de algum detalhe falado por ele no orçamento, pode colocar em risco a confiança do cliente. Acrescenta-se a solicitação de plantas básicas para elaboração da proposta ou levantamento dimensional do espaço a ser projetado (fotos, altura, largura e comprimento como demais informações). http://marinaaraujo.arq.br/vamos-falar-sobre-projeto-de-interiores/ https://www.aarquiteta.com.br/blog/design-de-interiores/etapas-de-uma-reforma-de-apartamento/ https://www.aarquiteta.com.br/blog/design-de-interiores/etapas-de-uma-reforma-de-apartamento/ Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Método de projetos para interiores 12 5.2- ESTUDO PRELIMINAR O estudo preliminar é a concepção do projeto. Trata-se do desenvolvimento de layouts estabelecendo usos e fluxos dos espaços trabalhados e partido estético. Nesta etapa, temos o desenvolvimento da planta baixa com representação gráfica do espaço, procurando atender as necessidades e desejos identificados na etapa anterior. Alguns profissionais, preferem utilizar os softwares 2D ou 3D para realizar essa etapa, no entanto, ao “croquizar” a mão livre ou por meio de instrumentos suas ideias permiti você ter mais liberdade de criação, sem ficar preso aos seus conhecimentos acerca do software. 5.3- ANTEPROJETO O anteprojeto é a etapa de apresentação dos elementos do projeto. Trata-se da definição do partido, estética e materiais. Nesta etapa, temos o desenvolvimento da planta baixa com representação gráfica em escala e tecnologias construtivas para aceitação do cliente. O layout definido deve estar cotado, se necessário você deve apresentar a planta a demolir e construir com as intervenções, algumas vistas e cortes cotados, além de perspectivas. É a última etapa onde deve ser aceita alterações, após a concordância do que for apresentado nesta etapa, o cliente deve estar ciente por meio do contrato, que qualquer Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Método de projetos para interiores 13 alteração gerará custo financeiro para o mesmo, já que poderá alterar o partido do projeto. Nesta etapa o projeto já pode ser feito, em software escolhido por você, 2D ou 3D. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Método de projetos para interiores 14 5.4- PRÉ-EXECUTIVO O Pré-executivo é a etapa de compatibilização do projeto. Trata-se da coordenação de projetos complementares e definições técnicas. Nesta etapa, temos o planejamento e seleção das empresas que serão contratadas para a execução da obra. Está etapa não é necessariamente entregue ao cliente, funciona como check-list para você não esquecer nada na hora de entregar o projeto executivo ou iniciar a planilha de cronograma de obra. Você pode utilizar o projeto desenhado no software 2D ou 3D para posicionar um por cima do outro os projetos que complementam o projeto executivo, alvenaria, layout, elétrica, iluminação, paisagismo, etc. 5.5- EXECUTIVO O executivo é a etapa de detalhamento do projeto. Trata-se da definição dos detalhes construtivos como: Acabamentos, revestimentos, mobiliários e objetos. Nesta etapa, é feito a conclusão do projeto com a documentação gráfica necessária para dar início da obra e memorais descritivos. Veja o check-list abaixo: 1. Planta baixa cotada. 2. Planta com layout cotado e com tabela de especificação de mobiliário. 3. Planta a demolir e construir. 4. Planta de iluminação. 5. Planta de forro 6. Planta de Remanejamento elétrico. 7. Planta de paginação de piso. 8. Planta de eixo hidráulico, ar condicionado e demais itens complementares. 9. Vistas de todos os ambientes com suas especificações e cotas. 10. Cortes dos ambientes para a compreensão dos níveis de forros e piso. 11. Detalhamentos de gesso, marcenaria, bancadas, rodapés, portas, painéis e demais itens necessários para compreensão do projeto. 12. Especificação técnica dos materiais. 13. Memorial descritivo. 14. Imagens dos ambientes. Veja abaixo, algumas imagens de parte desse check-list, retiradas do site https://www.designinteriores.com.br/design-de-interiores/projeto-executivo. https://www.designinteriores.com.br/design-de-interiores/projeto-executivo Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Método de projetos para interiores 15 Caso queira ver um projeto mais detalhado, acesse https://www.aarquiteta.com.br/blog/design-de-interiores/projeto-executivo/ Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Método de projetos para interiores 16 Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Método de projetos para interiores 17 Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Método de projetos para interiores 18 5.6 – MEMORIAL DESCRITIVO / CADERNO DE ESPECIFICAÇÕES O Memorial Descritivo ou ainda o Caderno de especificações trata-se da etapa que organiza as informações acerca de materiais, revestimentos, lumináriase todos os objetos que compõe o projeto de interiores. Não há uma norma técnica que oriente a composição deste memorial descritivo/caderno, no entanto, quanto mais fácil o entendimento melhor, já que ele servirá para os profissionais executores da obra ou até mesmo os próprios clientes (leigos) tirarem qualquer dúvida durante a execução da obra ou para futura manutenção do projeto de interiores. O “caderno” pode ser entregue em formato digital (.pdf) e impresso, neste ultimo a diversos formatos criativos e comuns, entregar como um caderno aramado, caderno brochura, impressões encadernadas ou ainda uma caixa personalizada com a logo da empresa, e dentro dividido em pastas cada prancha e suas especificações do projeto, ou dividido por ambientes e suas especificações (mais prático). Vejamos agora o que deve compor este “caderno” 1 – Capa personalizada: Como sabemos apresentação é tudo, então cuidado ao escolher o material que será utilizado na capa, pode ser algo simples como um papel Couchê ou fotográfico; ou algo mais requintado como uma caixa que terá em seu interior todo o projeto, feita de papelão ou MDF; ou ainda uma encadernação em brochura ou aramado com capa dura. 2 – Apresentação: Apesar de alguns profissionais não vê a importância dessa etapa, é uma espécie de marketing da sua empresa, então reservar uma página que resumidamente apresente o que é a empresa, formada por quem e que serviços oferece além dos seus contatos é interessante. 3 – Briefing: Deixe registrado resumidamente ou em formato de questionário as perguntas ou informações que nortearam o projeto. Interessante para o cliente perceber que você utilizou todas as informações dadas a você. 4 – Estudo preliminar: Caso deseje se resguardar você pode anexar o estudo preliminar do projeto, onde terá uma assinatura de aprovação do cliente confirmando que ele Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Método de projetos para interiores 19 aprovou o layout que você apresentou, e contendo as anotações sobre as modificações que ele desejava para o anteprojeto. 5 – Anteprojeto: Da mesma forma que o estudo preliminar você pode anexar apenas o layout com todas as informações compatibilizadas para registrar por meio da assinatura, sua e do cliente que houve aprovação dos projetos ali apresentados nesta etapa, não coloque todas as plantas pois ficará repetitivo simplesmente, compatibilize tudo num só projeto e coloque de modo simbólico, apenas como meio para se resguardar de futuros problemas com o cliente. 6 – Projeto Executivo: Aqui sim, você deve anexar todas as pranchas do projeto, seja por ambiente, seja por plantas do empreendimento. Layout, iluminação, elétrica, paginação de piso, forro, detalhamentos de móveis, sancas e outros detalhes necessários para a execução do projeto. 7 – Memorial Descritivo: Por meio de uma tabela, você pode segregar por ambientes os materiais, revestimentos, iluminação, vegetação, móveis e adornos selecionados para o projeto. Deve ter de preferência fotos dos produtos para evitar equívocos na hora da compra, caso não vá acompanhar o cliente. Iremos apresentar uma tabela na qual você pode se basear para fazer seu memorial descritivo: NOME DO AMBIENTE: SALA DE JANTAR ILUMINAÇÃO REF. ESPECIFICAÇÃO FORNECEDORES QUANT. IMAGEM PD002C R LUSTRE PENDENTE CROMADO CRISTAL Acabamento Cromado com 19 Cristais arredondados lapidados. Fonte Luminosa: 5 x G9 (Halopin 25W) Medidas: Ø40cm x 20cm Comprimento do Cabo: 100CM (Ajustavel) Tensão: Bivolt 110-240V BELLA 1 767 0059 GX NO FRAME DIFUSA Difusor de acrílico Cor 1 A Fonte Luminosa: LED Philips Lumileds 30302D IP 23 / 4000K / 8W 1002lm / 110-240V LIGHTDESIGN 3 MATERIAIS E REVESTIMENTOS REF. ESPECIFICAÇÃO FORNECEDORES QUANT. IMAGEM - CERÂMICA QUARTZO BEGE 46x46cm PEI 4 Acabamento Acetinado CERBRAS Metragem do ambiente: 9m² Total de caixas: 4 caixas. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Método de projetos para interiores 20 5.7 - CRONOGRAMA DE OBRAS Trata-se da etapa que organiza a execução dos serviços obedece uma ordem para que um serviço não interfira no outro e para que aqueles que são interdependentes aconteçam de modo a otimizar o tempo. Fazer um cronograma da obra facilita todo o processo. Temos uma estimativa do tempo que cada fase da reforma vai durar e, por consequência, uma previsão do tempo que levará para tudo ficar pronto. Há projetos de complexidades diferentes, cujo tempo de elaboração e execução pode variar bastante. Imaginando que nosso projeto de interiores seja modificar o ambiente por completo, podemos inserir as seguintes fases no nosso cronograma de obra: 1. Fase do "quebra-quebra": demolição, troca de revestimento nas paredes e no piso, mudanças de pontos elétricos e hidráulicos. Muitos dos materiais para essa fase da obra são encontrados à pronta entrega, porém é preciso confirmar essa informação nas lojas e inserir no cronograma, assim como a disponibilidade dos profissionais envolvidos, como pedreiros e eletricistas. 2. Fase da iluminação: aplicação de gesso, pintura, instalação da iluminação. Aqui também é possível encontrar os materiais à pronta entrega nas lojas do ramo. Se for uma iluminação especial, é preciso consultar o prazo de entrega com o fornecedor, assim como a disponibilidade da mão de obra para fazer a instalação. 3. Fase do mobiliário: tanto móveis planejados como convencionais podem ter prazos de projeto e entrega mais estendidos, levando alguns meses para ficarem prontos. Por isso é importante verificar nas lojas e marcenarias a previsão de entrega e montagem. Se for o caso, o acerto com os prestadores de serviço do ramo pode ser feito na fase anterior. 4. Fase da decoração: chegar a esta fase significa estar com a obra praticamente concluída. Decoração inclui objetos e outros detalhes que ajudam a personalizar o espaço e a organizá-lo. Aquela cereja do bolo que só entra em cena na finalização da obra e que também pode envolver outros profissionais, como o personal organizer. Também é importante inserir esta fase no cronograma para saber quando o espaço vai estar pronto. Montar um cronograma para gerenciar as diferentes fases de uma obra pode evidenciar que o período de execução tomará mais tempo do que o esperado. Por outro lado, é importante trabalhar com prazos reais, que nos permitam planejar o nosso tempo, evitando aquela ansiedade excessiva dos clientes. A ABD disponibilizou para os associados desde de 2014, uma tabela com modelo de reforma, está imagem abaixo é a primeira parte do modelo. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Método de projetos para interiores 21 4. OS HONORÁRIOS E ALTERNATIVAS DE REMUNERAÇÃO Mas antes de adentrarmos no detalhamento das etapas do projeto de interiores vamos estudar as alternativas de remuneração: Em 2016, a ABD – Associação Brasileira de Designers de Interiores disponibilizou em seu site uma tabela de honorários, com valores norteadores para cada estado e alternativas de Remuneração. Norteadores porque devemos considerar ainda o tempo de experiência profissional, a região, os custos fixos de instalações e pessoal, entre outros fatores que podem interferir. No documento temos seis alternativas: 4.1- HONORÁRIOS POR PROJETO COMPLETO Nesta alternativa, temos a opção de cobrar por m². Baseada nas informações econômicas e sociais daquele ano, a ABD disponibilizou uma tabela que veremos logo abaixo, ondeela apresenta por estado ou grupos de estados com o valor médio a ser cobrado por m², variando de acordo com a metragem quadrada. ESTADO 10 a 59m² 60 a 99m² 100 a 300m² 301 a 500m² 501 a 700m² 701 a 999m² Acima de 1000m² São Paulo R$ 133,00 R$ 124,00 R$ 114,00 R$ 107,00 R$ 103,00 R$ 96,00 R$ 91,00 Rio de Janeiro R$ 151,00 R$ 140,00 R$ 131,00 R$ 126,00 R$ 123,00 R$ 123,00 R$ 116,00 Espirito Santo, Minas Gerais R$ 119,00 R$ 103,00 R$ 86,00 R$ 74,00 R$ 65,00 R$ 61,00 R$ 56,00 Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso R$ 109,00 R$ 105,00 R$ 98,00 R$ 91,00 R$ 89,00 R$ 86,00 R$ 86,00 Alagoas, Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe R$ 123,00 R$ 119,00 R$ 103,00 R$ 89,00 R$ 79,00 R$ 72,00 R$ 65,00 Amazonas, Rondônia, Roraima, Pará, Amapá, Acre, Maranhão, Tocantins R$ 123,00 R$ 119,00 R$ 103,00 R$ 89,00 R$ 79,00 R$ 72,00 R$ 65,00 Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul R$ 133,00 R$ 130,00 R$ 121,00 R$ 109,00 R$ 105,00 R$ 103,00 R$ 98,00 Observe que quando menor a metragem quadrada maior o valor (R$) do mesmo, isso porque alguns espaços menores tendem a necessitar de um trabalho minucioso, como por exemplo, projetar um banheiro pode ser mais desafiante do que projetar um quarto, por exemplo. 4.2- HONORÁRIOS POR PREÇO FECHADO Trata-se de definir um preço único que envolve o Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Método de projetos para interiores 22 Projeto, Especificação e Acompanhamento de Obra, podendo esse valor ser definido a partir de um percentual sobre o custo total da obra. Devido, o prolongamento da prestação de serviço existe a possibilidade de parcelamento conforme acordo entre as partes. 4.3- HONORÁRIOS POR CONSULTA TÉCNICA Trata-se da Avaliação e diagnóstico dos ambientes sob os critérios de: Disposição de mobiliários, iluminação, revestimentos e acabamentos, no entanto, não envolve a elaboração de desenhos. O valor neste caso, varia de R$ 500,00 à R$ 1 200,00 que corresponderá a consulta de até 03 horas. Hoje em dia, com as facilidades de se adquirir maquinetas de cartão, os profissionais podem ofertar o pagamento não só em espécie como também pagamento em debito ou parcelamento em crédito. Não aconselhamos o pagamento por meio de contrato, porque trata- se de um serviço rápido. 4.4- HONORÁRIOS POR HORA TÉCNICA ESPECIFICAÇÃO E/OU HORA TÉCNICA EXECUÇÃO DE PROJETO Trata-se do serviço de especificação dos itens contidos no projeto ou consultoria, tais como: mobiliário, iluminação, revestimentos e acabamentos, etc. Visitas a obras ou fornecedores para dirimir dúvidas de projetos. O valor da hora é variável entre R$ 200,00 e R$ 400,00. 4.5- HONORÁRIOS POR HORA TÉCNICA - DESENHO Trata-se dos serviços de desenhos de plantas e detalhamentos para ilustração das definições das consultas técnicas; desenhos de plantas e detalhamentos de alteração ou extraordinários do projeto inicial após a aprovação do mesmo pelo cliente. O valor da hora técnica de desenho é variável entre R$ 200,00 e R$ 400,00. 4.6- HONORÁRIOS POR FIXO Trata-se de um valor fixo definido por um percentual calculado sobre previsão do orçamento geral do projeto. O valor da porcentagem varia de 10% a 20%. Podendo ser parcelado conforme acordo entre as partes. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Método de projetos para interiores 23 Como podem ver, temos diversas opções para cobrarmos por nossos serviços, no entanto, devemos ressaltar que as alternativas na qual nos utilizamos da quantitativa “hora” para recebimento Veja agora, esse artigo do Blog PROMOB: https://blog.promob.com/quanto-cobrar-por- um-projeto/ https://blog.promob.com/quanto-cobrar-por-um-projeto/ https://blog.promob.com/quanto-cobrar-por-um-projeto/ Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Método de projetos para interiores 24 DESIGN E DECORAÇÃO QUANTO COBRAR POR UM PROJETO DE DESIGN DE INTERIORES? ENTENDA AQUI! 22/03/2017 Por ser um tipo de serviço que envolve criatividade, despesas e também muito trabalho duro, a composição de preço para um projeto de design de interiores não é tão simples como a de um tomate na feira. São diversos elementos que devem ser agregados ao valor final do projeto e pode ser difícil alcançar orçamentos lucrativos e ao mesmo tempo competitivos. Cobrar muito caro sem entender como funciona o cálculo do preço espanta toda a clientela. Mas quem não faz as contas e apenas se desvaloriza para tentar ganhar da concorrência está com os dias contados neste setor: quando notar que está pagando para trabalhar, o aspirante a arquiteto já terá abandonado o seu negócio. Portanto, para não errar para mais nem para menos, confira algumas dicas que vão lhe ajudar a precificar seu projeto de design de interiores. Coloque suas despesas no papel Esse é o primeiro passo, mas espantosamente muitos falham exatamente nesta tarefa: antes de estimar qualquer tipo de preço de produto ou serviço, é preciso analisar quanto ele custa. Portanto, um arquiteto deve colocar no papel seus gastos com contas de luz, telefone e aluguel, por exemplo. Também entra nessa conta os gastos com equipamentos, softwares e pagamentos de funcionários. E claro, o pró-labore, que é o salário do empreendedor, também deve ser calculado. Muitos iniciantes não sabem estimar muito bem sua hora de trabalho. Algumas vezes, até quem é mais experiente fica na dúvida sobre quanto realmente vale seu tempo. Uma dica é conversar com colegas e buscar outras referências no mercado para chegar em um seguro ponto de vista para essa conta. Pesquise o mercado de design de interiores Isso é essencial para quem quer entender melhor não apenas quanto vale seu trabalho, mas quanto o seu público está disposto a pagar por ele. Pesquisar o mercado de design de interiores significa descobrir os preços usuais de projetos na mesma região de atuação que a sua e, se possível, encontrar trabalhos de outros designers em um mesmo nível profissional que o seu. Talvez, ao pesquisar a concorrência, o arquiteto descubra que seus custos estão baixos e ele pode ou cobrar mais barato para conseguir mais clientes ou aumentar sua margem de lucros. E se for o contrário, talvez seja preciso entender melhor suas despesas e descobrir como cortar custos desnecessários para ser competitivo. Considere o valor da sua assinatura Esse é um dos momentos mais desafiadores para quem ainda não tem um renome no mercado: qual o valor da sua assinatura em um projeto de design de interiores. É algo subjetivo, mas isso não quer dizer que é desnecessário ou deve ser desconsiderado. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Método de projetos para interiores 25 Considere o valor da sua assinatura Esse é um dos momentos mais desafiadores para quem ainda não tem um renome no mercado: qual o valor da sua assinatura em um projeto de design de interiores. É algo subjetivo, mas isso não quer dizer que é desnecessário ou deve ser desconsiderado. O projeto de design de interiores assinado é algo feito sob medida para quem compra. É um trabalho criativo, resultado de anos de estudo e de uma visão artística única. Logo, é justo um valor pela assinatura, que vai variar de acordo com o renome do criador. Para calcular, o arquitetoprecisa entender seu posicionamento no mercado. Se estiver no começo ou não tiver um portfólio de cair o queixo, o valor da assinatura será mais baixo. Arquitetos veteranos que impressionam pelo seu trabalho e projetos concretizados conseguem receber mais por sua assinatura. Vale a pena ressaltar: assinatura não é o mesmo que o lucro. Aqui calculamos a geração de valor agregada pelo nome do designer. O lucro é o retorno sobre o capital investido no negócio; vamos falar sobre ele em breve. Calcule o preço do projeto de design de interiores É bem comum ver arquitetos e designers de interiores cobrando por metro quadrado nos seus projetos. Não tem nada de errado nisso, mas é importante compreender que isso não é a única forma de precificar seu serviço: é na verdade uma forma de apresentar o preço ao cliente final, de forma compreensiva para ele. Ou seja, agora que você tem todas despesas anotadas, compreende a concorrência e sabe valorizar sua assinatura, não precisa seguir tabela alguma de preço por m² em projetos de design de interiores. Ainda que ela seja uma referência legal para a pesquisa. Pelo contrário, você será capaz de avaliar sua produtividade e a demanda pelo seu trabalho para chegar em um valor justo para o seu m² e aí sim, poderá apresentar orçamento aos seus clientes. Uma outra forma de apresentar o preço final para o seu cliente é pedindo uma porcentagem do valor total da reforma. Ou seja, ao invés de considerar o m², o profissional pede, por exemplo, 15% dos 500 mil que serão gastos com a obra inteira. Esse formato pode gerar resultados incertos, muitas vezes: se optar por usá-lo, é bom se assegurar que o dinheiro vai cobrir todas as despesas e, ao mesmo tempo, evitar que se torne um valor exorbitante. Acrescente o lucro Antes de entregar o orçamento final para o cliente, é preciso colocar o lucro sobre o projeto de design de interiores. Existe um pouco de confusão sobre o que é exatamente lucro, especialmente em serviços que envolvam criatividade, arte ou conhecimentos técnicos avançados. Logo, lembre-se que a assinatura, por mais elevada que seja, não é lucro, mas sim um custo que é correspondente à geração de valor do renome do profissional. E o pró-labore definitivamente não é lucro: é o salário do empreendedor. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Método de projetos para interiores 26 Veja o vídeo do StudioM4 Arquitetura em seu canal no Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=Enny3bwtzUs Logo, lembre-se que a assinatura, por mais elevada que seja, não é lucro, mas sim um custo que é correspondente à geração de valor do renome do profissional. E o pró-labore definitivamente não é lucro: é o salário do empreendedor. Lucro é, reiterando — o retorno sobre o capital investido, ou seja, quem colocou dinheiro e tempo no negócio —, normalmente o próprio arquiteto vai querer ver esse dinheiro render, o máximo possível. É desejável lucros de 2% a 5% sobre o valor total do projeto, mas se na pesquisa de mercado o designer entender que seu orçamento será muito barato, é válido dilatar essa margem. Não se esqueça dos impostos O último item para formar um preço justo, lucrativo e competitivo para o seu projeto de design de interiores são os impostos, que serão aplicados sobre o valor final. É importante que o arquiteto conheça todos as taxas e impostos que são aplicáveis ao tipo de projeto que ele está assumindo: eles variam de acordo com a cidade e também com o tipo de intervenção. Para evitar surpresas, é bom sempre considerar os impostos antes de bater o martelo sobre o preço total do projeto de design de interiores. Por isso, acrescente esse último fator antes de mostrar seu orçamento ao cliente final. Depois de tantas contas, finalmente é possível entender melhor como calcular o preço para um serviço tão complexo, subjetivo e trabalhoso como o design de interiores. Não existe mistério nessas dicas: é só colocar em prática e começar a cobrar preços mais estruturados no seu escritório. FONTE: https://blog.promob.com/quanto-cobrar-por-um-projeto/ https://www.youtube.com/watch?v=Enny3bwtzUs Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Método de projetos para interiores 27 3.7- TIPOS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS 3.7.1 - CONSULTORIA Trata-se de uma sugestão baseada num levantamento de dados e feita de maneira rápida e prática, sem muitos detalhes. 3.7.2 - PROJETO Trata-se de quando o cliente quer mudar todo o ambiente. Alterando materiais, revestimentos, iluminação, forro, piso, moveis e pôr fim a decoração. ANTES DEPOIS Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Método de projetos para interiores 28 3.7.3 - DECORAÇÃO Trata-se do uso de técnicas cenográfica e visuais voltadas à composição e ornamentação de espaços internos. 5. PROPOSTA E CONTRATO Nesta apostila iremos utilizar como base o modelo descrito no livro Design de Interiores, da Jenny Gibbs. “Um projeto de design de interiores possui quatro fases principais. Na primeira são realizadas a elaboração do programa de necessidades, a proposta de trabalho e a aprovação por parte do cliente. A segunda fase envolve a reunião de informações que servirão de base para as soluções de projeto e a apresentação do projeto ao cliente. Após a aprovação do cliente e a assinatura das plantas e desenhos, é desenvolvido o detalhamento do projeto na terceira fase, além de todas as revisões necessárias. A quarta fase é constituída pela execução da obra e, após sua finalização, a entrega formal ao cliente.” (GIBBS, p.146) 5.1- MODELO DE PROPOSTA Trata-se da etapa para saber as necessidades do cliente, engloba a reunião para o entendimento de todas as necessidades e anseios do cliente. Modelo de Proposta Local, dia, mês e ano Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Método de projetos para interiores 29 Ilmo. Sr. Nome Endereço Local Ref.: Projeto de Design de Interiores Prezados Senhores, Atendendo à solicitação de V.Sas., encaminhamos nossa proposta de trabalho para planejamento e Design de Interiores de seu ........................................ à rua ......................................, em local, como segue: 1. Estudos preliminares: 1.1 Entrevista com V.Sas. para definição do programa de necessidades; 1.2 Levantamento da construção 2. Anteprojeto 2.1 Layout do projeto em planta baixa e ou perspectiva; 2.2 Apresentação e discussão das soluções propostas; 2.3 Desenvolvimento do layout ou estudo de uma nova possibilidade que atenda aos objetivos de V. Sas. e que se condicione à viabilidade técnico econômica; 3. Projeto Executivo 3.1 Desenho definitivo da planta de distribuição; 3.2 Desenho detalhado das modificações de alvenaria, se houver; 3.2 Anotação em planta dos pontos elétricos, de telefonia, som e iluminação para orientação do projeto de instalação elétrica a ser elaborado por terceiros; 3.4 Memorial descritivo de acabamentos; 3.5 Paginação de pisos, desenho de moldura e guarnições, ferragens especiais, equipamentos fixos, vidraria, etc.; 3.6 Desenho detalhado de móveis especiais como: divisórias, estantes, armários e eventualmente de móveis exclusivos; 3.7 Pesquisa e seleção dos móveis complementares, revestimentos, aparelhos de iluminação entre outros acabamentos. Nota: Questõesconstrutivas, exclusivamente técnicas, que escapem à competência do trabalho do Designer de Interiores, tais como engenharia elétrica e hidráulica, condicionamento de ar, sonorização, segurança, etc deverão ser resolvidas com a nossa coordenação, por profissionais qualificados, cujos honorários, sob prévio orçamento, serão de responsabilidade de V. Sas. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Método de projetos para interiores 30 4. Áreas compreendidas por essa proposta: (Discriminação ou descrição da(s) área(s).) 5. Honorários profissionais: 5.1 Os honorários profissionais, resultantes dos custos rateados entre os itens do estudo preliminar, ante-projeto e projeto executivo, levando-se em conta a área descrita em 4 (cerca de xxx m2), totalizam o valor de R$ xxxxx,xx (valor por extenso); 5.2 Sinal de R$ xxxx, xx (valor por extenso) na devolução de uma cópia deste orçamento como o "de acordo" de V. Sas. 5.3 xx parcelas de 30, 60, .... dias do sinal, independente de qualquer outro fator; 5.4 O atraso na forma de pagamento contratada e acordada, seja cheque, boleto ou depósito bancário, implicará na multa de .................. 5.5 Alteração do projeto: se, após a aprovação definitiva de esquemas ou desenhos, o cliente tomar decisões que para sua boa execução, impliquem em serviços extras, modificações ou acréscimos nos estudos, desenhos ou especificações serão cobrados R$ xxxx,xx (valor por extenso) por hora técnica de trabalho de assistente ou desenhista. 5.6 Qualquer modificação que afete os termos, condições ou especificações do presente contrato deverá ser objeto de alteração por escrito com anuência de ambas as partes. 6. Acompanhamento e Taxa de Administração: 6.1 Para o acompanhamento da execução do projeto, os honorários serão cobrados a razão de percentual igual à xx% (valor por extenso) sobre todo o serviço ou compra efetuados com acompanhamento deste escritório. 6.1.1 Por acompanhamento de execução entende-se: a. Seleção de fornecedores de comprovada idoneidade e notória capacidade técnica; b. Tomada de preços e orçamentos; c. Fiscalização da execução e entrega dos pedidos; d. Atendimento aos fornecedores cujos trabalhos se sobreponham ou se complementem. 6.1.2 Nosso escritório não será responsabilizado, em nenhuma circunstância, pelo não cumprimento de desenhos, especificações ou por defeitos latentes no trabalho de terceiros. Cabe-nos a função de apontar os eventuais erros e deficiências dos fornecedores ou construtores, para que sejam corrigidos ou para outras providências de V. Sas. 6.2 A cobrança de taxa mencionada no item anterior será feita mensalmente entre os dias xx e xx para pagamento contra apresentação, e compreendendo os itens fechados no período anterior e calculada sobre os valores efetivamente pagos aos fornecedores; 6.2.1 A taxa de administração referente a serviços e materiais cujos pagamentos se estendam além de sua efetiva entrega deverá ser integralmente quitada na primeira cobrança após o evento da entrega; 6.2.2 Junto com a cobrança será emitido um relatório de todos os pagamentos feitos no período anterior, dos débitos em aberto, taxas de visita (ver 6.4) e o valor a nos ser reembolsado das cópias heliográficas, xerox e outras despesas eventualmente pagas em nome de V. Sas. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Método de projetos para interiores 31 6.3 Para obras de Arte únicas, como telas, esculturas, tapeçarias (tapetes orientais), objetos e móveis antigos de valor superior a R$ xxxx, xx (valor por extenso) será cobrada uma taxa reduzida de xx% (valor por extenso); 6.4 Sobre os serviços contratados diretamente por V. Sas. com terceiros sem a interferência deste escritório ou sob a administração de Construtora, não será aplicada a taxa de xx% (valor por extenso). Para inspeção eventual destes mesmos serviços, a chamado de V. Sas., serão cobrados honorários de R$ xxxx,xx (valor por extenso) por visita de até duas horas técnicas; Nota: Serviços específicos que necessitem da nossa presença e supervisão, tais como arrumação de livros e objetos e estantes e mesas, distribuição de quadros, esculturas e tapetes, que não tenham sido adquiridos com a nossa orientação, serão cobrados como visita nos moldes descritos acima. 6.5 Para acompanhamento da execução de serviços de profissionais indicados por V. Sas, que não façam parte do rol de fornecedores habituais deste escritório, a taxa de administração aplicada será de xx% (valor por extenso); 6.6 A solicitação a este escritório para orçamento de um serviço implica na nossa convocação para administração do mesmo, ainda que a execução seja dada para um fornecedor não indicado por nós, permanecendo válidas as disposições dos itens anteriores (6.1, 6.2, 6.3 e 6.5); 7. Atendimento Toda e qualquer assessoria referente ao projeto poderá ser obtida por telefone, pessoalmente em nosso escritório ou quando a situação exigir a situação, em visita à obra, sempre em dias e horários combinados antecipadamente. Todas as despesas de transporte aéreo e terrestre, hospedagem e alimentação serão de responsabilidade de V. Sas., sendo cobrados honorários de R$ xxxxx, xx (valor por extenso) para o titular e/ou de R$ xxxx, xx (valor por extenso) para o assistente por dia de visita e de viagem. O foro deste contrato é o da Comarca............Estado de ................com preferência sobre qualquer outro. E, por estarem assim justas e contratadas, as partes assinam o presente instrumento em 2 (duas) vias de igual forma e teor, para um só efeito. No aguardo da decisão de V. Sas., colocamo-nos à disposição para quaisquer outros esclarecimentos. Atenciosamente, Nome do Designer de Interiores Nome do Cliente Endereço do escritório Endereço Telefones/Fax Telefones/Fax E-mail E-mail Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Método de projetos para interiores 32 6. OS AMBIENTES E SUAS FUNÇÕES Para se criar um projeto de interiores funcional é necessário estarmos cientes das funções e atividades ao qual se destinam os ambientes. Portanto, veremos agora as características de cada um. 6.1- HALL DE ENTRADA Vamos iniciar nossa análise dos espaços, pelo primeiro ambiente da casa, o Hall de entrada. Por se tratar do primeiro, ele é uma espécie de cartão de visita, devendo traduzir sua personalidade e estilo dos moradores e da edificação. Sendo um ambiente de “entrada”, o projeto deve ser claro e transmitir um ar convidativo e aconchegante, além de levar os visitantes a idealizarem o restante do projeto da residência, comercio ou evento. Na existência desse ambiente dentro do projeto, devemos pensar nas funções e necessidades que os usuários possuem, isso influenciará na escolha dos elementos que deverão compor o espaço. Algumas perguntas podem auxiliar na hora de projetar: “Qual a primeira ação ao entrar na residência? Ou qual a primeira ação dos clientes ao adentrar no seu estabelecimento? ” “Será necessário algum espaço para armazenar, como gavetas, armários com portas, ou simples prateleiras resolveriam? ” “O fluxo de pessoas será intenso? Quais serão as pessoas que irão adentrar ao local? Só íntimos ou desconhecidos? ” Ao responder essas perguntas, ou criar perguntas como essa, você terá um norte sobreo que deve compor o espaço. No entanto, a algumas dicas oriundas da técnica do Feng Shui que podem auxiliar na escolha e posicionamento de certos elementos. 1. Escadas que dão aceso ao segundo piso terá a energia que entrar na casa desviada para o segundo andar. 2. Espelhos na frente da porta de entrada, evita que boas energias adentrem a casa. A iluminação desse espaço pode ser natural ou artificial, no caso de artificial o uso de arandelas pode ajudar a criar atmosfera mais intimista. Também há a possibilidade de utilizar pendentes de luz focal ou decorativa, sendo complementada com luz focal, como minidicroica, dicroicas ou AR48; ou em casos de regiões frios ou ambientes com pé direito mais alto, Par 20 ou Ar70. Logicamente, que podemos Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Método de projetos para interiores 33 também utilizar plafons ou embutidos com lâmpadas fluorescentes. Esse ambiente dará acesso a outros ambientes como Estar, Lavabo e outros espaços. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Método de projetos para interiores 34 Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Método de projetos para interiores 35 6.2- SALA DE ESTAR / LIVING Segundo ambiente mais utilizado na casa, trata-se de um espaço multifuncional para receber, conviver com amigos e familiares; também é possível utilizar o espaço para assistir tevê, ouvir, musica, ler e ocorrer jogos. Portanto, devemos durante o briefing identificar quais são os costumes da família e as suas peculiaridades. Após identificarmos os objetivos do espaço, poderemos pensar na distribuição, materiais mais recomendados, iluminação e ventilação adequadas, etc. Por ser um espaço multitarefas, é necessário em alguns projetos criarmos centros de interesse, pontos focais para dinamizar a composição, evitando assim monotonia. No entanto, existem certos elementos que são básicos e existentes em qualquer estar/living: Sofá, Poltronas, Puff, Mesas de Centro, Mesas de canto. As psicologias das cores também devem ser cuidadosamente observadas, a paleta de cores certa pode ajudar a criar a atmosfera desejada para o espaço. A iluminação também pode criar diferentes atmosferas, mesmo com a mesma composição de mobiliário. Devendo por tanto, pensar em uma iluminação uniforme e geral para manutenção do espaço. A iluminação de contraste e de tarefa em acendimentos diferentes e com uso de dimmers possibilitará criar diferentes atmosferas no mesmo ambiente. Há a possibilidade de utilizarmos também uma iluminação decorativa que além de auxiliar na criação de atmosfera e caráter dos ambientes. Vejamos a seguir algumas opções de layouts: Distribuição em “L”; Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Método de projetos para interiores 36 Distribuição em “U”; Distribuição quadrada; Distribuição retangular; Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Método de projetos para interiores 37 Distribuição circular. Uma observação importante é a necessidade de pensar numa circulação livre sempre que possível para que não atrapalhe as atividades nele desenvolvidos. 6.3- SALA DE TV / HOME THEATER Um dos ambientes que atualmente são integrados/anexados a outro espaço como sala de estar. No entanto, há residências que ainda preferem dividir as atividades por ambientes. Trata-se de um espaço nas residências destinado a eletrodomésticos, ligados ao som, tv ou até mesmo um centro de mídia. Portanto, trata-se de um espaço que necessita de uma atenção especial no trato acústico e lumínico. A evolução da tecnologia tem permitido o projeto de móveis com a função de suporte em menor dimensões. Portanto, todos os aparelhos que irão compor o espaço devem ser definidos antes. No entanto, algumas dicas para se evitar a falta do conforto par o usuário. Definição da TV: devemos analisar o tamanho do ambiente e verificar qual tamanho adequado da tela ou tv para que não haja distorção de imagem e nem prejudique a visão dos usuários. Então para você saber qual TV especificar de acordo com as medidas do Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Método de projetos para interiores 38 espaço, você deve medir a distância em metros do sofá para o local onde será instalado a TV, e multiplicar 18. E para saber calcular a distância adequada do sofá para a TV já existente do seu cliente, você deve utilizar a Polegada da TV e dividir por 18. Lembre-se que a distância é relativa ao encosto do sofá, e que a altura da TV estar em 2/3 da tela da TV evitando danos a saúde. Veja a imagem abaixo: Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Método de projetos para interiores 39 Quanto a iluminação, diferente do que muitos acreditam assistir TV no escuro total pode causar graves problemas a saúde ocular. Por tanto, é necessário projetar um circuito com luz mais amena e indireta para se deixar ligada, sem gerar ofuscamento na Tela, além de dar aquela sensação gostosa de cinema em casa. Outro fator que você deve levar em consideração na hora de projetar uma sala de TV são os materiais e revestimentos, a acústica é importante para garantir uma experiência de som maravilhosa. Evite utilizar materiais de superfície polida já que eles aumentam a reverberação do som, isso inclui o vidro e o espelho e pedras. O ideal são revestimentos que absorvam o som, como tapetes, carpetes, madeira e cortinas espessas. Também se é possível utilizar revestimentos acústicos específicos. Esses materiais auxiliaram no sistema de som. No caso de optar por um home Theater (aparelho), a instalação deles possui algumas observações. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Método de projetos para interiores 40 Composto por 5 caixas de som e um subwoofer, onde as caixas frontais podem ser instaladas no teto ou na parede ou ainda ficarem apoiadas num suporte de piso. As caixas traseiras devem ser posicionadas na altura dos ouvidos das pessoas sentadas, sendo montadas na parede ou no suporte de piso. A caixa central ficará acima da TV, em frente ao sofá, pois é responsável por transmitir a voz das pessoas. E por fim, o subwoofer, responsável por transmitir os sons graves e subgraves do som, este deve estar no piso próximo a TV ou na lateral dela. 6.4- SALA DE JANTAR Ambiente destinado as refeições. Algumas famílias preferem utiliza-lo apenas em ocasiões especiais, preferindo utilizar no dia-a-dia a copa, outro ambiente no qual falaremos posteriormente. A sala de jantar pode ou não ser integrado com as salas de estar e TV formando assim um único espaço voltado para atender diferentes atividades em família e com convidados. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP]Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Método de projetos para interiores 41 Composto em geral apenas pelo conjunto de mesa com cadeiras, é recomendado também acrescentar um aparador/buffet onde será possível armazenar e dispor utensílios e equipamentos comumente utilizados no ambiente. Para selecionar ou projetar esse móvel, o designer deve se informar de todos os utensílios e equipamentos que poderão ser armazenados no local, para então poder definir o modelo do aparador. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Método de projetos para interiores 42 Quanto a iluminação, é comum o uso de pendentes ou lustres, no entanto é possível acrescentar arandelas, spots, colunas e embutidos para complementar a iluminação ou criar outros efeitos, lembrando que cada atmosfera lumínico deve ser posta num circuito independente. Como podemos ver, na imagem disponibilizada pela Leroy Merlin, a distância da lâmpada ao tampo da mesa poderá de 70cm à 90cm, dependendo do tipo de pendente e de sua proteção antirreflexo. O tamanho ideal do seu diâmetro deve ser ½ da largura da mesa, se for menor ou maior ficará desproporcional ao tamanho da mesa (veja a imagem ao lado), e sempre o pendente ou lustre deverá ser centralizado pela superfície da mesa, mesmo que o centro do ambiente seja diferente da mesma. Caso a mesa de jantar seja maior que o comum, você pode repetir os pendentes ou lustres, ou fazer uma composição com pendentes diferentes. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Método de projetos para interiores 43 Uma alternativa para os clientes que não gostam ou preferem não investir em lustres e pendentes, são os embutidos (imagem acima) ou plafons de cristal ou não (imagens abaixo). Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Método de projetos para interiores 44 6.5- COZINHA Esse ambiente é um dos mais complexos para se projetar, pois apesar de podermos projetar algo simples e genérico para o dia-a-dia, sempre devemos nos preocupar com: Quantos utensílios e quais os usuários mais utilizam? Quais os aparelhos mais utilizados no espaço? Será com layout “aberto” ou “fechado”? Após termos essas respostas, podemos nos valer da regra básica do triângulo onde as três áreas necessárias a esse ambiente devem ser posicionadas em suas extremidades: Essa regra é aplicável em quase todas as opções de layout para cozinha, exceto o layout linear que veremos logo a seguir. É importante perceber que essa regra garante eficiência, praticidade e até mesmo economia de energia, já que ao colocarmos eletrônicos que emitem calor como fogão, micro- ondas, forno, etc., próximo a eletrônicos que refrigeram como frigobar, refrigerador ou freeze; fará com que esse eletrônicos trabalhem mais, consumindo mais energia para atingir a temperatura necessária para cumprir sua função. Também é importante lembrar que as pessoas nem sempre vão a cozinha para utilizar o fogão ou pia, às vezes, só adentramos a cozinha para acessarmos a geladeira; por tanto, é recomendado posicionar o refrigerador num local de fácil acesso, principalmente se houver crianças na residência. Quanto ao posicionamento do Microondas pode variar de acordo com as atividades mais frequentes dos usuários. Você deve verificar com seus clientes qual será a principal função do aparelho, se será descongelar alimentos, aquecer bebidas, o que levaria a ser instalado um pouco mais próximo a geladeira; ou será aquecer o jantar ou somente refeições de fim de semana. Para cada situação você deve analisar o melhor local para instala-lo. Essas perguntas são validas para os demais aparelhos e utensílios que compõe a cozinha. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Método de projetos para interiores 45 Quanto aos materiais que devemos especificar para esse espaço, eles devem ser resistentes a altas temperaturas, de fácil limpeza e manutenção. O que nos levar a considerar que se optar por materiais com rejuntes, devemos utilizar o mais fino possível e que resista a sujeira não acumulando assim resíduos. Isso é válido para piso e parede. Os granitos são uma boa opção, já que não são porosos como o mármore, não absorvendo gordura e mais resistente a riscos e manchas. Veja abaixo, o nome de alguns dos granitos mais usuais: Quanto aos móveis, os armários baixos devem ter uma profundidade máxima de 60cm, devendo passar 5cm de bancada. Além disso, devem estar sobre uma base de alvenaria 5cm a 7cm ou estar suspenso,15 a 20cm do piso. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Método de projetos para interiores 46 As prateleiras com maior profundidade podem utilizar corrediças para facilitar o acesso ao seu fundo, no entanto, no caso de utiliza-los deve adicionar um frontão para evitar que os objetos deslizem. Os gaveteiros devem ser utilizados especialmente nos armários baixos, no entanto suas dimensões devem variar de acordo com a projeção dos utensílios que serão neles armazenados. Quando se tratar dos armários altos, eles devem ficar posicionados de 50cm à 60cm acima da bancada e podem ter profundidade de 30cm à 40cm. As prateleiras internas devem ser de vidro, metal ou madeira, e de preferência com alturas reguláveis. Esses armários devem possuir altura máxima de 180cm, para serem utilizados sem a necessidade de escada, e 200cm com o auxílio de uma escada móvel (cavalete). Quando projetar armários para armazenar panelas você deve posicionar entre a área dos joelhos até os olhos, para evitar ter que se abaixar frequentemente, causando lesões nas costas. Enquanto, armários para Microondas ou forno de parede não podem ser altos, devendo permitir a visualização dos produtos nele. Também deve se pensar, suportes para panos de prato, conchas, espátulas, colheres, temperos, livros e papel. Além disso, não se pode esquecer de reservar um espaço para depositar os resíduos, de preferência, dois: um reciclável e outro não reciclável; podendo ser alocada na própria bancada da pia, ou em gavetões apropriados abaixo da mesma. Escola Estadual de Educação Profissional [EEEP] Ensino Médio Integrado à Educação Profissional Curso Técnico em Design de Interiores Disciplina: Método de projetos para interiores 47 Quanto a iluminação, ela deve ser excelente e abundante. Dê preferência a uma iluminação geral e difusa gerada por fluorescentes ou led. Nos planos de trabalho dê preferência à iluminação de tarefa, gerada por mangueiras, fitas de led ou ainda embutidos apropriados para móveis de led ou fluorescentes. Claro que você pode incluir uma iluminação decorativa ou de efeito, sendo instalada acima das bancadas, dentro de armários ou focalizando gravuras/quadros nas paredes. Ou ainda seguindo o comum, pendentes sob bancadas e mesas de apoio. 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