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Sucessões - Principios

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UNIVERSIDADE CEUMA- UniCEUMA
CURSO DE DIREITO
VITOR FONSECA DE MELO
 PRINCÍPIOS DO DIREITO SUCESSÓRIO 
São Luís
2018
Introdução
 De fato a própria Constituição Federal assegura os direitos de herança e o código civil disciplina todos eles, é importante frisar que o direito sucessório e regido por princípios indispensáveis para o traspasse de bens e direitos para com os herdeiros, observa-se que cada princípio tem a sua função e modo de ser aplicado e assegurado. 
Princípio do Saisine
O Princípio do Saisine tem sua origem européia, nascida na idade media e instituída pelo direito costumeiro Francês, como uma espécie de reação ao sistemas feudal, onde o herdeiro do de cujus não precisaria ir até o Senhor Feudal ou a justiça pleitear a posse dos bens da sucessão, ou seja, ele adquiria os frutos desde o momento da morte e a partir do momento da sucessão , observa-se que havia também uma proteção possessória, mesmo que não tomasse posse dos bens do falecido.
Os herdeiros são beneficiados com os efeitos que o principio do saisine manifesta um deles que evidencia essa proteção possessória é a que o herdeiro passa a ter legitimidade ad causam, ou seja, o herdeiro tem direito de proteger seus bens contra qualquer investidura de terceiro,Destarte, com o saisine os herdeiros gozam de legitimidade processual  “para intentar ou prosseguir ações contra quem quer que traga moléstia a posse, ou pretendam impedir que os herdeiros nela se invistam. A partir da abertura da sucessão surge para os herdeiros direitos processuais, inclusive de integrarem, o pólo passivo das ações intentadas contra o de cujus, numa rara autorização judicial de mudança de pólo passivo”
 Vale analisar que o “status” do bem também é transmitido para os herdeiros, quando é verificada imediata mutação subjetiva, logo os bens se transferem da forma que se encontrava com o de cujus, fato em que Maria Helena Diniz articula “Quer isso dizer que, se uma posse começou violenta, clandestina e precária, presumisse ficar com os mesmos vícios, que irão acompanhá-la nas mãos dos sucessores adquirentes. Do mesmo modo, se adquiriu de boa fé ou de má fé, entende-se que ela permanecerá assim mesmo, conservando essa qualificação”.
Ainda, o Principio do Saisine aduz que “uma vez aberta a sucessão, a herança transmite-se desde logo, aos herdeiros”, vale observar que para que haja a sucessão “automática” é necessário que o herdeiro exista no momento da delação, logo as leis civis só legitima a suceder os bens do de cujus, os que eram nascidos ou concebidos na época que é aberta a sucessão, o herdeiro deve estar vivo ainda que em vida intra-uterina, vale ressaltar a titulo de complementação que no direito romano reconhecia o direito à sucessão testamentária a pessoa ainda não nascida.
Há que se reconhecer o saisine a pessoa ainda não nascida ou concebida à época da abertura da sucessão, logo a sucessão ela se opera de modo condicional, por auxilio de disposições testamentárias, sendo possível a sucessão de bens de pessoa ainda não nascida, mas desde que nasça com vida, assegurando o direito sucessório do nascituro, porém esse direito sucessório só fica impedido de manifestar efeitos com o natimorto. 
	Princípio da Unicidade
Ante de tudo há que se privilegiar a vontade do testador, observa-se que esse principio, o testamentário pode alterar a ordem de vocação hereditária desde que seja respeitado o direito dos herdeiros necessários, ainda que ocorra inobservância dos requisitos do testamento deve ser de fato privilegiada a vontade, normalmente as pessoas que fazem testamento, não possuem filhos, e querem beneficiar determinadas pessoas como por exemplo, um cônjuge ou um colateral determinado.
O principio da unicidade impõe ao testamento que ele seja escrito, e que depois de escrito, seja lido e em seguida seja assinada, a elaboração do testamento deve ter a presença do tabelião de notas, do testador e das testemunhas, o tabelião redige a escritura publica em seu registro de notas estando necessariamente presentes o testador e as testemunhas, na fase final , é recolhida a assinatura do testador e das testemunhas, assinando por ultimo o tabelião.
Esse principio notarial trata como um principio instrumental e não formal, o testamento deve ser elaborado de forma ininterrupta e após a sua assinatura não poderá ser alterado.
	Princípio da Autonomia da Vontade
este principio dá a liberdade de dispor dos bens, por ato de ultima vontade, contudo o principio da autonomia da vontade sofre restrição, ou seja, no direito brasileiro, não pode abarcar todo o patrimônio do autor da herança, isso porque, antes da disposição testamentária deve se observar os familiares mais próximos, ou seja , à legitima, assim denominando o quinhão destinado aos mais próximos, em detrimento com os mais distantes , portanto o código faz a separação, ascendentes, descendentes, cônjuges.
É verificada a ordem de sucessão legitima, descendentes em primeiro, na ausência destes, ascendentes serão legítimos e progressivamente. De fato vale ressaltar que o testamento pode alterar essa ordem por vontade do testador, como autonomia de sua vontade na transmissão patrimonial por efeito morte, podendo ser considerada uma fonte voluntária da vocação sucessória 
A sucessão testamentária como foi pré-conceituada é a manifestação de vontade do autor da herança, que destina seus bens a uma pessoa determinada que por meio de autonomia privada dispõe seus bens através dos meios indicados pelo ordenamento jurídico , o principio da autonomia da vontade abrange a liberdade da escolha, a liberdade de estabelecer o conteúdo do testamento.
Princípio da Li

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