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COLABORAÇÃO PREMIADA

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DIREITO PROCESSUAL PENAL
Colaboração PREMIADA
DOCENTE: CLODOVIL SOARES.
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Conceito, distinções e direito comparado.
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Historicidade. 
 Idade Antiga:  DELAÇÃO ALIADA A PERSECUTIO CRIMINI
 OBJETIVA IDENTIFICAR A MATERIALIADADE DO CRIME.
 Idade Média: CRIAÇÃO DO TRIBUNAL ECLESIÁSTICA                                
 OBJETIVA ACUSAR E JULGAR OS SUPOSTOS HEREGES
 Renascimento: INICÍO DOS IDEAIS ILUMINISTAS
                              QUEBRA DE PARADIGMAS
                              CRÍTICA AO SISTEMA INQUISITÓRIO
 
Idade Moderna: EVOLUÇÃO DO SISTEMA
                               LEGALIDADE
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Paralelo entre o nascimento do instituto colaboração premiada no Brasil e Itália/ Espanha.
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Em países como Itália e Espanha, a colaboração premiada nasceu da necessidade de se combater o terrorismo e o crime organizado. De modo distinto, no Brasil, o reconhecimento explícito da ineficácia dos métodos tradicionais de investigação, e, consequentemente, da necessidade da colaboração premiada para a obtenção de informações relevantes para a persecução penal.
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NATUREZA JURÍDICA
A colaboração premiada tem natureza jurídica de meio de obtenção de prova, elencada como tal no inciso I do Artigo 3º da Lei de Organizações Criminosas. Referida lei dedica uma seção para tratar do assunto, intitulada de Seção I – Da Colaboração Premiada, que abrangem os artigos 4º ao 7º.
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 COLABORADOR X DELATOR
	 
INFORMAÇÕES ACESSORIAIS INFORMAÇÕES SOBRE A ESTRUTURA DAS ORGANIZAÇÕES
NATUREZA JURÍDICA, GARANTIAS PARA O DELATOR E REQUISITOS.
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Garantias
Art. 4o  O juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o perdão judicial, reduzir em até 2/3 (dois terços) a pena privativa de liberdade ou substituí-la por restritiva de direitos daquele que tenha colaborado efetiva e voluntariamente com a investigação e com o processo criminal, desde que dessa colaboração advenha um ou mais dos seguintes resultados:
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Requisitos
I – a identificação dos demais coautores e partícipes da organização criminosa e das infrações penais por eles praticadas;
II – a revelação da estrutura hierárquica e da divisão de tarefas da organização criminosa;
III – a prevenção de infrações penais decorrentes das atividades da organização criminosa;
IV – a recuperação total ou parcial do produto ou do proveito das infrações penais praticadas pela organização criminosa;
V – a localização de eventual vítima com a sua integridade física preservada.”
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CONTROVÉRSIA: Pontos positivos e negativos quanto á colaboração premiada. 
Crítica filosófica  
Antônio Mariz de Oliveira:  
O acusado preso sofre um rebaixamento no seu senso ético e moral, sendo atingidas as noções do certo e do errado, do justo e do injusto, do bem e do mal. Fragilizado, o colaborador fica sujeito a qualquer tipo de estímulo para ver minimizado o sofrimento imposto pela sua estada no cárcere. E, atualmente, a delação premiada, incentivada pelas autoridades, apresenta-se como o mais viável meio de alcance da liberdade. (OLIVEIRA, 2015). 
 
 Antônio Carlos de Almeida Castro:  
Confesso que tenho aversão a este método, até por uma questão de princípio. Não me parece ser a melhor maneira de forjar a têmpera de um povo, em um estado democrático, o incentivo à ‘deduragem’, principalmente se ela for feita em um regime de barganha, e sendo impossível o seu controle. (CASTRO, 2014). 
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Crítica jurídica 
 
Vazamento da realização dos acordos, do seu conteúdo pela imprensa. 
Realização dos acordos com réus presos. (Código de Processo Penal, artigo 282, §6º. 
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Modificações recentes com a Lei 12.850/2013 e sua  aplicabilidade.
 
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TEORIA DOS JOGOS NA COLABORAÇÃO, SEUS PROCEDIMENTOS E FASES DE APLICAÇÃO.
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TEORIA DOS JOGOS
EX.: Neste exemplo da teoria dos jogos, dá-se o seguinte caso: Dois ladrões, Al e Bob, são capturados e acusados de um mesmo crime. Presos em selas separadas e sem poderem se comunicar entre si, o delegado de plantão faz seguinte proposta: cada um pode escolher entre confessar ou negar o crime. Se nenhum deles confessar, ambos serão submetidos a uma pena de 1 ano. Se os dois confessarem, então ambos terão pena de 5 anos. Mas se um confessar e o outro negar, então o que confessou será libertado e o outro será condenado a 10 anos de prisão.
RELAÇÃO ENTRE A TEORIA DOS JOGOS E A DELAÇÃO
-> Lei 12.850/13, “Art. 7º: O pedido de homologação do acordo será sigilosamente distribuído, contendo apenas informações que não possam identificar o colaborador e o seu objeto.”;
-> Deve-se agir rápido.
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-> PROCEDIMENTOS NA COLABORAÇÃO-DELAÇÃO
Aplicabilidade nas fases investigatória e processual;
Sendo possível ser aplicada também após a sentença condenatória: efetividade; voluntariedade;
Vedação da aplicação deste Instituto de ofício.
-> FASES
FASE INQUISITÓRIA: Delegado de Polícia; Investigado; Defensor e MP (custus legis ou parte ativa)
FASE PROCESSUAL: Acusado; Defensor e MP.
COLABORAÇÃO APÓS SENTENÇA CONDENATÓRIA: Redução da pena até a metade ou Progressão de regime. 
APÓS A NEGOCIAÇÃO:
O acordo deverá ser formalizado: relato do colaborador; eventuais resultados pretendidos; as condições de proposta do MP e da AP; Declaração de aceitação do colaborador e seu defensor; Medidas Protetivas p/ o colaborador e sua família
Será remetido ao juiz para homologar ou não: Regular; Legal; Voluntário
Nenhuma sentença condenatória será proferida apenas com as alegações do acusado. Art 4, ss 16 da Lei 12.850/13
SISTEMA INQUISITORIAL NA COLABORAÇÃO PREMIADA 
  
-Visão Inquisitorial na Colaboração Premiada
-Colaboração Voluntária e Sistema Inquisitivo 
-Contrariedade a Colaboração Premiada
 
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ACORDO DE LENIÊNCIA
- Conceito
- Benefícios
- Acordo de Leniência X Colaboração Premiada 
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Método para obtenção dos meios de provas- Análise da Operação Lava Jato
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REQUISITOS DA VOLUNTARIEDADE
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REQUISITOS DA VEROSSIMILHANÇA
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PROCESSO MIDIÁTICO E A PRESUNÇÃO DE INOCÊNCIA
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Colaboração premiada em comparação ao plea bargaining.
Justiça Penal Consensual
Plea Bargaining x Colaboração premiada: Flerte de um sistema common law americano com o sistema civil law.
Sabotagem ao devido processo legal, contraditório e por consequência sem ampla defesa.
Alterações significativas Art. 28-A e 395- A no CPP vigente.
PL 8.045/2010 Novo Código de Processo Penal.
PL 236/2012 Novo Código Penal
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STF. Plenário. HC 127483/PR, Rel. Min. Dias Toffoli, julgado em 26 e 27/8/2015 (Info 796). 
HC impetrado contra decisão que homologou o acordo de colaboração premiada 
"EMF", um dos réus na operação Lava-Jato, impetrou no STF habeas corpus contra ato do Min. Teori Zavascki, que homologou o acordo de delação premiada de Alberto Youssef. 
No HC, a defesa do réu alegou, dentre outras teses, que o colaborador não teria idoneidade para firmar o acordo e que, por isso, as informações por ele repassadas não seriam confiáveis. Afirmou-se, ainda, que ele já descumpriu um outro acordo de colaboração premiada, demonstrando, assim, não ter compromisso com a verdade. 
Em razão disso, o acordo seria ilícito e todas as provas obtidas a partir dele também seria ilícitas por derivação, devendo ser anuladas.  
Argumentações:
... O STF entendeu que o acordo não pode ser impugnado por terceiro, mesmo que seja uma pessoa citada na delação. Assim, eventual coautor ou partícipe dos crimes praticados pelo colaborador não pode impugnar o acordo de colaboração. Isso porque o acordo é personalíssimo e, por si só, não vincula o delatado nem afeta diretamente sua situação jurídica. 
....A personalidade do colaborador ou o fato de ele já ter descumprido um acordo anterior de colaboração premiada não têm o condão de invalidar o acordo atual. 
Não importa a idoneidade do colaborador, mas sim a idoneidade das informações que ele fornecer e isso ainda será apurado no decorrer do processo. 
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OBRIGADA!
DISCENTES
ALESSANDRA DINAMARCA
GILMÁRIA BRITO
GUSTAVO PINHEIRO
ANA KAROLINE COSTA
LEANDRO GALDINO
MAILANA BISPO
RAMINI BRANDÃO
REBECCA GUNDIM
TAILANE NASCIMENTO 
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