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Requerente: Drº Profº Felipe Martarelli 
Ementa: Estágio de Prática Supervisionada – Mediação, Conciliação e 
Arbitragem 
Sumário: 
Relatório: o professor Felipe Martarelli, solicitou parecer jurídico com análise 
sobre as eventuais diferenças e igualdades na prática de Mediação e Arbitragem. 
Fundamentação: 
O art. 1º, § 1º da Lei nº 9.307/96 (com redação dada pela Lei nº 13.129/2015) 
prevê que a administração pública direta e indireta poderá utilizar-se da 
ARBITRAGEM para dirimir conflitos relativos a direitos patrimoniais disponíveis. 
Art. 1º As pessoas capazes de contratar poderão 
valer-se da arbitragem para dirimir litígios relativos a 
direitos patrimoniais disponíveis. 
§ 1o A administração pública direta e indireta 
poderá utilizar-se da arbitragem para dirimir conflitos 
relativos a direitos patrimoniais disponíveis. 
 
A Lei nº 13.140/2015 autoriza e incentiva que a Administração Pública preveja e 
resolva seus conflitos por meio da conciliação e mediação (art. 32), assim 
estabelece: 
 
Art. 32. A União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios poderão criar câmaras de prevenção e 
resolução administrativa de conflitos, no âmbito dos 
respectivos órgãos da Advocacia Pública, onde 
houver, com competência para: 
 
I - dirimir conflitos entre órgãos e entidades da 
administração pública; 
 
II - avaliar a admissibilidade dos pedidos de resolução 
de conflitos, por meio de composição, no caso de 
controvérsia entre particular e pessoa jurídica de 
direito público; 
 
III - promover, quando couber, a celebração de termo 
de ajustamento de conduta. 
 
§ 1º O modo de composição e funcionamento das 
câmaras de que trata o caput será estabelecido em 
regulamento de cada ente federado. 
 
§ 2º A submissão do conflito às câmaras de que trata 
o caput é facultativa e será cabível apenas nos casos 
previstos no regulamento do respectivo ente 
federado. 
 
§ 3º Se houver consenso entre as partes, o acordo 
será reduzido a termo e constituirá título executivo 
extrajudicial. 
 
§ 4º Não se incluem na competência dos órgãos 
mencionados no caput deste artigo as controvérsias 
que somente possam ser resolvidas por atos ou 
concessão de direitos sujeitos a autorização do Poder 
Legislativo. 
 
Jurisprudência 
Em 2018, a 3ª Turma analisou o REsp 1.550.260 e decidiu que a previsão 
contratual de convenção de arbitragem enseja o reconhecimento da 
competência do juízo arbitral para resolver, com primazia sobre o Poder 
Judiciário, as questões acerca da existência, validade e eficácia da própria 
convenção de arbitragem e do contrato que contenha a cláusula 
compromissória. 
No STJ, o autor do voto vencedor, ministro Villas Bôas Cueva, destacou que a 
Lei de Arbitragem permite que as pessoas capazes de contratar possam 
submeter a solução dos litígios que eventualmente surjam ao juízo arbitral, 
mediante convenção de arbitragem, fazendo inserir cláusula compromissória ou 
compromisso arbitral. 
"Em assim o fazendo, a competência do juízo arbitral 
precede, em regra, à atuação jurisdicional do Estado 
para dirimir litígios relativos a direitos patrimoniais 
disponíveis. A sentença arbitral produz entre as 
partes envolvidas os mesmos efeitos da sentença 
judicial e, se condenatória, constitui título executivo. 
Além disso, tão somente após a sua superveniência 
é possível a atuação do Poder Judiciário para anulá-
la, nos termos dos artigos 31, 32 e 33 da Lei 
9.307/1996", explicou o ministro. 
 
“MEDIAÇÃO X ARBITRAGEM” 
Este tribunal, assim, entende que na mediação, visa-se recuperar o diálogo 
entre as partes. Por isso mesmo, são elas que decidem. As técnicas de 
abordagem do mediador tentam primeiramente restaurar o diálogo para que 
posteriormente o conflito em si possa ser tratado. Só depois pode se chegar à 
solução. 
Na mediação não é necessário a interferência, ambas partes chegam a um 
acordo sozinhas, se mantém autoras de suas próprias soluções. 
Conflitos familiares e de vizinhança, por exemplo, muitas vezes são resolvidos 
apenas com o estabelecimento da comunicação respeitosa entre os 
envolvidos. 
A arbitragem surge no momento em que as partes não resolveram de modo 
amigável a questão. As partes permitem que um terceiro, o árbitro, especialista 
na matéria discutida, decida a controvérsia. Sua decisão tem a força de uma 
sentença judicial e não admite recurso. 
As soluções alternativas dos conflitos ajudam a desobstruir a Justiça, 
socializam o processo de entendimento entre as pessoas e aceleram a 
resolução dos problemas. 
Conclusão 
Diante do exposto, entende-se que tanto a mediação como a arbitragem não 
violaria quais meios e fundamentos necessários para dirimir confitos, indo de 
encontro à doutrina e jurisprudência pacífica, motivo pelo qual este parecer 
mostra-se favorável ao solicitado pelo requerente. 
É o parecer. 
 
Local e data 
Advogado/OAB nº

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