Evolução da Geografia e Transformação do Espaço

Prévia do material em texto

RA: 8112496 
Aluno: Antonio Vinícius Pereira
Epistemologia, Organização, Teoria da Região e Regionalização do Espaço
1. 
Há aproximadamente 2 milhões de anos atrás, a espécie humana dava seus primeiros passos rumo a um caminho desconhecido. Inicialmente em torno do continente africano, e em seguida se espalhando pelo mundo, dominando o globo terrestre. Esse processo de hominização só foi possível graças a evolução do pensamento do homem, ele passou a utilizar o conhecimento a seu favor, o que permitiu a sua ocupação e organização do espaço natural a seu favor.
Entretanto podemos afirmar que foi a agricultura que trouxe ao homem pré-histórico, as primeiras noções de geografia, pois foi cultivo dos grãos, que transformou o homem, em sedentário, e também a partir daí que o ser humano passou a ter uma preocupação com a periodicidade das chuvas, sol, secas, etc., pois foi conhecendo melhor seu espaço, que ele desenvolveu as técnicas de plantio, por esse motivo podemos afirmar que a agricultura foi a primeira revolução da humanidade, e o início da geografia.
A partir desse momento a geografia passou a dar seus primeiros passos, a Antiguidade Clássica através principalmente do povo grego contribuiu para o avanço dos estudos geográficos, principalmente em função das relações comerciais em torno do Mar Mediterrâneo, pois esse comercio gerou a necessidade de conhecer o espaço físico e os fenômenos naturais, assim como as localizações e o que existia ao redor.
Entretanto foi na Idade Moderna com o advento das grandes navegações, que a disciplina voltou a ser debate, pois esse acontecimento histórico apresentou ao velho mundo novos territórios além mar. O que gerou um choque de aculturação, pois a partir desse momento houve uma apropriação dos conhecimentos de outros povos acerca da astronomia, da navegação, das técnicas de orientação, etc. Todos esses novos conhecimentos, permitiram ao homem, se apropriar dos espaços, pois ele passou a ter mais conhecimento dos lugares, do tempo, das rotas marinhas, enfim ele aprendeu a utilizar seu conhecimento para usufruir do território em que estava inserido. 
Contudo foi o século XIX, que configurou esse conhecimento da terra como ciência, e disciplina curricular. Esse conjunto de intervenções realizadas pelas sociedades continuamente promoveu a modificação do espaço geográfico.
2. Defina de forma sintética e direta:
a) Espaço geográfico- é aquele produzido ou modificado pelos seres humanos ao longo do tempo. Composto pelo meio urbano e rural.
b) Paisagem- é tudo aquilo que num simples olhar, o ser humano consegue captar, ou seja, tudo aquilo que ele é capaz de enxergar em um simples olhar.
c) Região- é um espaço que foi dividido obedecendo a um ou mais critérios específicos, tais como clima, solo, vegetação, produção econômica e outras características próprias.
d) Regionalização- é a divisão de um território maior, com critérios antecipadamente estabelecidos, em áreas menores que passam a ser chamadas de regiões.
3. Apresente imagens fotográficas ou desenhos que representem ou ilustrem: uma paisagem de antes da primeira Revolução Industrial e uma paisagem dos dias atuais. Na sequência, explique, de maneira detalhada, como tais paisagens foram produzidas, ou seja, quais técnicas de trabalho e ações humanas as geraram? Por fim, verifique as diferenças estabelecidas no espaço ao longo do tempo e comente-as de modo comparativo.
	
Fig.01
	
Fig. 02
Na figura 01, encontramos uma imagem que nos remete a Inglaterra do início do período moderno, onde é possível notar pessoas pertencentes a classe da nobreza. Essa observação é possível graças a análise das vestimentas dos integrantes da paisagem. Ou fundo notamos a presença de casas cuja a arquitetura não ultrapassa dois andares. E a presença do cavalo como meio de transporte. É possível notar que a produção desse espaço geográfico é realizada principalmente pela força de trabalho humana e animal, pois esse período não possui tecnologias de ponta para a área da construção civil.
Já na figura 02, encontramos uma Inglaterra moderna com construções grandiosas, símbolos da modernidade. Encontramos a presença de enormes aranhas- céus, a verticalidade é presente na maioria das construções. Ainda na segunda imagem notamos automóveis na cena. Sendo assim é notório a utilização de maquinas na construção de prédios cada vez mais altos, engenharia de ponta na construção de lazeres em áreas públicas como é o caso da roda gigante. Ainda é possível notar a presença de materiais como ferro e concreto em muitos prédios da cena.
Ao compararmos as duas cenas podemos destacar alguns aspectos importantes tais como: as pessoas socializando na primeira cena dão lugar a espaços onde a correria impede o convívio de uns com os outros. As casas da primeira cena, dão lugar aos enormes prédios modernos com suas belíssimas arquiteturas. O cavalo utilizado como meio de transporte na primeira cena é substituído pelos automóveis na segunda. Enquanto na primeira observa-se uma despreocupação com o tempo, na segunda notamos a presença de um enorme relógio no centro da cidade, que é possível ver de vários lados, o que nos permite observar a preocupação da sociedade atual com o tempo.
4. Refletindo sobre os conceitos de região e sua evolução no decorrer da história da Ciência Geográfica, escolha uma citação que conceitue região, sob a óptica de uma das correntes do pensamento geográfico (Corrente Tradicional ou Clássica, Corrente Crítica Quantitativa, Corrente Crítica Radical). Na sequência, indique a qual corrente pertence a citação escolhida. Não se esqueça que qualquer citação deve sempre seguir as normas da ABNT.
Conforme Fremont (apud GOMES, 1995, p. 69-70):
A região é concebida como uma realidade auto evidente, fisicamente construída, seus limites são, pois, permanentes e definem um quadro de referência fixo percebido muito mais pelo sentimento, de identidade e de pertencimento, do que pela lógica.
Essa citação pertence à corrente geográfica tradicional, que afirma que a geografia consiste numa ciência de síntese ou ciência de convívio entre as disciplinas que estudam a natureza e as da sociedade.