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O romantismo francês representa a era romântica da literatura e da arte francesa da segunda metade do século XVIII à primeira metade do século XIX. O “Romantismo francês” não é apenas sobre o movimento literário, mas também sobre a visão de mundo, época, escola e estilo. Inclui todos os gêneros e artes. A classificação temporal é aproximadamente entre 1750 e 1850.
O Romance é geralmente entendido como uma mudança para a sensibilidade, natureza, sentimento, fantástico, sonho, inconsciente, sublime, passado e exótico. O amplo sentido desses elementos ilustra uma orientação ampla, poética e liberal do Romantismo. Ele quer incluir todos os aspectos da natureza humana e rejeita tanto a exclusão da subjetividade através do Iluminismo, a regularidade do clássico e a relativização do indivíduo pela revolução.
Como presente no texto da Fulvia (xxxx) o Romantismo não nasceu repentinamente no final do século XVIII, na verdade devemos buscar seu início bem mais longe, no início dos Tempos Modernos, ou seja, na Renascença, quando o homem é valorizado - “em” - e -“por si”- mesmo, corpo e espírito. Ela ainda completa que o romantismo pode ser definido como uma forma de conhecimento e de expressão total do homem, marcada pela revolta contra o que impede seu completo desenvolvimento, dando um aspecto central no “EU”, atuando como uma totalidade feita de razão e imaginação. Ela ainda completa que desta totalidade, a literatura e arte floresceram e prosperaram nos temas inspirados pela intuição, como os temas básicos do romantismo que conhecemos. 
No alvorecer do século XIX, uma nova geração literária subiu ao palco e pediu uma renovação da literatura. A Fulvia também em seu texto disse, que não foi fácil para os escritores românticos franceses lutarem por essa nova estética. Essa estética era nova e se anunciava naquele momento, já estava mais avançada que outras literaturas. Isso é um resultado da Revolução Francesa, onde o indivíduo perdeu seu lugar na sociedade, a ordem política e religiosa anterior foram destruídas, e a revolução deixou traços traumáticos. 
Tradicionalmente, instituições normativas, como a igreja, haviam perdido a influência, de modo que os escritores viam cada vez mais a tarefa de realizar uma literatura que suprisse às necessidades da sociedade pós-revolucionária e ao mesmo tempo atuar com rompimento das regras, ainda dominantes da música clássica. 
Irá surgir também uma nova sensibilidade, sendo movida pela mudança de situação do indivíduo na sociedade. Mas as possibilidades de desenvolvimento artístico sob o regime napoleônico eram limitadas. Napoleão estava bem ciente do efeito didático-moralizador da literatura e culpava os textos iluministas pela Revolução e suas aflições. 
No primeiro momento do romantismo, um pouco primitivo ainda, dois autores que inicialmente acolheram o reinado de Napoleão, mas depois entraram em conflito com ele, foram “François-René de Chateaubriand”, que era mais conservador-aristocrático, e “Anne Louise Germain de Staël”, que era filha do ex-ministro da Fazenda Necker e um liberal. A Madame de Staël publicou a escrita De la littérature em 1800, nesse texto ela concebeu a ideia de que a história de uma literatura só pode ser entendida no contexto de sua condição social e moral.
Segundo a Madame de Staël, instituições políticas, processos, valores em determinados momentos, leis, religiões, mas também a situação geográfica e o clima determinam a literatura de um povo. Algo muito parecido com a visão de literatura que possuímos hoje, mas que naquele momento era uma descoberta importante. Naquela época, o público literário francês era muito voltado a apenas para as escrituras francesas. A literatura francesa foi considerada a mais perfeita. Madame de Staël afirmava agora que a literatura francesa era apenas uma entre muitas, e que as literaturas do norte (especialmente o inglês e o alemão) tinham prioridade porque eram melancólicas e sonhadoras, filosóficas e liberais. 
É importante reparar no posicionamento da Madame de Staël, mas porque por meio dessa visão é entender porque no Brasil por exemplo vivemos a “Bela Época”, antes do modernismo. Países que se construíram a partir da colonização sempre possuíram visões pessoais e dominantes sobre qualquer outra cultura. O que a Madame aponta sobre a literatura é um reflexo dos posicionamentos arbitrários e hegemônicos que a França sempre teve, como a própria história decorrente da idade média. É muito importante para um país que se consolida como um colonizador de povos, não aceitar que outros povos também possam ser soberanos e manifestar com orgulho sua soberania. 
A soberania do homem ocidental sempre foi a imposição de poder, juntamente na convencionalidade de tradições e posicionamento. Podemos ver isso no próprio reflexo das ideologias implementadas no Império Romano, a expansão do império se dava por meio do apagamento, da fusão e na ação de sobrepor os povos conquistados. 
Ela pediu aos franceses que não seguissem o exemplo da cultura pagã e mediterrânea em direção à cultura antiga e cristã-germânica da Idade Média. Isso foi considerado uma provocação monstruosa. Madame de Staël recebeu críticas muito hostis. Em 1803 ela foi banida por causa da resistência conspiratória a Napoleão. 
Com um avanço no Romantismo, temos após a abdicação de Napoleão, o debate literário público e assim o confronto das frentes ideológicas (“les deux Frances”) se instalaram novamente: por um lado estavam as ultras (monarquistas ou legitimistas que desejavam um retorno do ancien régime) que incluía jovens aspirantes a poetas como Victor Hugo, Alphonse de Lamartine e Alfred de Vigny. Seus adversários eram os liberais como Stendhal e Prosper Mérimé que preferiam uma monarquia constitucional. Ironicamente, os monarquistas conservadores a princípio defenderam uma partida do clássico, enquanto os clássicos geralmente estavam entre os liberais. Somente após a ascensão ao poder, Charles X. (1824) mudou isso e os românticos gradualmente se uniram nos chamados “cenáculos” com uma atitude liberal.
Para entender melhor esse avanço, juntamente citando já sobre Victor Hugo, a autora Fulvia nos diz que é neste contexto que devemos compreender o autor, sua formação, seu abrir os olhos para o mundo. Ele sendo Filho de um general de Napoleão, era normal que estivesse entusiasmado pela ideologia da época. E depois da queda do Imperador, era também natural que uma criança de treze anos compartilhasse da ideia de monarquia, pelos Bourbon, que voltavam ao trono da França. Porém, como toda a geração romântica francesa, Victor Hugo reagiu logo e colocou-se entre a elite que iria criar a nova estética da época. De fato, ele se tornou em breve o chefe do que a partir de 1825 se chamou na França a “Escola Romântica”.
Acima de tudo, ele propagou uma “mélange des genres” que combina épico, drama e poesia – todos os aspectos da natureza humana devem ser integrados, o belo e o feio assim como o sublime e o grotesco. Ele elogiou o cristianismo porque entendeu a dualidade do homem, um ser composto de dois elementos (o belo e o feio). Hugo reivindicou por si mesmo a liberdade poética completa. O clímax do confronto entre clássicos e românticos formou o “Bataille d’Hernani” na performance da peça Hernani de Hugo, na qual os partidários de seus romances românticos disputavam com os oponentes em voz alta na plateia e, eventualmente, carregavam vitória esmagadora.
Traditionnellement, les institutions normatives, telles que l'Église, avaient perdu leur influence, de sorte que les écrivains voyaient de plus en plus la tâche de produire une littérature qui répondrait aux besoins de la société post-révolutionnaire et en même temps agirait en enfreignant les règles, toujours dominantes. de la musique classique.