UP - FUNDAMENTOS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS

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Pergunta 1 0 / 0.2 pontos
Leia atentamente o trecho a seguir.
"A educação bancária expressa uma visão epistemológica que concebe o conhecimento como
sendo constituído de informações e de fatos a serem simplesmente transferidos do professor
para o aluno. O conhecimento confunde-se com um ato de depósito bancário."
SILVA, T. T. Pedagogia do oprimido versus pedagogia dos conteúdos. Educação, Sociedade e Cultura, Porto, n. 23, 2005, p. 209. Disponível em:
<www.fpce.up.pt/ciie/revistaesc/ESC23/23-arquivo.pdf>. Acesso em: 14/03/2017. 
 
Freire contrapunha a educação bancária retratada no excerto, responsável por "coisificar" os
educandos em busca da manutenção da opressão. De acordo com o livro-texto, assinale a
alternativa correta quanto aos objetivos da educação bancária.
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Pergunta 2 0.2 / 0.2 pontos
a)  O objetivo da educação bancária é a transformação dos interesses políticos
vigentes.
b) A educação bancária visa à humanização dos educandos.
c)  O foco da educação bancária é o questionamento e a crítica ao status quo.
d) A educação bancária busca a submissão aos valores existentes na sociedade.
e)  Na educação bancária, o objetivo é a reflexão dos educandos sobre suas
condições de existência.
O modelo de educação bancária, de acordo com Freire, é aquele que busca manter os
interesses políticos e econômicos vigentes, de modo que perdurem as situações de opressão.
Para isso, é necessário que os educandos sejam submissos aos valores até então postos na
sociedade, sem questionar ou criticar o status quo. Com isso, há a "coisificação", isto é, a
desumanização do educando, que passa a ser visto como objeto.
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O educador Paulo Freire nasceu em 1921 em Recife, em uma família de classe média. Era
conhecido devido ao método homônimo de alfabetização de adultos, que tem como premissa
que educar é conscientizar os alunos. Para ele, a ideia de que ensinar é disseminar
conhecimento é equivocada, pois a verdadeira missão do professor é viabilizar a criação e a
produção de conhecimento.
 
Estudamos um pouco a vida de Paulo Freire no texto-base da disciplina. Com base nisso,
analise as afirmativas a seguir sobre o educador e marque V para as verdadeiras e F para as
falsas:
 
I. ( ) Fundou o Movimento de Cultura Popular (MCP) em Recife, em 1960.
II. ( ) Foi prefeito de São Paulo em 1989, quando criou o Movimento de Alfabetização (MOVA).
III. ( ) Recebeu o apoio do governo durante o regime militar, iniciado em 1964, para educar
adultos.
IV. ( ) Foi idealizador do Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL).
V. ( ) Desenvolvia a educação popular, na qual a cultura do adulto é respeitada e valorizada.
 
A seguir, marque a alternativa que apresenta a sequência correta:
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a)  F, F, V, F, V.
b) F, V, V, V, F.
c)  V, V, F, V, V.
d) V, F, F, V, F.
e)  V, F, F, F, V.
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Pergunta 3 0.2 / 0.2 pontos
Leia atentamente o excerto a seguir.
"Quem, melhor do que os oprimidos, se encontrará preparado para entender o significado
terrível de uma sociedade opressora? Quem sentirá, melhor que eles, os efeitos da opressão?
Quem, mais que eles, para ir compreendendo a necessidade da libertação?"
FREIRE, P. Pedagogia do Oprimido. São Paulo: Paz e Terra, 1970, p. 17. 
 
A Pedagogia do Oprimido, tanto o ensaio quanto o método, tem como base os conceitos de
opressor e oprimido, em busca da libertação. A respeito desses dois papéis, estudados no
livro-texto, analise as asserções a seguir e a relação proposta entre elas:
 
I. As concepções de opressor e oprimido são transitáveis entre si.
 
Porque:
II. Um oprimido também pode ser opressor.
 
A seguir, marque a alternativa correta:
A afirmativa I é verdadeira porque Paulo Freire criou o MCP no dia 13 de maio de 1960 em
Recife, como uma instituição sem fins lucrativos que visava promover e incentivar a educação
de crianças e adultos. A afirmativa II é falsa porque Paulo Freire se dedicou à luta
pelaalfabetização das pessoas carentes, mas não ocupou o cargo de prefeito; na época do
MOVA, a prefeita de São Paulo era Luiza Erundina. A afirmativa III também é falsa, pois Paulo
Freire foi perseguido pelo governo militar e acusado de subversão, o que culminou em seu
exílio. A afirmativa IV também é falsa, pois o MOBRAL foi lançado durante o regime militar,
período no qual Paulo Freire foi perseguido pelo regime e exilado no Chile. A afirmativa V é
verdadeira porque Paulo Freire se empenhou em ensinar os mais pobres e menos
privilegiados, considerando que os alunos chegam à sala de aula carregando sua própria
cultura, que não é melhor nem pior do que a do professor.
a)  As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa
correta da I.
b) A asserção I é uma proposição falsa, e a asserção II é uma proposição verdadeira.
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Pergunta 4 0.2 / 0.2 pontos
Leia atentamente o excerto a seguir sobre Paulo Freire.
"A metodologia por ele desenvolvida foi muito utilizada no Brasil em campanhas de
alfabetização e, por isso, ele foi acusado de subverter a ordem instituída, sendo preso após o
Golpe Militar de 1964. Depois de 72 dias de reclusão, foi convencido a deixar o país. Exilou-se
primeiro no Chile, onde, encontrou um clima social e político favorável ao desenvolvimento de
suas teses. Desenvolveu, durante 5 anos, trabalhos em programas de educação de adultos no
Instituto Chileno para a Reforma Agrária (ICIRA). Foi aí que escreveu a sua principal
obra: Pedagogia do oprimido."
PAULO Freire, patrono da educação brasileira. Instituto Paulo Freire, São Paulo, [20--], [s.p.]. Disponível em: <www.paulofreire.org/paulo-freire-
patrono-da-educacao-brasileira>. Acesso em: 13/03/2017.
 
De acordo com o excerto, Paulo Freire foi perseguido pela ditadura militar, dados seus
pressupostos-base para a educação. Conforme o livro-texto, esses pressupostos foram
considerados subversivos por estarem calcados em uma perspectiva de:
c)  As asserções I e II são proposições falsas.
d) As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da
I.
e)  A asserção I é uma proposição verdadeira, e a asserção II é uma proposição falsa.
A asserção I é uma proposição verdadeira, pois os conceitos de oprimido e opressor são
transitáveis, isto é, um indivíduo pode assumir o papel de oprimido ou opressor, dependendo
do contexto de cada situação. Sendo assim, a asserção II também é uma proposição
verdadeira e justifica a I, pois, desse modo, um oprimido pode ser também opressor. Um
exemplo clássico diz respeito também às relações de gênero: um homem oprimido por seu
patrão, no trabalho, dada uma relação hierárquica, pode se tornar opressor em casa, com sua
esposa, dada uma relação de gênero. 
a)  educação.
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Pergunta 5 0.2 / 0.2 pontos
A Constituição de 1988 garante o acesso ao Ensino Fundamental gratuito também a pessoas
que não o puderam cursar na idade apropriada. Dessa forma, é dever do Estado proporcionar
educação a jovens e adultos. Mesmo assim, segundo dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE) (2014), cerca de 8,3% da população brasileira com 15 anos ou
mais é analfabeta, número que vem baixando a cada ano devido às ações que visam promover
a educação desse público.
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Síntese de Indicadores Sociais: uma análise das condições de vida da população
brasileira. Rio de Janeiro: IBGE, 2014.
 
No texto-base da disciplina, estudamos a história do analfabetismo no Brasil e vimos que a
trajetória do Educação de Jovens e Adultos (EJA) no Brasil foi marcada pela:
b) alfabetização.
c)  socialização.
d) opressão.
e)  politização.
Paulo Freire acreditava que, para que fosse possível uma educação popular e libertadora,
jovens e adultos deveriam ser educados em uma perspectiva política, sendo capacitados a
reconhecerem o próprio lugar no mundo e nas relações estabelecidas tanto socialmente
quanto culturalmente. A partir disso, seria possívellutar contra a opressão.
a)  libertação.
b) cidadania.
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c)  emancipação.
d) especificidade.
e)  exclusão.
O analfabeto é excluído da sociedade porque não consegue decifrar a linguagem escrita,
enfrentando, portanto, dificuldades em viver em sociedade e trabalhar, tendo em vista a
necessidade de ler e escrever para compreender o mundo e diversas situações cotidianas.
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