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CASO 1: Leia atentamente o poema abaixo e responda a seguir. Gostaria que houvesse alguém que ouvisse minha confissão: não um padre – não quero que me digam meus pecados; não minha mãe – não quero causar tristeza; não uma amiga – não entenderia o bastante; não um amante – seria parcial demais; não Deus – Ele é tão distante; mas alguém que fosse ao mesmo tempo o amigo, o amante, a mãe, o padre, Deus e ainda um estranho – não julgaria nem interferiria, e quando tudo já tivesse sido dito desde o início até o fim, mostraria a razão das coisas, daria força para continuar e para resolver tudo à minha própria maneira. (Poema escrito por uma menina de 15 anos em 1906, citado por Figueira, Sérvulo Augusto. Psicanalistas e pacientes na cultura psicanalítica. Religião e Sociedade, Rio de Janeiro: Campus, v. 12, n. 1, p. 72, 1985.) A partir do poema anterior discorra sobre a singularidade da Psicologia Clínica. CASO 2: “Se a atitude do analista não for suficientemente adequada para levar em conta as necessidades psíquicas de seu paciente, este terá que reagir contra a invasão realizada e o eu verdadeiro do paciente permanecerá oculto, sem a possibilidade de vir a ser resgatado. Passa a ocorrer um processo de submissão às teorias do analista, sem que nenhum processo de crescimento verdadeiro seja realizado.” (Safra, G. “Momentos mutativos em Psicanálise: uma visão winnicottiana”) Construa um pequeno texto abordando a questão da submissão às teorias do analista levantada por G. Safra. CASO 3: Psicologia Clínica: sua especificidade e desdobramentos. “Considerações sobre as significações da psicologia clínica na contemporaneidade. (...) É possível nos referirmos a uma concepção de clínica tradicional ou clássica, como propõem Lo Bianco et al. (1994), contrapondo-se a uma outra forma de se pensar a Psicologia Clínica, que surge sob a denominação utilizada por esses autores como tendências emergentes. Nesse sentido, alguns estudos têm sido desenvolvidos com o objetivo de caracterizar as práticas clínicas, principalmente aqueles empreendidos pelo Conselho Federal de Psicologia /CFP (1988). Lo Bianco e colaboradores apresentam como principais características da Psicologia Clínica tradicional algumas atividades como: psicodiagnóstico e/ou terapia individual ou grupal; atividades exercidas em consultório particular, em que o psicólogo se apresenta como autônomo ou profissional liberal, atendendo, geralmente, a uma clientela financeiramente abastada. Além disso, tal atividade priorizaria o enfoque intrapsíquico e os processos psicológicos e psicopatológicos do indivíduo, norteada por uma concepção de sujeito abstrato e descontextualizado historicamente. Esta mesma constatação é feita e discutida por Figueiredo (1996), o qual nomeia esta representação social do psicólogo clínico como confusões. Por sua vez, as práticas clínicas emergentes ou atuais, melhor dizendo, apontariam para um maior interesse e preocupação com o contexto social. Isto implica significativas alterações na concepção de sujeito e, consequentemente, novas interpretações das teorias psicoterápicas. A nova concepção de clínica na psicologia passa, então, a buscar uma articulação mais concreta entre a clínica e o social. Podemos dizer que o novo fazer clínico inclui uma análise do contexto social em que o indivíduo está inserido. O referencial teórico, assim, deixa de ocupar o espaço de principal norteador da prática, que passa a ser ocupado pelo compromisso ético do psicólogo. É nesta direção que se dirigem as opiniões de Féres-Carneiro e Lo Bianco (2003), ao dizerem que as mudanças na Psicologia Clínica não ocorrem apenas no que se refere à sua abrangência de aplicações. Estas importam, principalmente, às próprias concepções de sujeito, objeto dessa área da psicologia. E nisso se incluem noções teóricas como subjetividade, individualidade, etc.” (Dutra, Elza Considerações sobre as significações da psicologia clínica na contemporaneidade. Estudos de Psicologia. 2004; 9 (2): 381-387. [Fecha de Consulta 16 de Agosto de 2020]. ISSN: 1413-294X. Disponível em: https://www.redalyc.org/articulo.oa?id=261/26190221) Analise o texto acima e discorra sobre a singularidade contemporânea da Psicologia Clínica. Expectativa de resposta: Que o aluno discuta a proposta de uma psicologia clínica que se atenha ao contexto mais amplo em que o paciente se encontre inserido, valorizando o compromisso ético do psicólogo. EXERCÍCIO 1: Psicologia Clínica Leia atentamente o texto abaixo e responda a questão a seguir. Relacione o processo ético divulgado com o Código de Ética Profissional do Psicólogo (2005), considerando se as afirmativas abaixo são Verdadeiras (V) ou Falsas (F). I. A psicóloga infringiu o Código de Ética ao utilizar o preço do serviço como forma de propaganda. II. A psicóloga infringiu o Código de Ética quando fez previsão taxativa de resultados. III. A psicóloga infringiu o Código de Ética quando propôs atividades e recursos relativos a técnicas psicológicas que não estejam reconhecidas pela prática profissional. IV. A psicóloga infringiu o Código de Ética quando divulgou o seu número de inscrição no CRP. “Psicóloga participou de programa de rádio e fez publicação em seu site, associando a Psicologia a práticas não reconhecidas pela ciência psicológica, tais como florais de bach, seichim, sekhen, laser quântico e reiki, de modo que a cura para câncer, depressão, medo, pânico, tristeza, insegurança, diabete, enxaqueca, stress, dores em geral e TPM, ocorreria em um espaço bem menor de tempo, com o tratamento psicoterápico associado a estas práticas. O número de inscrição no CRP da psicóloga é divulgado juntamente com a informação destas práticas. A processada também citou o preço simbólico de atendimento, utilizando-o como forma de concorrência desleal”. (Jornal de Psicologia do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo. PSI- CRP SP, nº 172 - jun | jul, 2012).
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