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FUNDAMENTOS DE MARKETING Prof. RICARDO ROSSETTO Pra quem você trabalha? “Quem mantém os empregos e sustenta os salários não são os empresários e governantes, mas sim os consumidores.” Hicks and Arrow | Economistas Conceito de marketing: MARKETING = MERCADEJAR = ATIVAR MERCADOS “Marketing é o processo de planejar e executar a concepção, a determinação do preço, a promoção e a distribuição de ideias, produtos e serviços para criar trocas que satisfaçam metas individuais e organizacionais.” − American Marketing Association O profissional do marketing não deve buscar agradar apenas o consumidor, mas também a empresa uma vez que está a serviço dela. “Marketing é o estudo de mercado. É uma ferramenta administrativa que possibilita a observação de tendências e a criação de novas oportunidades de consumo visando a satisfação do cliente e respondendo aos objetivos financeiros e mercadológicos das empresas de produção ou prestação de serviços” − FRAGA, 2006 Marketing é ter: Produto certo Posicionamento/diferenciais certos Na hora certa Comunicação certa Mídias certas P/ público certo Pelo preço certo Nos locais certos Marketing e marca: é a conexão valorada entre a empresa e consumidor. • Comunicação • Produtos • Pontos de contato • Preço O cliente devolve esse trabalho através da: • Compra • Fidelidade • Defender a marca O Conceito tridimensional do marketing: Dimensão filosófica: Marketing é a filosofia que faz a empresa ser lucrativa por meio da satisfação do cliente. Dimensão Administrativa: É a análise, o planejamento, a implantação de programas destinados a realizar trocas desejadas com os mercados-alvo, com o propósito de atingir metas da organização. Dimensão funcional: É a atividade que visa facilitar a realização de trocas entre a empresa e os seus mercados. _______________ MARKETING DE RELACIONAMENTO VS. MKT TRANSACIONAL 1. MARKETING DE RELACIONAMENTO (KOTLER, 2006). O Marketing de Relacionamento é o segmento do marketing focado na construção e fidelização da comunicação com o consumidor final através de ferramentas estratégicas utilizadas para criar relacionamentos baseados em troca de informação, clareza na veiculação de mensagens e confiança na marca. O marketing de relacionamento envolve cultivar o tipo certo de relacionamento com o grupo certo. O marketing, que deve executar não só a gestão do relacionamento com o cliente (customer relationship management – CRM) como também a gestão do relacionamento com os parceiros (partner relationship management – PRM), constitui-se de quatro elementos principais: 1. Clientes 2. Funcionários 3. Parceiros de marketing (canais, fornecedores, distribuidores, revendedores, agências) 4. Membros da comunidade financeira (acionistas, investidores, analistas) 2. MARKETING TRANSACIONAL Em um mercado no qual a demanda é muito maior que a oferta, as empresas se estendem a não ter uma posição muito voltada para a satisfação dos clientes, já que estes não possuem muitas opções. Quando isso acontece, dizemos que a empresa adota o marketing transacional. O lojista que não tem a preocupação de satisfazer ou agradar os clientes, com o intuito de retê-lo ou fidelizá-lo já que atua num mercado onde a demanda é muito maior que a oferta, está exercendo o Marketing Transacional OBJETIVOS E PRINCIPAIS DIFERENÇAS: MARKETING TRANSACIONAL MARKETING DE RELACIONAMENTO Trocas isoladas e individuais Relações para a manutenção dos clientes Vendeu, acabou Clientes satisfeitos são o centro das decisões Foco no transacional (entrega o dinheiro e recebe o bem) Criar relacionamentos que agreguem valor e diferencia a empresa Caráter momentâneo, rápido e não repetitivo Novo cliente é melhor do que manter o antigo _______________ VIDEO AULA 2 MASSIFICAÇÃO X SEGMENTAÇÃO DE MERCADO A. Mercado de nicho – Ferrari B. Mercado de Massa – popularizado assim como Gol / Uno / Fusca Segmento do segmento = nicho. É um mercado direcionado a um público selecionado. Ambos os carros atendem a mesma necessidade: a locomoção particular. A Apple, antigamente era uma empresa segmentada, hoje, pode-se dizer que o seu acesso é maior, pode ser considerada, dependendo do contexto massiva, devido sua popularidade. a. Computadores da Apple: Nicho – hobby para excêntricos / mercado de editoração eletrônica b. Celulares da Apple: 5C Massa - segmentado por valor / classe social Protex: Sabonete segmentado por uma proposta de valor ao consumidor. • Mercado de massa mas com enfoque segmentado Proposta de valor: além de ser um sabonete é um antibactericida. Sua big idea é eliminar 99% das bactérias. Enfocando a comunicação: Após avaliar a segmentação de mercado, conhecer o perfil do mercado, o profissional de marketing tem condições de selecionar suas estratégias. Neste momento, será necessário estar atento a dois pontos - quais os clientes deverão ser satisfeitos e como enfrentar a concorrência. As empresas podem se utilizar de quatro alternativas para atender ao mercado: marketing indiferenciado ou de massa, marketing diferenciado, marketing concentrado ou nicho e micromarketing. Niveis de segmentação: • Marketing de massa: Globo, apple, microsoft • Marketing por segmentos: Revista exame (fala de empresa) InfoExame (fala de tecnologia) • Marketing de nicho: A PME (Pequenas e médias empresas) é um subsegmento da Revista Exame. • Marketing local • Marketing individual (one-to-one) Como segmentar o mercado: MERCADO CONSUMIDOR (Venda para Pessoa Física) • Geográfica (região, porte, área) • Demográfica (Sexo, idade, renda, cilco de vida, tamanho da família, religião e classe social) • Psicográfica (Estilo de vida, personalidade, percepção e motivação) • Comportamental (ocasiões de compra, benefícios, status de usuário, índice de utilização, fidelidade e atitude em relação ao produto) MERCADO ORGANIZACIONAL (Venda para PJ) • Demográficas - setor, porte e localização • Operacionais – tecnologia, status de usuário e recursos dos clientes • Abordagens de compras - organização de compras, estrutura de poder, natureza dos relacionamentos, políticas de compras, critérios de compras) Posicionamento: David Aeker (1996) define posicionamento como sendo a posição da marca, é a parcela de identidade e da proposta de valor da marca que deve ser ativamente comunicada ao público-alvo e demonstrar uma vantagem em relação às marcas concorrentes. Kotler (2000) “é o ato de desenvolver a oferta e a imagem da empresa, de maneira que ocupem uma posição competitiva distinta e significativa nas mentes dos consumidores-alvo, destacando-se em relação aos produtos concorrentes.” Se o mercado não perceber nenhuma das suas ações, você não se posicionou. Posicionamento é de fora pra dentro: é como o mercado te percebe. Obviamente, o esforço interno desse posicionamento conta: “eu quero que minha empresa seja percebida como moderna, com status, tecnológica etc.” O trabalho interno para essa posição distribui esses atributos para o mercado. Se não houver uma percepção do mercado, há algum erro que pode ser na comunicação, no produto, na embalagem etc. POSICIONAMENTO É AQUILO QUE VOCÊ PROVOCA NO SEU PÚBLICO ALVO. COMUNICAÇÃO NÃO É O QUE DIZ. É O QUE SE ENTENDE. − O consumidor é quem decide o que vai pensar, sentir, acreditar, entender sobre o seu produto, marca e empresa. − O seu objetivo é entrar na mente do consumidor com o conjunto de percepções planejadas. − Ter o consumidor no seu foco e estar no foco do consumidor. 3 Etapas do posicionamento: 1. Identificação de possíveis vantagens competitivas: Uma empresa pode ser diferenciada em cinco dimensões: I. Diferenciação através do Produto: As principais diferenciações de produto são características, desempenho, conformidade,durabilidade, confiabilidade, facilidade de conserto, estilo e design (a Rudnick, por exemplo, diferencia o produto utilizando o slogan: “Móveis de qualidade”). II. Diferenciação através dos Serviços: Os principais diferenciadores dos serviços são facilidade de pedido, entrega, instalação, treinamento do consumidor, consultoria ao consumidor, manutenção e conserto, entre outros (pode-se citar, por exemplo, a utilização da Internet para compra de veículo). III. Diferenciação através de Pessoas: Trata-se da obtenção de vantagens competitivas por meio da contratação e treinamento de pessoas mais bem qualificadas do que seus concorrentes. Basicamente existem seis características: competência, cortesia, credibilidade, confiabilidade, responsividade e comunicação. (por exemplo, os funcionários do McDonald´s são treinados para ser bastante corteses). IV. Diferenciação através do Canal de distribuição: Trata-se de obter diferenciação pelo modo como se desenvolvem seus canais de distribuição, principalmente em termos de cobertura, experiência e desempenho (por exemplo, a distribuição dos produtos da Avon). V. Diferenciação através da Imagem. Os compradores podem responder diferentemente à imagem da empresa ou marca. A imagem envolve basicamente quatro aspectos: símbolo, mídia audiovisual e escrita, atmosfera e eventos. 2. Escolher vantagens competitivas certas Nem todos os atributos de um produto são elementos diferenciadores no mercado, podendo criar custos para a empresa ou benefícios para o consumidor. Desta forma, é importante fazer uma seleção adequada dos atributos a promover distinguindo-se dos concorrentes. A diferença merece ser destacada quando satisfaz os seguintes critérios: Importância O atributo oferece um benefício elevado ao consumidor. Superioridade A diferença é superior a outras maneiras como os clientes poderiam obter o mesmo benefício. Comunicabilidade A diferença é comunicável e visível para os consumidores. Antecipação Os concorrentes não podem copiar facilmente a diferença. Acessibilidade Os compradores podem pagar para ter essa característica (a diferença). Lucratividade A empresa pode introduzir a diferença de maneira lucrativa. Muitas empresas não selecionaram da melhor forma as características a promover. Por exemplo, um hotel em Cingapura comunicou que era o mais alto do mundo; isso caracteriza uma distinção que pode não ser importante para muitos turistas e que, na verdade, pode até afastar muitos deles. 3. Selecionar uma estratégia de posicionamento Segundo Churchill e Peter (2008 p. 222), posicionamento do produto é a percepção do produto em relação a produtos concorrentes na mente de compradores potenciais. Eles ainda afirmam que há vários tipos de posicionamento, veja a seguir: Posicionamento por CONCORRENTES Inclui o posicionamento de um produto em comparação as marcas concorrentes. Exemplo como o SBT fez quando se comparou a Globo dizendo: “Liderança absoluta no segundo lugar”, em outros casos a comparação com os concorrentes é implícita, e tenta-se convencer os compradores potenciais de que um produto é melhor do que os líderes do mercado. Posicionamento por ATRIBUTOS Posicionar os produtos com base em seus atributos, características do produto. Exemplo: uma farmácia 24 horas poderia anunciar a conveniência como seu principal atributo. Posicionamento pelo USO OU APLICAÇÃO Um produto pode ser posicionado para um uso específico. Posicionamento por USUÁRIO Determinar o produto a um determinado usuário ou grupo Posicionamento por CLASSE OU PRODUTO Um produto pode ser posicionado em relação a outras classes de produtos. Exemplo: sabonete Dove foi posicionado como uma mistura de sabonete com hidratante, em vez de um mero sabonete. USP - Unique Selling Proposition: proposição única de venda. Para Ries e Trout, cada marca deveria selecionar um atributo, uma diferenciação e tentar ser a número “1” nesse atributo. Outros profissionais de marketing acreditam que as empresas deveriam se posicionar sobre mais de um fator de atributo. Nem todos concordam que o posicionamento de benefício único é sempre o melhor. A empresa pode tentar o posicionamento de benefício duplo ou triplo, se bem desenvolvidos. Ao ser estabelecido o posicionamento da empresa, este deve ser traduzido para a comunicação em forma de uma mensagem clara e envolvente, que declare alta pertinência e relevância ao consumidor Etapas que auxiliam o estabelecimento de um posicionamento/USP - Shimp 2009 PROPOSTA BÁSICA Descrição sucinta da base de argumentos na qual o profissional de marketing se apoia para convencer o público-alvo a preferir a sua marca. JUSTIFICATIVA/ PORQUE É a razão que transforma o benefício prometido na proposição básica em algo convincente, crível. PROPOSIÇÃO SECUNDÁRIA É a descrição sucinta de um segundo argumento que venha a reforçar ou complementar a proposição básica. APELOS VISUAIS São formas visuais criadas especialmente para caracterizar melhor um produto ou tema de campanha. ORIENTAÇÃO PARA A CRIAÇÃO Informação sucinta de alguns tópicos que devem ser evitados pela criação devido a experiências passadas ou política da companhia. O mesmo em se tratando de tópicos que devem ser obrigatórios na campanha. 5 CARACTERÍTICAS DA MENTE DO CONSUMIDOR: MENTES SÃO LIMITADAS Em razão de a percepção e memória do consumidor serem seletivas, apenas o que receber atenção é que possui chance de ser retido. MENTES DETESTAM CONFUSÃO A complexidade das propostas dificulta a obtenção do resultado pretendido. MENTES SÃO INSEGURAS Os consumidores não sabem exatamente o que querem ou o motivo de quererem algo. Além disso, as mentes tendem a ser emocionais e não racionais. O reconhecimento de uma marca bem estabelecida pode oferecer a segurança necessária, diminuindo a percepção de risco. MENTES NÃO MUDAM Dificilmente uma posição sólida e bem estabelecida pode ser trocada, havendo uma resistência inata do ser humano em relação à mudança. MENTES PODEM PERDER O FOCO À medida que se aumenta a complexidade de uma proposta ou se tenta alavancar novos produtos com nomes consolidados, cresce a probabilidade de se criar confusão e de se conduzir o consumidor a buscar alternativas mais claras. Em resumo, para que o posicionamento tenha sucesso, os clientes potenciais precisam reconhecer o produto e as necessidades ou desejos que ele pretende suprir. O posicionamento deve permear todas as ações e práticas da empresa. Isso envolve uma comunicação eficiente com o mercado-alvo, tornando o produto disponível por meio de canais que deem suporte à estratégia de posicionamento definindo um preço que combine com a posição do produto e com o valor atribuído pelo mercado-alvo. Use como KPI’s (indicadores de resultados) e Objetivos • Market Share - pedaço do mercado que sua marca detém Ex: Meu KPI anual aponta que a empresa atinge 15% do mercado. O objetivo esse ano é atingir 50%. • Share of Mind – Conquista de um pedaço da mente ou da memória do consumidor (notorieadade espontânea) Ex: Quando o assunto é sabão em pó qual é a primeira marca que vem a sua cabeça? • Share of heart - é a resposta emocional dos consumidores com as marcas (share of preference) Ex: quando o assunto é sabão em pó, qual é a marca que você mais gosta/prefere? • Share of voice - pedaço da vozes (comunicação) ativas no mercado, referentes a sua marca. Ex: quanto você investe na sua comunicação? Empresas que investem mais na propaganda, gritam mais que seus concorrentes. • Share of wallet - pedaço da carteira do cliente que sua marca detém (dos gastos na categoria/produto qual é a fatia da sua marca? AULA 3 EVOLUÇÃO DO MARKETING 1. AUSÊNCIA 2. APOIO ÀS VENDAS 3. MARKETING OPERACIONAL 4. MARKETINGTÁTICO (decidir sobre veículos, investimentos) 5. MARKETING TÁTICO EVOLUÍDO (4 P’s) Pesquisas/conhecimento 6. MARKETING ESTRATÉGICO 7. BRANDING ASPECTOS QUE O MARKETING DEVE DESENVOLVER: DECISÕES ESTRATÉGICAS DECISÕES TÁTICAS MARCA Fidelizar Posicionamento Obter escala ou preço premium Segmentação Aumentar ticket médio Diferenciação Aumento das vendas Previsão de demanda e necessidades Gerar cross selling Análise de ambientes Agregar valor Gerir a satisfação Mix MKT e CIM SIM Velho Marketing vs. Novo Marketing: O velho pensamento de marketing O novo pensamento de marketing Conexões com os clientes Ser voltado para vendas e produto Ser voltado para o mercado e o cliente Praticar marketing de massa Focalizar indivíduos ou segmentos de mercado selecionados Manter o foco nos produtos e nas vendas Manter o foco na satisfação e no valor para o cliente Vender para os clientes Desenvolver relacionamento com os clientes Manter os clientes antigos Aumentar a participação de mercado Aumentar a participação do cliente Atender qualquer cliente Atender clientes lucrativos e “dispensar” os que não são. Comunica-se por meio de mídia de massa Conectar-se diretamente com os clientes Fabricar produtos padronizados Desenvolver produtos customizados CONEXÕES COM OS PARCEIROS DE MARKETING Deixar a satisfação e o valor para o cliente com vendas e marketing Engajar com todos os departamentos na causa da satisfação e do valor para o cliente. Caminhar sozinho Ser parceiro de outras empresas CONEXÕES COM O MUNDO AO REDOR Mercado local Mercado local e global Assumir responsabilidade pelos lucros Assumir responsabilidade social e ambiental Somente para empresas com fins lucrativos Incluir empresas sem fins lucrativos Conduzir comércio em mercados reais Conduzir comércio eletrônico em mercados virtuais. MIX MKT 4 P’s Conceito amplo VARIÁVEIS CONTROLÁVEIS PRODUTO Tudo o que você entrega ao consumidor e nos pontos de contato da marca. Marca do produto, estilo, design, embalagem, serviços e garantias PREÇO Tudo o que você tirou do consumidor. Entregue mais valor do que custos. Desconto, prazo, condições de pagamento, preço premium, kits PONTO DE VENDA / Praça Onde e quando o consumidor quiser. Canal de distribuição, logística e distribuição física PROMOÇÃO (Promover/divulgar ) São todas as formas de motivar o público alvo a “comprar” algo. Propaganda, promoção de vendas*, venda pessoal, relações públicas e publicidade MASSA X ONE-TO-ONE ✓ 65% dos negócios das empresas vem de clientes satisfeitos ✓ Custa 5x mais conquistar um novo cliente que manter um cliente atual ✓ 91% dos clientes insatisfeitos jamais comprarão desta mesma empresa e comunicarão sua insatisfação pelo menos para outras 9 pessoas. 1. A essência da fidelização: É um esforço integrado para identificar, construir, manter e aprimorar relacionamentos individuais, voltado para o longo prazo. → Captar um consumidor custa 10x mais do que mantê-lo. → As empresas precisam rentabilizar seus clientes (cross selling e up grade) → É fundamental manter seus melhores clientes ativos e felizes 1.1 LEI DE PARETTO: 20/80 • 20% dos seus clientes são responsáveis por 80% do seu faturamento Marketing deve trazer resultados, foque onde há maior potencial. ___________________ VIDEOAULA 4 ENFOQUES DAS EMPRESAS - Evolução dos mercados Há três eras na história do marketing: 1. A era da produção: até meados de 1925 As empresas se preocupam exclusivamente com o ato de produzir. Não estvam preocupados com vendas, marketing, nem cliente. 2. A era da venda: 3. A era do marketing Orientação p/ vendas Orientação p/ marketing Pontos de Partida Produção Mercado Focos Produtos existentes Necessidade do cliente Meios Vendas e promoção Marketing integrado Fins Lucros obtidos pelo volume de venda Lucros obtidos pela a satisfação do cliente ORIENTAÇÃO: − Orientação para produção − Orientação para venda − Orientação para marketing − Orientação para marketing societal Lambin (2000) coloca que a satisfação de necessidades de clientes está no coração da economia de mercado e por isso as empresas devem dominar essa cultura para sobreviver ao ambiente competitivo. Benefícios do Market Oriented ✓ Ajuda na composição dos valores e diferenciais da marca ✓ Todos os departamentos devem focar na marca e no valor entregue ao mercado ✓ Conhecem mais o mercado, acompanham as mudanças e evoluem sua vantagem competitiva. Referências-> Expectativas -> SATISFAÇÃO 2- EXPECTATIVAS: São padrões internos dos clientes para julgar a qualidade de um produto ou serviço. São influenciadas por experiências anteriores, comunicação boca a boca ou a propaganda ou imagem percebida. O desafio é identificar as expectativas dos seus clientes e como elas se formam. Os clientes têm diferentes expectativas. 3- SATISFAÇÃO: É a sensação de prazer ou desapontamento resultante da comparação entre o resultado percebido de um produto ou serviço e as expectativas do comprador. A satisfação deve ser garantida ao seu cliente durante: − Pré-venda − Venda − Pós-venda − Pré da próxima venda 3.1 Satisfação e Fidelidade: Estudos mostram que há diferença de fidelidade entre os clientes menos satisfeitos, satisfeitos e completamente satisfeitos. A possível queda na satisfação gera uma grande queda na fidelidade. Perder um cliente significa perder o valor de todas as suas compras ao longo de uma vida de fidelidade. Algumas empresas erram ao imaginar que a oferta de produtos e serviços de qualidade e preços justos garantem a fidelidade do cliente. Ou erram ao acreditar que o programa de relacionamento ou fidelização trará a satisfação. Há uma percepção por parte da maioria dos clientes de que preço e qualidade são indissociáveis, o que é fundamental na estratégia de precificação das empresas. Isso porque as empresas avaliam a percepção de valor que os consumidores têm dos produtos, e, em muitos casos, conseguem diferencial competitivo para seus produtos, a partir de uma sólida estratégia de preços. ____________ Aula 5 Consumidor x Cliente (pesquisar conceito de cada) Vendas de transação única: em que os clientes compram e não voltam a ser contatados; (está relacionado à marketing transacional) Vendas de relacionamento: em que a empresa entra em contato com clientes após a compra para verificar se estão satisfeitos e para questionar sobre necessidades futuras; Parceria: em que a empresa trabalha constantemente para melhorar as operações, vendas e lucros de seus clientes. Futrell (2003) O objetivo da empresa não é somente atrair consumidores, mas sim atrair clientes fiéis. Em um mundo cada vez mais competitivo, o MARKETING DE FIDELIDADE enfatiza a questão de que um pequeno percentual dos consumidores de uma organização pode representar uma gigante fatia de seus negócios BENEFÍCIOS DA FIDELIDADE: Lucro derivado do aumento do número de compras: tanto clientes empresariais quanto individuais tendem a crescer com o passar dos tempos. Lucro derivado da redução de custos operacionais: os clientes passam a exigir menos do fornecedor à medida que ficam mais experientes. Lucro gerado por indicações a outros clientes: recomendações posistivas boca a boca são propagandas eficientes Lucro gerado por preços mais elevados: clientes fiéis confiam no fornecedor e poderão pagar preços mais elevados (branding/serviços/valor agregado/simplificação da decisão de consumo). Lovelock e Writz (2006) A partir do momento em que se reconhece que clientes fiéis têm maior potencial para gerar lucros, Lovelock e Wirtz (2006) afirmam que esses clientes são um ativo financeiro para a empresa, sendo assim, programas de marketingque objetivam atrair novos clientes, desenvolver relacionamentos, aumentar as vendas para clientes atuais e manter relacionamentos futuros devem ser vistos como investimentos para as organizações. GRADUAÇÕES DE CLIENTES: Clientes prováveis - suspect: É a pessoa que pode vir a comprar. Clientes potenciais – prospect: Aqueles que precisam de produtos ou serviços de sua empresa e estão aptos a comprá-los. Apesar de nada ainda ter comprado, este tipo de cliente sabe quem é a sua empresa, onde ela está localizada e o que faz; já manifestaram a intenção/ predisposição de comprar o seu produto/serviço, podendo se tornarem clientes. • Prospect qualificado: É alguém que já manifestou a vontade de comprar, ao passo que, sua empresa já tem dados deste cliente. • Prospect desqualificado: Aqueles que a empresa conhece e sabe que não farão negócios com ela, porque não precisam ou não tem condições; Comprador/Experimentadores – realizaram a 1° compra. aqueles que compraram o produto da empresa uma vez (os mesmos podem também ter comprado dos concorrentes); Cliente eventual: aqueles que compraram mais de uma vez da mesma empresa Cliente regular: aqueles que compram tudo o que a empresa vende e que eventualmente possam utilizar, havendo um relacionamento mais consistente, de modo que os apelos dos concorrentes não tenham tanto efeito; Cliente defensor/frequentes/fiéis: ADVOCATES aqueles que compram tudo o que a empresa vende e que possam eventualmente utilizar, fazendo-o de forma mais regular que na fase anterior. A diferença é que eles recomendam a empresa para terceiros; É aquele que além de repetir a compra, tem alto envolvimento emocional com a marca e elogia sua empresa e a qualidade dos seus produtos a quem quiser ouvir. Um programa de milhagem de uma empresa que prevê bônus para consumo de seus produtos é claramente um programa destinado a duas possíveis condições de consumidores: USERS E ADVOCATES Consumidor ou cliente inativo: aqueles que já foram compradores ou clientes da empresa, mas que, por um período longo, nada mais compraram dela. MODELO DE HIERARQUIA DE EFEITOS OBJETIVOS PROMOCIONAIS (ESTÍMULOS) COMPOSTO PROMOCIONAL SUGERIDO Desconhecimento Nível cognitivo: Oferecer informações Publicidade; Propaganda; Apresentação; Promoção de vendas Ouviu falar Conhecimento Simpatia Nível afetivo: mudança de atitudes e sentimentos Propaganda institucional e persuasiva; Promoção de vendas; Display no PDV Preferência Convicção Nível de ação: Estimular desejos Propaganda reforço; eventos; ação com vendedores; programa de fidelização Ação = Compra PAPÉIS DO CLIENTE NO PROCESSO DE COMPRA: Normalmente as empresas concentram seus esforços de comunicação no consumidor final. Ultimamente, no entanto, novas teorias têm demonstrado que nem sempre o Usuário final é o indivíduo que decide a compra, ou que efetua a compra em si. Ex: Mamadeira: o usuário final é o bebê, mas a decisão de compra é da mãe, e o comprador pode ser qualquer elemento da família. 1. Iniciadores: é aquele que tem a primeira ideia ou necessidade de efetuar uma compra. 2. Influenciadores: é aquele que tem conhecimento e ajuda na determinação de características, modelos. 3. Especificador: o profissional que determina as características e funcionalidades do produto ou serviço a ser comprado e, portanto, participa da seleção das alternativas de marcas ou organizações. Ele exerce um papel importante nas compras mais técnicas ou complexas, quando a análise de atributos e funções será levada em consideração no processo de escolha. É o que determina o que comprar: características, modelos, especificações, sabores, cheiros, etc. 4. Decisores: é quem toma a decisão final de compra. 5. Compradores: é quem faz a compra fisicamente 6. Usuário: é quem irá usar o produto DEFINIÇÃO Comportamento de consumo: É o estudo das unidades compradoras¹ e os processos de troca envolvidos na aquisição, consumo e utilização de elementos tangíveis e intangíveis. ¹(empresa/pessoa/influenciadores/compradores/especificadores e usuários) Segundo Sheth (2001), entender o comportamento do consumidor/cliente irá tornar-se ainda mais importante para o processo de qualquer empresa, esteja ela onde estiverem. É preciso monitorar permanentemente o comportamento de compra do consumidor. O conhecimento das variáveis de influência sobre o comportamento de compra é importante para que os empresários qualifiquem seus produtos e serviços, considerando efetivamente os desejos e as necessidades do consumidor e orientando suas ofertas para o mercado. AS 3 PERSPECTIVAS SOBRE O COMPORTAMENTO DE CONSUMO: PERSPECTIVA PELA DECISÃO PERSPECTIVA EXPERIMENTAL PERSPECTIVA DA INFLUÊNCIA COMPORTAMENTAL Processo racional de análise e escolha do consumo: Não é somente racional Forças ambientais externas impulsionam o consumo Reconhece o problema Não passam por um processo racional de escolha e decisão Busca soluções Compra influenciado por emoções Não envolve emoção Avalia possibilidades Escolhe É motivado por moda, normas culturais, promoção, pressões econômicas etc Compra Compra para ter emoções Avalia pós-compra AULA 6 Conhecendo o consumidor De acordo com Futrell (2003), as pessoas compram por outras razões, além daquilo que o produto faz ou do seu preço. Elas têm razões tanto práticas (racionais) como psicológicas (emocionais) para comprar. Os clientes podem comprar para satisfazer uma necessidade emocional que não pode ser facilmente identificada. É crucial aprender a identificar as necessidades importantes do comprador. Segue uma lista de necessidades psicológicas de compra comumente encontradas: − Vaidade − Falta de vontade própria (Maria vai com as outras) − Segurança − Amor pela família − Prazer pessoal − Desejo de sucesso − Conforto ou luxo − Preservação de própria vida − Prevenção contra perdas FATORES DE INFLUÊNCIA NO PROCESSO DE DECISÃO DE COMPRA (Kotler 1998 p. 163) FATORES CULTURAIS FATORES SOCIAIS FATORES PESSOAIS FATORES PSICOLÓGICOS COMPRADOR Cultura Grupos de referência Idade e estágio do ciclo de vida Motivação Ocupação Percepção Subcultura Família Condições econômicas Aprendizagem Estilo de vida Classes sociais Papeis e posições sociais Personalidade Crenças e atitudes Qual produto é mais COMPLEXO na decisão (e processo) de compra B2B? Os consumidores empresariais decidem uma compra não somente pelo preço do produto, mas sim em função da exposição que essa decisão de compra terá. “As pessoas se movimentam para buscar o prazer ou fugir da dor.” - Freud O PREÇO NA VISÃO DO VENDEDOR X DO COMPRADOR: De acordo com pesquisas, o preço para o comprador é menos importante do que o vendedor. Deveria ser o contrário, ao passo que o vendedor não vende só o preço, ele vende benefício, utilidade, diferenciais, marca, etc. A organização conquista o cliente-alvo através de aplicativos direcionados ao que interessa à empresa apresentar, atingindo o cliente com promoções que despertariam o interesse imediato de compra. OBS: Dumping é prática criminosa na fixação de preços. É uma prática comercial que consiste em uma ou mais empresas de um país venderem seus produtos, mercadorias ou serviços por preços extraordinariamente abaixo de seu valor justo para outro país (preço que geralmente se considera menor do que se cobra pelo produto dentro do país exportador). PROCESSO DE COMPRA: PERCEPÇÕES DO CONSUMIDOR: − Subjetiva: o comprador julga com seus preconceitos − Seletiva: entende o que lhe interessa − Simplificadora: informações complexas são simplificadas e devem ser repetidas −Limitada a tempo: esquece rápido tal informação − Cumulativa: soma diversas fontes de informações Curva de Adoção de Novos Produtos 1. Inovadores – 2,5%: são os consumidores extravagantes e que gostam de assumir riscos. Não são formadores de opinião ou referência de consumo para a grande massa. 2. Primeiros adeptos – 13,5%: são consumidores tidos como intelectuais e altamente respeitados por seus grupos. 3. Abismo: 4. Maioria inicial/imediata - 34%: são consumidores altamente cuidadosos e que não gostam de correr riscos. Embora não sejam formadores de opinião, são eles os responsáveis pelo crescimento do lucro de forma significativa no estágio de maturidade do produto. 5. Maioria tardia – 34%: tem resistência Á adoção de um produto novo. São conservadores e só passam a adotar um produto quando já é utilizado pela maioria. Essa é a melhor fase para a empresa, onde ela consegue recuperar os investimentos. 6. Retardatários - 16%: tradicionais, em que a compra de um produto novo traz uma sensação de extremo desconforto psicológico. Fogem das novidades e consideram imatura a compra de um produto inovador no mercado. Em um estudo de 1999 da Universidade de Leicester, na Inglaterra, pesquisadores tocaram músicas típicas francesas em alguns dias e alemãs em outros, para verificar o impacto nas vendas de vinhos. Nos dias em que a música francesa tocou, 77% dos consumidores compraram vinhos franceses. Quando a música alemã tocou, os vinhos alemães esgotaram-se. Dos consumidores que aceitaram responder um questionário logo após passar pelo caixa, apenas 1 disse que se lembrava da música que estava tocando no momento da compra. Por essa pesquisa, pode-se perceber que algumas influências para a compra, na maioria das vezes são inconscientes. “As pessoas gastam dinheiro onde e quando se sentem bem” - Walt Disney Estudo de marca: BECEL A proposta não é vender a margarina, é vender a ideia de um coração saudável. • Valor agregado: não é uma margarina qualquer, é um produto segmentado, mesmo estando em veículos de massa. Está falando com o público que quer consumir a margarina, mas tem problema de colesterol, coração ou que quer evitar o problema sem tirar o alimento da rotina. • Extensão de linha dos produtos: Quanto mais forte for sua marca, mais representativa, mais fácil será a comunicação com o público-alvo pelo fato de ser uma das poucas empresas que usam esse apelo, com essa promessa. Isso cria uma força de identidade para o produto e facilita o posicionamento, ou seja, o modo com que os consumidores enxergam a marca. Tendo esses requisitos, é muito mais seguro criar a extensão de linha. (variações de margarina, produtos lácteos, etc). Quando foi criada a linha de lácteos, a marca não precisou impor seus valores, mostrar a qualidade do produto pelo fato de já ser consolidada pelas margarinas que oferece ao mercado. O vendedor profissional de hoje e do futuro é melhor ouvinte que orador, é mais voltado para relacionamentos de longo prazo com clientes que para a ênfase em técnicas de vendas a curto prazo e de alta pressão. (...) Como os vendedores da UPS (empresa de transporte) que se esforçam para fazer apresentações relevantes, baseadas as necessidades exclusivas dos clientes. Gerenciamento de vendas 2000 AULA 7 Ambientes do Marketing É tudo que está em torno da empresa, mas próximo, mais longe ou dentro da empresa. Tudo que interfere interna ou externamente no mercado são tratados nesse tema. Ambiente + informação = alimento fundamental do marketing. Quanto melhor for a análise de ambiente, melhor será a possibilidade de sucesso. Ou seja, não depende somente da capacidade técnica do chefe, ou de sua equipe. Segredo para desenvolver um bom marketing: Informação de qualidade. Para Churchill e Peter (2008), a análise ambiental é a prática de rastrear as mudanças no ambiente que possam afetar uma organização e seus mercados. É estabelecer um grande “radar” para o que está acontecendo dentro e fora da empresa. Macroambientes vs. Microambientes: 1. Macroambiente: AMBIENTE ESPECÍFICO O macroambiente de uma empresa, por sua vez, é composto por variáveis externas mais complexas. Essas, são questões sociais (demográfico/cultural), econômicas, naturais e políticas/legais, que têm capacidade para interferir em seu funcionamento, seja de forma positiva ou negativa. Influências no comportamento do consumidor estão ligados a fatores culturais, sociais, pessoais e psicológicos. MACROAMBIENTE (está longe da empresa, mas a impacta) Político Sabemos que eleições interferem diretamente no mercado, por isso é necessário analisar como está a política do país e a reação do mercado. Econômico A situação de tal localidade. Englobam o comportamento do consumidor (hábitos de compra) e os fatores que podem afetar o seu poder de compra. Social e Cultural engloba as instituições e forças que têm poder para afetar os valores básicos da empresa, bem como o modo como a sociedade enxerga o negócio, as preferências desse público e como ele se comporta. Tecnológico Analisa quais são as inovações atuais e futuras da tecnologia e de que forma impacta nos negócios. Se refere à pesquisa e desenvolvimento por parte da empresa para que a mesma saiba como utilizar essa força para obter sucesso. Legal Envolvem as leis, questões governamentais e as pressões que são capazes de limitar as organizações e indivíduos. 2. Microambientes: AMBIENTE GERAL O microambiente empresarial é composto por variáveis internas controláveis; e externas, não controláveis. Assim, ambas afetam o modo como uma empresa funciona diante de seu mercado. Isto é, o sucesso das ações de marketing de um negócio depende, de forma direta, de outros atores do microambiente interno empresarial. Esses microambientes impactam na empresa, no mercado e no consumidor. MICROAMBIENTE EXTERNO (fora da empresa, mas próximo dela) MICROAMBIENTE INTERNO (departamentos da empresa) Fornecedores RH Intermediários/Canais de vendas Marketing Clientes/Stakeholders Financeiro Concorrentes Comercial Público Branding etc VARIÁVEIS EXTERNAS - INCONTROLÁVEIS: Devido ao fato do macroambiente e microambiente externo estarem fora da empresa, eles são considerados incontroláveis, pelo fato da empresa não conseguir interferir diretamente nesses fatores, ainda que se movimente pra que algo aconteça. Tais variáveis podem ser consideradas como ameaças ou oportunidades. Ex: no macroambiente, não há como interferir numa lei, e no microambiente externo não há como fazer o seu concorrente parar de vender. VARIÁVEIS INTERNAS - CONTROLÁVEIS: trata-se do microambiente interno como faz parte do corpo da empresa, se um produto não estiver de acordo com a proposta, este será passível de ajuste, mudança. Tais variáveis podem ser consideradas como pontos fortes ou fracos. A Empresa precisa coletar informações sobre forças e fraquezas de seus concorrentes porque essas informações mostram a vulnerabilidade ou não do concorrente. ANÁILSE SWOT: As características dessa análise de ambiente de marketing, podendo ser consideradas como ameaça, oportunidade, ponto forte ou fracos são a base para a elaboração de uma estratégia de marketing. PEST: Ambiente político-legal: uma organização não funciona de acordo com seu próprio conjunto de regras. Ela tem que servir seus clientes e atender aos governos federais, estaduais e municipais, assim como a grupos de interesses especiais. Churchill e Peter (200, pág 31) Constituem o ambiente político-legal todas as leis, éticas e padrões sociais que interferem no processo produtivo, venda ou marketing da empresa. Ambiente econômico para o marketing envolve a economia como um todo, incluindo ciclos de negócios e padrões de gastos, além de questões referentes à renda do consumidor. (CHURCHILLe PETER, 2008) Ambiente social: Ambiente Tecnológico: Principalmente nos dias atuais, em que a tecnologia evolui constantemente, esta variável deve ser considerada em qualquer análise de ambiente • Rápido ritmo de mudanças tecnológicas • Inovações e desenvolvimentos descentralizados e externos à empresa. Estudo de caso: O iPhone, na época do seu lançamento em 2007, foi mais uma implementação tecnológica ou de análise de ambiente de marketing? Rosseto até acredita que a criação do produto poder ter uma motivação tecnológica, mas o motivo mais forte para a criação se deu através da análise de ambiente de marketing. Ou seja, todas as variáveis dentro e fora da empresa foram importantes para esse passo: a tecnologia que o mercado oferecia, o perfil do consumidor, quais eram os produtos que os concorrentes disponibilizaram e o que eles poderiam fazer de diferente que atraísse o mercado, as leis etc. AULA 8 Análise de Ambientes do Marketing A análise de ambientes de marketing = informação/conhecimento de mercado. É subsídio para as definições dos 4Ps/ 4Cs / 4As: 4P’s/Mix Marketing Jerome McCarthy 4C’s Robert Lauterbóm 4A’s Raimar Richers Produto Cliente Análise Preço Custo Adaptação Praça Conveniência Avaliação Promoção Comunicação Ativação O uso de Ambiente de Marketing 1. INFORMAÇÕES / DIAGNÓSTICO 2. ANÁLISE / ESTRATÉGIA / PLANO • Segmentação • Diferenciação • Posicionamento Após esses passos, é necessário: 1. Analisar oportunidades do mercado: − Pesquisa de mercado e sistema de informação − Mercados consumidores − Mercados institucionais 2. Seleção dos Mercados-Alvo: − Avaliação e orientação de produto/mercado; − Formulação estratégica 3. Desenvolvimento do Mix de Marketing: − Produto, preço, praça e promoção *Somente após o diagnóstico, que há a implementação dos 4P’s 4. Gerenciamento do Esboço do Marketing − Acompanhamento dos concorrentes − Planejamento − Implementação − Organização − Controle Modelo de organograma de Microambiente interno empresarial: Reengenharia da marca: KNOX 1995: novo processo produtivo (automotivo) para atender e conquistar os atributos que a marca precisa (agilidade de lançamentos, design, modesernidade e inovações). A empresa deve satisfazer as necessidades e os desejos de seus clientes melhor que seus concorrentes. • Corrente direto: brigam pelo mesmo segmento. São empresas que comercializam o mesmo produto ou serviço para o mesmo mercado. Ex: Coca-cola e Pepsi / Apple e Samsung • Concorrente indireto: são todos os outros serviços ou produtos, não necessariamente no mesmo segmento. Ex: refrigerante x suco x leite x água; parcela da faculdade x parcela de carro. AULA 9 Produto Produto é algo que pode ser oferecido a um mercado para apreciação, aquisição, uso ou consumo, para satisfazer uma necessidade ou desejo (latente, inexistente ou não). Podem ser bens físicos, serviços, experiências, eventos, pessoas, lugares, propriedades, organizações, informações e ideias. KOTLER e ARMSTRONG, 2003 − Resolve um problema: Pense de forma macro: tangível/intangível e produto/serviço − Atende a um desejo ou necessidade: − Pode representar a personalidade do usuário ou seu estilo e status. Hierarquia de valor: 5 Níveis de Produto: POTENCIAL Busca o encantamento a diferenciação, exclusividade, um tratamento ou ambiente que gera lembrança memoráveis (flores no quarto, roupão de banho, academia, piscina, lazer, lavar seu carro durante a pernoite, preparar o quarto conforme o cliente gosta) AMPLIADO Excede a expectativa do esperado (SmartTV, Netflix, Checkin e checkout expresso, toalhas perfumadas) ESPERADO Seria bom que tivesse (wi-fi, estacionamento coberto, limpeza impecável, ar condicionado, janela antiruído, TV) BÁSICO / GENÉRICO Elementos básico que compõem o produto (escrivaninha, banheiro, toalhas, café) CENTRAL É o básico da compra (pernoite/hospedagem) Entrega de Valor Aos olhos do consumidor, a empresa tem que estar entregando mais do que ele está investindo. CONSUMIDOR ENTREGA CONSUMIDOR RECEBE • Dinheiro • Tempo • Energia física • Psíquico Todas essas entregas devem gerar ao cliente: Custo benefício; Satisfação; superação de expectativas • Serviços • Pessoas • Imagem • Produto • Satisfação Financeira “Commodities¹ não existem, todos os produtos e serviços são diferenciáveis, tudo depende da gestão de marketing da empresa.” Theodore Levitt – Havard Business (1980) ¹Commodities é um produto sem marca, sem característica, que não identifica o fabricante. Tipos principais de Produto: • Bens de conveniência: Compra com frequência, pouca comparação, custo baixo e fácil de achar. • Bens de compra comparada: Há comparação entre concorrentes, envolve mais tempo e energia do cliente, comprados com menos frequência e com custo maior. • Produto/Bens de especialidade: Poucos oferecem, é distintivo e os consumidores se dispões a fazer um esforço especial de compra. Ex: os sapatos de tamanho grande (acima de 45 para homens; e acima de 42 para mulheres) Níveis de Produto: AULA 10 Serviço Os serviços são atividades econômicas que criam valor e fornecem benefícios para os clientes em tempos e lugares específicos. − Pode envolver um produto, ou não. − Transformar esse produto, ou não − Poder ter contato direto com o cliente, ou não. O serviço envolve entrega, uma interação maior entre fornecedor e consumidor. Lovelock e Wright 2003 Diferenças entre Produto e Serviço PRODUTO SERVIÇO Essencialmente tangível Essencialmente intangível Pode não envolver pessoas na transação. Muitas vezes depende de pessoas para a realização (forte interação com o consumidor) Muitas vezes quem produz não interage com quem compra Padronizado Customizado Características dos serviços: • Intangibilidade: Não podem ser vistos tocados, sentidos, ouvidos ou cheirados antes da compra O fato dos serviços serem essencialmente intangíveis, pode tornar sua venda mais complexa, já que os clientes não têm oportunidade de vê-los ou experimentá-los antes de comprá-los. O corte de cabelo, por exemplo, é um serviço carregado de incertezas já que não é possível garantir o resultado da compra. Isso é bem diferente de comprar um tênis ou um computador, em que o cliente pode experimentá-lo ou testá-lo antes. Por causa dessa característica, os serviços também são avaliados em função da qualidade do ambiente, localização, equipamento, atendimento, etc. É um dos aspectos mais peculiares dos serviços e pode ser descrita como uma promessa de execução. Os preços são difíceis de estabelecer e justificar. • Inseparabilidade: Não podem ser separados de seus provedores. Nota-se que diferentemente dos produtos, os serviços são inseparáveis daqueles que os fornecem (pessoas ou máquinas) Sendo assim, os serviços são primeiramente vendidos e depois produzidos. Deste modo, a produção e o consumo são imediatos. Serviços não podem ser separados de seus fornecedores, sejam pessoas ou máquinas. Se um empregado é quem fornece o serviço ele é parte do serviço. Como cliente também está presente quando serviço é executado, a interação entre prestador do serviço e cliente é constante. Tanto prestador do serviço quanto cliente afetam resultado do serviço. • Variablidade: qualidade depende de quem os executa e de quando, onde e como são executados. Os serviços, por dependerem de quem os proporciona, assim como quando são executados, ou de que forma são feitos podem variar significativamente. Por exemplo: o serviço de atendimento do Banco Itaú do Leblon pode ser bem diferente do atendimento do Itaú em Copacabana. Muitas empresas, principalmente as que trabalham pelo sistema de franquias, costumam tentar minimizar esta variabilidade por meio detreinamento, bônus baseado em feedback do cliente, pesquisa e relatório de frequência, dentre outros. Concluindo, a qualidade de um serviço depende de quem fornece, bem como de quando, onde e como é fornecido. Ex: Quando se vai a um hotel um recepcionista pode ser alegre e eficiente, enquanto outro pode ser desagradável e lento. • Perecibilidade: Não podem ser armazenados para venda ou uso posterior. refere-se ao grau em que um produto pode ser armazenado. Em serviços o conceito também é empregado, pois somente podem ser prestados/consumidos uma vez e não há como armazená-los (para uso posterior). Cada novo cliente representa um novo processo. Ex: Carnes, enlatados (produtos). Suítes de hotel, poltrona no avião (serviços). • Sazonalidade: se refere a algo temporário, mais corriqueiro em determinado período, estação ou época. Se refere a uma demanda sujeita a “flutuações” ou oscilações ao longo do ano. São ciclos na procura de produtos ou serviços. A sazonalidade às vezes está muito ligada a datas comemorativas, como Natal e Carnaval. Também se liga às estações do ano, como verão e inverno (as mais intensas no país), ou ainda a um grande acontecimento, tal qual um campeonato esportivo ou show típico da região. 8 Componentes da administração integrada de serviços: “Você pode sonhar, criar, projetar e construir o mais maravilhoso lugar do mundo, mas ele requer pessoas para tornar o sonho em realidade.” - Walt Disney Em uma entrevista, o direto de marketing do supermercado Pão de Açúcar, disse que os problemas que aparecem na empresa sempre são da operação/processo adotado ou de pessoas Pessoas nos serviços: “Cuide do seu pessoal (funcionários). Em troca eles fornecerão um serviço impecável aos nossos clientes, que retribuirão com a rentabilidade necessária para garantir nosso futuro.” - Fred Smith, presidente da Fedex Ciclo de vida do produto: CVP Ciclo = 5 fases onde o produto/serviço evolui e muda sua relação com o mercado. As estratégias de marketing devem ser modificadas, ao longo do tempo/ciclo ao passo que, cada produto e mercado tem uma fase diferente, e que, as vendas e lucros sobem e descem em diferentes estágios do ciclo de vida do produto. 1. Desenvolvimento: O estágio do desenvolvimento é conhecido como “o vale da morte”. Nesta fase, os custos estão acumulando sem receita correspondente. Alguns produtos requerem anos e grande investimento de capital para desenvolver e testar sua eficácia. Como o risco é alto, as fontes externas de financiamento são limitadas. Enquanto as empresas existentes frequentemente financiam pesquisa e desenvolvimento a partir da receita gerada pelos produtos atuais, em empresas iniciantes, esse estágio é normalmente financiado pelo empreendedor a partir de seus próprios recursos pessoais ou eles buscam por investidores. Esse estágio pode durar muito tempo, dependendo da complexidade do produto, de quão novo ele é e da concorrência. Para um produto completamente novo, o estágio de desenvolvimento é difícil, porque o primeiro ciclo de um produto geralmente não é tão bem-sucedido quanto as iterações posteriores. 2. Introdução: Nesse estágio, o produto é novo e não testado, o que implica que os clientes em potencial podem não estar dispostos ou relutantes em comprá-lo. Uma segunda razão para uma lucratividade bastante baixa na fase de introdução é que é improvável que a empresa esteja fazendo pleno uso de sua capacidade de produção. Como resultado, será incapaz de se beneficiar das economias de escala que estão associados a níveis mais altos de produção. A baixa rentabilidade também vem da necessidade de recuperar os custos de desenvolvimento e lançamento. A principal prioridade da empresa na fase de introdução é gerar amplo conhecimento do produto em seu segmento-alvo e estimular o julgamento. Esse é especialmente o caso dos produtos novos, que são verdadeiramente inovadores por natureza. Nesse caso, a demanda primária terá que ser estabelecida primeiro. A empresa deve concentrar suas atividades de marketing nos compradores que estão mais prontos para comprar: êarly adopters , que geralmente são encontrados nos grupos de maior renda. Esse comportamento ficou evidente, por exemplo, quando os fabricantes dos primeiros smartphones tiveram como alvo os clientes B2B quando os produtos foram introduzidos no mercado. 3. Crescimento: No estágio de crescimento, os consumidores já estão adotando o produto e comprando cada vez mais. O conceito do produto é comprovado e está se tornando mais popular – e as vendas estão aumentando. Outras empresas tomam conhecimento do produto e de seu espaço no mercado, que começa a chamar a atenção e a atrair cada vez mais receita. Se a concorrência pelo produto for especialmente alta, a empresa ainda poderá investir fortemente em publicidade e promoção do produto para vencer os concorrentes. Como resultado do crescimento do produto, o próprio mercado tende a se expandir. O produto no estágio de crescimento normalmente é ajustado para melhorar as funções e as features. À medida que o mercado se expande, mais concorrência diminui os preços para tornar competitivos os produtos específicos. No entanto, as vendas geralmente estão aumentando em volume e gerando receita. O marketing nesta fase visa aumentar a participação de mercado do produto. 4. Maturidade: “Quando as vendas atingem um pico, há baixo custo por cliente, os lucros são elevados e o gerente de marketing tenta maximizar o lucro enquanto defende a participação de mercado, provavelmente o produto está no estágio de maturidade do ciclo de vida do produto (CVP).” - Kotler 2006 Quando um produto atinge a maturidade, suas vendas tendem a desacelerar ou até parar – sinalizando um mercado amplamente saturado. Nesse ponto, as vendas podem começar a cair. Os preços nesse estágio podem tender a se tornar competitivos, sinalizando uma redução na margem à medida que os preços começam a cair devido ao peso de pressões externas, como concorrência ou menor demanda. Nesse momento, o marketing é direcionado a combater a concorrência, e as empresas geralmente desenvolvem produtos novos ou alterados para atingir diferentes segmentos de mercado. Dado o mercado altamente saturado, é tipicamente no estágio de maturidade de um produto que os concorrentes menos bem-sucedidos são empurrados para fora da competição – geralmente chamado de “ponto de desagregação”. Nesta fase, a saturação é atingida e o volume de vendas é maximizado. As empresas geralmente começam a inovar para manter ou aumentar sua participação no mercado, promovem novos usos para o produto, lançam novas versões e novos sabores. alterando ou desenvolvendo seu produto para atender a novas informações demográficas ou tecnologias em desenvolvimento. Ex: A Chocotal é uma marca de leite achocolatado que está em processo de reposicionamento. Em recente pesquisa de mercado encomendada pela empresa, foi apontado que a marca Chocotal foi a terceira mais lembrada em comparação com seus concorrentes. Na pesquisa anterior, a Chocotal havia sido a segunda marca mais lembrada. Isto se reflete nos números de vendas, pois o crescimento no ano passado foi de apenas 0,7%. O produto continua sendo rentável, mas precisa ser revitalizado. 5. Declínio: À medida que o mercado começa a saturar, os produtos entram no estágio de declínio. Durante esse período, o lucro se torna um desafio logístico, pois as empresas buscam custos de produção reduzidos e mercados mais baratos. E, infelizmente, esse estágio será inevitável para todos os produtos, mas não para todas as empresas. O que quero dizer é que todo produto em seu estado atual crescerá, amadurecerá e diminuirá, mas uma empresa pode atualizar seus produtos existentes, adicionar novas features ou introduzir produtos inteiramente novos para evitarsucumbir às mesmas doenças que afetam seus produtos em declínio. Fazer isso reiniciará o ciclo de vida do produto e garantirá que a empresa continue viva. Fonte: https://vidadeproduto.com.br/ciclo-de-vida-do-produto/ RE-POSICIONAMENTO:
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