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UNIVERSIDADE FEDERAL DO ACRE – UFAC NICHOLAS DA SILVA SANTOS. PRIMEIRO RELATÓRIO DE LABORATÓRIO DE CONVERSÃO DE ENERGIA. RIO BRANCO 2016 NICHOLAS DA SILVA SANTOS. PRIMEIRO RELATÓRIO DE LABORATÓRIO DE CONVERSÃO DE ENERGIA. Trabalho realizado como requisito para obtenção de nota parcial referente à disciplina de “Laboratório de Conversão de Energia” aplicada pelo docente Prof. Bruno Miranda. RIO BRANCO 2016 LAÇO DE HISTERESE A classificação de um material pode ser feita através de sua susceptibilidade magnética (χm) ou de sua permeabilidade magnética. Será considerado magnético caso χm ≠ 0, caso contrário será um material não magnético. Os materiais magnéticos podem ser divididos em três classes de acordo com o momento magnético intrínseco de cada material. São divididos em diamagnéticos, paramagnéticos e ferromagnéticos. Os materiais diamagnéticos são fracamente afetados por campos magnéticos, pois o momento magnético de cada átomo é nulo, já os paramagnéticos apesar de possuírem um momento magnético diferente de zero, também são pouco afetados por tais campos. Nos ferromagnéticos, que tem essa denominação por ser o ferro o material mais conhecido dessa classe, existem regiões, chamadas de domínios, nos quais os momentos magnéticos de todos os átomos estão em paralelo, originando um momento magnético resultante naquela região. Quando essas regiões são submetidos a um campo magnético cuja direção é paralela ao seu momento magnético, elas tendem a “expandir seu território”, já que os átomos que se encontram na fronteira dessas regiões serão rotacionados para o mesmo sentido do campo aplicado, assim aumentando o fluxo magnético do material. A medida que o campo aplicado vai crescendo, mais e mais átomos serão alinhados corretamente, até que chegará um ponto onde todos os átomos do material em questão serão modificados, neste ponto acontece a saturação. Porém quando o campo atuante é removido, os átomos modificados não voltarão completamente para sua posição de origem, eles serão alinhados no chamado eixo de mais fácil magnetização, já que uma volta completa para a posição original requer um gasto de energia, tornando o material um imã permanente (apresentando um momento magnético devido ao campo aplicado). O fenômeno descrito acima causa as chamadas perdas por histerese em um transformador. Quando um transformador é alimentado com uma corrente CA, a cada ciclo da corrente a orientação do campo magnético irá mudar, fazendo com que os átomos do núcleo mudem junto. Assim a perda por histerese será a energia gasta para reorientar os domínios a cada ciclo de corrente. RELAÇÃO DE ESPIRAS DO AUTOTRANSFORMADOR Em um autotransformador, diferentemente de um transformador comum, existe um único enrolamento com um ponto de conexão, chamado de derivação, entre o primário e secundário, sendo esse normalmente ajustável, assim fornecendo uma tensão variável para a carga conectada. Podemos relacionar a tensão e a corrente no enrolamento comum (Vc e Ic) com a tensão e corrente no enrolamento em série (VSE e ISE) usando: Porém, conforme a figura 1, temos que as tensões e as correntes no lado de baixa e de alta são: Para encontrar a relação entre as tensões entre o lado de baixa e o lado de alta, basta fazer: Figura 1 – Diagrama de autotransformador Fonte: Chapman, Stephen J. Fundamentos de máquinas elétricas. Página 110 Logo: Fazendo procedimento análogo para as correntes é obtido o seguinte resultado: CORRENTES PARASITAS DO TRASNFORMADOR Correntes parasitas ou correntes de Foucault, são correntes que circulam no núcleo de ferro do transformador devido a tensão induzida por um fluxo variável no tempo. Este fluxo induz uma tensão no núcleo, assim como uma tensão é induzida o enrolamento do núcleo, essas tensões fazem com que correntes fluam dentro do núcleo formando caminhos circulares ou vórtices. Essas correntes dissipam energia em forma de calor enquanto estão circulando pelo núcleo de ferro. A quantidade de energia dissipada irá depender de dois fatores: da intensidade da corrente gerada e da resistividade do material do núcleo, já que P = I 2 R. Assim, pode-se diminuir tais perdas de dois modos. Pode-se dividir o material do núcleo em várias laminas delgadas, assim diminuindo o tamanho máximo do vórtice de corrente, o que causaria uma menor corrente circulando pelo material. Ou pode-se aumentar a resistividade do material presente no núcleo, geralmente isso é feito adicionando um pouco de silício ao aço do núcleo. Tal método irá diminuir a perdas decorrentes de I 2 R. CUSTO FINANCEIRO CAUSADO PELA POTÊNCIA DISSIPADA Considerando que transformador tem uma potência dissipada de 1,8 W e ficará ligado oito horas por dia por um período de trinta dias, temos que a perda total será: ( ) ( ) Considerando que a concessória Eletrobrás Distribuição Acre cobra 0,728799 R$/kWh, temos que o custo total será de R$ 0,0393. REFERÊNCIAS [1] CHAPMAN, Stephen J. Fundamentos de máquinas elétricas [recurso eletrônico] /Stephen J. Chapman ; tradução: Anatólio Laschuk. – 5. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : AMGH, 2013. [2] FITZGERALD, A. E.; Kingsley Jr, C.; Kusko, A. - Máquinas Elétricas- Mc Graw Hill do Brasil, 1975. [3] ALEXANDER, Charles K. Fundamentos de circuitos elétricos [recurso eletrônico]/Charles K. Alexander, Matthew N. O. Sadiku ; tradução: José Lucimar do Nasci¬mento ; revisão técnica: Antônio Pertence Júnior. – 5. ed. – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : AMGH, 2013..
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