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UNIVERSIDADE FEDERAL DE CAMPINA GRANDE CENTRO DE EDUCAÇÃO E SAÚDE UNIDADE ACADÊMICA DE FÍSICA E MATEMÁTICA CURSO DE LICENCIATURA EM FÍSICA COMPONENTE CURRICULAR: FÍSICA EXPERIMENTAL I TURMA: 01 TURNO: NOTURNO PERÍODO: 2019.2 PROFESSOR: JOÃO BATISTA DA SILVA AUTOR: DANIEL VASCONCELOS PEREIRA MEDIDAS DE TEMPO E O TRILHO DE AR Cuité-PB 15 de Outubro de 2019 RESUMO No presente relatório apresentamos os resultados obtidos durante um experimento realizado em laboratório onde, o objetivo é fazer o estudo de medidas de tempo para um determinado deslocamento com o auxilio de dispositivos como o trilho de ar e seus periféricos. O trilho de ar é um dispositivo desenvolvido para o estudo de movimento dos corpos com a ausência das forças de atrito. Seguindo as orientações do professor e o roteiro do experimento foi realizado 20 (vinte) medidas de tempo onde as variações de tempo foram facilmente identificadas tendo variação entre 1,777s a menor medida e 1,944s a maior medida para o mesmo deslocamento sobre o trilho de ar com uma distância de 0,6800m. Com o auxílio de fórmulas matemáticas calculamos a média e o desvio padrão médio para cada conjunto de medidas realizadas no experimento. Ao obter os resultados destes cálculos matemáticos inserimos os resultados na tabela 1 onde se pôde notar que quanto maior a variação no tempo de deslocamento do carrinho maior também será a variação da média e a variação do desvio padrão médio de cada conjunto de medidas. O que nos leva a conclusão de que é impossível realizar o deslocamento do carrinho sobre o trilho de ar sempre com a mesma precisão. Palavras-chave: estudo, medidas, precisão. OBJETIVOS Familiarização com o trilho de ar e com todos os seus periféricos, utilizados no Laboratório de Física. Introdução ao estudo do movimento mecânico. Compreensão mais profunda do significado das medidas físicas e as respectivas incertezas estatísticas inerentes aos processos científicos. INTRODUÇÃO O "trilho de ar" é um dispositivo desenvolvido para estudar o movimento dos corpos na ausência de forças de atrito. Esse dispositivo consiste de um tubo retangular, com diversos orifícios em suas faces. Em cima deste tubo um carrinho pode se movimentar. O funcionamento do trilho de ar se baseia no uso de um gerador de uxo de ar ligado a sua estrutura por uma mangueira, responsável por proporcionar um jato de ar contínuo. Esse ar, ao sair pelos orifícios, cria uma espécie de "colchão de ar", entre o carrinho e o tubo, reduzindo consideravelmente o contato e, consequentemente, o atrito entre ambos. A Fig.1 mostra uma fotografia do trilho de ar e seus acessórios utilizado em nosso laboratório. Esse trilho possui uma escala milimetrada de 0 a 1,0000m. Fig. 1: Esquema do trilho de ar utilizado em nosso laboratório. O "carrinho" utilizado no experimento tem um perfil triangular que se encaixa sobre o trilho de ar. Para garantir o registro dos tempos de percurso do carrinho, sobre ele é mantido um padrão periódico de manchas clara e escura, gravado numa placa acrílica transparente. Uma mola é mantida conectada na parte frontal do carrinho para diminuir os impactos do mesmo no final do trajeto sobre o trilho de ar. Em uma das extremidades do carrinho, pode ser instalado um pequeno ímã, ou um pequeno cilindro de ferrite. O sistema de aquisição de dados do trilho de ar é composto por "sensores fotoelétricos", um "cronômetro digital de interface" e uma "bobina de retenção e disparo" ligada a uma fonte disparadora. A função da bobina de retenção e disparo é impulsionar o carrinho no trilho de ar e dar início ao experimento. O cronômetro digital de interface é utilizado para registrar os intervalos de tempo em que o carrinho passa pelos sensores fotoelétricos. O "cronômetro digital de interface tem a função de medir intervalos de tempo de passagem consecutivas de um móvel entre diferentes pontos de referência no espaço, como por exemplo: pontos de referência sobre o trilho de ar. Pode ainda ser programado para análise de diversos tipos de movimentos mecânicos tais como, movimentos retilíneos, movimentos curvilíneos, movimentos oscilatórios e colisões. A partir dessas programações, o cronômetro digital de interface pode registrar diretamente valores de grandezas físicas como velocidades médias, velocidades instantâneas, frequências e períodos. Os pontos de referência no espaço podem ser previamente demarcados por meio de 2 sensores fotoelétricos, conectados ao cronômetro digital de interface. O "sensor fotoelétrico" é um dispositivo que possui um diodo emissor de luz vermelha e um sensor apropriado para essa emissão eletromagnética. Esse dispositivo é dotado de um circuito eletrônico que é alimentado e controlado pelo cronômetro digital de interface. O cronômetro digital de interface é capaz de registrar até 10 intervalos de tempo de passagem para cada deslocamento linear de um objeto em movimento. DESCRIÇÃO DO EXPERIMENTO 1- Trilho de ar 2- Cronômetro digital de interfaces com disparador eletrônico 3- Carinho e sensores fotoelétricos Fonte: Disponível em: http:/www.google.com 1- Calibrar o gerador de fluxo de ar entre 2 e 3 e liga-lo. Lembrando de que nunca deve mover o carrinho sem antes ligar o gerador de fluxo de ar para não danificar o equipamento. 2- Conectar o sensor fotoelétrico S0 na entrada S0 e o sensor S1 na entrada S4 do cronômetro digital de interface 3- Com o carrinho desconectado da bobina de retenção e disparo posicionar os sensores fotoelétricos S0 na posição 0,2700m e S1 na posição 0,9500m. Calcule o deslocamento através da equação Δx = x - x0 e anote o resultado na tabela 1. 4- Aperte o botão disparador da fonte da bobina e retenção do disparador para impulsionar o carrinho no trilho de ar e dar inicio ao experimento. 5- Para cada número n de medidas dos tempos de percurso t do carrinho no trilho de ar, calcule e anote, nas respectivas linhas da Tab.1, os valores médios através da equação: t e as incertezas δt correspondentes, admitindo somente as incertezas aleatórias dadas na forma do desvio padrão da média através da seguinte equação: RESULTADOS E DISCUSSÃO Deslocamento Δx = 0,9500 – 0,2700 = 0,6800m n t t δt 1 1,789s 1,789s 0,000s 2 1,794s 1,792s 0,003s 3 1,829s 1,804s 0,013s 4 1,786s 1,800s 0,010s 5 1,805s 1,801s 0,008s 6 1,800s 1,801s 0,006s 7 1,784s 1,798s 0,006s 8 1,812s 1,800s 0,005s 9 1,796s 1,799s 0,005s 10 1,903s 1,810s 0,011s 11 1,777s 1,807s 0,011s 12 1,795s 1,806s 0,010s 13 1,786s 1,804s 0,009s 14 1,835s 1,807s 0,009s 15 1,811s 1,807s 0,008s 16 1,823s 1,808s 0,008s 17 1,818s 1,808s 0,007s 18 1,944s 1,816s 0,010s 19 1,793s 1,815s 0,009s 20 1,815s 1,814s 0,009s Tabela 1: tabela de dados e cálculos para o tempo de percuso do carrinho no trilho de ar. CONCLUSÕES O experimento realizado com o auxilio do trilho de ar teve como foco principal estudar o tempo de deslocamento do carrinho sobre o trilho de ar. Foram realizadas um total de 20(vinte) medidas, onde o carrinho percorreu a distância de 0,6800m e foi percebido que das 20(vinte) tentativas apenas duas tiveram o mesmo tempo de deslocamento sobre o trilho de ar. Nota-se que com a variação do tempo de deslocamento do carrinho sobre o trilho de ar o valor da média de cada conjunto de medidas também sofre variaçãoes sendo assim consequentemente o desvio padrão médio de cada conjunto de medidas também sofre variações. Conclui-se que é impossível realizar o deslocamento do carrinho sobre o trilho de ar sempre com a mesma precisão. BIBLIOGRAFIA PIACETINI, João J. Introdução ao Laboratório de física. 3. ed. ver.– Florianópolis: Ed. Da UFSC, 2008. LIMA, Carlos R. A. e Zappa, Fabio. Análise de dados para Laboratório de Física. Juíz de Fora: UFJF, 2014.
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