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DIS_DIR_SEG_SOC_ U1 - Webaula

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/
Previdência social, seguridade social e Direito Previdenciário
Nesta webaula, estudaremos o conceito de previdência social, seguridade social e Direito Previdenciário.
Trataremos sobre a participação nos planos previdenciários, e, por �m, abordaremos a previdência
complementar, facultativa e por contribuição adicional.
Introdução – conceito
A previdência social é um seguro social, mediante contribuições previdenciárias de seus segurados que estão na
ativa, com a �nalidade de prove-los, em decorrência de uma eventual perda de sua capacidade laborativa, por
motivo de doença, acidente de trabalho, maternidade, reclusão, morte e velhice, entre outros. Os bene�ciários do
regime geral da previdência social são classi�cados em segurados e dependentes, onde aqueles são os
empregados, os empregados domésticos, os trabalhadores avulsos, os contribuintes individuais, como os
autônomos, e os trabalhadores rurais, como segurados obrigatórios. Incluindo-se as pessoas que não possuem
renda própria, como as donas-de-casa e os estudantes, como segurados facultativos. 
Os benefícios do Regime Geral de Previdência Social – RGPS são �nanciados pelo Regime de Repartição Simples.
Conforme o artigo 201 da Constituição Federal de 1988, tendo suas políticas de�nidas pela Secretaria de
Previdência do Ministério da Economia e cumpridas pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O INSS é
“autarquia federal vinculada ao Ministério da Economia”, que tem como função gerir o Regime Geral de
Previdência Social, onde realiza concessões de benefícios a seus bene�ciários: segurados e dependentes.
Fonte: Shutterstock.
Histórico da previdência no Brasil
A história da previdência social no Brasil originou-se através, segundo Vianna 2012, da criação de um plano
de pensão para empregados da Santa Casa de Misericórdia de Santos por Braz Cubas, em 1543.
Em 1793, foi aprovado o Plano dos O�ciais da Marinha, que previa a pensão de meio soldo às viúvas e �lhas
dos o�ciais falecidos Constituição Imperial de 1824, trouxe a menção de socorros públicos, assistência à
Direito Previdenciário
Introdução ao Direito Previdenciário
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qualquer hora e lugar. Na versão impressa, porém, alguns conteúdos interativos �cam desabilitados. Por essa razão, �que atento: sempre
que possível, opte pela versão digital. Bons estudos!
/
população carente e a de Constituição de 1891, institui para os empregados do Arsenal da Marinha,
aposentadoria por idade ou invalidez, além da pensão por morte. 
No período de Primeira República ou República Velha, entre 1889 a 1920, foram publicados decretos criando
os benefícios sobre acidente de trabalho. 
/
Em 1933 há criação do Institutos de Aposentadorias e Pensões (IAP), onde uniam-se o governo federal, os
empregadores e empregados na administração. Estes institutos eram controlados pelo Ministério do
Trabalho e da Previdência Social. Os tipos e valores dos benefícios previdenciários dos IAPs não eram
uniforme, já que dependiam da categoria salarial envolvida.
Entre 1933 e 1966 foram criados diversos IAPs, os quais construíram hospitais e centros de saúde. A
assistência também era realizada por meio de convênios com prestadores de serviços, principalmente as
Santas Casas.
Em 1966, a houve a fusão dos IAPs que resultou na criação do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS).
Com sua criação, as diferenças entre os segurados do setor privado passam a não mais existir, devido a
reunião.
Em 1974, foi criado o Instituto Nacional de Assistência Médica e Previdência Social (Inamps), para atender a
segurados do INPS. 
Com advento da Constituição Federal de 1988, nasce a seguridade social e seus braços como um conjunto
integrado de ações de iniciativa dos Poderes Públicos e da sociedade, destinadas a assegurar a saúde,
assistência social e a previdência social. 
Na década de 70, quando foram incluídos grupos de trabalhadores (trabalhadores rurais, empregados
domésticos, autônomos, maiores de 70 anos e inválidos não segurados, empregador rural)
Em 1977 altera-se a organização da Previdência Social. Foi criado o Sistema Nacional de Previdência e
Assistência Social (SINPAS), constituído por um conjunto de agências executoras da política previdenciária.
Muitas destas agências foram criadas com propósito especí�co, entre elas: o INPS (este já existia) que
respondia pela manutenção e concessão de benefícios; o INAMPS (Instituto Nacional de Assistência Médica da
Previdência Social) que respondia exclusivamente pela assistência médica; o IAPAS (Instituto de
Administração Financeira da Previdência e Assistência Social) que cuidaria da gestão �nanceira e patrimonial
do sistema.
Em 1990, o SINPAS foi extinto. Criado Ministério do trabalho e Previdência Social (MTPS). Fusão do IAPAS e do
INPS, com a criação do INSS, A edição da Lei 8.212 de 1991, que dispõe sobre a organização da seguridade
social, instituiu o plano de custeio. Enquanto a Lei nº 8.213 de 1991 dispõe sobre os planos de benefícios da
previdência social.
Em 1923 foram criadas as CAPs – Caixa de Aposentadorias e Pensões, consideradas como embriões da
previdência. Estas CAPs foram criadas pela Lei Eloy Chaves, considerada como marco da Previdência Social no
Brasil. Inicialmente voltadas apenas às empresas de estradas de ferro – com características do modelo da
previdência social atual. Eram sociedades civis com pouca intervenção do poder público, cabendo sua
administração a empregados e empregadores. 
A previdência não era destinada ao trabalhador rural, mesmo com o café sendo o principal produto de
exportação do país. Com as transformações econômicas da década de 30 e a crise no mercado internacional
do setor de exportação cafeeira, busca-se a industrialização, onde o Estado começa a interferir nas relações
de trabalho.
A previdência social está prevista nos artigos 201 e 202 da referida Constituição Federal. e nas Leis 8.212, de
24 de julho de 1991, que “dispõe sobre a organização da Seguridade Social, institui Plano de Custeio, e dá
outras providências” e a Lei 8.213, de 24 de julho de 1991, que “dispõe sobre os Planos de Benefícios da
Previdência Social e dá outras providências”. Há inúmeras Emendas Constitucionais que capitulam a
temática.
/
A Previdência Social no período de 2008 a 2019 sofreu inúmeras mudanças que alteraram segurados e
benefícios. A principal mudança foi a Emenda Constitucional Nº. 103, de 13 de novembro de 2019. Com novas
idades de aposentadoria, novo tempo mínimo de contribuição e regras de transição para quem já é segurado,
entre outras mudança.
No Regime Geral de Previdência Social (RGPS), segundo o site do INSS, consultado em 30 de junho de 2020,
para trabalhadores da iniciativa privada e de municípios sem sistema previdenciário próprio, entre outros, a
regra geral de aposentadoria passa a exigir, das mulheres, pelo menos 62 anos de idade e 15 anos de
contribuição. No caso dos homens, 65 anos de idade e 20 anos de contribuição. O tempo de contribuição
mínimo permanecerá em 15 anos somente para os homens que estiverem �liados ao RGPS antes de a
emenda constitucional entrar em vigor.
Compete ao INSS a operacionalização do Regime Geral de Previdência Social – RGPS, que tem caráter
contributivo e de �liação obrigatória, e onde se enquadra toda a atuação do INSS, dentro das políticas e
estratégias elaboradas pelos órgãos hierarquicamente superiores, como o MPS.
Finalidade do Direito Previdenciário
O direito previdenciário é um ramo do direito público surgido da conquista dos direitos sociais no �m do século
XIX e início do século XX. Na Constituição Federal está previsto no capítulo II (Direitos Sociais) da Constituição
Federal, a qual dispõe no art. 194 que a gestão administrativa da seguridade social é quadripartite, ou seja, há a
participação dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do governo nos órgãos colegiados. Serve
para regulamentar os direitos e deveresdos segurados da Previdência, seja no âmbito federal, frente ao INSS,
referentes aos �liados ao Regime Geral da Previdência Social, seja no âmbito estadual, frente ao IPERGS,
referentes aos �liados ao Regime da Previdência Estadual.
Quem são os bene�ciários da Previdência Social?
Os bene�ciários da Previdência Social são os segurados e seus dependentes. Segurados são aqueles que
contribuem de forma facultativa ou obrigatória. Já os dependentes são aqueles que dependem
economicamente do segurado e que passam a receber algum dos benefícios da Previdência em decorrência
de determinada situação.
Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
Segundo o site do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, este foi criado em 27 de junho de 1990, por meio do
Decreto n° 99.350, a partir da fusão do Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social –
IAPAS com o Instituto Nacional de Previdência Social – INPS, como autarquia vinculada ao Ministério da
Previdência e Assistência Social – MPAS. Atualmente, vinculado ao Ministério da Economia. Compete ao INSS a
operacionalização do reconhecimento dos direitos dos segurados do Regime Geral de Previdência Social – RGPS .
O INSS caracteriza-se, portanto, como uma organização pública prestadora de serviços previdenciários para a
sociedade brasileira.
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Fonte: Shutterstock
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Seguridade social
A proteção social, em nossa Constituição Federal, está prevista em seu artigo 6º, que inclui entre os direitos
sociais:
A educação, cultura e desporto.
A ciência e tecnologia.
A comunicação social.
O meio ambiente.
A família, criança, adolescente, o jovem e o idoso.
Os índios. 
A saúde e a previdência social transcrita neste artigo são braços da seguridade social, que inclui a assistência
social, prevista entre os artigos 194 a 204. 
Foi a Constituição Federal de 1934, que inaugurou tais normas de características social. O atendimento a
estas áreas até o advento da atual Constituição Federal era de responsabilidade da iniciativa privada. 
Atualmente, os braços da Seguridade Social possuem as seguintes abrangências: 
Assistência Social, garantida aos que comprovarem que estão em vulnerabilidade social.
Saúde, como um direito a todos e dever do Estado.
Previdência social, de caráter contributivo.
Conceito de seguridade social
A seguridade social, parte integrante da ordem social, compreende um conjunto integrado de ações de iniciativa
dos Poderes Públicos e da sociedade destinado a assegurar os direitos relativos à saúde, à previdência e à
assistência social, segundo o artigo 194 da Constituição Social.
Saúde
A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à
redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para
sua promoção, proteção e recuperação, conforme o art. 196 da Constituição Federal. Assim, todas as
pessoas, independentemente da classe social, têm o mesmo direito à saúde.
Assistência social
A assistência social, segundo o artigo 203 da Constituição Federal de 1988, será prestada a quem dela
necessitar, independentemente de contribuição à seguridade social.
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Participação nos planos previdenciários
Legislação aplicável no Direito Previdenciário
Em 1991 foram publicadas as Leis ns. 8.212 e 8.213, que tratam respectivamente do custeio da Seguridade Social e
dos benefícios e serviços da Previdência, incluindo os benefícios por acidentes de trabalho. Nasceu o Regime Geral
de Previdência Social (RGPS) que é o conjunto de regras que estabelecem os direitos e deveres relacionados ao
regime público de previdência social no Brasil é destinado a trabalhadores remunerados de �liação obrigatória, os
quais necessitam de realizar uma contribuição obrigatória e mensal destinada aos que se vinculam ao sistema,
além de cumprir os prazos de carência para fazer jus a benefícios, observados critérios que preservem o equilíbrio
�nanceiro e atuarial.
Segundo, o art. 1º da Lei nº 8.213, a previdência social, mediante contribuição, tem por �m assegurar aos
seus bene�ciários meios indispensáveis de manutenção, por motivo de incapacidade, desemprego
involuntário, idade avançada, tempo de serviço, encargos familiares e prisão ou morte daqueles de quem
dependiam economicamente. O Decreto no 3.048, de 06 maio de 1999 aprova o Regulamento da Previdência
Social.
A Função dos Princípios dentro da Seguridade Social
A seguridade social é técnica de proteção social, custeada solidariamente por toda a sociedade dotada de
princípios e regras. Os princípios da seguridade social, também chamados de objetivos, estão previstos no art. 194
da Constituição Federal de 1988. Sua função é orientar as regras da seguridade social que devem observar o
primado do trabalho, o bem estar e a justiça social, ou seja, a função dos princípios é de�nir um norte, um
caminho, em atenção aos direitos relativos à seguridade social e à previdência social, sendo divididos em gerais e
especí�cos. Enquanto, as regras de�nem direitos e iniciam ou extinguem relações.
Princípios constitucionais da seguridade social – art. 194, CF/88
Os princípios constitucionais da seguridade social – art.194, CF/88, são:
I. Universalidade da cobertura e do atendimento – proteção social deve alcançar todos os eventos.
II. Uniformidade e equivalência dos benefícios e serviços às populações urbanas e rurais Há uniformidade entre
os mesmos benefícios e serviços, ou seja, não há distinção os trabalhadores da cidade e do campo em
relação aos eventos cobertos pelo sistema.
III. Seletividade e distributividade na prestação dos benefícios e serviços este principio de�ne que os benefícios
serão concedidos a quem realmente necessite.
IV. Irredutibilidade do valor dos benefícios os valores referentes a benefícios da Previdência Social não poderão
sofrer descontos uma vez concedidos, desde que estejam dentro da lei, salvo quando a lei determinar ou for
alvo de decisão judicial.
V. Equidade na forma de participação no custeio A busca da igualdade de participação a trabalhadores,
empregadores e Poder Público no custeio da seguridade social. 
VI. Diversidade da base de �nanciamento Com o advento da EC 103/2019, foi dada nova redação a esse
princípio, com �nalidade de dar maior transparência ao orçamento da Seguridade Social. 
VII. Diversidade da base de �nanciamento, identi�cando-se, em rubricas contábeis especí�cas para cada área, as
receitas e as despesas vinculadas a ações de saúde, previdência e assistência social, preservado o caráter
contributivo da previdência social. 
VIII. Caráter democrático e descentralizado da administração, mediante gestão, uma gestão onde há participação
dos trabalhadores, dos empregadores, dos aposentados e do Governo nos órgãos colegiados.
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Princípios da seguridade social e da previdência social
A seguridade social é �nanciada por toda a sociedade, através de recursos tanto da esfera pública como a esfera
privada, a qual possui elementos que a compõem dotados de características próprias. Esta é composta da saúde,
previdência social e assistência. A seguridade é composta de princípios constitucionais, que visam nortear a
interpretação e a edição das normas sobre o assunto em tela, que envolvem as três espécies, todavia, a
previdência social possui uma gama de princípios gerais e especí�cos, os quais estão previstos no art. 201 da
Constituição Federal.
Fonte: Shutterstock.
Princípios gerais de Direito Previdenciário
Veremos a seguir os princípios gerais de Direito Previdenciário: o princípio da solidariedade e o princípio da
vedação do retrocesso social.
Princípio da solidariedade
A solidariedade é o fundamento da previdência social, onde busca-se o respeito ao bem-estar coletivo, onde
os segurados ativos, População Economicamente Ativa – PEA, �nanciam os benefícios para os segurados
inativos População Economicamente Inativa - PEI. Este fundamento representa a repartição simples. 
Princípio da vedação do retrocesso social
Este princípio determina queo rol de direitos sociais presente à Constituição Federal não tenha seu alcance
reduzido, devido ao número de pessoas bene�ciadas dentro dos eventos que geram amparo, bem como, a
quantidade dos valores concedidos, de modo a preservar o mínimo existencial e a inclusão destas pessoas
em sociedade.
Princípios especí�cos de previdência social
Veremos a seguir os princípios especí�cos de previdência social: da �liação obrigatória, do caráter contributivo, do
equilíbrio �nanceiro e atuarial, da garantia do benefício mínimo, da correção monetária dos salários de
contribuição, da preservação do valor real dos benefícios, da facultatividade da previdência complementar e da
indisponibilidade dos direitos dos bene�ciários.
Da �liação obrigatória
O artigo 201 da Constituição Federal identi�ca quem é o segurado para �ns do Regime Geral da Previdência
Social, desde que não esteja �liado a regime especí�co.
/
Do caráter contributivo
A Previdência Social em todos seus regimes, apresentará caráter contributivo, ou seja, devera ser �nanciada
por contribuições sociais.
/
Do equilíbrio �nanceiro e atuarial
Princípio expresso somente a partir da Emenda Constitucional n. 20/1998, no art. 40, caput e art. 201, caput,
onde há relação direta entre o custeio e a política de pagamento de benefícios, privilegiando a média etária
da população, bem como sua expectativa de vida, para a adequação dos benefícios a estas variáveis.
Da garantia do benefício mínimo
A garantia de renda mensal não inferior ao valor do salário mínimo. Com a EC nº 103/2019, a pensão por
morte e o auxílio-reclusão deixaram de participar da garantia de pelo menos um salário mínimo de renda
mensal.
Da correção monetária dos salários de contribuição
Os salários de contribuição que serão utilizados no cálculo dos benefícios deverão ser corrigidos.
Da preservação do valor real dos benefícios
Busca-se reajustar os benefícios preservando, assim, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios
de�nidos em lei.
Da facultatividade da previdência complementar
O trabalhador poderá contribuir à previdência complementar mesmo estando contribuindo no regime
previdenciário estatal de caráter compulsório e universal, este poderá se �liar ou des�liar a qualquer tempo
e, de igual modo, deste regime complementar. A faculdade que tem os interessados de aderirem a plano de
previdência privada decorre de norma inserida no próprio texto constitucional, segundo a Segunda Turma do
STF, Rel. Min. Eros Grau, julgado em 2009.
Da indisponibilidade dos direitos dos bene�ciários
Os benefícios assegurados pela Previdência Social possuem natureza alimentar, segundo, Lucas Adolfo da
Cruz Corrêa, e, consequentemente, não haverá perda do direito ao benefício pelo seu não exercício no
decorrer do tempo, o que caracteriza a imprescritibilidade.
Princípios especí�cos de custeio
Veremos a seguir os princípios especí�cos de custeio: do orçamento diferenciado, da precedência da fonte de
custeio, da compulsoriedade da contribuição, da anterioridade tributária em matéria de contribuições sociais.
Do orçamento diferenciado
A Constituição estabelece que a receita da Seguridade Social constará de orçamento diferenciado, ou seja,
será um orçamento especí�co diverso o da União.
Da precedência da fonte de custeio
Não pode ser criado benefício ou serviço, nem majorado ou estendido a categorias de segurados, sem que
haja a correspondente fonte de custeio total .
Da compulsoriedade da contribuição
A Constituição Federal prevê a possibilidade de que o Poder Público, por meio de suas entidades estatais,
institua contribuições sociais.
/
Previdência complementar, facultativa e por contribuição adicional
Da anterioridade tributária em matéria de contribuições sociais
Este principio de�ne que quando criadas ou majoradas as contribuições sociais, só podem ser exigidas após
o cumprimento de um determinado prazo especí�co.
Regra da contrapartida
O sistema de seguridade social deverá capaz da contrapartida, ou seja, deverá possuir um equilíbrio de suas
contas, que é a regra onde se busca a manutenção do equilíbrio �nanceiro e atuarial do sistema previdenciário, ou
seja, os benefícios previdenciários deverão apresentar o seu custeio total. 
Neste caminho, incluem-se a criação de novas contribuições que necessitam avaliação da proteção social, já que
elas necessitam de um suporte técnico-�nanceiro para que se evitem o desequilíbrio na equação �nanceiro-
atuarial do sistema.
O artigo 195, parágrafo 5º, da Constituição Federal de 1988, salienta que “nenhum benefício ou serviço da
seguridade social poderá ser criado, majorado ou estendido sem a correspondente fonte de custeio total.”
A previdência complementar
O Regime de Previdência Complementar - RPC tem por �nalidade proporcionar ao trabalhador uma proteção
previdenciária adicional àquela oferecida pelo Regime Geral de Previdência Social – RGPS ou pelo Regime Próprio
de Previdência Social – RPPS, para os quais as contribuições dos trabalhadores são obrigatórias. O artigo 202 da
Constituição Federal menciona que o RPC - Regime de Previdência Complementar é de adesão facultativa, tendo
regras próprias previstas pelas Leis Complementares nºs. 108 e 109 de 29/05/2001, já que não é atrelado ao RGPS-
Regime Geral de Previdência Social – RGPS.
O RPC possui dois tipos de planos: aberto, operado pelas Entidades Abertas de Previdência Complementar –
EAPC e o fechado, operado pelas Entidades Fechadas de Previdência Complementar – EFPC.
A previdência complementar na constituição federal
A Constituição Federal de 1988 previa, em sua redação original, a existência de um regime complementar de
previdência. Entretanto, o advento da Emenda Constitucional n. 20, a matéria relativa à previdência complementar
na Constituição se limitava a estabelecer, como ônus da Previdência Social, a criação de um “seguro coletivo, de
caráter complementar e facultativo, custeado por contribuições adicionais” Com a Emenda, a matéria passou a ser
disciplinada nos arts. 40 e 202, determinando, que os planos de previdência complementar sejam de caráter
facultativo e mediante sistema de capitalização.
/
Fonte: Shutterstock.
/
Marcos legais da previdência complementar no Brasil
Até 1977: Alguns fundos de pensão pioneiros - PREVI / BB (1904), PETROS (1970).
Lei nº 6.435/77: Primeira lei sobre previdência complementar - Foco na Entidade e fez a classi�cação das
entidades em abertas e fechadas.
Constituição Federal de 1988: Previsão constitucional da previdência privada.
Lei Complementar nº 108/2001: Dispõe sobre a relação entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os
Municípios, suas autarquias, fundações, sociedades de economia mista e outras entidades públicas e suas
respectivas entidades fechadas de previdência complementar, e dá outras providências.
Lei Complementar nº 109/2001: Aprimoramento normativo sobre o Regime de Previdência
Complementar com intuito de:
Formular a política de previdência complementar, com o objetivo de compatibilizá-la com o
desenvolvimento social econômico do País;
Determinar padrões mínimos de segurança, para preservar a liquidez, a solvência e o equilíbrio dos
planos;
Fiscalizar e aplicar penalidades;
Assegurar a transparência dos planos em favor dos participantes e assistidos, e proteger seus interesses.
Decreto nº 4942/2003: Regulamenta o processo administrativo para apuração de responsabilidade por
infração à legislação no âmbito do regime de previdência complementar, operado por Entidades Fechadas de
Previdência Complementar.
Entidades abertas de previdência complementar (EAPC)
Os planos de previdência oferecidos pelas sociedades seguradoras ou pelas entidades abertas de previdência
complementar, segundo a SUSEP, são planos de benefícios de caráter previdenciário e têm por objetivo
complementar os benefícios oferecidos pelo regime geral de previdência social. Podem garantir o pagamento de
um benefício ao próprio participante do plano, coberturas por sobrevivência ou de invalidez, ou aos seusbene�ciários, coberturas de morte. 
/
Como exemplos de planos de previdência temos: 
Renda mensal complementar ao RGPS (PVBL- plano gerador de benefício livre  e o VGBL - vida gerador
de benefício livre).
Pecúlio por morte.
Pecúlio por invalidez.
Pensão por morte.
Renda por invalidez.
Entidades abertas de previdência complementar (EAPC)
Os planos de previdência oferecidos pelas sociedades seguradoras ou pelas entidades abertas de previdência
complementar, segundo a SUSEP, são planos de benefícios de caráter previdenciário e têm por objetivo
complementar os benefícios oferecidos pelo regime geral de previdência social. Podem garantir o pagamento de
um benefício ao próprio participante do plano, coberturas por sobrevivência ou de invalidez, ou aos seus
bene�ciários, coberturas de morte. 
Como exemplos de planos de previdência temos: 
Renda mensal complementar ao RGPS (PVBL- plano gerador de benefício livre  e o VGBL - vida gerador
de benefício livre).
Pecúlio por morte.
Pecúlio por invalidez.
Pensão por morte.
Renda por invalidez.
Entidade fechadas de previdência complementar (EFPC)
O Regime de Previdência Complementar - RPC tem por �nalidade proporcionar ao trabalhador uma proteção
previdenciária adicional àquela oferecida pelo Regime Geral de Previdência Social – RGPS ou pelo Regime Próprio
de Previdência Social – RPPS, para os quais as contribuições dos trabalhadores são obrigatórias. 
O artigo 202 da Constituição Federal menciona que o RPC - Regime de Previdência Complementar é de adesão
facultativa, tendo regras próprias previstas pelas Leis Complementares nºs. 108 e 109 de 29/05/2001, já que não é
atrelado ao RGPS- Regime Geral de Previdência Social – RGPS. O RPC possui dois tipos de planos: 
Aberto, operado pelas Entidades Abertas de Previdência Complementar – EAPC.
Fechado, operado pelas Entidades Fechadas de Previdência Complementar – EFPC.
Benefícios atrelados ao salário de contribuição
Segundo Graziela Ansilieiro, o inciso IV do artigo 7º da Constituição Federal de�ne que os benefícios que
substituam o salário de contribuição ou o rendimento do trabalho de um segurado não poderão ter valor inferior
ao do salário mínimo, mas também não permite que estes �quem vinculados ao salário. Assim, qualquer tipo de
vinculação de reajuste de benefícios ao reajuste do salário mínimo, salvo no que tange ao próprio Piso
Previdenciário, não poderia ser aceita. Dessa forma, um benefício especí�co foi desvalorizado porque seu valor,
medido em número de salários mínimos, foi reduzido dentro de um determinado período, normalmente, entre a
data de sua concessão e o último mês de emissão e pagamento.
/
Diante da decisão do STF, os benefícios da previdência social deverão sempre conservar seu valor real.
Preservação do valor real dos benefícios
A preservação do valor real do benefício há de ser feita nos termos da lei, ou seja, de acordo com o critério por
esta eleito para tal �m, consoante expressa autorização do legislador constituinte, conforme entendimento do da
Sexta Turma do TRF, em processo sob a Rel. de JOÃO BATISTA PINTO SILVEIRA, em 2016. O princípio da
irredutibilidade dos benefícios previdenciários não garante a preservação do valor real, apenas nominal. Estes
benefícios deverão ser reajustados periodicamente, havendo direito à manutenção do valor real. 
Importante mencionar que não há direito à manutenção da mesma quantidade de salários mínimos do
momento da concessão do benefício e, também, não há direito ao reajuste indexado ao salário mínimo.
Benefícios previdências: valor nominal e valor real
A recomposição do valor da prestação previdenciária em virtude do recrudescimento da in�ação é uma simples
adequação em relação ao acréscimo in�acionário, ou seja, uma mera reposição de perdas, que possui a �nalidade
de conservação do poder aquisitivo, nos termos do art. 2º, inciso V da Lei n.º 8.213/91.
Valor nominal
O valor nominal corresponde “a valores expressos em moeda corrente”, conforme o ANUÁRIO, online). É o
valo pago, mensalmente, ao segurado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), 
Valor real
O valor real “diz respeito ao efetivo poder de compra, comparado com um período base. Para medir esse
efetivo poder de compra, é necessário excluir, das variações nominais ocorridas no período, a parte que
re�ete apenas a in�ação nele veri�cada”, segundo o ANUÁRIO, online.
A política de reajuste dos benefícios do regime geral de previdência social (RGPS)
A política de reajuste dos benefícios da previdência social tem sido orientada, desde 1998, para: 
I. Aumentar o poder aquisitivo daqueles que ganham menos, ou seja, aqueles que recebem benefícios com
valor igual ao salário mínimo com �nalidade de melhorar a distribuição de renda por intermédio da
Previdência Social.
II. Garantir o poder de compra dos demais aposentados e pensionistas, “é assegurado o reajustamento dos
benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real da data de sua concessão”. 
A aferição do poder aquisitivo dos aposentados e pensionistas tem sido feita com base na variação do Índice
Nacional de Preços ao Consumidor – INPC, índice que é calculado pelo Instituto Brasileiro de Geogra�a e
Estatística – IBGE.
Situação-problema
O caso hipotético
Antônio exerce atividade remunerada, todavia, não possui CTPS assinada, já que realiza atividade de forma
informal. Há necessidade do mesmo estar inscrito no RGPS? Qual o princípio especí�co da previdência social?
Resolução da situação-problema
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Prezado/a aluno/a, para analisar a questão, você deverá veri�car o artigo 11 da Lei nº 8.213 /91, que apresenta o
segurado obrigatório da previdência social. Diante do mesmo, a pessoa que exercer atividade remuneratória sua
�liação ao RGPS será obrigatória e automática, independente da manifestação de vontade do trabalhador. O
inciso do art. 1º, art. 201, CF/88 de�ne a �liação ao RGPS como obrigatório (princípio da �liação obrigatória).

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